Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O artigo 183, por sua vez, fixou que todo aquele que possuir, como sua, área
urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua
família, adquirirá o seu domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel
urbano ou rural. Este artigo abriu a possibilidade de regularização de
extensas áreas das cidades ocupadas por favelas, vilas, alagados ou invasões,
bem como loteamentos clandestinos espalhados pelas periferias urbanas,
Int roduç ão
Tendo em conta:
o fortalecimento do município [esfera responsável pela elaboração e pela
aplicação da política urbana] após a Constituição de 1988.
que no Brasil 81% da população vive em cidades.
a leitura das cidades brasileiras [comprovada pela assimetria e
desigualdades de suas condições urbanísticas e acentuadas pelas pressões por
expansão]...
Regularização fundiária;
De indução do desenvolvimento
urbano
Parcelamento, Edificação e Utilização compulsórios (arts. 5º e 6º);
IPTU progressivo no tempo (art.7º);
Desapropriação para fins de reforma urbana com pagamento em títulos
(art.8º);
Direito de superfície (arts. 21 a 24);
Direito de preempção (arts. 25 a 27);
Outorga onerosa do direito de construir (arts 28 a 31);
Operações urbanas consorciadas (arts. 32 a 34);
Os I ns trum ent os
plano diretor:
Finalidade [articulado ao plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamento
anual];
Abrangência [todo o território do município];
Participação [elaboração, acompanhamento e revisão];
Revisão [a cada 10 anos];
Obrigatoriedade [mais de 20mil hab, região metropolitana ou aglomeração
urbano; áreas de interesse turístico; áreas de empreendimentos com impacto
ambiental];
Conteúdo mínimo [delimitação de áreas e disposições no sentido da inclusão de
alguns instrumentos específicos; sistema de acompanhamento e controle].
Conceito
- Com esse instrumento pode-se estabelecer, através de notificação ao
Indução do desenvolvimento urbano
Objetivos
- Tem o objetivo de coibir a retenção especulativa de imóvel urbano.
- Considera-se que as áreas vazias na malha urbana são socialmente prejudiciais,
sendo atendidas por infra-estrutura urbana (implementada através de
investimentos públicos) devem servir às necessidades da população.
Como implementar
- Deverá ser criada lei municipal específica para reger o parcelamento, a
edificação ou a utilização compulsórios, na qual serão fixadas as condições e os
prazos para implementação da referida obrigação, aplicando-se em área incluída
no Plano Diretor.
IPTU progressivo no tempo
Conceito
- Tributo de valor crescente (ano a ano) que busca punir os proprietários de
terrenos cuja ociosidade ou mal aproveitamento acarrete prejuízo à população.
- Aplica-se aos proprietários que não atenderam à notificação para
parcelamento, edificação ou utilização compulsórios.
Objetivo
- O objetivo é estimular a utilização socialmente justa e adequada desses
imóveis ou sua venda.
Indução do desenvolvimento urbano
Como implementar
- A aplicação do imposto predial e territorial progressivo no tempo ocorrerá
mediante elevação da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos, tendo
como limite máximo 15% do valor venal do imóvel.
Alertas
- Ocorrerão em municípios que possuam um adequado sistema de cobrança, sendo
necessário a permanente organização e atualização do cadastro imobiliário.
- Cabe avaliar se a cidade tem problemas decorrentes da ocupação
excessivamente dispersa.
- Trata-se de um instrumento relativamente sofisticado de gestão, portanto,
demanda que o governo municipal esteja capacitado para adotá-lo.
Desapropriação com pagamento em
títulos da dívida pública
Conceito
- Após 5 anos de cobrança do IPTU progressivo no tempo, sem que o proprietário
tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o poder
público municipal poderá desapropriar o imóvel, com pagamento em títulos da
dívida pública.
Objetivo
As áreas desapropriadas poderão servir para promoção de transformações na
Indução do desenvolvimento urbano
cidade, como:
-a implantação de unidades habitacionais ou a criação de espaços públicos para
atividades culturais, de lazer e de preservação do meio ambiente;
- destinação de áreas para atividades econômicas voltadas à geração de renda e
emprego.
Como implementar
- Sua utilização somente se dará no caso de ineficácia das penalidades
anteriormente citadas.
Direito de preempção
Conceito
- Confere, ao poder público municipal, preferência para a compra de imóvel
urbano, respeitado seu valor no mercado imobiliário, antes que o mesmo seja
comercializado entre particulares.
