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Universidade de Brasília

Faculdade de Tecnologia
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental
Pós-Graduação em Geotecnia

GEOLOGIA DE ENGENHARIA
APLICADA A BARRAGENS

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
O SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO
PROINFA
Objetivos:
• Diversificação da matriz energética
brasileira, aumentando a segurança no
abastecimento;

• Valorização das características e


potencialidades regionais e locais, com
criação de empregos, capacitação e
formação de mão-de-obra; e

• Redução de emissão de gases de efeito


estufa.
UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
PROGRAMA:
• PROINFA – Programa de Incentivo as Fontes Alternativas de
Energia Elétrica;
• Inserção de 3.300 MW no Sistema Interligado Nacional – SIN:
– Eólica 1.100 MW
– Biomassa1.100 MW
– PCH 1.100 MW
• Entrada em Operação Comercial (Jan. a Dez. de 2006)
• PPA de 20 anos com a ELETROBRÁS

GARANTIAS:
• ELETROBRÁS compra 100% da ENERGIA PRODUZIDA
• ELETROBRÁS assegura pagamento mínimo de 80% da ENERGIA
CONTRATADA no exercício seguinte
• Correção dos Valores Econômicos e Preços pelo IGP-M/FGV

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
Módulo I
UHEs licitadas pela ANEEL

HISTÓRICO

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# * 54 1996 - ATUAL
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37 43
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* 3

14 * *28#
23 # * *# Concorrência - 1996 - 2 UHEs (63,0 MW)
#* 11
* *#
#
33
*
# Concorrência - 1997 - 4 UHEs (1.122,0 MW)
30 31
40
*#
#
#
*
* 17
9 #
*
2
*
# Leilão - 1998 - 7 UHEs (2.446,0 MW)
35
#
*#
* #39
*# 18 *
# Leilão - 1999 - 1 UHE (44,0 MW)
42 10 * 21
*#
#* 44
20 21 22 *
# Leilão - 2000 - 15 UHEs (2.328,0 MW)
*
# Leilão - 2001 - 17 UHEs (4.572,6 MW)

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
*
# Leilão - 2002 - 8 UHEs (1.584,0 MW)
Módulo I

UHEs previstas para


licitação em 2005

 Estudos em elaboração
 Estudos em análise
 Estudos aprovados UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
Exemplos de
Projetos Hidrelétricos

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
COMPLEXO
RIO MADEIRA - RO

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
Projeto Rio Madeira

HIDROVIA E ENERGIA

Integração de Infra-estrutura de Transporte e Energética entre


Brasil, Bolívia Diniz/2005
UnB/ENC/Geotecnia e Peru
Projeto Rio Madeira

LOCALIZAÇÃO
DAS USINAS

3.150 MW

3.300 MW

~3.000
MW

~600 MW

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
Projeto Rio Madeira

COMPLEXO DO RIO MADEIRA


Divisão da queda incluindo as usinas nacionais,
binacional e boliviana

AHE ESPERANZA ( BOLÍVIA) AHE CACHUELA ESPERANZA (BOLÍVIA) ~600MW

AHE GUAJARA-MIRIM (BINACIONAL) ~3.000MW


AHE GUAJARA MIRIM ( BINACIONAL)

11
AHE JIRAU 3.300MW
8
AHE JIRAU
AHE SANTO ANTÔNIO
90 3.150MW
AHE S. ANTÔNIO
70

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
Projeto Rio Madeira

COMPLEXO DO RIO MADEIRA


Áreas de influência do projeto

Acre Porto
Itacoatiara

Amazonas

Usinas Hidrelétricas Madeira


Ásia
Oeste Mato Grosso/Rondônia

Bolívia/Peru

Bolívia

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
Projeto Rio Madeira

COMPLEXO DO RIO MADEIRA


Áreas de influência
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UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
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Projeto Rio Madeira

