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ALERGIA ALIMENTAR
Discentes:
Alessandra Manuelle Cordeiro Andrey de Araújo Dantas
Aline Cordeiro de Azevêdo Arimatheus Silva Reis
Ana Amélia Soares de Lima Arthur Henrique Machado
Ana Beatriz Alves Gondim Beatriz Bezerra de Oliveira
André Luiz Correia Brasil Darlenne Galdino Camilo
Definição
A alergia alimentar é uma doença consequente a uma reação imunológica anômala que ocorre após ingestão e/ou
contato com determinados alimentos.
F = fermentável
Toxinas bacterianas em
alimentos Cafeína no café Lactose O = oligossacarídeos
contaminados (frutanos,
galactooligosacarídeos)
D = dissacarídeos
(lactose, sacarose)
Tiramina no queijo
M = monossacarídeos
(frutose)
P = polióis (sorbitol)
Classificação
• Mista
IgE + linfócitos T + citocinas pró-inflamatórias
• Esofagite eosinofílica, gastrite eosinofílica,
gastrenterite eosinofílica, dermatite atópica e
asma;
ILC:Células linfoides
inatas (protegem APC que coloca os Ag
mucosa e mantêm
em contato com
homeostase)
linfócitos T e B, além
de ativar Treg
PP: principal sítio indutor.
Linf. B destinados à
produção de IgA (TGFβ)
Epitélio mais
Barreira Mais vulnerável
susceptível à
• intestinal mais
penetração de
à sensibilização
permeável alérgica
antígenos
- Amendoim
- Castanhas
80% das -Peixes e crustáceos
Alergias - Ovo
Alimentares -Trigo
-Soja
-Leite de vaca
Estímulos diversos
Alimentos Conjunto de
ao Sistema
desencadeadores proteínas Imunológico
•Pacientes com reatividade a •Entre 30% e 50% dos alérgicos •Frequente na Europa, e raramente
• Pacientes alérgicos: • Pacientes alérgicos a descrita no Brasil
alguns alérgenos do gato podem ao látex apresentam reatividade
↑reatividade a leites de proteínas de ovo de galinha clínica a algumas frutas, mas •Sensibilização: inalação de pólens
reagem à clara de ovo de reagir à carne de porco +
outros mamíferos (Ex: cabra, Possibilidade de reação à carne somente 11% dos pacientes que Proteínas têm reatividade cruzada
ovelha e búfala); outras aves apresentam reações a frutas com algumas frutas (especialmente
de vaca em pacientes com se ingeridas cruas)
• Leites de égua e camela: • Quando alérgicos à gema, alergia às proteínas de leite de desenvolverão alergia ao látex
•Reações: 1) Edema e urticária em
↓ percentual de reação podem apresentar reação à vaca •Frutas mais relacionadas à mucosa oral (síndrome da alergia
carne de frango •10% = Reatividade à realização síndrome látex-fruta: banana, oral) Epítopo conformacional; 2)
do teste cutâneo com taxas de abacate, maracujá, papaia e kiwi) Reações sistêmicas Epítopos
reatividade clínica bem inferiores resistentes / lineares Reações
graves
Reações a aditivos podem ser consideradas em pacientes com história de sintomas a múltiplos alimentos mal
referidos, ou quando o mesmo alimento provocar reações quando ingerido na forma industrializada, e não na forma
“caseira”.
Comorbidades
Lactente do sexo Etnia asiática e
alérgicas (dermatite Desmame precoce
masculino africana
atópica)
Época e via de
Insuficiência de Fatores relacionados exposição aos
Obesidade
Vitamina D à hipótese da higiene alérgenos
alimentares
Redução do consumo
Consumo de Redução do consumo de Ac. Gráxos
antiácidos de antioxidantes Poliinsaturados
(Omega 3);
Genéticos
Ambientais;
Culturais
Comportamentais;
Tabagismo
Filhos apresentam níveis elevados de IgE e eosinofilia no sangue do cordão umbilical. Sugere indução ao
perfil Th2;
Consumo de álcool
Elevação da IgE específica para antígenos alimentares e aeroalérgenos;
Dermatite
Alergia ao
atópica
ovo
Alergia grave
Asma
alimentar
Sensibilização
ao amendoim
FONTE:http://clinicaortoderm.
