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Assim que lá chegaram, o pobre
Então, viu uma casa muito escura ao apercebeu-se que tinha muito frio. Para
longe. Quando estava a caminhar direito a grande alegria sua, encontrou junto a uma
ela, encontrou um aquário. Colocou-o árvore um
cuidadosamente dentro da sua mala e foi casaco e
atravessar o rio, pois este era um bom atalho umas botas.
para chegar à casa. Quando estava a Quando
atravessá-lo, encontrou um peixe que falava, vestiu as
colocou-o dentro do seu aquário, e foram à roupas,
conversa até à casa. libertou o
peixe de um
feitiço que
uma bruxa
há alguns
anos o tinha
submetido e
o peixe
transformou-
se numa
linda
princesa.
Juntos, observaram uma luz
incandescente ao longe e andaram, andaram
até que repararam que era de novo a bruxa e
aquela casa era dela! Ficaram sem saber o
que era aquela luz, mas a casa eles tinham
que ver!
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No momento em que entraram, viram No início desse túnel, estava uma chave
um relógio que permitia voltar atrás no e uma vassoura. Aquele lugar parecia não ter
tempo e ao lado direito estava um livro fim mas, quando a princesa tirou a chave do
mágico, pois quem lesse algo transformar-se- bengaleiro, acenderam-se as luzes e abriu-se
ia em peixe. Como a princesa já tinha feito uma porta lá ao fundo. Montaram-se na
essa asneira, vassoura e foram muito mais rápido até à
aconselhou o porta, mas na verdade aquilo era um portal
pobre a virar a que ia dar a um rio.
cara e seguir
caminho.
Abriram uma
porta da casa da
bruxa e…
O pobre e a
princesa foram
dar a um túnel
muito escuro e
muito comprido,
com portas a
ranger.
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Mal lá chegaram, encontraram uma Uma grande festa foi anunciada no castelo, a
ampulheta que contava o tempo que os princesa casou-se com o pobre e viveram
peixes tinham para se libertar do feitiço e ao felizes para SEMPRE…
lado encontrava-se um búzio mágico. Os dois
descobriram que este era especial pois, mal o
tocavam num peixe enfeitiçado, o búzio Miguel Cláudio e João Janeiro, 7º B
libertava-o do feitiço. O pobre e a princesa
montaram-se numa canoa e foram salvar os Ilustrações de:
peixes. Felizmente, conseguiram salvar Jacek Yerka (1,6)
todos. Brian Froud (3)
Os animais, agradecidos, decidiram Todd Peterson (5)
todos atacar a bruxa e conseguiram prendê- Kendra Binney (2)
la. Eli Rutten (4)
O rio foi dar ao castelo da princesa.
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A Fada malvada Mas o António tinha que ir visitar a sua
irmã que estava muito doente… Foi então que o
António pensou no seu telescópio mágico. Agitou-
o e fez aparecer uma luz misteriosa que os guiou
Certo dia, o velho António ia montado no seu até à floresta. Nela, encontrou pendurado num
cavalo Zakarias, quando apareceu uma fada ramo de uma árvore um casaco e umas botas
encantada. Disse-lhe, então, que sempre que encantadas, que serviram para abrigar o nosso
alguém tentasse passar pelo seu território amigo.
tentaria convencê-lo a beber a água da fonte do
seu território, que estava poluída. Dito isto, o Até que a fada apareceu uma vez mais para
pobre velho foi atacado pela fada malvada que, os chatear no caminho para a casa da sua irmã.
de imediato, os expulsou do seu território. Infelizmente, o António quando ia andando,
tropeçou num pedregulho que o fez magoar-se na
perna e fez uma ferida. Mas vejam só!: por
magia, o casaco e as botas fizeram desaparecer a
ferida! A fada chateou-se e foi-se embora.
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Mais à frente, encontraram uma ampulheta tanto dele, que o puseram num alguidar.
e um búzio muito especiais. Ficaram muito
contentes e dormiram uma sesta junto ao lago. Mas a maldita da fada apareceu para matá-los.
Quando acordaram, foram dar um mergulho. Mas Mandou um feitiço e foi uma sorte danada o
a fada aproveitou-se da sua distracção e tirou a mesmo ter-se reflectido no frasco de rebuçados.
ampulheta e o búzio, que lhe dariam muito jeito. Furiosa, bateu no peixe e este transformou-se na
Eles, sem saber que tinham sido roubados, sua irmã que, afinal, tinha sido embruxada por
seguiram caminho, até que chegaram a um rio ela. A fada foi-se embora e continuaram o
com muita vegetação e encontraram uma cana de caminho para casa.
pesca.
No caminho para a casa da irmã do António,
António começou a pescar. Foi então que quem é que vocês pensam que está lá à espera
pescaram um peixe muito brilhante, e ele gostou deles? A fada, claro! Começaram a brigar mas, de
repente, o Zakarias deu um coice de tal forma
nela, que acabou caindo para dentro da fonte
poluída e morreu.
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Ilustrações de : A MALDIÇÃO DO DIABO
Jan Pienkowsky (1,2)
Numa tarde de
Verão, o diabo ia
atrás do cão e do
burro, por um
caminho muito
longo. Eles, sem
saberem por onde
correr, pararam e
espreitaram pelo
binóculo mágico e
viram uma casa
muito ao longe.
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- Ah! Estava a ver que não conseguíamos Lá dentro, havia uma porta que estava trancada,
despistar o diabo, disse o cão. Cheios de fome, uma cama, um livro e um relógio. Tic- -tac ouviu-
comeram a maçã mágica, que os deixou invisíveis se o relógio, era a hora de ir deitar.
e dirigiram-se até à casa.
O burro não era capaz de adormecer sem ouvir
À porta dela, encontraram uns casacos e uma história. Então, o cão leu-lhe uma história do
umas botas e umas lanternas mágicas. E como já livro que estava lá em casa.
se fazia tarde e estava a ficar escuro e frio,
decidiram vestir os casacos, calçar as botas e De manhã, começaram a investigar o relógio
acenderam as lanternas. Então, o burro e lá dentro estava a chave de uma porta
perguntou: trancada. Curiosos, decidiram abri-la e entrar.
