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Autor:
Priscila Lima
27 de Janeiro de 2024
Priscila Lima
Aula 03
SUMÁRIO
Meio Ambiente e Conservação ........................................................................................................................... 2
Desmatamento ................................................................................................................................................ 2
Áreas semiáridas......................................................................................................................................... 5
Ilhas de calor............................................................................................................................................... 7
Zoneamento ecológico-Econômico....................................................................................................................... 9
Desertificação ............................................................................................................................................... 14
Referências ....................................................................................................................................................... 18
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▪ Mata Atlântica e vegetação costeira: essas condições que se estendem pelas porções mais
úmidas da Paraíba também se encontram em áreas de maior atratividade populacional, e, com
a chegada de mais pessoas, o desmatamento está associado, entre outros, à expansão urbana
e a especulação imobiliária.
▪ Caatinga: já a porção mais seca do estado (Agreste e Sertão) sofre com outros fatores. Além da
estiagem natural (fator que o sertanejo aprendeu a contornar com a vivência) temos a
intensificação de problemas no solo através de práticas degradantes como a agropecuária não
sustentável.
Desmatamento
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Nesse contexto, em 1988, o ecólogo inglês Norman Myers criou o conceito hot spot que diz respeito às
áreas do planeta que possuem grande biodiversidade com enorme urgência quanto a conservação das suas
espécies, uma vez que já foram muito afetadas pelo homem.
No Brasil, temos dois hot spots: a Mata Atlântica e o Cerrado. E na Paraíba, encontramos
o primeiro deles
Como dito, no Brasil, temos dois hot spot, ou seja, duas porções que atendem aos critérios de
proporções de áreas devastadas e elevada biodiversidade. No caso da Mata Atlântica, é importante apontar
que o processo de devastação tem origem na colonização, visto que esse foi o primeiro bioma ocupado e
usado em termos econômicos.
Com a retirada da vegetação, há uma redução no volume de água que infiltra no solo e, em
contrapartida, o escoamento superficial é ampliado - e isso é tão significativo que no Brasil, o escoamento
superficial da água é o principal agente erosivo.
Observe o esquema que explica a erosão pluvial em áreas com e sem florestas:
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Como vimos anteriormente, a retirada da vegetação favorece o aumento da erosão pluvial, mas essa
retirada também está envolta de interesse, e o principal dele é a expansão da atividade agropecuária.
TODA ATIVIDADE AGRÍCOLA PROVOCA A DEGRADAÇÃO DOS SOLOS, MAS A INTENSIDADE VARIA,
DEPENDENDO DO TIPO DE CULTURA E DAS TÉCNICAS UTILIZADAS
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▪ Cultivo de árvores: tal alternativa é destinada especialmente para áreas onde os ventos são
fortes e a erosão eólica é intensa. Ao plantar árvores, cria-se uma barreira que quebra a
velocidade dos ventos, reduzindo a sua capacidade erosiva.
▪ Associação de culturas: além do cultivo desejado (a "opção 1), planta-se, entre uma fileira e
outra, espécies leguminosas (o feijão é o principal exemplo), assim, quando o cultivo principal
é sazonal, o solo não fica exposto na entressafra - além disso, leguminosas ajudam na fixação
de nitrogênio, ou seja, favorece o equilíbrio orgânico do solo.
Áreas semiáridas
Até aqui destacamos a retirada da vegetação nativa para que os solos fossem tomados pela produção
agrária, mas além de tal retirada, a prática da irrigação pode ser muito danosa - e tal prática foi se tornando
essencial a partir, principalmente, da Revolução Verde.
Em áreas semiáridas, a má gestão do solo pode levar ao processo de desertificação, e um dos aspectos
da agricultura que mais intensifica a desertificação em áreas semiáridas é a irrigação descontrolada,
especialmente onde a drenagem no terreno é insuficiente, levando à salinização.
Quando a irrigação não é controlada com rigor, a água atinge camadas profundas do solo,
dissolvendo sais e trazendo-os à superfície. Com a evaporação, ocorre a salinização do
horizonte superficial do solo, que pode destruir as raízes e matar a vegetação.
MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição. Volume Único. São Paulo: Atual, 2012,
p. 89
Áreas íngremes
▪ Terraceamento: são feitos cortes artificiais no solo, criando uma espécie de escada/degraus -
os chamados terraços. Com isso, há uma redução/quebra na velocidade da água que escoa,
logo, redução da capacidade erosiva.
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▪ Curvas de nível: tal prática, diferente do terraceamento, não faz cortes/degraus no solo, mas
aproveita as cotas altimétricas (curvas desnível) para reduzir a velocidade do escoamento
superficial e, consequentemente, a capacidade erosiva.
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Ilhas de calor
▪ Substituição da vegetação por superfícies com maior irradiação de calor para a atmosfera;
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O aumento da temperatura local implica na formação de zonas de baixa pressão, assim, as porções
centrais também se tornam ponto de chegada dos ventos, que "varrem" a poluição para o seu destino final -
aumentando o impacto. Além disso, há uma intensificação nas chuvas convectivas (isso somado às condições
típicas de grandes centros urbanos - solos impermeabilizados, rios canalizados e acúmulo de lixo nas áreas
de extravasamento das águas - , podem intensificar a ocorrência de inundações e enchentes).
Chuva ácida
Chuva ácida é um fenômeno atmosférico de escala local e regional. Sua formação está diretamente
relacionada à emissão de poluentes (principalmente o dióxido de nitrogênio e o trióxido de enxofre) por parte
de indústrias, meios de transporte e outras formas de combustão.
