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Introdução à Economia

Princípios de Economia
Introdução à Economia
• De modo geral, a economia preocupa-se em estudar três
pontos-chave:

1) Como as pessoas tomam decisões?

2) Como as pessoas interagem umas com as outras?

3) Forças e tendências que afetam a economia como um


todo.

• Baseando-se nesses tópicos será visto alguns importantes


princípios relacionados à economia.
Como as pessoas tomam
decisões?

• O comportamento de uma economia retrata o


comportamento das pessoas que a formam.

• É bom começar, assim, o estudo da economia


com quatro princípios que norteiam a tomada
de decisões individuais.
Princípio 1: Pessoas enfrentam
trade-offs
• “Nada é de graça”: para obter uma coisa que
desejamos, temos de abrir mão de outra coisa da qual
gostamos.

• Tomar decisões exige comparar um objetivo com


outro.

• Ex.1:
– Estudante deve decidir como alocar seu recurso mais valioso:
seu tempo.

– Cada hora que se dedica ao estudo é uma hora que deixa de


estudar outra disciplina ou fazer outra coisa melhor (ver
televisão, dormir, etc.).
Princípio 1: Pessoas enfrentam
trade-offs
• Ex.2:
– Casal decidindo como gastar a renda da família:
comprar comida, comprar roupas; gastar nas férias;
poupar para o futuro, etc.

– Quando se gasta um real em alguns desses itens,


eles ficam com um real a menos para as outras
despesas.

• Esses dilemas são os trade-offs enfrentados


pelas pessoas ao tomarem suas decisões.
Princípio 1: Pessoas enfrentam
trade-offs
• O fato de reconhecer que as pessoas
enfrentam inúmeros trade-offs não nos diz, por
si só, quais decisões serão tomadas.

• Porém, reconhecer os trade-offs da vida é


importante porque as pessoas só tomam
decisões acertadas se entenderem as opções
disponíveis.
Princípio 2: O custo de alguma coisa é
o que você desiste para obtê-la
• Como as pessoas enfrentam trade-offs, a tomada de
decisões exige a comparação dos custos e benefícios
das várias ações.

• Custo de Oportunidade: É o valor daquilo que se deixa


de fazer, ao realizar uma escolha. É o que se abre
mão.

• Em muitos casos, contudo, o custo de oportunidade


de uma ação nem sempre é óbvio.
Princípio 2: O custo de alguma coisa é
o que você desiste para obtê-la
• Ex.: Qual o custo de cursar uma universidade?

• Custos Diretos: moradia, alimentação,


mensalidade, transporte, livros, etc.

(Essa definição ignora o maior custo de frequentar a


universidade: seu tempo).

• Custo de Oportunidade: você poderia usar seu


tempo para trabalhar e ganhar um salário.
Princípio 3: Pessoas racionais pensam
na margem
• As decisões econômicas raramente são do tipo tudo
ou nada, mas geralmente lidam com alterações
incrementais.

• Ex.: Na véspera de uma prova, a decisão do aluno


não é entre estudar nada ou 24 horas por dia, mas
entre gastar mais uma hora revendo a matéria ou
dormir cedo.

• Os economistas empregam a expressão “alteração


marginal” para descrever pequenos ajustes
incrementais a um plano de ação.
Princípio 3: Pessoas racionais pensam
na margem
• Um tomador de decisões racional empreende
uma ação se, e somente se, o benefício
marginal de tal ação exceder seu custo
marginal.

(ou seja: o acréscimo no benefício deve ser maior


que o acréscimo no custo)

• Em muitas situações, as pessoas tomarão


decisões melhores se pensarem na margem.
Princípio 4: Pessoas respondem a
incentivos
• Como as pessoas tomam decisões comparando
custos e benefícios, seu comportamento pode mudar
quando estes se alteram.
• Ex.: As pessoas escolheram consumir maçã devido ao
seu baixo preço. Contudo, quando o preço da maçã
aumenta, as pessoas decidem comer mais pêras e
menos maçãs.
• Houve uma resposta a um incentivo → aumento no
preço causou alteração na escolha.
• Quando o governo adota medidas, ele deve ter em
mente como as pessoas responderão a esses
incentivos.
Como as pessoas interagem umas com
as outras?

• Os primeiros 4 princípios trataram da tomada


de decisão individual. Mas muitas decisões
atingem também outras pessoas. Os três
próximos princípios analisam a forma pela
qual as pessoas interagem entre si (Já que a
economia é exatamente um reflexo dessa
interação).
Princípio 5: O comércio pode melhorar
a situação de todos
• A concorrência existente no comércio entre
países (e entre pessoas) pode dar a
impressão de que isso é prejudicial aos
agentes econômicos envolvidos.