- Vamos entrar?
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Quando assim o fizeram, viram uma vassoura e
outra chave.
O burro gritou:
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- Olha um búzio, e o diabo, com o barulho,
acordou. A Princesa, A Vaca
- Vocês estão aqui, vou matar-vos aos dois! e a Raposa
Mas o burro rapidamente virou a ampulheta,
voltaram atrás no tempo… e o diabo ainda
dormia! Foi então que o cão pegou no búzio,
ficando logo com as mãos muito feridas. Percebeu
que aquele objecto era venenoso e teve a ideia
Numa bela tarde
de o enfiar na boca do diabo, que morreu logo.
de verão, uma princesa
Os dois animais viveram felizes para sempre passeava pelo campo,
porque o diabo nunca mais os perseguiu.
quando encontrou uma
Vitória, vitória acabou-se a história. vaca ferida.
Diogo Brito 7º B nº 3
- Coitadinha, desta
vaca, está perdida e
Ilustrações de: ferida! - exclamou.
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-Anda comigo para o meu reconheceu-a de imediato e avisou
castelo, cuidarei de ti e irás viver a princesa que se tratava da
comigo! raposa que a tinha atacado. Mas a
princesa, ao vê-la tão ferida e à
Passado algum tempo, a vaca
beira da morte, pegou de imediato
já estava recuperada e vivia bem
no seu sapato mágico e tocou-lhe
com a princesa na corte.
levemente na sua ferida. Qual não
Um dia, quando a princesa é o espanto da raposa, quando a
passeava com a vaca, que agora se sua ferida se cura de imediato!!!
chamava túlipa, encontraram com
A Princesa disse:
os seus binóculos mágicos, uma
raposa faminta. A túlipa, ao vê-la, -Vem viver connosco no meu
Castelo?
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No dia seguinte, estava a De repente, no meio da sua
chover de manhã. A princesa, não aflição pareceu-lhe ver uma luz
se importando com tal coisa, vestiu misteriosa e, sem hesitar, correu
o seu casaco e as suas botas de na sua direcção. Quando lá chegou,
chuva e partiu logo de manhã para encontrou um cofre mágico. Ela
a floresta. Ela gostava muito do tentou abri-lo e, depois de muitas
som dos animais da floresta e da tentativas, lá conseguiu o que
variedade da vegetação. Depois de queria. Qual não é o seu espanto
andar um bom bocado, começou a quando descobre um colar mágico
escurecer, e a princesa perdeu-se e uma chave de ouro!!!
no meio da floresta.
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Foi então que reparou que, ao Na manhã seguinte tomou o
lado desse cofre, estava uma pequeno-almoço e seguiu um
cabana, que dizia assim na porta caminho de pedra. Esse caminho
“se tiveres um coração honesto e foi dar a um rio, com vegetação
souberes o verdadeiro valor da rasteira. Estava cheia de calor,
solidariedade pega na chave da luz pois a caminhada tinha sido muito
misteriosa e abre esta cabana”. longa, e decidiu beber umas boas
goladas e refrescar-se. Quando
A princesa assim o fez e
acabou de o fazer, pisou um búzio
passou a noite naquela humilde
lindíssimo e, de um momento para
casinha, onde nada escasseava.
o outro, acordou numa ilha
maravilhosa onde havia bananeiras
e coqueiros.
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Esfomeada, aí comeu até ficar me e levar-te-ei para aqueles que
satisfeita. Percebeu logo que o mais precisam de ti”. A princesa,
búzio era mágico, e tinha sido ele cheia de saudades dos seus
que a levara até ali. Encantada, animais, agitou, então, a
tocou novamente nele. Ao fazê-lo, ampulheta. De repente, estava no
deu por ela novamente ao pé do campo ao lado da sua vaca e da
lago. sua raposa. O problema é que não
podia tocar-lhes! Passados alguns
minutos a ampulheta fez de novo
uma viagem e ela foi parar de novo
ao lago. Intrigada, prosseguiu
caminho.
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Nessa mesma tarde, foi dar a Ao raiar do sol encontrou uma
uma margem do rio. Já estava a caixa de rebuçados. Ela adorava-
escurecer, quando ela encontrou os!!! E havia tantos sabores…
uma cana de pesca. Apesar de não Decidiu-se por um de morango,
ter grande habilidade para pescar, saboreou-o… E, de um momento
a fome era grande, por isso para o outro, estava dentro de
aventurou-se a tentar apanhar água transformada em peixe!!! E
algum peixe. Depois de várias agora? Oh, não, ela percebeu logo
tentativas, conseguiu finalmente que aqueles rebuçados não eram
pescar um belo salmão, que foi o nem mais nem menos do que os
seu jantar. Por fim, cansada mas rebuçados mágicos de quem toda a
aliviada da fome, adormeceu. gente falava!! E toda a gente sabia
que a única cura era encontrar
uma pedra preta.
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Nadando, nadando, ela passou Mas numa manhã de sol, a
várias noites e dias à procura de princesa, agora
sinais dessa pedra e, quase transformada em
perdendo a esperança, chorava peixe, teve uma ideia
todos os dias. brilhante: tentou
nadar o máximo
possível. Por que fez
isto? Porque sabia
que aquele rio
poderia ir dar ao rio
da sua terra.
E bem certa
estava ela, pois
passadas algumas
horas, estava no rio
da sua terra.
Encontrou,
então, uma pedra
preta, engoliu-a e
voltou à vida que
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antes tinha. Todd Peterson (11)
Margarida Machado
Amélia Alves
7º A
Ilustrações de:
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determinado tempo, apareceu com uma maçã
A velha e o pobre. vermelha e brilhante. Era uma maçã mágica.
-Sou um
pobre homem que
não tem casa nem
dinheiro para se
alimentar!!!
