Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Parecer Sobre Atribuição Remuneração Acessória à Sra. Elisa Monteiro
Parecer Sobre Atribuição Remuneração Acessória à Sra. Elisa Monteiro
da Administração Pública no
1. Visto.
2. À consideração de S. Excia, o
Secretario de Estado da
Administração Pública
28.10.2013
Parecer___/2013
Factos:
A Sr.ª Elisa Helena Oliveira Monteiro Nascimento, quadro do Ministério das finanças, em
comissão de serviço no Gabinete do Sr. Secretario de Estado da Administração Pública,
reivindica uma remuneração Acessória correspondente a 48% do salario base, nos termos do
art.1º do Decreto-Legislativo nº4/95 de 20 de Junho.
Quid Júris?
A revogação é expressa quanto a lei nova diz claramente qual a parte da lei antiga que perde
seus efeitos jurídicos, ela diz-se tácita, quando a lei nova não diz expressamente o que veio
revogar, mas se mostra incompatível com a norma existente ou a lei nova regulamenta a
totalidade do assunto abordado em uma anterior.
Por sua vez, o art.73º do mesmo diploma, veio dizer que são extintas as remunerações
acessórias não previstas ou enquadráveis neste diploma. Ou seja, todas as remunerações
acessórias que não estão elencadas no art.52º foram extintas.
Ora, a remuneração acessória que reivindica a requerente prende-se com uma remuneração
correspondente a 48% do salario base equivalente a 12.000$00, todavia, analisando o mapa de
abonos em anexo no processo, não vislumbramos o real motivo da atribuição dessa
remuneração.
Outrossim, sabe-se que as remunerações acessórias estão pensadas para uma determinada
carreira ou cargo com intuito de compensar ou proteger os funcionários dos gastos inerentes
as funções no mesmo (subsídios de riscos, falhas, dedicação exclusiva etc.), e os funcionários
só têm direito a eles quando estão em exercício efectivo de funções naquela carreira ou cargo.
Nesta sequência, defendemos que a remuneração acessória que a requerente teria direito, no
quadro de origem, não são válidas para o cargo que actualmente exerce, uma vez que, pela
lógica, as remunerações acessórias são devidas àqueles que se encontrem em exercício
efectivo de funções na carreira ou cargo pelo qual foi pensado.
Conclusão:
Somos de parecer que a solicitação da requerente no actual quadro legal, não tem
acolhimento por seguintes razões:
1. Por força da revogação do Decreto-Lei nº 86/92, de 16 de Julho, pelo Decreto-Lei
nº9/2013 de 26 de Fevereiro, o Decreto-Legislativo nº4/95 de 20 de Julho é
tacitamente revogado pelo mesmo.
2. O pedido da requerente tem como base legal uma norma que se encontra revogada
(Decreto-Lei nº 86/92, de 16 de Julho e Decreto-Legislativo nº4/95 de 20 de Julho),
tratando-se, de uma norma revogada perde a sua vigência e não produz quaisquer
efeitos jurídicos.
4. Não nos parece razoável, nem tão pouco legal, que quando, a requente estiver em
comissão de serviço como Directora de Gabinete, que a remuneração que reivindica
seja suportada pela Secretaria de Estado da Administração Pública.
Técnico Nível I
Daniel Veiga