FONTE: FONTE: com.br/dermatologia/dermato
https://dermboard.org/rash https://lifeinthefastlane.com/tr logia-clinica/dermatite-de-
es/hives-urticaria/ aumatic-angioedema/ contato/
Manifestações Clínicas - GASTROINTESTINAIS
Variam de acordo com os mecanismos fisiopatológicos envolvidos: mediados ou não mediados por IgE ou
mistas
Podem acometer qualquer área do trato gastrointestinal
Manifestações clínicas - GASTROINTESTINAIS
Enfermidade crônica
Náuseas, vômitos, dor mediada
Acomete a orofaringe
abdominal e diarreia imunologicamente no
esôfago
Sintomas: edema,
O diagnostico é feito
hiperemia, prurido e
O tratamento deve ser pela E.D.A com biopsias
sensação de queimação
imediato que revelam infiltrado
nos lábios, língua,
eosinofílico.
palato e garganta
Manifestações clínicas - GASTROINTESTINAIS
Cólica do
Refluxo Constipação
lactente/choro
gastroesofágico Intestinal
excessivo
Rinite Alérgica
Asma Persistente
Síndrome de Heiner
Manifestações clínicas - SISTÊMICAS
Sistema Gastrointestinal
Sistema Respiratório
Sistema Cardiovascular
Língua
Epilepsia
geográfica
Otites de
Hiperatividade
repetição
Não Doenças
Hipersecreção
inflamatórias
brônquica confirmadas intestinais
Diagnóstico diferencial
Principais situações que impõem diagnóstico diferencial com as reações de hipersensibilidade alimentar:
http://www.dradeborafreire.com.br/cuidados-antes-de-realizar-o-
patch-test-ou-teste-de-contato/
Diagnóstico
Outros
Algumas mutações e variações genéticas, estão associados ao
início precoce dos sintomas
O que é? Oferta progressiva do alimento suspeito e/ou placebo, em intervalos regulares, sob supervisão médica para monitoramento de possíveis
reações clínicas, após um período de exclusão dietética necessário para resolução dos sintomas clínicos.
Indicação: – Confirmar ou excluir uma alergia alimentar; avaliar tolerância em alergias alimentares potencialmente transitórias (leite de vaca,
ovo, trigo, etc); avaliar reatividade clínica em pacientes sensibilizados e nos com dieta restritiva a múltiplos alimentos; determinar relação entre
alérgenos alimentares, doenças crônicas e reações imediatas; avaliar possíveis reações cruzadas; avaliar o efeito do processamento do alimento
em sua tolerabilidade.
Classificação: 1 -Aberto (paciente e médico cientes) - confirmar reações IgE e não IgE mediadas, Primeira opção quando resultado negativo e sintomas objetivos são
esperados.
2 - Simples cego (apenas o médico sabe) – Problema: Opinião médica influencia.
3 - Duplo cego e controlado por placebo (TPODCPC) – Padrão ouro na alergia alimentar. Desvantagens: tempo para execução, custos, necessidade de equipe diversa.
Fatores que influenciam: História clínica, idade, tipo de sintoma, tempo da última reação, resultados dos testes cutâneos e/ou dos níveis séricos de
IgE específicas, valor nutricional do alimento.
Execução do teste de provocação oral
Doença celíaca, de
doenças eosinofílicas,
de doença inflamatória
intestinal ou de outras
doenças de absorção
EDA
Resposta ao teste terapêutico seguida por teste de
provocação oral
Pacientes com
alergia alimentar APLV
não-IgE
Dieta de exclusão
Melhora Não melhora
TPO
Substituição da
TPO fórmula após 2
semanas
Positivo: Manutenção de
dieta de exclusão
Confirmação do terapêutica com a mesma
fórmula por 6 a 12 meses
diagnóstico
Tratamento da alergia alimentar
Na urgência:
• Ambulatorial especializado:
- A única terapia comprovadamente eficaz é a
exclusão dietética do alérgeno implicado nas
manifestações clínicas: educação do paciente e dos
familiares;
- O paciente deve possuir uma dose de
adrenalina autoinjetável e procurar serviço para
monitoramento de 4 a 6 horas;
- As recomendações atuais sugerem que os
pacientes com asma moderada ou grave e que
apresentaram anafilaxia desencadeada por alimentos
devem portar uma segunda dose de adrenalina
autoinjetável.