A velha olhou-
o de alto a baixo e respondeu: - Acho que tenho
a sua solução. Entrou em casa e, ao fim de um
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Ao fim de umas horas, ele encontrou um
lindo casaco e umas botas pendurados, numa
árvore. No casaco estava um bilhete pendurado a
dizer:
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Entrou e viu um belo tesouro, que na caixa dizia:
“esta caixa só pode ser aberta por uma chave
Já lá dentro, ia andando, quando pisou mágica”. O pobre pegou na chave que encontrara
uma chave. Sem demoras, apanhou-a logo e e abriu a caixa. Mal o fez, o urso acordou e
prosseguiu caminho. Mais à frente, encontrou começou a rosnar para ele. Então, o pobre pegou
uma vassoura que era a única coisa que na vassoura tocou-o com ela e ele adormeceu.
conseguia fazer com que o urso que guardava o Sem perder nem mais um segundo, pegou no
tesouro dormisse. Apanhou a vassoura e tesouro, enrolou-o no casaco, tirou a maçã do
continuou caminho. bolso, mordeu-a e desejou ir para um lugar calmo
No fim do túnel havia uma porta aberta. e sereno.
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Agarrou-o e apercebeu-se logo que era mágico, Embasbacado, cumprimentou-a, deu-lhe o
pois não só permitia que ouvíssemos o mar, como tesouro e o búzio, explicando a função de cada
também levava as pessoas a lugares um. A velha, ao ouvir tais coisas, ficou fascinada.
inesquecíveis.
Com o passar do tempo, os dois utilizaram a
Mais à frente encontrou uma ampulheta magia do búzio e foram para uma praia viver com
que tinha mais um bilhete:“ Quem tocar nesta a galinha teimosa da velha.
ampulheta, vai abrir a porta de uma gruta e terá
cinco minutos para de lá sair deste lugar, senão, Vitória, vitória acabou-se a história!
nunca mais nenhuma magia o poderá libertar”. O Texto realizado por:
pobre, então, tocou na ampulheta, a porta abriu-
se, pegou nas coisas dele e começou a correr. E,
de repente, ei-lo na casa da velha!!
Jessica Agostinho 7ºB
Margarida 7ºB
Ilustrações de:
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O Príncipe, a Cabra e o Lobo Como estava muito longe, calçou os
seus sapatos mágicos, pois estes iam
para onde ele quisesse, bastava estalar
Em tempos que já lá vão, uma os dedos.
cabra pastava num prado verde com
Mas nisto, a cabra apercebeu-se que o
muitas tulipas vermelhas, enquanto o
lobo a espiava, logo pegou na princesa
sorrateiro lobo a espreitava com muita
e desatou a fugir com ela para a
curiosidade, desesperado de fome. Ora
floresta, e o príncipe, coitado, teve de
um jovem príncipe da torre do seu
ir atrás delas.
castelo, acompanhado pela sua irmã
Ana, a pequena princesa, observou Quando o nosso herói chegou à
com o seu binóculo mágico, que o lobo floresta, apenas viu um casaco
se preparava para trincar a pobre comprido e umas botas, que estavam
cabra!! pendurados numa árvore. Tentando
aproximar-se da sua irmã sem
barulho, deu-os à mana, para ela
desaparecer e voltar ao castelo.
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Continuou a correr até um rio.
Visionou um Búzio mágico onde,
Mais aliviado por ter salvo a irmã,
através dele, se ouviu a cabra a pedir
meteu-se a
ajuda. Depois, viu no cimo de uma
caminho. À
pedra uma ampulheta que podia
frente, encontrou
passar o tempo um pouco para a
uma luz muito
frente e para trás.
misteriosa.
Pegou nela e O príncipe passou o tempo para a
descobriu que, frente e viu o que iria acontecer: o
através dela, lobo tinha apanhado a cabra e estava a
podia ver comê-la. Quando voltou outra vez para
qualquer pessoa trás no tempo, correu para o local
que quisesse. onde tinha visto a cena do “crime”.
Então ele, de
E é aqui que as coisas ficam estranhas:
imediato, pensou
ao atravessar a ponte, foi dar a outro
no lobo e na
mundo, onde estava a continuação do
cabra. Logo os
rio.
localizou e
descobriu que se
tinham afastado para a mata escura e
sombria.
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decidiu atacá-la. Mas o príncipe tirou a
espada e matou o lobo.
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Esperto, mas Pouco!
Beatriz Mestre
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Embora os dois amigos se sentissem um Os dois animais repararam no fumo que
pouco desconfiados, lá caíram na esparrela. saía da chaminé da sua casa, mas repararam
Então, o diabo ordenou-lhes que o seguissem, e o também num casaco e num par de botas que ali
cão e o burro assim o fizeram, pois estavam estava à porta da moradia. Sem que o diabo
debaixo da magia dele. reparasse, o cão salpicão vestiu-as à pressa e
entrou com o burro.
Fartaram-se de andar e, quando pararam,
viram uma pequena casinha. Então, perguntaram Já lá dentro, repararam que tudo era
ao mesmo tempo: bizarro. Deram também pela presença de um
livro que estava em cima de uma mesa, e que
-Onde estamos? dizia assim: “Hoje, três de Outubro, vou comer
-Estamos na minha célebre casa!!- Bradou um cão e um burro”.
o diabo, todo orgulhoso.