Objetivo
- Permite que o poder público tenha preferência na aquisição de imóveis de
interesse histórico, cultural ou ambiental, para que estes recebam usos
especiais e de interesse coletivo.
- Possibilita a aquisição de áreas para a construção de habitação popular; a
Indução do desenvolvimento urbano
Como implementar
- Lei municipal, baseada no Plano Diretor, deverá delimitar as áreas onde
incidirá a preempção.
- As áreas devem ser destinadas às finalidades: regularização fundiária;
programas e projetos habitacionais de interesse social; reserva fundiária;
ordenamento e direcionamento da expansão urbana; implantação de
equipamentos urbanos e comunitários; espaços públicos de lazer e áreas verdes;
unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental;
proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.
Outorga onerosa do direito de
construir
Conceito
- Fundamentada por dois princípios: direito de superfície [dir. prpop.≠ dir. constr.]
e função social da propriedade.
- Agrega ou subtrai valor a uma propriedade, em função de sua capacidade de
edificação [solo criado], concedido por legislação urbanística [através de
coeficiente de aproveitamento ou densidade básica].
- Proprietário poderá construir para além da relação estabelecida para a área,
porém, pagando ao poder público pelo direito concedido, com valor proporcional
ao custo do terreno.
Indução do desenvolvimento urbano
Objetivos
- Maior controle das densidades urbanas; geração de recursos para investimentos
em áreas pobres; desaceleração da especulação imobiliária.
Como implementar
- PD deverá fixar áreas nas quais o direito de construir e de alteração de uso
poderá ser exercido, estabelecendo índices adequados, compatíveis.
- PD deverá definir os limites máximos de construção a serem atingidos,
considerando a infra-estrutura existente e o potencial de densidade a ser
alcançado em cada área.
- PD poderá fixar um coeficiente de aproveitamento básico, único para toda a zona
urbana, ou nos casos necessários, adotar coeficiente diferenciado para áreas
específicas.
Alertas
- As condições para a outorga onerosa deverão constar em lei municipal
específica [recomendável que seja o próprio plano].
- Às vezes adensamento construtivo não vem acompanhado de adensamento
Operações urbanas
consorciadas
Conceito
- Conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo poder público municipal,
com a finalidade de preservar, recuperar ou transformar um setor da cidade
contando com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes
e investidores privados.
Objetivo
- O objetivo é viabilizar intervenções estruturais em maior escala, melhorias
sociais e a valorização ambiental de determinada área.
Como implementar
Indução do desenvolvimento urbano
Alertas
-Incidir em áreas já valorizadas, expulsando usos, atividades e populações.
Instituição de ZEIS [ou AEIS]
Conceito
- Produtos das lutas dos assentamentos irregulares pela não remoção, melhoria das
condições urbanísticas e regularização fundiária.
Objetivo
-Inclusão de parcelas marginalizadas da cidade nas regras legais; introdução de serviços e
infra-estrutura onde não chegavam; regulação do mercado de terras pela redução da
diferença dos preços; aumento da arrecadação do município [áreas regularizadas podem
passar a ser tributas]; aumento oferta de terras para o mercado de baixa renda.
Como implementar
- Em função do uso e ocupação da área urbana, identificar assentamentos irregulares onde
Regula riz açã o fund iária
OBS.: áreas de especial interesse urbanístico [Lei nº 6.766/79] para definir áreas inseridas
em zona rural. Há também possibilidade de criação de AEI ambiental, histórico, cultural,
paisagístico...
Conselhos – Órgãos colegiados de política urbana
Conceito
- Órgão em que representantes do governo + diversos setores da sociedade civil [instituições
do poder público, universidades, entidades sindicais, associações de moradores, ongs]
participam do planejamento e da gestão cotidiana da cidade.
Objetivos
De mocr atizaçã o da g estão ur ba na
Como implementar
- Proposta e aprovação de lei pela Câmara municipal instituindo o Conselho.
- Lei deverá definir: suas competências; seu caráter [consultivo ou deliberativo]; sua
composição [número e proveniência]; o modo de escolha dos representantes.
- Executivo deve prover infra-estrutura mínima [sala reuniões, linha telefônica, forma de
circulação de informações e convocações].
Alertas
- Drenagem dos recursos destinados a estes órgãos são formas de enfraquecê-los.
- Linguagem técnica dificulta uma participação popular ampla.
- Garantia de idoneidade nos processo de escolha dos representantes [eleições].
Discussão e Apresentação
a pauta projetual para a Barra do Ribeiro e os instrumentos do Estatuto
da Cidade
Temas m ais r ecorrente s p ara a tivida de co le tiva