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Contexto histórico bairro Vila costa Silva

Com a construção do shopping Parque Dom Pedro, inaugurado em março de 2002,


houve um grande impacto ao seu entorno. Após a obra, o desenvolvimento urbano e a
valorização mobiliaria sofreu uma mudança significativa, além da produção de espaço urbano
ao seu redor. Consequentemente, alterações físicas, econômicas e sociais foram realizadas,
afetando o espaço e a dinâmica urbana da área de forma geral, assim como as áreas verdes,
dada a proximidade a uma região de preservação ambiental.

O shopping gerou a ocupação ao seu entorno, modificando o padrão de produção


urbano e o perfil da população, dando origem condomínios e loteamentos fechados, que
criaram áreas urbanas privatizadas conhecidas pela segregação socioespacial. Além disso, o
porte do shopping impôs uma nova dinâmica, que resultou na incrementação e valorização do
processo de desenvolvimento e alteração do padrão da ocupação do solo urbano.

As vias municipais e rodoviárias também sofrearam modificações visto que o fluxo


viário aumentou após a construção. O uso e ocupação do solo sofreram modificações, que
passou a receber investimentos comerciais e empresariais, aumentando o preço dos lotes do
bairro Vila Costa Silva, que consequentemente interferiu a vida dos moradores do bairro.

Em 1960, a política habitacional de Campinas era resumida em construções de


conjuntos habitacionais localizadas em áreas afastadas da cidade que passaram por
desapropriações que consequentemente transformaram áreas rurais em urbanas. O Bairro em
questão do trabalho foi construído pela Companhia de Habitação (COAHAB), no final da
década de 60, após um processo de desapropriação da fazenda Santa Genebra.

Inicialmente, o projeto tinha como objetivo a construção de 1531 unidades


habitacionais, que iriam abrigar cerca de 5000 moradores, porém foi interrompido pelo
abandono da construtora, gerando outro processo licitatório para que pudessem contratar
outra construtora, o que gerou aumento no valor final, limitando a obra. Logo, os espaços
públicos minimamente qualificados por obras de terraplenagem construção de infraestrutura
sofreram ausência.

O bairro inaugurado em 19 de junho de 1970, ficou marcado por lutas e mobilizações


dos moradores e associações. Tanto o posto de saúde, como creche, o posto de saúde e outras
obras de pavimentação, criaram um ‘’ Campão’’ de futebol improvisado em um terreno
propriedade da Viação Cometa devido a carência de equipamentos de esportes no bairro.

Com a recém politica habitacional criada no Banco Nacional de Habitação (BNH), o


modelo de política habitacional sofreu alteração, que substituía os antigos alugueis por uma
casa própria. Muitos mutuários do novo sistema de financiamento do BNH, que haviam se
mudado para a vila Coata silva, acabaram deixando suas casas por não conseguir pagar as
prestações elevadas, retornando para as favelas em que haviam crescido

Além disso, a comunidade da Igreja católica ajudou a aumentar a participação política,


o que foi fundamental para a implantação de infraestrutura de água e esgoto no Bairro. Sobre
a parcela da área verde na Vl. Costa e Silva, ela é ocupada pela praça localizada no centro do
bairro e palco de confraternizações comunitários, nomeada ‘’Praça Costa Silva’’
Localizado na região leste de Campinas, a Macrozona 4, o bairro é bem consolidado.
Distante por apenas 6km do centro, o bairro faz limite oeste com a rodoviária General Milton
Tavares de Lima, mais conhecida como ‘’tapetão’’, que liga Barão Geraldo a Campinas, ao
norte do Jd. Santa Genebra, onde o instituto agrônomo de Campinas cultiva plantações.

Recentemente, de acordo com o site ‘’Correio Popular’’ um grupo de manifestantes


estão tentando mudar o nome do bairro, visto que o nome faz referencia ao segundo
presidente do regime militar brasileiro, em 1966.  O grupo de jovens, mais conhecido como
“Domínio Público”, elaboraram duas faixas, uma em cada sentido do tráfego, e as prenderam
na passarela de pedestres sobre a Rodovia Zeferino Vaz , que faz limite com o bairro.
“Cláudia da Silva Ferreira”, morta por policiais militares em um morro do Rio de Janeiro, foi a
alternativa proposta pelos jovens para o novo nome da então Vila Costa e Silva.

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