Tratamento da alergia alimentar
• TTO medicamentoso
TTO das doenças crônicas Aliviam parcialmente os
Corticosteóides
Anti-histamínicos
IgE mediadas ou mistas sintomas da síndrome da
alergia oral e os sintomas
Pode ser utilizado para cutâneos
reverter os sintomas
Uso prolongado é
inflamatórios graves
contraindicado devido
efeitos adversos
Não são capazes de bloquear
as manifestações sistêmicas
mais graves
Os quadros de alergia não
mediadas por IgE não
respondem a estas
medicações.
Tratamento da alergia alimentar
Imunoterapia oral (ITO) e a sublingual (ITSL) podem induzir dessensibilização ao alérgeno específica a alimentos.
10-20% dos pacientes são incapazes de tolerar a ITO pelos efeitos adversos gastrintestinais
A proteção é transitória, daí o alimento deve ser continuado para que a proteção seja mantida
Aprovação por comitê de ética e assinatura de termo de consentimento informado são essenciais
• Depende de:
Adesão Manifestações
apresentadas
A tolerância clínica ocorre para a maioria dos alimentos, exceto para o amendoim,
nozes e frutos do mar, que geralmente persistem durante toda a vida do indivíduo
Prevenção da alergia alimentar
• (V) O TPO deve ser feito em ambiente hospitalar, por causa dos riscos de reação oferecidos. Além desses,
também devem ser suspensos antagonistas de H2, Antidepressivos, Corticoesteroides, antagonistas do
leucotrieno e BD
• (F) Os únicos medicamentos a serem suspensos antes do TPO são os anti histamínicos.
• (F) O patch test é muito utilizado para o diagnóstico de alergias alimentares, devido à sua alta especificidade
• (F) O TPO só pode ser realizado em crianças a partir dos 7 anos. Qualquer idade
• (V) São considerados sintomas objetivos na interpretação dos exames: urticária generalizada, eritema,
palidez, angioedema, tosse e/ou sibilância, estridor laríngeo, alteração da voz, coriza, espirros repetitivos,
obstrução nasal, diarreia, diminuição da pressão arterial e anafilaxia
• (V) A pesquisa de sangue oculto nas fezes não tem muito valor paa o diagnóstico de alergia alimentar, devido
à alta possiilidade de resultados falso-positivos
• Com relação aos alérgenos alimentares, assinale a alternativa incorreta:
A) Alérgeno é qualquer substância capaz de estimular uma resposta de hipersensibilidade
B) Existem alérgenos compostos por carboidratos
C) Compostos termoestáveis geram reações de hipersensibilidade menos graves
D) Um exemplo de pan-alérgeno é a tropomiosina do camarão
E) O resultado de reatividade laboratorial de um alérgeno pode não se refletir em reatividade clínica
Referências
• SOLÉ, D. et al. Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar: 2018 - Parte 1 - Etiopatogenia, clínica e
diagnóstico. Documento conjunto elaborado pela Sociedade Brasileira de Pediatria e Associação
Brasileira de Alergia e Imunologia. Arquivos de Asma, Alergia e Imunologia. 2018;2(1):7-38.
• SOLÉ, D. et al. Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar: 2018 - Parte 2 - Etiopatogenia, clínica e
diagnóstico. Documento conjunto elaborado pela Sociedade Brasileira de Pediatria e Associação
Brasileira de Alergia e Imunologia. Arquivos de Asma, Alergia e Imunologia. 2018;2(1):39-82.