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“O sucesso é a soma de pequenos esforços

repetidos dia após dia.”


- Robert Collier
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INTRODUÇÃO 4

TEBORI 4
TIPOS DE LÂMINAS 4
IMPLANTE E FIXAÇÃO DE PIGMENTOS 5

TRAMA DE FIOS 6

APRENDENDO OS DIRECIONAMENTOS 6
TIPOS DE INÍCIO 6
TREINO DE RAMIFICAÇÕES 7
COMO FAZER A TRANSIÇÃO 13
PASSO-A-PASSO 15
TREINO BÁSICO 17
TREINO AVANÇADO 19

ENCERRAMENTO 20

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TEBORI
Tebori (que em japonês significa: tatuar com as mãos) é um instrumento
indutor manual usado para marcar a pele por meio de uma pequena “caneta”
onde se insere uma fina lâmina composta por micro agulhas que definirão seu
tamanho e formato, o que acaba por influenciar o resultado na pele. Usa-se o
pigmento na borda da lâmina em mínima quantidade para implantar o pigmento.
Quanto menor a quantidade de pigmento na borda da lâmina, mais “limpo” será
o procedimento, e isso permite que o profissional veja melhor onde o pigmento
está sendo precisamente aplicado.
Desenvolvida no século XIX, essa técnica era primariamente destinada a
tatuar corpos, sendo originada do Japão. Hoje, depois de trazida e adaptada para
Micropigmentação/Microblading, muitos profissionais da beleza têm praticado
para produzir fios, que trazem muito mais delicadeza e naturalidade do que com
o indutor elétrico (dermógrafo), tendo a finalidade de preencher, modelar ou
reconstruir completamente as sobrancelhas.

TIPOS DE LÂMINAS
No mercado existem vários tipos de lâminas, podendo ser classificadas de
acordo com sua mobilidade, quantidade de agulhas, espessura e formato:
 Hard: Lâmina inflexível, utilizada para peles oleosas e grossas.
 Flex: Lâmina flexível, utilizada para peles sensíveis e finas

 As lâminas têm numerações diferentes, que definirão o número de agulhas


que a constituirão;
 Seu formato também poderá variar em lâmina reta, chanfrada, U ou
circular (para esfumado);
 A milimetragem também poderá variar, de forma que existirão agulhas
mais grossas ou mais finas a compor as lâminas (a exemplo das lâminas
micro e nano);

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Como nomear e reconhecer o tipo de lâmina?
Exemplos
Agulha flex 18U 18mm: é uma lâmina com mobilidade (flex), constituída de 18
agulhas, com formato em “U” (então 18U), considerada muito fina (ou chamada
de nano) por sua milimetragem (16 a 20mm).
Agulha hard 9 chanfrada 25mm: é uma lâmina sem mobilidade (hard),
constituída de 9 agulhas, com formato chanfrado, considerada mais robusta e
menos fina (ou chamada de micro) por sua milimetragem (22 a 25mm).

As melhores marcas de lâminas são Dermia, Lovbeauty e Chuse. Nunca


opte por lâminas sem marca, pois são lâminas que não contém a afiação correta
nem a estabilização total das agulhas, o que pode gerar resultados tremidos e
causar lesões na pele. É sempre importante verificar o registo da Anvisa e seu
número ao verso da embalagem.

IMPLANTE E FIXAÇÃO DE PIGMENTOS


Com movimentos manuais, aplica-se a lâmina com uma leve e sutil
pressão, o suficiente para cortar a pele deslizando, sem pressionar com força.
Essa pressão deve ser mínima e acompanhada de deslizamento para evitar lesão
excessiva, já que a camada da epiderme é muito fina, como a de um papel.
Para a aplicação, o tebori deverá ficar em pé (90° em relação à superfície
da pele, e a lâmina levemente inclinada dentro da caneta (o ajuste é feito no
momento da colocação). Após umedecer levemente a borda da lâmina em
pigmento, com o tebori já no ângulo de 90 graus, vá deslizando suavemente para
formar o fio, em movimento unidirecional e uniforme, trazendo o tebori para a sua
direção, até formar um fio longo.
Em caso de lâmina chanfrada, a lâmina deverá estar com todas as agulhas
passando na pele. Em caso de lâmina U, as agulhas do meio precisarão estar
dentro da pele, realizando um leve movimento de pêndulo. É possível ouvir o som
da agulha cortando a pele, isso é importante de se notar já que ajuda a perceber
em qual camada está sendo implantada, se a velocidade está correta e se o
movimento está homogêneo. O som da lâmina deve ser seco e audível, ou seja,
caso não ouça o som perfeitamente, pode significar que o pigmento não foi
implantado com sucesso. Se achar que o fio ficou superficial, realize a segunda
passada (com cautela para não aprofundar muito).