Quando tais poluentes entram são lançadas na atmosfera, a combinação com a água disposta no ar
leva à formação de ácidos: o trióxido de enxofre transforma-se em ácido sulfúrico e o dióxido de nitrogênio
em ácido nítrico e nitroso - ou seja, é ácido com elevada capacidade de corrosão.
Os recursos hídricos são fundamentais à vida, seja por um uso direto ou indireto, logo, a sua gestão é
fundamental em termos sociais e econômicos. A poluição dos oceanos tem chamado a atenção em nível
global, seja por acidentes mais pontuais (como o derramamento de petróleo) ou fluxos mais constantes
(como os microplásticos).
Além dos oceanos, as águas fluviais são brutalmente afetadas por atividades humanas, por exemplo:
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▪ a retirada da vegetação ripária (mata de galeria ou ciliar), intensificando a erosão nas margens
dos rios e, consequentemente, aumentando o processo de assoreamento.
ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO
“Em linhas gerais, o ZEE tem como objetivo viabilizar o desenvolvimento sustentável a
partir da compatibilização do desenvolvimento socioeconômico com a proteção
ambiental. Para tanto, parte do diagnóstico dos meios físico, socioeconômico e jurídico-
institucional e do estabelecimento de cenários exploratórios para a proposição de
diretrizes legais e programáticas para cada unidade territorial identificada,
estabelecendo, inclusive, ações voltadas à mitigação ou correção de impactos ambientais
danosos porventura ocorridos.”
(Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: https://antigo.mma.gov.br/gestao-
territorial/zoneamento-territorial.html)
O Snuc (Sistema Nacional de Unidades de Conservação), foi aprovado em 2000, e separa as unidades
de conservação em duas grandes categorias: Unidades de Proteção Integral, ou seja, aquelas onde o uso dos
recursos é indireto - como o próprio nome indica, para uma proteção integral - e as Unidades de Uso
Sustentável, onde é possível fazer um uso direto dos recursos.
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Floresta (nacional,
“Destina-se à exploração sustentável dos recursos florestais em áreas com
estadual ou
predominância de cobertura vegetal nativa”
municipal)
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Enchentes e deslizamentos
Quando falamos sobre enchentes nos referimos ao leito menor do rio sendo totalmente preenchido
por água e as inundações representam o transbordamento das águas de um curso d’água, atingindo a planície
de inundação ou área de várzea – pensando o histórico de abordagem em concurso, esses termos podem ser
apresentados como sinônimos.
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Ao mesmo tempo que a cidade facilita a vida das pessoas mais favorecidas, ela também exclui as classes
sociais mais baixas, gerando diversos problemas no âmbito ambiental e social, que apresentam uma causa
em comum: a macrocefalia urbana.
Macrocefalia urbana: a cidade não consegue oferecer infraestrutura adequada para os citadinos (o
chamado inchaço urbano).
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Desertificação
Por outro lado, a desertificação é um processo relacionado à períodos de seca longos, podendo durar
décadas. E foi nesse sentido, que em 1997, sob a tutela da ONU, na Conferência de Nairóbi, foi conceituado
tal processo como empobrecimento de ecossistemas áridos ou sub-úmidos em virtude do efeito combinado
das atividades humanas e da seca, ou seja, antrópica e natural.
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RESUMINDO
Dentre as causas da desertificação, destacamos:
● Naturais: circulação atmosféricas (áreas de alta pressão), correntes marítimas frias e relevo
● Antrópicas: desmatamento, agricultura e pecuária inadequadas.
Mas além de entendermos o conceito e as causas do processo, é fundamental a discussão sobre as
consequências e como combater a desertificação, vamos lá?
Mas como poderíamos reverter ou prevenir esse quadro? A principal reposta para isso é o
reflorestamento, uma vez que através dessa prática é possível reestabelecer o ciclo hidrológico ao aumentar
a evapotranspiração e a infiltração. E é nesse sentido que temos como exemplo a constituição da Muralha
Verde, ou seja, espécies nativas, como ameixas e acácias, foram plantadas entre o Senegal e o Oceano
Atlântico, com o objetivo de barrar a expansão do Saara em direção ao Sahel (uma faixa de transição ao Sul
do deserto já citado e áreas de Savana), expansão essa que se dera graças a atividades agrícolas.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Parabéns por ter concluído essa aula e muito obrigada pela confiança no trabalho da Equipe do
Estratégia! Caso ainda precise de alguma dica ou lhe reste alguma incerteza ou dúvida, não hesite em falar
comigo! Será um prazer trocar conhecimentos com você (assim cresceremos juntos, afinal ninguém é tão
grande que não possa aprender).
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REFERÊNCIAS
CHRISTOPHERSON, R. W.; BIRKELAND, G. H. Geossistemas: uma introdução à geografia física. 9. ed. Porto
Alegre: Bookman, 2017.
MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.
MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia Geral e do Brasil. Volume único, São Paulo: Ática
MOREIRA. João Carlos. Geografia (ensino médio). João Carlos Moreira e Eustáquio de Sene. São Paulo:
Scipione, 2005.
TEIXEIRA ET AL. Decifrando a Terra. Editora Oficina de Textos. Série Textos Básicos de Geociências. Ed.
Edgard Blücher e EDUSP, 2009
TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil. 1ª
edição. Moderna, 2010
SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalizado.
Vol. 1, 2 e 3. 2ª edição. São Paulo: Scipione, 2012.
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