COMPLEXO DO RIO MADEIRA


Integração da hidrovia do Rio Madeira
com o eixo 6 Peru-Brasil-Bolívia
IRRSA - Integração da Infra-Estrutura Regional da América do Sul

PORTO VELHO

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
Projeto Rio Madeira

COMPLEXO DO RIO MADEIRA


EFEITOS INTEGRACIONISTAS
Navegação de 4225 km à montante de Porto Velho
nos Rios do Brasil, Bolívia e Peru

TABELA DE DISTÂNCIAS DAS HIDROVIAS|

LOCALIZAÇÃO
DISTÂNCIA
RIO Montante Jusante (Km)
Madeira Rio Beni Porto Velho 230

Mamoré Puerto Grether Rio Madeira 1350

Guaporé Vila Bela Rio Mamoré 995

Beni Puerto Rio Madeira 820


Rurrenabaque
Madre de Dios Puerto Maldonado Rio Beni 630

Orthon Puerto Rico Rio Beni 200

TOTAL 4225

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
Projeto Rio Madeira

COMPLEXO DO RIO MADEIRA


Transporte de soja da região da
Chapada dos Parecis-MT

(Economia de us$ 15,00/ton no transporte)


Portos de Santos e Itacoatiara

Com Complexo Rio Madeira


C Hidrovia Madeira/Porto Itacoatiara

Atualmente
B Porto Itacoatiara

Até 1997
A Porto de Santos

95 125 140 163 170 US$/t


175

Preço do produtor
Frete rodoviário e portuário
Frete das hidrovias e portos

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
Projeto Rio Madeira

COMPLEXO DO RIO MADEIRA


Benefícios gerados

• Integração de Infra-Estrutura Energética e de Transporte


Brasil, Bolívia e Peru;
• Acréscimo de 4.225 km de rios navegáveis a montante de
Porto Velho (Brasil, Bolívia e Peru);
• Geração de energia em quantidade expressiva e de baixo
custo (Brasil – 6.450 MW, Guajará Mirim ~3.000MW em
estudo);
• Consolidação de Pólo de Desenvolvimento Industrial do
Agrobusiness na região oeste;
• Interligação elétrica dos estados de Rondônia, Acre,
Mato Grosso (oeste) ao Sistema Elétrico Interligado
Brasileiro e Amazonas (eventual –
UnB/ENC/Geotecnia em análise).
Diniz/2005
Projeto Rio Madeira

COMPLEXO DO RIO MADEIRA


GERAÇÃO DE RIQUEZAS

Pelo aumento da produção agrícola resultante da redução do preço de


transporte:
Brasil US$ 2,62 bilhões/ano
Bolívia US$ 4,20 bilhões/ano
US$ 6,82 bilhões/ano

Pelo aumento de geração de energia:


Brasil ~US$ 1,15 bilhão/ano
(não considerada usina binacional – em estudo)

TOTAL: US$ 8,00 bilhões/ano

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
Projeto Rio Madeira

COMPLEXO DO RIO MADEIRA


CARACTERÍSTICAS DAS USINAS

AHE SANTO
AHE JIRAU
ANTÔNIO

POTÊNCIA INSTALADA 3.300 MW 3.150 MW

Com 44 unidades Com 44 unidades


Bulbo de 75 MW Bulbo de 71,6 MW

ENERGIA FIRME 2.152 MW 2.144 MW

FATOR DE
0,65 0,68
CAPACIDADE
CUSTO DE
IMPLANTAÇÃO DA US$ 3.360 X 106 US$ 3.200 X 106
USINA (base 08/2004)
UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
Projeto Rio Madeira

COMPLEXO DO RIO MADEIRA


SITUAÇÃO ATUAL DO PROJETO

– AHE Jirau – Estudos de Viabilidade em análise pela

ANEEL;

– AHE Santo Antônio – Estudos de Viabilidade em


análise pela ANEEL;

– EIA/RIMA do Complexo (AHEs Jirau e Santo Antônio)


em fase final de elaboração com previsão de entrega
ao IBAMA em maio/2005.