• Porém, ocorre o contrário: o comércio pode


beneficiar todos os lados envolvidos.

• Pode-se usar o exemplo de uma família:


Princípio 5: O comércio pode melhorar
a situação de todos
• Se ela se isolasse de todas as outras (ou seja, se não
fizesse nenhuma transação com outra família), o que
aconteceria com ela?
– Ela teria que produzir seus alimentos, suas roupas, construir
sua própria casa, entre outras coisas que seriam
extremamente inviáveis.

• O comércio permite que cada pessoa se especialize


na atividade em que tem maior habilidade.
Comercializando com outras pessoas, cada um pode
ter acesso a uma maior variedade de bens e serviços.
Princípio 6: Os mercados são uma boa forma
de organizar a atividade econômica

• Economia de Mercado (ou Livre Mercado) → as


decisões econômicas são tomadas pelas próprias
empresas e famílias, sem qualquer interferência
governamental.

• No Livre Mercado, eu decido o que vou consumir, a


empresa decide o quanto produzir e qual preço
cobrar.

• Mas isso não seria o normal? Não. Existe uma outra


forma de organizar a atividade econômica.
Princípio 6: Os mercados são uma boa forma
de organizar a atividade econômica

• Economia Planejada (Centralizada) → o governo é o


agente que orienta a atividade econômica, decidindo
quais bens e serviços produzir, quanto produzir e
quem produziria e consumiria esses bens e
serviços.

• Mas uma decisão planejada pelo governo não seria


melhor do que famílias e empresas agindo por conta
própria?
– Não necessariamente (porque são decisões individuais).
Princípio 6: Os mercados são uma boa forma
de organizar a atividade econômica

• A empresa é o agente mais indicado para


estabelecer o preço do seu próprio
produto.(Se ela cobrar um preço abusivo, as
pessoas simplesmente deixarão de
comprar).

• O consumidor é o agente mais indicado para


decidir o que ele irá comprar e se ele irá
pagar aquele preço.
Princípio 6: Os mercados são uma boa forma
de organizar a atividade econômica

• Por que o mercado é bem-sucedido?


Porque famílias e empresas, ao buscarem
seu próprio interesse, estarão buscando o
melhor para a sociedade como um todo.

• Mão Invisível → famílias e empresas


interagem no mercado, como se estivessem
sendo guiados por uma mão invisível que
conduz aos resultados desejáveis.
Princípio 7: Os governos podem às vezes
melhorar os resultados do mercado

• Apesar das vantagens do livre mercado,


podem ocorrer situações em que ele não
funciona da forma mais eficiente → Falhas
de Mercado

• Entre as causas das falhas de mercado tem-


se as externalidades e o poder de mercado.
Princípio 7: Os governos podem às vezes
melhorar os resultados do mercado

• Externalidade: é quando a ação de um


agente econômico afeta o bem-estar de
outro (É uma conseqüência indireta)

• Ex.: Uma empresa que ao produzir gera


poluição, e isso afeta o bem estar das
pessoas. O governo pode intervir para criar
regras ou multas.
Princípio 7: Os governos podem às vezes
melhorar os resultados do mercado

• Poder de Mercado: é a capacidade que uma


única empresa tem para influenciar o preço
de mercado.

• Ex.: Numa cidade em que só há um produtor


de uma certa mercadoria, ele tem poder para
estabelecer o preço que quiser o que é
prejudicial aos consumidores. O governo
pode regular a atuação dessa empresa para
aumentar a eficiência econômica.
Princípio 7: Os governos podem às vezes
melhorar os resultados do mercado

• Eficiência: questão importante em economia.


Supõe-se que os mercados sejam eficientes.
Mas, se houver falhas, o governo deve atuar
para corrigi-las e alcançar a eficiência.

• Crítica → os governos também podem ser


ineficientes: adotar políticas erradas,
administradores incompetentes ou se deixar
levar por interesses políticos.
Como funciona a economia como um todo

• O último princípio trata do funcionamento da


economia com um todo.
Princípio 8: O padrão de vida de um país
depende de sua capacidade de produzir bens e
serviços
• Observando os países do mundo percebe-se
uma grande diferença no padrão de vida. O
que causa essa diferença?

• A produtividade, isto é, a quantidade de bens


e serviços produzidos em um certo período
de tempo.
Princípio 8: O padrão de vida de um país
depende de sua capacidade de produzir bens e
serviços
• Nos países onde os trabalhadores podem produzir
grande quantidade de bens e serviços por unidade
de tempo, a maior parte das pessoas têm um alto
padrão de vida.

• Ferramentas para se elevar a produtividade:


educação, tecnologia e investimentos.

• Essas ferramentas devem ser a busca dos


formuladores de política econômica que desejam
aumentar o padrão de vida de uma população.

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