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APRENDENDO OS DIRECIONAMENTOS
Quem é micropigmentador sabe o quanto é importante saber direcionar
os fios. Um fio errado pode alterar todo, mesmo que todo o restante do trabalho
fique impecável. Para isso, neste módulo, aprenderemos sobre direcionamento de
fios e como aplicar cada um na prática.
É imprescindível saber como iniciar e finalizar cada fio e qual a posição de
cada um em cada área de uma sobrancelha. A seguir você aprenderá os variados
tipos de fios e seus direcionamentos.

TIPOS DE INÍCIO
Cada sobrancelha, individualmente, inicia de formas diferentes. Um bom
exemplo para podermos elucidar melhor esta questão são as sobrancelhas
asiáticas, que normalmente iniciam seus pelos mais direcionados para cima,
ligeiramente arrepiados. Não é comum encontrar, por exemplo, sobrancelhas
asiáticas com pelos grossos e curvados, e por esse motivo não é adequado
encaixar tramas arredondadas nesses casos. Para isso, costumamos adequar
tramas com fios mais retos e menos ordenados, como a segunda e terceira trama
demonstradas abaixo.

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Repare nas tramas acima como cada caso inicia de forma única, com fios
em direcionamentos diferentes. Sabemos que no Brasil podemos encontrar
sobrancelhas de todos os tipos, ou seja, não é somente a pele de cada pessoa que
devemos analisar, mas também o tipo de fio, a direção dele, espessura,
organização, dentre outras variantes. Dessa forma, é importante conhecer
variadas estruturas para conseguir identificar a melhor forma de trabalhar
naquele caso, e por isso, os cinco inícios apresentados anteriormente serão o
nosso foco de aprendizado, sendo estas as estruturas mais comuns de
encontrarmos na pele de brasileiros (as).
É importante enfatizar que as estruturas aqui ensinadas têm a finalidade
de orientar o aprendizado, para que o (a) aluno (a) desenvolva a habilidade de
desenvolver tramas únicas e que estas não serão aplicadas para todos os casos,
isso porque cada sobrancelha deve ser analisada de forma individual, e devemos
elaborar uma trama personalizada para aquele caso.

Importante
Para realizar seus treinos abaixo, orientamos a utilização de lápis e mantê-
lo bem apontado durante todo o treino. Também orientamos que vire a apostila
de cabeça para baixo, já que esta é a posição que realizaremos os fios na
micropigmentação. Bom treino!!!

TREINO DE RAMIFICAÇÕES
Vamos começar treinando os primeiros fios do início em cada trama:

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Os primeiros fios são uns dos mais importantes em uma trama, pois serão
eles que ficarão mais evidentes e que definem o quão natural aquele
procedimento ficará. Após treinar os primeiros fios, vamos agora prosseguir para
o treino dos demais fios que compõem o início:

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TRAMA
CLÁSSICA ESQUELETO
CV

ESQUELETO
CV

ESTRUTURA PREENCHER

ESTRUTURA PREENCHER

Repare que para realizar os fios existem etapas, a primeira


etapa é a de esqueleto, onde elaboramos fios ligeiramente mais
alongados para definir como será a organização dessa trama, em
seguida implantamos os fios de estrutura, que como o nome já diz,
são fios que irão desenvolver a estrutura da trama, é onde
conseguimos trabalhar melhor a naturalidade
do procedimento. Os fios de estrutura podem
vir na frente ou atrás dos fios de esqueleto,
como no exemplo ao lado (em rosa), e isso
pode ser definido da forma que o
profissional achar melhor ou se adaptar
melhor.

Logo após os fios de estrutura, damos seguimento aos fios de


preenchimento, que nada mais são do que fios que preenchem
espaços para dar melhor acabamento ao resultado, realizando fios
curtos e ainda mais finos que os anteriores, unicamente com a
finalidade de aperfeiçoar detalhes do resultado.

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Agora que já aprendeu sobre as etapas de elaboração de
tramas, mãos à obra!

