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(2008) Arqueologia
Poder e Peformatividade Pública: Introduçao a do Saber. São Paulo: Martins Fontes.
A arqueologia será responsável pela detecção dos discursos e de sua formação histórica em
um determinado campo de saber: como, em um determinado campo, dado discurso se formou;
como surgiu e se configurou um discurso legitimado sobre determinado assunto. O discurso,
dentro da arqueologia, possui uma ordem, uma normatividade – a ordem do discurso –, que
ultrapassa as categorias linguísticas e normativas da língua.
“no problema do discurso, é o fato de que alguém disse alguma coisa em um dado momento. Não
é o sentido que eu busco evidenciar, mas a função que se pode atribuir uma vez que essa coisa foi
dita naquele momento. Isto é o que eu chamo de acontecimento. Para mim, trata-se de considerar
o discurso como uma série de acontecimentos, de estabelecer e descrever as relações que esses
acontecimentos – que podemos chamar de acontecimentos discursivos – mantêm com outros
acontecimentos que pertencem ao sistema econômico, ou ao campo político, ou às
instituições” ([1978],2006,p.255-256).
DA ARQUEOLOGIA DO SABER À GENEALOGIA DO PODER
E se o discurso produz “efeitos de verdade”, está, por sua vez, permeado pelos
efeitos de poder que percorrem todo e qualquer discurso, logo torna-se fundamental
entender e esquadrinhar o caminho genealógico do poder
GENEALOGIA DO PODER
a noção de genealogia cunhada por Foucault tem herança nietzcheana, que propõe
uma genealogia da moral que distancia sua genealogia de uma ideia de natureza,
ao contrário, a moral passa a ser fomentada, desde os gregos, perpassando
instituições sociais como religião, família e política.
* ver Genealogia da Moral ([1887], 2001)
“O poder não opera em um único lugar, mas em lugares múltiplos: a família, a vida
sexual, a maneira como se tratam os loucos, a exclusão dos homossexuais, as relações
entre os homens e as mulheres...” ([1973], 2006, p. 262).
“A genealogia seria portanto, com relação ao projeto de uma inscrição dos saberes
na hierarquia de poderes próprios à ciência, um empreendimento para libertar da
sujeição os saberes históricos, isto é, torná-los capazes de oposição e de luta contra a
coerção de um discurso teórico, unitário, formal e científico” (1979, p. 172).
PROBLEMATIZAÇÕES
- História da Loucura
- O nascimento da Clínica
- As palavras e as coisas
- Arqueologia do saber
ARQUEOLOGIA COMO PROCEDIMENTO
Enunciado/ acontecimento e discurso
1. Nominalismo Histórico
2. Evento
3. Espacialização da Razão
4. História pós estrutural