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ESCOLA ENRAIZADOS - FEVEREIRO DE 2023

O CARÁTER DE JESUS

TEXTO BASE: Gálatas 5:22-25


"Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
delidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de
Cristo Jesus cruci caram a carne, com as suas paixões e os seus desejos. Se vivemos no
Espírito, andemos também no Espírito." (Gálatas 5:22-25).

AULA 1: ALEGRIA
A alegria faz parte dos desejos mais profundos do ser humano. Nós ansiamos por
aquilo que irá nos trazer alívio, descanso, felicidade e que nos tira bons sorrisos.
Sempre estamos buscando por coisas que nos proporcionem essas boas
sensações nos trazendo o “sentimento” de alegria. Estamos à procura de fontes
que vão nos trazer tal estado, e a palavra de Deus nos mostra qual é a fonte da
nossa alegria:
“Far-me-ás ver a vereda da vida; na tua presença há abundância de alegria; à tua
mão direita há delícias perpetuamente.” Salmo 16:11 (ARC).
Sua presença em nós (Espírito Santo) traz sua proximidade que é como uma fonte
em nosso interior que jorra para a vida eterna, que é conhecê-lo como soberano
sobre todas as coisas. Pois Ele é o manancial da vida que nos traz uma alegria
selvagem de tão contagiante, transcendendo as barreiras dos dias ruins, nos
levando a cultivar uma esperança que antecipa a sua vinda pelo prazer do
relacionamento íntimo com Deus.
Na palavra de Deus vemos alguns relatos de homens e mulheres que desejaram
essa fonte de alegria. Ansiaram por ela como uma corça anseia pelas correntes
das águas. A cobiçaram como se suas vidas dependessem disso, e realmente
dependeram. Temos Davi como exemplo dessas pessoas.
O Rei Davi pediu ao Senhor para viver por toda a eternidade em sua casa, onde
habita sua presença, para contemplar a beleza do Deus Vivo e aprender mais
sobre quem Ele é (Salmo 27:4). Era uma alegria para ele poder viver mais dessa
realidade e isso realmente o satisfazia. A alegria de observar os mínimos detalhes
de seu Senhor cativava o seu coração e o levava a desejar mais do seu Deus.
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Davi encontrou a sua alegria! A alegria dele era uma pessoa que sempre o
maravilhava pela sua beleza e sabedoria. A amizade íntima com seu Deus era sua
alegria cultivada em meios às provações de sua vida. A revelação do Senhor era
para ele como um rio que nasce no deserto, trazendo esperança para o que está
sedento: “Ó Deus, tu és o meu Deus; eu te busco ansiosamente. A minha alma tem
sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta e sem água.”(Salmos
63:1).

A ALEGRIA SEGUNDO A PALAVRA DE DEUS

Alegria segundo o dicionário é uma realidade interior na qual a pessoa vive numa
condição de viva satisfação, contentamento, regozijo e prazer. Na palavra de
Deus, vemos esta palavra aparecer no antigo testamento em hebraico como
“Chadah”, expressando um sentido de contentamento, como observado em 1
Crônicas 16:27: “Glória e majestade estão diante dele, força e alegria, no seu
santuário.”
Também podemos observá-la na forma de “samach”, compreendida como um
grande prazer e felicidade, diversão, como vemos no Salmo 16:11: “Tu me farás
ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, à tua direita, há
delícias perpetuamente.”
No novo testamento a palavra em grego que se refere a alegria é “chara”, se
referindo a um contentamento, calmo deleite e otimismo. Ela aparece em
Romanos 14:17: “Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça,
paz e alegria no Espírito Santo.”
Em Lucas 1:44, no contexto em que Maria encontrou Isabel grávida de João
Batista, quando este se alegrou no ventre de sua mãe, a palavra “alegrou” foi
traduzida da palavra grega “agalliasei”, se referindo a um deleite, uma exultação e
uma alegria selvagem. A mesma palavra aparece em Atos 2:46, onde vemos como
viviam os primeiros cristãos: “Diariamente perseveravam unânimes no templo,
partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza
de coração”. (Atos 2:46).
A FONTE DA ALEGRIA