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COMO FAZER A TRANSIÇÃO
A transição da trama é o momento em que os fios param de ser
direcionados para cima e começam a inclinar lateralmente ou para
baixo, e é nesta etapa que a maioria dos profissionais de
micropigmentação encontram uma grande dificuldade, já que ela
deve ser feita de forma suave e com caimento para imitar com
perfeição o movimento que os fios fazem.
Uma dica importante neste momento é treinar a transição
estando lateralmente ao papel, assim como devemos estar com a
cliente, ou seja, ao realizar a transição, não estaremos de cabeça para
baixo com a cliente, e sim, lateralmente. A seguir teremos dois
modelos de transição de pelos mais comumente utilizadas.

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TRANSIÇÃO
CLÁSSICA ESQUELETO
CV

ESQUELETO
CV

ESTRUTURA PREENCHER

ESTRUTURA PREENCHER

TRANSIÇÃO
CURTA ESQUELETO
CV

ESQUELETO
CV

ESTRUTURA PREENCHER

ESTRUTURA PREENCHER

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PASSO-A-PASSO
Este projeto serve como um delimitador, limitando onde será implantado o
pigmento, afim demonstrar para o (a) cliente onde a sobrancelha será preenchida
e também para que o profissional não perca o formato no momento da
implantação.
Observe que a borda preta é basicamente o formato que daremos à esta
nossa sobrancelha que colocamos como exemplo.
Mas o que seria essa linha rosa dentro do projeto? Esta linha chama-se
linha guia! A linha guia é realizada após a aplicação de anestésico tópico, com o
objetivo de guiar o profissional na hora de limitar o tamanho do comprimento de
cada fio da cauda, para que estes não ultrapassem ou cruzem os fios entre si.

Em seguida, realizamos os fios de esqueleto, que nada mais são do que fios
espaçados. O objetivo deste esqueleto é, como o próprio nome diz, formar o
princípio dos fios (onde seus espaços serão preenchidos com mais fios
posteriormente), auxiliando o (a) profissional a fazer fios extremamente naturais,
sem perder a própria marcação após à limpeza.
Após a realização do esqueleto, deixamos o pigmento agir por cerca de 5
minutos e então limpamos com algodão umedecido em água filtrada, para dar
seguimento aos fios (estruturais).

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Na imagem acima, os fios estruturais foram corados de amarelo para que
se destaquem dos fios de esqueleto. Note que os fios estruturais se localizam ao
lado dos fios de esqueleto, de forma que sua extremidade de une (as pontas se
juntam). Há a possibilidade de os fios estruturais virem na frente ou atrás do fio
de esqueleto, entretanto, nesta trama de exemplo (trama clássica) ensinaremos
a colocar os fios estruturais atrás (logo em seguida) dos fios de esqueleto.

Após isto, a aparência dos fios estará da seguinte forma:

Nesta etapa, ainda vemos espaços a serem preenchidos, e para dar


acabamento e volume ao trabalho, realizaremos os fios de preenchimento, que
são fios curtos realizados no centro ou “miolo” da trama, como visto a seguir em
azul fluorescente:

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Ao finalizado o trabalho, deverá vê-lo desta forma:

TREINO BÁSICO
Observe ao finalizar o trabalho como os fios se unem em harmonia no
centro da linha guia, dando ordem aos fios e gerando o aspecto “penteado” aos
fios desenhados.
A seguir, você terá modelos de tramas para colocar em prática todo o
aprendizado deste E-book. Mãos à obra!

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TREINO AVANÇADO
Hora de treinar tudo o que aprendeu! Vamos avançar para o próximo
passo e aplicar no design abaixo as 3 fases aprendidas nas páginas anteriores.

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Agora que você aprendeu sobre as tramas e a forma de aplica-las, é hora
de treinar em pele artificial, para depois, começar a aplicar na prática em peles
reais. Nós do Studio GM ficamos imensamente orgulhosos de cada aluno que
evolui conosco e alcança resultados espetaculares.
Após o aprendizado aqui adquirido, sempre que colocá-lo em prática
poderá estar mencionando o @geovannamontanini e estaremos repostando seus
resultados, além de conversar sobre dúvidas e correções. Até a próxima, meus
pupilos! Sucesso!!

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Este documento está protegido pelas leis de Direito Autoral e não deve ser
copiado, divulgado ou utilizado para outros fins que não os pretendidos pela
autora ou por ela expressamente autorizados

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