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
Projeto Rio Madeira

COMPLEXO DO RIO MADEIRA


IMPACTO DO RESERVATÓRIO
Relação entre área do reservatório e potência instalada
USINAS NA ÁREA DO ÁREA DO RESERVATÓRIO /
POTÊNCIA
REGIÃO RESERVATÓRIO POTÊNCIA DA USINA
(MW)
AMAZÔNICA (km²) (km² / MW)
BALBINA 2.360 250 9,44
SAMUEL 584 217 2,69
MANSO 387 210 1,84
TUCURUÍ 4.000 0,61
1ª ETAPA 2.414
2ª ETAPA 8.000 0,30
271 0,09
SANTO ANTÔNIO 3.150
107 (*) 0,03
258 0,08
JIRAU 3.300
140 (**) 0,04

(*) Descontada a área do rio, a qual representa 61% da área do reservatório.


(**) Descontada a área doUnB/ENC/Geotecnia
rio, a qual representa 46% da área do reservatório.
Diniz/2005
FINALIDADE DAS BARRAGENS
As barragens podem ter uma ou mais
finalidades:

• Geração de energia elétrica;


• Abastecimento de água;
• Controle de enchentes;
• Navegação;
• Saneamento;
• Irrigação;
• Contenção de rejeitos, etc.
UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
TIPOS DE BARRAGENS
Segundo Gaioto (2003), a escolha do tipo de
barragem deve levar em consideração as
feições físicas do local e sua adaptação para
atender o objetivo para o qual será
construída.

• Barragem de gravidade;
• Barragem de gravidade aliviada (Concreto);
• Barragem em arco;
• Barragem de terra (Homogênea ou zoneada);
• Barragem de enrocamento.
UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
TIPOS DE BARRAGENS
Foz do Areia - Barragem de enrocamento
com face de concreto

UHE Funil - Barragem em arco

Barragem de Tucuruí - Barragem de terra e


enrocamento

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
FATORES GEOLÓGICOS CONDICIONANTES

• Cobertura de solos e rocha decomposta;


• Maciço rochoso:
– Matriz rochosa
– Feições estruturais
– Alteração diferencial
– Características de permeabilidade
– Comportamento Cárstico
• Modelos geomecânicos e critérios de projeto.

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
TIPOS DE SOLUÇÕES E TRATAMENTOS

O projeto do maciço de uma barragem está


intimamente relacionado às características
geotécnicas do terreno de fundação, em
particular:
• Problemas de deformabilidade;
• Problemas de resistência ao Cisalhamento;
• Problemas de permeabilidade.

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
TIPOS DE SOLUÇÕES E TRATAMENTOS

Redução da DEFORMABILIDADE: d = σּD/Em

↓ σ = esforço aplicado a camada considerada da fundação


Alargamento da base da estrutura; taludes mais abatidos
(por exemplo: barragem em arco → barragem de gravidade)

↓ D = espessura da camada
Remoção total ou parcial das camadas de compressibilidade e
resistência inadequadas

↑ Em = módulo de deformabilidade
Injeções de consolidação

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
TIPOS DE SOLUÇÕES E TRATAMENTOS

Aumento da RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO


FSd ≥ (C·L + (V-U) tgØ) / H

↑ C e Ø (Coesão e ângulo de atrito)


Trincheiras preenchidas com concreto ou criar chavetas de
cisalhamento

↓ H e ↑ V (Forças Horizontais e Verticais)


Atirantamento

Controle de U (subpressão)
Cortinas de drenagem em barragens de concreto, drenos
chaminé, tapetes drenantes, poços de alívio em barragens de
terra.
UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
TIPOS DE SOLUÇÕES E TRATAMENTOS
Controle da PERMEABILIDADE: Q = K·A·H/L

Redução da percolação
Controle de drenagem

N.A. N.A.

