Você está na página 1de 3

SALMO 136

Introduçã o: nã o há outro Salmo como este em todo Salterio, com um estribilho ocorrendo em
cada versículo. Muitas coisas doces estã o na Palavra de Deus, mas a sua misericó rdia, chesed, é a
mais doce palavra em todas as passagens das Escrituras, o que fez o salmistas mencioná -la 26
vezes neste salmo. O proposito do autor é mostrar a singularidade do Senhor e a grandeza de
seus feitos extraordiná rios no universo, a Israel e a todas as suas criaturas.
I. A QUEM O CULTO DEVE SER DIRIGIDO
A. Louvai ao SENHOR, Hb= YAHWEH. Este é o nome de Deus, que Ele revelou a Moisés (Ê xodo
3.13-15). Segundo a Bíblia, significa “Eu Sou”. Esse nome nos ensina que Deus existe e é eterno.
Ele nã o tem princípio nem fim. Deus nã o muda, Ele sempre é. YHWH é um nome importante
porque nos ensina que Ele é o ú nico Deus verdadeiro, acima de tudo.
B. Louvai ao Deus dos deuses, Hb= ELOHIM. Ele é o Deus dos deuses porque, embora possa haver
poderes no céu e na Terra que os homens chamam de deuses, o Senhor está acima deles.
C. Louvai ao Senhor dos Senhores, Hb= ADONAI. Há muitos senhores, mas Yahweh é o Senhor de
todos.
Encontramos aqui também uma indicaçã o da pró pria Trindade: Deus Pai, Deus Filho e Deus
Espirito Santo.
1. O culto não deve ser dirigido a homens (Et 3.2; At 10.25,26).
2. O culto não deve ser dirigido a anjos (Cl 2.18; Ap 9.10).
3. O culto não deve ser dirigido a ídolos. Figura que representa uma divindade ou qualquer ser ou
coisa e é objeto de culto.
Lv 19.4 “Não vos virareis para os ídolos, nem vos fareis deuses de fundição. Eu sou o Senhor”.
4. O culto, portanto deve ser dirigido a Deus. (Mt 6. 6-13; 4.10; Hb 13.15).

II. O SALMO 136 NOS ENSINA A CULTUARMOS A DEUS COM A “MOTIVAÇAO” CORRETA.
A. Por aquilo que ele é:
1. Ele é Bom – bondade é aquilo que constitui o cará ter de Deus, sendo demonstrada pela
paciência, graça e misericórdia.
 MISERICORDIA de Deus = é a bondade divina para com os angustiados e aflitos.
DAVI: Estou em grande angustia; porem caiamos nas mãos do Senhor, porque muitas são as suas
misericórdias” (2 Sm 24.14).
O CEGO DE JERICÓ : Jesus Filho de Davi tem misericórdia de mim.
A MULHER CANANEIA: Jesus Filho de Davi tem misericórdia de mim, pois a minha filha esta
miseravelmente endemoninhada.
Quando Paulo aborda o fato de que Deus nos consola na afliçã o, chama a Deus de “Pai de
misericórdia e Deus de toda consolação”. (2 Co 1.3; Tg 5.11; Hb 4.16; Mt 5.7).
 GRAÇA de Deus é a bondade divina com os que só merecem castigo.
 PACIÊ NCIA de Deus é a bondade divina no sustar a puniçã o daqueles que persistem no pecado
por determinado tempo. Ne 9. 17 “O Senhor é tardio em irar-se e grande em bondade”

2. Ele é o deus dos deuses. A idolatria é um pecado que o povo de Deus através da sua histó ria no
AT, cometia repetidamente.
 Na família de Jacó (Gn 35.1-4)
 O bezerro de Ouro (Ex 32.1-6)
 Período dos Juizes
 Embora nã o haja evidencia de idolatria nos tempos de Saul e Davi, o final do reinado de
Salomã o foi marcado por freqü ente idolatria em Israel (1 Rs 11.1-10)
 Todos os reis (19) do reino do norte (Israel) foram idolatras, bem como muitos dos reis
(20) do reino do sul (Judá ). Somente depois do exílio, é que cessou o culto idolatra entre os
judeus.
Os israelitas estavam chegando a um ponto tã o culminante, a ponto de nã o querer ver Deus, que
começaram a adorar ídolos. O pecado estava tã o presente no povo que eles queriam achar alguma
coisa para adorar, e chegaram até o ponto de dizer a madeira: "Tu és o meu pai; e a pedra: Tu me
geraste" (Jeremias 2.27). Porque a idolatria era tã o fascinante aos israelitas? Há vá rios fatores
implícitos:
 A adoraçã o a vá rios deuses era superior à adoraçã o a um ú nico Deus
 Os deuses pagã os nã o requeriam o tipo de obediência que o Deus de Israel requeria.
 Por causa do elemento demoníaco da idolatria, ela, à s vezes, oferecia, em bases limitadas,
benefícios materiais e físicos temporais.
- Os deuses da Fertilidade – prometiam o nascimento de filhos
- Os deuses do Tempo (Sol, Lua, Chuva etc.) – Prometiam as condiçõ es apropriadas para colheitas
abundantes.
- Os deuses da Guerra – Prometiam proteçã o dos inimigos e vitó rias nas batalhas.