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Ao ver aquilo, o burro das couves tremeu O Demónio deu conta do que eles fizeram,
de medo, mas o cão salpicão acalmou-o e disse: e gritou:
-Não tenhas medo, eu trouxe o casaco e as - Posso não vos comer mas não
botas. sobreviverão!!!!- E apanhou-os quando estavam
a entrar em
O burro, ouvindo isto, suspirou, pois ambos casa. É que os
sabiam que aqueles objectos eram muito coitados não
especiais, como irão ver mais tarde. Estavam sabiam lá muito
salvos! bem como
O diabo, sem se aperceber de nada, pô-los utilizar aquele
na fogueira, mas o cão tinha o casaco do tempo, objecto, e só
e logo escaparam ilesos. Como? Voltando atrás voltaram atrás
do tempo. Porém… do tempo uns
segundos atrás…
O diabo
levou-os para
um túnel muito
escuro e, lá
dentro, estava
um terrível urso,
ansioso para os
comer. Foi então
que puxaram de uma vassoura que ali se
encontrava encostada (o diabo era muito
distraído) e decidiram enfrentar o terrível
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monstro. As três criaturas lutaram, lutaram, até regressaram ao caminho onde esta história tinha
que o urso caiu e nunca mais se moveu. começado e lá estava o diabo, com a maçã na
mão!
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É Melhor Ser Animal do que estava com muita fome, (sabe-se lá o tamanho
dum estômago dum urso)! O coelho ficou bastante
Humano! aliviado, saiu da toca e foi atrás da moura. O urso
comeu, comeu, mas não gostou de nada do que
tinha provado. Queria carne, e crua!! Disse que
Era uma vez uma moura encantada, que ia queria voltar a ser um urso verdadeiro. A moura,
num caminho alto. Então, pegou no binóculo e viu com os seus poderes do binóculo, transformou-o
um urso e um coelho. O coelho estava tentando naquilo que queria ser. Mas já estavam todos
escapar das habituados uns aos outros, por isso meteram-se a
grandes garras do caminho.
urso. Vendo isto, a
A moura, o urso e o coelho iam andando na
moura pôs-se à
sua aventura, até que então o coelho, com o seu
frente do imenso
sensor
animal e disse-lhe
narigudo,
que se ele parasse,
cheirou uma
dar-lhe-ia uma
casa a longa
maçã deliciosa. O
distância.
urso, intrigado com
a oferta, aceitou.
Pôs-se a dar fortes
dentadas na maçã
e, qual não é o seu
espanto,
transformou-se
num humano!
Assustado, o urso
disse à moura que
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Quando lá chegaram, encontraram a tal A moura, apavorada, saiu de casa e viu
moradia, mais um casaco e umas botas que ali uma luz misteriosa. Ora, sábia como ela era,
estavam pendurados numa árvore. Ora, como não percebeu que era a Luz da Diminuição. Feliz,
sabiam que aquelas roupas eram mágicas, chamou o urso e o coelho e Pum! Ficaram de
puseram o coelho dentro duma bota, porque ele tamanho normal. Os três fizeram uma festa e
estava cheio de frio. foram-se deitar.
Quando entraram naquela casa, viram que Quando acordaram, o relógio tocou mas
estava cheia de comida e comeram até se (pura magia!) também renovou o tecto da casa! O
fartarem. livro que estava em cima da mesa tinha lá poções
e feitiços e a moura ia treinando-os, enquanto o
Quando acordaram, estavam cobertos de urso fazia o almoço e o coelho lavava o chão.
sol, porque viram que o coelho tinha crescido tanto
mas tanto, que até furou o tecto!! Mas o problema
nem era esse: vejam lá vocês que o urso tinha
calçado a outra bota sem querer e crescera tanto
como o coelho!!
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A moura lá ia treinando, dizia “Hocus o urso e o coelho e desataram a fugir, até que
Pocus!”, mas nada. Disse-o mais de cem vezes, até chegaram ao fim do túnel e chegaram a um rio.
que vestiu um casaco, proferiu as mesmas
palavras, e… Os três encontraram logo uma ampulheta
Viram-se fora em cima de uma pedra, e descobriram que, quando
de casa, num a viravam ao contrário, a ampulheta falava! Disse-
sítio muito lhes que se não encontrassem o búzio gigante do
estranho. rio das Arestas, ficariam naquele tempo para
sempre. Ora isto preocupou-os bastante. Afinal,
Iam os quem é que quer ficar trancado para a eternidade,
três andando, no mesmo minuto?
andando, até
que deram com Foram andando, até que chegaram ao rio
um túnel. E lá das Arestas, onde lá estava o búzio gigante.
entraram. Já lá
dentro,
apanharam
uma vassoura
e uma chave,
até que
ouviram um
barulho
estranho na
porta frontal.
Abriram-na com a chave e Ah!, uma bruxa horrível
apareceu de repente e lançou-lhes o feitiço levitos.
Foi então que a moura pegou na vassoura, agarrou
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Mas quando tentaram agarrá-lo, saiu de lá A Moura Encantada, o Príncipe
um lagostim gigante com umas patas que pareciam
lâminas afiadas. A moura mandou, então, o coelho e o Lobo
e o urso atacá-lo. O coelho atacou-os com os seus
dentes e o urso partiu o lagostim todo. Levaram o Há muitos, muitos anos, vivia
búzio e quando chegaram ao tempo deles, num castelo um cavaleiro. Um
fartaram-se de comer o lagostim numa festa dia, encontrou uma moura
gigantesca e feliz.
encantada e perguntou-lhe:
Fim, fim, fim, acabaram com o lagostim!
- De onde vens?
E a moura respondeu-lhe:
Ilustrações de:
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E o príncipe respondeu: príncipe decidiu ir à sua casa de
campo, do outro lado da floresta, e
- Não.
levar a moura encantada.
Olhando
Quando chegaram, ofereceu-lhe
para ela, o
um casaco e umas botas à bela
príncipe
senhora.
questionou:
- Porque
andas Ela suspirou:
descalça?
- Fico muito grata, mas não posso
E ela aceitar.
replicou:
- Se não aceitares já não sou teu
- Estou amigo - Respondeu-lhe o príncipe.
sem sapatos,
A moura, surpreendida, pensou
porque os
muito bem, e decidiu aceitar.
perdi.
De repente, o príncipe sugeriu
Então o
que fossem dar um passeio a cavalo, a
um sítio especial.
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um desejo, que era ir pescar com a
moura. E assim foi! Do nada, apareceu
um barco e uma cana de pesca!