“cut-off” Tapete impermeável


parcial parcial

Aluvião Aluvião

Base Rígida Impermeável Base Rígida Impermeável

(a) (b)

N.A. N.A.

Filtro Filtro Filtro


Horizontal de pé de pé

Aluvião Aluvião Poço de alivio

Base Rígida Impermeável Base Rígida Impermeável

(c) (d)

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
CONDICIONANTES DE PROJETO E
TRATAMENTOS EXECUTADOS - BARRAGEM DE
TUCURUÍ
INTRODUÇÃO
• Tipo: Barragem de terra e enrocamento;
• Localização: Vale do Rio Tocantins, 300km de Belém -
PA

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
ASPECTOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS DAS
FUNDAÇÕES
LITOLOGIAS
• Segundo Tressoldi e Sathler (1981), o maciço das
estruturas de concreto da Usina Hidrelétrica de Tucuruí é
constituído por rochas metamórficas de baixo grau de
metamorfismo, genericamente denominados
metasedimentos.
• Recobrindo os metasedimentos e separados destes por
uma falha de empurrão, ocorrem metabasitos
• Leito do rio: Rocha sã ou pouco alterada e capeamento
de aluviões recentes
• Ombreiras e baixadas aluvionares: recobertas por
espessuras de 1 a UnB/ENC/Geotecnia
40m de soloDiniz/2005
residual e/ou de alteração
ASPECTOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS DAS
FUNDAÇÕES

ASPECTOS TECTÔNICOS

• Vários eventos tectônicos, que afetaram a região,


resultaram em inúmeros falhamentos no maciço rochoso,
com destaque para a falha de empurrão e
descontinuidades a ela associadas, as quais exigiram a
intensificação dos tratamentos tanto superficiais quanto
de subsuperfície.

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
PRINCIPAIS CONDICIONANTES DE PROJETO
Eventos tectônicos → falhamentos no maciço rochoso

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
PRINCIPAIS CONDICIONANTES DE PROJETO
Laterização do solo → Formação de canalículos de
diâmetros milimétricos até 25cm

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
TRATAMENTOS EXECUTADOS
BARRAGEM DE TERRA E ENROCAMENTO NO
LEITO DO RIO

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
TRATAMENTOS EXECUTADOS

Tapete de concreto: reduzir ao mínimo os inúmeros tratamentos


pontuais e garantir a qualidade dos mesmos e facilitar o lançamento
das primeiras camadas de aterro.

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
TRATAMENTOS EXECUTADOS
BARRAGEM DE TERRA NA MARGEM DIREITA

Parte da trincheira de vedação foi escavada até


atravessar terraço aluvionar e até a rocha no
trecho de ocorrência dos canalículos

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
TRATAMENTOS EXECUTADOS

Canalículos obturados com argamassa

Aplicação de jatos de ar para identificação e


desobstrução dos canalículos

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
TRATAMENTOS EXECUTADOS

Trincheiras escavadas até o topo


rochoso → evidências de que os
canalículos chegavam até as
fraturas da rocha alterada mole

UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através da construção da Usina Hidrelétrica de Tucuruí,
consideram-se alguns conhecimentos obtidos relevantes
para a construção de outras obras na região:
• Cuidado na transferência da experiência adquirida no
projeto e construção de grandes obras no centro-sul do
Brasil para a região amazônica.
• Necessidade de metodologias próprias, tanto para a
investigação como para o tratamento das fundações,
frente às principais condicionantes do local.
• Importância do conhecimento da geologia regional e local,
para evitar surpresas durante a execução da obra.
UnB/ENC/Geotecnia Diniz/2005
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ASSIS, A.P., HERNANDEZ, H.M. & COLMANETTI, J.P., (2003). Apostila de Barragens,
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Faculdade de Tecnologia, UnB,
Publicação G.AP-AA006/02, Brasília, DF, 180p.
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