Anteriormente, de nimos a presença de Deus como a fonte eterna de alegria em


nós. Ela está alojada em nosso interior pelo Espírito Santo, o que nos dá um
acesso ilimitado a ela em qualquer momento de nosso dia. Basta nós vivermos
pelo Espírito e sempre andaremos em uma alegria in ndável. A presença de Deus
é a realidade da manifestação de quem Ele é. Alguém palpável e que vai além de
uma crença: o próprio Deus se revelando à sua criação, brilhando seu rosto sobre
ela (revelação). Quando assimilamos sua presença, provamos verdadeiramente
dela e somos transformados e cheios da realidade do Reino do Eterno: Paz,
justiça e alegria no Espírito (Rm 14:17).
A fonte que há em nós nos dá acesso a uma condição de alegria maior do que
esse mundo poderia nos proporcionar como vemos no Salmo 4:6,7: “Há muitos
que dizem: “Quem nos dará a conhecer o bem?” Senhor, levanta sobre nós a luz
do teu rosto. Mais alegria me puseste no coração do que a alegria deles, quando
eles têm fartura de cereal e de vinho.”
É uma alegria plena por estar fundamentada na pessoa de Deus que é a
esperança viva em nós: “Então irei ao altar de Deus, de Deus, que é a minha
grande alegria; ao som da harpa eu te louvarei, ó Deus, Deus meu.” (Salmos 43:4).
Essa esperança viva está alinhada com a salvação que há no nome de Jesus, para
nós que precisamos de um Salvador, devido ao pecado que nos assolava e nos
distanciava do Senhor. A consciência da salvação gera uma profunda alegria e
gratidão, nos proporcionando um renovo no espírito que transborda para as
nossas emoções.
Aprendemos com o profeta Isaías uma promessa feita por Deus declarando que
Ele é a nossa salvação, portanto podemos: “tirar águas das fontes da salvação”:
“Naquele dia, você dirá: “Graças te dou, ó Senhor, porque, ainda que te iraste
contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolas. Eis que Deus é a minha salvação;
con arei e não temerei, porque o Senhor Deus é a minha força e o meu cântico;
ele se tornou a minha salvação. Com alegria, vocês tirarão água das fontes da
salvação.” (Isaías 12:1-3).
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O salmo 51 é o registro de um aprendizado profundo que o salmista Davi teve
após tomar consciência de que havia pecado contra o mandamento do Senhor.
Do seu arrependimento nasceu o salmo em que Davi pede que lhe seja restaurada
a “alegria da sua salvação”, pois o pecado nos afasta de Deus e ofusca em nós a
alegria da salvação. O que aprendemos com Davi no salmo 51 é que o pecado
rouba a alegria da nossa salvação, que é o verdadeiro contentamento, o nosso
deleite na presença do Senhor. Todavia, Ele é bondoso e sempre disposto a
renovar a nossa alegria, pois os que con am nele são renovados de toda tristeza e
ganham forças para prosseguir com Ele.

COMO CULTIVAR A ALEGRIA

Para a vivência contínua dessa realidade interior, que é a alegria fortalecedora, se


faz necessário o cultivo dessa condição, visto que não é su ciente vivê-la apenas
uma vez ou esporadicamente, mas precisamos enraizar ela profundamente para
sermos cada vez mais parecidos com Jesus e vivermos sempre com bom ânimo e
em novidade de vida.

1: ORAÇÃO, LOUVOR E GRATIDÃO


Portanto, para guardar ela em nós, a oração e o louvor são imprescindíveis, já que
podemos expressar através destes ações de graças, adoração, con ssão,
exaltação do seu nome e assim seremos relembrados acerca de promessas, de
sua bondade, de quem é o nosso Deus. Ao trazer à memória Aquele que é a
própria esperança, por meio do louvor e oração, nossa alma será cheia de uma
alegria in ndável, por meio da fonte que é o próprio Deus em nós, o Espírito.

2: COMPREENDER O AMOR DE DEUS POR NÓS


O amor que lança fora todo o medo e que por meio dele podemos nos achegar
com con ança ao trono de graça e misericórdia. Saber que ele se regozija e tem
prazer em nós nos faz caminhar conscientes de sua bondade e misericórdia que
certamente nos perseguirá, e nos encoraja a prosseguir em sermos mais próximo
Dele.
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3: VIVER A COMUNHÃO
Voltamos à realidade que a igreja primitiva estava vivendo em atos 2:46:
Este é um trecho que retrata uma realidade de avivamento que as pessoas,
andando pelo Espírito, estavam vivendo intensamente. A alegria era abundante na
comunhão diária do povo. Todos tinham tudo em comum e envolviam-se
profundamente com o reino de Deus, expandindo-o pela pregação das boas
novas do evangelho por toda a parte.
É nítido observarmos que quando desfrutamos da comunhão do corpo de Cristo,
uns com os outros, e nós (corpo) com o Espírito, provamos de uma alegria
selvagem que nos transborda em esperança e novidade de vida. Portanto, a
comunhão pode curar tristezas e aguçar o amor entre a comunidade, nos levando
a parecermos mais com nosso Senhor Jesus.

CONCLUSÃO

Algo que é importante pontuarmos é que essa alegria é uma ordem dada por Deus
a nós, através do apóstolo Paulo:
“Alegrem-se sempre no Senhor; outra vez digo: alegrem-se!” (Filipenses 4:4).
A alegria fortalecedora é sobre uma realidade que está em nosso interior pelo
Espírito de Vida habitando em nós. Transbordando dessa condição e de
esperança, provamos da alegria selvagem que faz parte da realidade espiritual do
reino do Eterno. Por causa da esperança viva que está em nós como uma fonte,
podemos continuamente provar dessa alegria que transcende os nossos limites
humanos, perseverando nela mesmo em meio às provações.

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