2.2. A Natureza Real da Idolatria


A Bíblia deixa claro que o ídolo em si nada é. O ídolo é meramente um pedaço de madeira ou de
pedra, esculpido por mã os humanas, que nenhum poder tem em si mesmo.
 Samuel chama os ídolos de vaidade (1 Sm 12.21)
 Paulo declara expressamente: “sabemos que o ídolo nada é no mundo” (1 Co 8. 4).
Por essa razã o, os salmistas e os profetas frequentemente zombavam dos ídolos.
Em 1 Rs 18.27 Elias sabendo dos mitos que retratavam a Baal viajando,guerreando, visitando o
submundo e, até mesmo, morrendo e voltando a vida, zomba dos seus seguidores: “Clamai em
altas vozes, porque ele é um deus;pode ser que esteja meditando, ou atendendo a necessidades, ou de
viagem, ou a dormir, e despertará”.
Em Isaias 41.21-29, Deus desafia os idolatras a provarem o poder de seus ídolos.
Em Isaias 44. 9-20, temos um outro ataque devastador contra a idolatria.
Por trá s de toda idolatria, há demô nios, que sã o seres sobrenaturais controlados pelo diabo (Dt
32.17; 1 Co 10.20).
2.3. Batalhas entre Deus e os deuses
1. Deus e os deuses do Egito
2. Deus e os deuses de Canaã
3. Deus e os deuses dos filisteus (1Sm 5.1- 4)
4. Deus e Baal=Senhor principal; Elias= o Senhor é Deus.
5. Deus e os deuses da Babilô nia (Dn 3)
2.4. Contraste entre Deus e os ídolos. No cap. 10.3-5 de Jeremias podemos ver como é feito um
ídolo e o que ele pode fazer: “… Cortam do bosque um madeiro, obras das mãos do artífice, com
machado; com prata e ouro o enfeitam, com pregos e martelos o fixam, para que não oscile. Os ídolos
são como um espantalho em pepinal e não podem falar; necessitam de quem os leve, porquanto não
podem andar. Não tenhais receio deles, pois não podem fazer mal, e não está neles o fazer o bem". Os
ídolos nã o passam de uma produçã o humana. Podemos até descrever as etapas de como sã o feitos
e, no final, nã o falam e nem andam.
1. Em Jeremias 10.1-16, temos alistados sete características de Deus contrastadas com os
ídolos:
 Deus fala – os ídolos nã o podem falar
 Deus é grande em poder – os ídolos sã o totalmente impotentes
 Deus é incomparavelmente – os ídolos sã o vaidade e engano
 Deus é criador do universo – os ídolos sã o criados pelos homens
 Deus é eterno – os ídolos perecerã o
 Deus é verdadeiro – os ídolos sã o falsos
 Deus é vivo – os ídolos nã o tem espírito
2. Ao ser perguntado pelos idolatras: onde está o vosso Deus? O salmista responde: ler salmo
115.4-8; Responde a pergunta v 3; e traz a razã o pela qual devemos adorar a Deus vv 9-18.

O que é o crer? Crer: depositar fé, confiar, fazer votos, fazer oraçã o, ajoelhar diante dela, prestar
culto, homenagens, festas, câ nticos, preces, fazer pedido na oraçã o, interceder a imagem e objetos.
(Gênesis. 15.6; Romanos.10.4–Salmo. 95.6– 97:7– 115- 4-8,).

Isaias. 42:8- Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei,
nem o meu louvor às imagens de escultura, ídolos.

3. Ele é o Senhor dos senhores (v.3)

B. DEVEMOS ADORAR A DEUS POR AQUILO QUE ELE FAZ (SALMOS 136.4) “Ele só faz maravilhas’

I. A CRIAÇÃ O
1. Ele fez os céus e a terra (vv 5,6)
2. Ele fez os grandes luminares (vv 7-9)

II. A PRESERVAÇÃ O (vv 16,25; Dt 8.11-18)


1. “... Ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas... nele vivemos, e nos
movemos, e existimos...”.
2. “Todas as coisas subsistem por ele”
3. Mt 6.25-34

III. A REDENÇÃ O (vv 10-15,24; Cl 1.13,14; Ap 5.9; 1 Co 6.20). Três palavras geralmente sã o
traduzidas por redençã o:
1ª Agorazo =adquirir no mercado
2ª Exagorazo = comprar retirando do mercado
3ª Lutroo= libertar ou ainda, soltar mediante pagamento.

IV. A VITÓ RIA PESSOAL SOBRE OS NOSSOS INIMIGOS (vv 18-22)

V. O CULTO A DEUS NÃ O PODE SOFRER INTERRUPÇÃ O. O salmo 136 começa e termina com
um convite: Louvai ao Senhor.
Essa é a primeira vez no livro dos salmos que Deus é chamado de “Deus dos céus”. Porem, esse
nome de Deus aparece com frequência nos livros posteriores (2 Cr 36.23; Ed 1.2; 5.11,12; 6.9; Ne
1.4,5; 2.4; Dn 2.18,44; 5.23; Jn 1.9)

Você também pode gostar