Quando chegaram, lá
encontraram um búzio, e logo de
seguida o príncipe ofereceu-o à moura.
Mais à frente, encontraram uma
ampulheta. Foi então que ele pediu-lhe
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Dito isto, apareceu de repente a Vestiu-se depressa e foi à procura
boiar um frasco de rebuçados, e a dele, até que o encontrou na floresta
moura agarrou-se a ele, conseguindo, caído no chão, com um frasco de
assim, sair do rio. comprimidos ao lado. Ela decidiu
envenenar-se, porque sem ele, já nada
Mas o príncipe, quando saiu da
faria sentido.
água, vinha com uma ferida na cabeça.
A moura, assustada com o tamanho Passados uns dias, passou por lá
dela, decidiu levá-lo para sua casa, o tal lobo que os tinha assustado e,
para tratar dele. E assim foi. como estava cheio de fome, comeu-
os…
Ilustrações de:
Bauer (3)
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O touro, o feiticeiro e a bruxa
E ele respondeu:
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Porém, já era tarde demais: o touro, como que, de imediato, o tentou salvar. Levou o touro
tinha muita fome, devorou a tal maçã para dentro e curou-o, mas reparou, preocupado,
que esta só tinha efeito de uma hora.
E o touro respondeu:
envenenada. Mas como ele não sentiu -Meu amigo touro, sou um gato! Nós
inicialmente o efeito do veneno a chegar ao sabemos o que fazemos, somos ágeis inteligentes
sangue, agradeceu à bruxa e continuou o seu e resolvemos qualquer problema. Por isso, espera
caminho. por mim aqui, ok?
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que estava a ver televisão, enquanto ia fazendo Bom, o gato saltou para debaixo das mesas
as limpezas na casa e ao mesmo tempo ouvia e a bruxa passou mesmo ao pé dele, a fazer as
música heavy metal. suas coisas. Então, o gato, sorrateiramente,
correu até ao armário e retirou de lá uma poção
de curas para venenos. Retirou o frasco com um
líquido azul clarinho e trocou-o por uma poção da
mesma cor, que servia para transformar bruxas
num sapo. Rindo-se, foi-se embora.
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Entretanto, o gato chegou a casa com a - Pois touro, foste apanhado pela bruxa do
cura. O touro tinha voltado a desmaiar, por isso o bosque, ela gosta de fazer o mal a toda a gente
gato deu-lhe apressadamente a poção. Então, ele que passa por ela, mas eu já lhe dei uma
acordou e fez-lhe um questionário muito liçãozinha, eheheheh!!! - disse isto com umas
estranho… valentes gargalhadas.
-Quem és tu, onde estou eu? -Queres vir comigo ao castelo, para veres o
feiticeiro meu companheiro? – perguntou o Touro.
Não se lembrava dele!
-Claro! Eu hoje também era para ir lá
- Sou o gato das botas! - Tirando o seu visitá-lo! Vamos juntos, meu amigo touro.
chapéu, apresentou-se.
No caminho avistaram uma luz branca
E o gato, para ter conversa, perguntou: misteriosa, vinda dos tais binóculos mágicos. O
- E tu, quem és??? gato e o touro pensaram que era a bruxa, mas o
que na verdade era, era o feiticeiro que estava a
- Ah! Eu sou um simples touro que vinha iluminar o caminho, para não se perderem.
passando pelo bosque e vi uma velhota que me
ofereceu uma maçã e eu não recusei e comi
passados uns minutos comecei a sentir-me mal e
talvez tenha desmaiado que é o mais correcto ter
acontecido - Tudo isto dito de um fôlego só.
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Mas já de noite, os companheiros E o touro disse:
decidiram parar numa casa abandonada para
descansar. O que não -Olha, gato, está aqui dizendo com
sabiam é que esta era outra funciona o relógio.
vez a casa da bruxa. -Ok! Vê lá, então.
Tinham, sem ter reparado,
atravessado os portais de Havia numa parte umas palavrinhas que
viagem, criados por ela! diziam o que tinha de ser feito, e essas eram as
palavras mágicas.
O gato, de espada
empunhada, entrou, seguido O touro começou a ler:
pelo touro. Era uma bela
-Anck serta la nur!!
casa, tinha um livro
misterioso e também um Dizendo, isto abre-se uma grande porta
relógio bastante estranho. O com um gigantesco beco. Curiosos, lá decidiram
gato observou-o, curioso entrar.
para saber como ele
funcionava, enquanto o
touro lia o livro sagrado.
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Mas as portas fecharam-se, com um que a transformou num sapo, eheheheheh!
grande gemido e aperceberam-se que estavam
presos. Só quando se acalmaram, é que E o touro observando a situação disse:
repararam que o caminho do beco ia dar ao - Tenho um plano.
castelo.
-Diz aí!
Enquanto
andavam, viram uma -Vamos trancá-los.
vassoura e uma porta. Assim, eles não nos
Ao lado dela, estava lá impedem de continuarmos
a bruxa a falar com um o nosso caminho.
monstro! Esconderam-
- Bom plano!
se atrás de um muro. E
a ia bruxa dizendo: E assim o fizeram!
Trancaram os dois,
-Temos que
fecharam a porta com a
parar aqueles sujeitos
chave mágica, foram-se
do gato e do touro!
embora e levaram a
- Sim, senhora, vassoura da bruxa. Esta,
por mim, eles não que já tinha acabado de
passarão! – Falou o falar com o monstro, foi
monstro. abrir a porta e reparou que
estava trancada na sua
O gato, ao ver própria casa com a sua
os dois, falou baixinho: própria chave mágica.
- Vejo que a bruxa já -MALDITOS SEJAM AQUELES DOIS!!!!! –
se libertou da poção Berrou, fazendo tremer as montanhas e os vales.
