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adultos, porquanto o adolescente levado a reivindicar rapidamente formas de autonomia que outrora, s mais tarde eram desejadas ou reclamadas. Compreende-se, pois, o espanto das geraes anteriores que tm a recordao de s haver sentido ou manifestado muito mais tarde os comportamentos, atitudes e sentimentos que hoje detectam nos indivduos cuja idade civil levaria a considerar ainda crianas. Esta surpresa, que se transforma em confuso, surge com nitidez na vida familiar, onde o assombro por notar to cedo as caractersticas da adolescncia e os sintomas da sua crise. Tambm se manifesta no meio escolar. Quando a puberdade surgia mais tarde e a escolarizao era mais breve, os alunos eram essencial e quase exclusivamente crianas. Hoje elas cresceram mais depressa e contribuem para aumentar a massa de adolescentes e o volume de reivindicaes, nomeadamente em matria de orientao e de formao profissionais, de tempos livres e, de um modo geral, de integrao na sociedade. Houve quem afirmasse que se situava a uma das causas da delinquncia. De qualquer modo, concebe-se bem o sentimento de revolta que provoca a impresso de ser tratado, mais segundo a sua idade civil do que em conformidade com a idade biolgica, por educadores que no discerniram as modificaes. Importam, pois, que estes ltimos saibam adaptar-se situao, cujos aspetos novos no descortinam suficientemente. H, entre a criana e o adulto, diferenas slidas, A criana dizia Rousseau, tem maneiras de ver, pensar e sentir que lhe so prprias, e no h nada to insensato como pretender substitu-las pelas nossas. In Palmensis Mirabilis de Joo Portelinha