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Quanto aos nossos dois amigos, estes Ilustrações de:
chegaram ao fim do beco e viram uma paisagem
natural, cheia de ar fresco, rios e passarinhos a Bill Robinson (3,10,11)
cantarolar. Foi então que o feiticeiro apareceu, Jacek Yerka (2,5)
batendo palmas à bravura deles:
J T Winik (1)
-Bravo! Com a vossa inteligência,
ultrapassaram todos os obstáculos e quebras- Mark Fearing (4,8)
cabeças que vos faziam parar. Bom, já agora,
Ronald Searle (6)
venham visitar-me! Vamos para o meu castelo
que é mais acolhedor! Flora Mclachlan (7)
E lá foram conversando, sempre na Tim Wistrom (9)
vassoura da bruxa, até ao castelo.
Pedro Soares
Paulo Estradas
7º B
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O verdadeiro amor A meio do caminho, encontrou uma
encruzilhada e ficou confuso. Que caminho seguir,
pensou? Nesse momento, desejara que viesse em
seu alcance a sua fada madrinha. Ora esta fada
Era uma vez, no reino Sapolândia, uma (como fada madrinha de prestígio que era) não
sapa muito encantadora. Todos os sapos hesitou em socorrê-lo.
apaixonavam-se por ela. Ela vivia num castelo
cor-de-rosa muito Entretanto, Deolinda, a sapa…
bonito, e era a filha
- apetece-me ir dar um passeio ao bosque!
do rei.
– Gritava ela para os seus criados.
Ora acontece
- com certeza, minha sapossise real!- E
que, num reino um
faziam muitas vénias…
tanto ou quanto
distante, vivia um Mal sabia o urso o que se estava a passar
teimoso, mal na Sapolândia.
cheiroso e agressivo
urso. Este tinha uns
binóculos muito
especiais, que viam
a beleza interior das
pessoas. Benjamim,
assim se chamava
ele, tinha um dia visto através dos seus
binóculos, uma criatura muito especial, e
resolveu, então, ir em busca dela. Calçou as suas
botas e foi ao seu alcance.
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Naquele momento, apenas escutava a sua fada bosque um casaco e umas botas que o faziam
madrinha. muito mais bonito.
-O caminho é por aqui!- Apontou ela. A sua amada partira para um lago ali perto.
Ele, como já era de esperar, resolveu segui-la. E
Infelizmente, o que o urso não sabia, era foi então que ela, ao vê-lo, apaixonou-se por ele
que a sua fada madrinha era um pouco logo à primeira vista. Ficou perdidamente
despistada, e enganara-se no caminho… enamorada.
De chegada ao bosque, Benjamim não Quem não gostara muito da ideia, fora a
queria acreditar… Nunca tinha visto tal criatura sua fada madrinha. Começara a sentir uma
em toda a sua pontinha de
vida… era tal ciúmes. Foi então
como ele que se lembrou
imaginara… dum feitiço
bonita, maquiavélico para
“charmosa”, os separar. Esse
doce… Mas havia feitiço consistia no
ali qualquer coisa seguinte: com a
errada…Sentiu-se ajuda da sua
mal. Não sabia ampulheta mágica,
explicar porquê, prenderia a sapa
mas o seu eu e, assim, o urso
exterior não era não a conseguiria
tão encantador ver. No entanto,
como o da sapa. “Não sou nada bonito”, pensou, havia a
desiludido. Mas, para sua sorte, viu à entrada do possibilidade dos
apaixonados
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comunicarem entre si: através de um búzio.
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A Fada, a serpente e o cão a assustou. Afinal, era só um pequeno
cachorrinho.
Era uma vez uma fada noviça na
feitiçaria, e tinha o imenso prazer de
transformar
pessoas em — Dá-me aquela maçã! - Pediu o
animais, o que cachorrinho.
muitas vezes não A fada, com muito espanto por ter
agradava aos encontrado um animal falante, colheu a
humanos. maçã, e deu-lha.
Chegou um
— Obrigado - Disse o cachorrinho, com os
dia em que
olhos cintilantes - Nem tu imaginas o que isto
decidiu ir
significa para mim.
passear. A meio
do caminho — Para onde vais num dia de tanto calor? -
encontrou uns Perguntou a fada.
binóculos e
pensou: — Vou para a floresta, lá está fresco, passo
-O que será lá os dias, não tenho que me preocupar com o
isto? - Ela nunca mundo lá fora.
tinha visto tal — Então vou acompanhar-te.
coisa - Quem iria deixar um objecto tão
fascinante aqui abandonado?. Então, a fada
guardou os binóculos e, ao erguer a
cabeça, viu com muito espanto um focinho
preto brilhante mesmo à sua frente, o que
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E lá foram os dois. — Uma serpente, uma serpente!!
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Estava tudo muito sombrio, e aquele som muito rapidamente com a sua cauda.
ressonava na casa e na cabeça dos convidados. Evidentemente a fada conseguiu ler o que estava
lá escrito:
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Decidiram espreitar. Ao entrarem por e uma só voz vou ficar inquebrável.
aquela porta, descobriram a fonte do som
esquisito, que — “Palavra-chave” correcta - Repetiu a
era a corrente misteriosa chave.
de ar a passar A serpente pegou numa vassoura
pelos buracos encostada uma
da porta. parede de cor
Ouviram cinza.
uma voz, uma — Para que
voz que vinha serve essa
de uma vassoura? Como
misteriosa e sabes a palavra-
sinistra chave chave? -
falante. Interrogou a fada.
“Palavra-
chave”, repetia — Eu já não
ela sem parar. percebo mais
Ao vê-los, nada!! –
continuou: Lastimou-se o
cachorrinho,
— O meu desesperado.
sonho de ser só
um tornou-se — Segurem
fraco e com a vassoura e não
duas digam mais nada,
personalidades vou mostrar-vos um sítio mágico.
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Agarraram na vassoura e voaram até ao — Sim, é o que estás a ver sou o mago,
lago. que há um tempo atrás transformaste-me em
serpente. Achas que sou feliz? Achas que o teu
— Para que nos trouxeste aqui? - irmão é feliz? - Disse ele, apontando com a mão
Perguntou a fada. em direcção ao cachorrinho, pois os binóculos
— Já estou a perceber, tu és o mago mostram a verdadeira forma das coisas.
- Disse o cachorrinho.
— O que é que vocês estão a esconder? – — O quê? O meu irmão? Mas eu pensei que
Perguntou a fada, atónita. ele tivesse ido viajar!!
— Pega — E fui, mas voltei, pensei que me
no teu binóculo, pudesses ajudar a encontrar a minha forma
olha para mim e humana, ela não tem culpa de nada, não foi ela
diz-me o que que me transformou! Exclamou o cão, olhando
vês! Exclamou a para o mago.
serpente. A fada
respeitando as — Então quem foi? Perguntou o mago,
ordens pegou perturbado com o erro que tinha cometido.
no binóculo,
olhou através — Desconheço quem o fez, só sei que
dele e, com preciso que ela me ajude!
muito espanto,
disse:
— Não
pode ser…….
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— Mas como, como posso ajudar? — Depressa! O tempo escasseia! -
Perguntou a fada. Gritou o cachorro olhando para um ampulheta
mesmo ao lado.
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De um minuto para o outro, todos os Enfim como sempre e para sempre, tudo
encantos desapareceram. Agora, quem lá estava acabou em bem!
eram o mago e um menino. Afinal, o que a fada
tinha que fazer era sentir arrependimento!
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Onde está o Cão? Ao chegar ao seu modesto lar na floresta,
ela, como queria ser simpática, ofereceu ao
Em tempos idos, uma velhota passeava lobisomem um chá e, como era muito
com o seu cão, que era muito brincalhão. conversadora, contou-lhe o que se tinha
Este, ao ver um gato, começou a correr atrás passado com o seu cão. O lobisomem,
dele e a velhinha, ao ver o seu animal a sensibilizado com o que se tinha passado,
correr atrás do outro bicho, foi atrás dele. Foi levou-a a dar uma volta pela floresta, para
então que tropeçou numa pedra, caiu e o cão ver se o encontravam. Porém, nem sinal
fugiu sem deixar rasto. dele… Como já era tarde, a velhota despediu-
se do lobisomem e foi-se embora.
Quando se levantou, reparou que tinha
uma grande ferida no pé, e que não
conseguia andar. Nesse momento, um
lobisomem que ali passava deu-lhe um velho
par de botas. Assim que a velhinha as calçou,
reparou que estava curada, e levou-as para a
sua casa.
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Entretanto, perdeu-se no meio da Meteu conversa com ele e reparou que
floresta e, enquanto vagueava pela ele tinha algo de especial pois, segundo as
escuridão, encontrou uma luz misteriosa, que histórias dele, às vezes tinha sonhos que se
a levou até à beira de um rio. Como já era passavam no futuro. Contou-lhe também que
tarde, decidiu dormir numa gruta ali perto. tinha tido um sonho com um cão! A velhinha,
entusiasmada, quis saber de mais novidades
A velhota, triste e inconformada, não
mas o búzio, assim que lhe disse isto,
conseguia dormir. Por isso, decidiu ir para a
desapareceu por entre a areia do rio.
beira do rio e pôs-se a ouvir os sons deste.
De repente, viu uma coisa estranha a mexer- Já de manhã, a velhota pôs-se andar à
se dentro de água e reparou que era um beira do rio, quando reparou que, na margem
búzio que por ali andava. deste, se encontrava um pequeno saco com
rebuçados no interior. Curiosa, chupou um e
guardou os outros no saco. Quando deu por
si, estava na floresta onde o lobisomem se
encontrava. A velhota, ao vê-lo desocupado,
pediu-lhe que a acompanhasse no resto do
seu percurso. Ele concordou e lá foram os
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dois à procura do cão. Eu era asim uma pessoa normal como tu! Era
Depois de andarem a noite toda, foram um dos muitos servos do rei, um rei bondoso
ter a um castelo abandonado onde
que gostava das pessoas. Era também um
pernoitaram. De manhã, quando a velhota
sábio que gostava de aprender coisas novas.
acordou, o lobisomem estava a chorar e a
Um dia, ao fazer uma experiência, houve
velha perguntou-lhe:
uma grande explosão de fumos e ele, ao
- O que é que se passa? respirar esses fumos, ficou doido e começou
a fazer mal a toda a gente. Um dia, ele
- Este castelo traz-me más recordações
executou uma experiência para alterar o
- O que é que o atormenta neste castelo? corpo, para a testar e ver se funcionava.
Chamou-me e obrigou-me a ingerir um
líquido horroroso, e de repente transformei-
- me num lobisomem peludo.
Quando me
apercebi, nem
queria acreditar!!
Depois de
a velhota ouvir esta
história, o seu
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companheiro silenciou-se. Entraram no transformou-se num velho todo curvado e ela
castelo e procuraram mais uma vez o seu cão quase ia caindo para trás de espanto e, se
mas não encontraram nada. A velhota, triste, não fosse o cão, ela tinha mesmo caído.
foi-se embora com o lobisomem.
Mesmo já muito velhinhos, decidiram
Mas ao saírem do antigo reino, viram um casar e morar naquele castelo com o cão,
pequeno anão brilhante que lhes disse: que, entretanto, também achou boa ideia
acasalar com uma cadela que por ali passava.
- Eu vou conceder-vos um desejo, e pensem
E assim acaba a nossa história!
bem no desejo que quererão!
Diogo Infante e João Brito, 7º A
A velha, sem hesitar, disse:
Ilustrações de:
-Quero o meu cão de volta.
Alan Lee (6); John Howe (2,5); Patrick
De repente, o anão transformou-se no
Mcdowell (1); Nathan Bond (3); Mark Fearing
seu cão! A velhota, de contentamento, deu
(4); Mike King (7)
um beijo ao lobisomem. Este, subitamente,
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A menina, O Cavalo e o Um dia, andava numa
Lobo encruzilhada com o seu cavalo, quando
encontrou um lobo.
Era uma vez, em tempos que já lá
vão, uma menina e o seu cavalo. A - Tens alguma coisa de comer? –
menina era pobre, tinha cabelos loiros, Perguntou o lobo.
olhos negros, um A menina, ainda a medo, disse
vestido outrora que não, mas se ele estivesse com
vermelho já com fome, podia
alguns remendos. O ajudá-la a
cavalo era castanho, procurar
não era puro-sangue, comida e assim
não corria muito e já partilhariam o
era velhinho. A que
menina não usava encontrassem.
sapatos, por isso os
seus pés tinham - És muito
sempre muitas feridas amável. Como
e calos. Mas ela não se preocupava, recompensa,
ela só queria encontrar alguma coisa dar-te-ei estes
para comer e para dar de comer ao sapatos, vejo
seu cavalinho. que não usas
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uns há algum tempo. – E deu-lhe uns Dito isto, os sapatos começaram a
sapatos cinzentos. A menina calçou-os vibrar e a menina, o cavalo e o lobo
logo e os três partiram à procura de voaram para um sítio da floresta
comida. escuro e frio, onde se ouviam muitos
grilos e pássaros. Pendurado numa
Começaram a andar, mas o
árvore, estava um casaco azul com
cavalo tropeçou numa coisa que luzia
tiras vermelhas.
com a luz do Sol.
- Que estranho! – Disse a menina
- É um binóculo! – Exclamou a
indignada – é melhor guardarmos isto,
menina.
pode-nos servir para alguma coisa.
- Podemos utilizá-lo para
Puseram o casaco às costas do
encontrar algum coelho para comer. –
cavalo e as botas nas mãos da menina.
Respondeu o lobo.
Ao longe via-se uma cabana a
Pegaram no binóculo e
deitar fumo pela chaminé.
espreitaram por ele. De repente, o lobo
viu um coelho a ir para a sua toca ao
longe.
- E se o tentássemos caçar?
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Já estava a escurecer, por isso vegetação que havia naquela clareira.
decidiram bater à porta e pedir abrigo. Como já estavam cansados, a menina
Bateram três vezes mas, como dormiu num monte de palha, o lobo
ninguém atendia, decidiram entrar. A enroscou-se ao pé da lareira e o cavalo
porta estava aberta, e lá por dentro deitou-se ao pé da cabana.
não se via ninguém, apenas uma
De manhã, ao acordar, viram com
lareira acesa e comida na mesa. A
clareza o que havia naquela clareira.
menina e o lobo decidiram comer, e
Havia um riacho, muitas árvores e uma
puseram o cavalo a pastar na
luz misteriosa por detrás de uns
pinheiros.
Foram ver o
que era. Ao
chegarem
perto daquilo,
não viram
nada. Os
sapatos da
menina de
repente
começaram a
tremer uma
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vez mais e foram os três pelos ares a - Mas e então, o casaco e as
voar. botas? Para que servirão? –
Questionou-se a menina.
Foram dar a um sítio lindíssimo,
onde havia uma gruta, um rio muito O lobo não soube responder.
azul e muitas pernadas de chorão.
Ouvia-se os pássaros e a ligeira
ondulação do rio.
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Tomaram Mas o cavalo continuou a falar e disse
banho no rio e “Tens de pegar na ampulheta
refrescaram-se. rapidamente e calçar os sapatos,
Mas o cavalo viu porque vamos para um sítio diferente”
uma coisa na A menina, então, apressou-se, calçou
água e desatou os sapatos e pegou na ampulheta.
aos pinotes. A
Começaram de novo a voar e de
menina,
repente estavam num sítio diferente.
estranhando a
Já era noite. Ouviam-se os sapos. A luz
excitação dele,
da Lua iluminava tudo. Estavam numa
olhou para onde
ponte de pedra. Nas paredes dela,
ele olhava e viu
estava um frasco com comprimidos de
um búzio muito
várias cores.
bonito. Pegou
nele e colocou-o ao ouvido para ouvir o - Quererá isto dizer que algum de
mar, mas em vez de ouvir o som das nós vai adoecer? – O lobo não gostava
ondas, ouviu uma voz. “Sou eu, o teu de estar doente e tinha pavor de
cavalo. Com este búzio podes doenças.
entender-me.” A menina ficou muito
A menina viu o cavalo agitado e
contente e pensou em todas as coisas
meteu o búzio nos ouvidos.
que o cavalo lhe podia dizer e explicar.
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- Ali ao longe está uma estranha - Fui mordida por uma cobra, mas
cana de pesca, é melhor irmos vê-la não acho que seja venenosa. Vamos
ver da cana.
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- Esta floresta é muito estranha. estava assim, devido à mordidela da
O melhor é entrarmos e procurarmos cobra. O lobo foi à procura dos
com o binóculo alguma comida. comprimidos, pôs um na boca da
menina e esta, de repente, ganhou cor
O lobo e o cavalo assim o fizeram
e acordou
e a menina procurou com o binóculo
comida. Encontrou uma lebre, - Salvaram-me a vida! A cobra
cozinhou-a e serviu para jantar. Depois era venenosa. Devia ter tomado logo
deitaram-se, novamente muito um comprimido.
cansados. Mas a meio da noite, o
De
cavalo acordou e viu que a sua dona
repente, os
não se mexia e estava muito branca.
sapatos
Acordou o lobo e este percebeu que ela
começaram a
vibrar. A casa
transformou-se
de novo numa
cana e voaram
pelos ares de
novo.
Estavam
agora num
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castelo. Um castelo digno de um pegou no anel e pediu a menina em
príncipe, pensou a menina. Ouviam-se casamento. Ela aceitou e viveram
os pássaros a chilrear. Olhou em volta, felizes para sempre, com o seu
e viu um anel caído no chão. Pegou cavalinho a seu lado.
nele e pensou para que serviria ele. De
repente, a ampulheta começou a
vibrar. Carolina Valente e Mariana Dias, 7ºA
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