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Caldeiras -2

materiais

Curso de inspeção
 Comportamento dos materiais
Ensaio de tração
Limite de resistência e Tensão de escoamento
Ensaio de tração

 1-Solicitação até o limite


elástico:
 após descarregamento
 não há deformação residual
 2-Material apresenta
comportamento elástico
linear
 3-Deformação uniforme ao
longo do corpo de prova
 4-Solicitação cíclica:
 pode ocorrer falha por
fadiga se solicitado acima
do limite de fadiga
Ensaio de tração

 1-Solicitação entre os
limites elástico e de
resistência
 Deformação plástica
permanente após
descarregamento
 2-Deformação uniforme
ao longo do corpo de
prova
 3-Solicitação cíclica
 resultará em fadiga com
poucos ciclos
Ensaio de tração

 1-Solicitação acima do limite


de resistência
 Deformação plástica
localizada
 2-Nucleação e coalecimento
de defeitos
 3-Ruptura
Ensaio de tração
fratura inicia internamente
Tensão admissível no regime elástico

 A tensão admissível é
um valor abaixo do
limite elástico
 A Tensão admissível no
regime elástico é função
de Sy ou Su
Variação das propriedades do material com
a temperatura
 Sy e Su variam em função da temperatura
 Quanto maior a temperatura menor os valores de Sy e Su
Fluência = Creep
 Em temperatura elevada o
material apresenta
deformação contínua sob
carga constante
 Após um determinado
intervalo de tempo ocorre
a ruptura
Fluência = Creep
 Quanto maior as tensões e/ou temperatura :
 menor o tempo para ruptura
Fluência = Creep
 Temperatura de teste 600C (1110F)
 Vários níveis de tensão
 Quanto maior a tensão aplicada menor o tempo para ruptura
Característica da fluência
 Liga AL-5.10Mg testado a 260C-60X
 Trinca intergranular
 Deslizamento dos contornos de grão
Aspecto da falha por fluência em função do nível de
tensão aplicada
Aço 1,25%Cr-1,0Mo
 Temperatura constante 565C e variando a tensão
 Tensão de 324 MPa
 Redução de área 84,5% Poucas trincas intergranulares
Aspecto da falha por fluência em função do nível de
tensão aplicada
Aço 1,25%Cr-1,0Mo
 Temperatura constante 565C
e variando a tensão
 Tensão de 207 MPa
 Redução de área 58,7%
 Menor a tensão aplicada
 Menor a redução de área
 Mais trincas intergranulares
Aspecto da falha por fluência em função do nível de
tensão aplicada
Aço 1,25%Cr-1,0Mo
 Temperatura constante 565C e
variando a tensão
 Tensão de 152 MPa
 Redução de área 27,8%
 Menor a tensão aplicada
 Menor a redução de área
 Mais trincas intergranulares
Aspecto da falha por fluência em função do nível de
tensão aplicada
Aço 1,25%Cr-1,0Mo

 Falha por fluência com pequena redução da


espessura da seção rompida
 Ou - Fratura com lábios grossos
 Fluência com baixo nível de tensões aplicadas
ou
 Falha por fluência com grande redução da
espessura da seção rompida
 Ou - Fratura com lábios finos
 Fluência com elevado nível de tensões
aplicadas
Temperatura de início de fluência

 Tm – temperatura média de fusão em K


 Ligas de Alumínio 205C aprox. 0,54Tm
 Ligas de Titânio 315C aprox. 0,36Tm
 Aços baixa liga 370C aprox. 0,49Tm
 Inox austeníticos 540C aprox. 0,56Tm
 Ligas a base de:
 Niquel ou Cobalto 650C aprox. 0,4-0,45Tm
 Metais e ligas refratárias 980C
Temperatura de início de fluência

 Em geral a fluência ocorre nos metais e ligas em


temperaturas ligeiramente acima da temperatura de
recristalização
 Nesta temperatura os átomos tem mobilidade suficiente
para permitir o rearranjo da estrutura
Resistência dos materiais em função da
temperatura
 Aço carbono
 Comportamento elástico 350C
 Acima de 350C há redução
nos limites de escoamento e
resistência
 O material poderá apresentar
ruptura ao longo do tempo
mesmo submetido a tensões
abaixo do limite de
escoamento
 Ou seja, Acima de 350C pode
ocorrer falha por fluência.
 O tempo para ocorrência da
falha por fluência depende da
tensão aplicada
Resistência dos materiais em função da
temperatura
 Na região de transição, operando na ou abaixo da tensão
admissível praticamente não há possibilidade de fluência
 O tempo para ocorrer a falha é muito longo comparado com a vida
do equipamento
Resistência dos materiais em função da
temperatura Aço Cr-Mo
 1-Comportamento
elástico até ≈ 440C
Resistência dos materiais em função da
temperatura Aço Cr-Mo
 2-Regime de transição
de 440C a 500C
 Operando na ou abaixo
da tensão admissível
praticamente não há
possibilidade de fluência
 O tempo para ocorrer a
falha é muito longo
comparado com a vida
do equipamento
Resistência dos materiais em função da
temperatura Aço Cr-Mo
 3-Comportamento
plástico acima de 500C
 Falha por fluência ao
longo do tempo
 O tempo para ocorrer a
falha por fluência
depende da tensão
aplicada
 Maior a tensão menor o
tempo para falha
Resistência dos materiais em função da
temperatura aço inoxidável
 1-Comportamento
elástico até 560C
 2-Comportamento
plástico – falha por
fluência acima de
575C
Critérios para determinação das tensões
admissíveis
 Critério ASME
 Leva em
consideração
 0,25Su e 0,666Sy
 Tensão de ruptura
por fluência em
100.000 horas
 Tensão para uma
deformação de
0.01% em 1000
horas
ASME - SEÇÃO II-D tensões admissíveis e
propriedades físicas - atualmente
 Valores mínimos e
médios (average)
 Valores estatísticos
devido a dispersão
dos resultados dos
testes
 Dados sobre os materiais
Dados sobre os materiais
 ASME SECTION II D
 Materials Properties
 Subpart 1 Stress Tables
Dados sobre os materiais
 1-Composição química nominal
Dados sobre os materiais
 2-Forma do produto
 Wld - tubo com costura
 Smls - tubo sem costura
Dados sobre os materiais
 3-Número da especificação
 ASTM A-178 e ASME SA-178
Dados sobre os materiais
 4-P-No e G-No para definir tratamento térmico após
soldagem
SA-178 P-No 1 and G-No 1
ASME - I Power Boiler

 Tempo e temperatura do tratamento térmico


Dados sobre os materiais
continuação
 5-Limites de resistência e escoamento
 6-Temperatura limite de utilização do material para cada seção do
código
Dados sobre os materiais
continuação
 7-Cartas para projeto com pressão externa
 8-Notas – observações sobre a utilização do material
Exemplos das notas da tabela de tensões
admissíveis do ASME sec II D

 Notas G4,G10 e S1
Dados sobre os materiais
continuação
 9-Tensão admissível de projeto em função da
temperatura
Tensões admissíveis em função da
temperatura
Materiais para tubos de caldeira
BABCOK
Locais típicos de utilização e composição química
BABCOK
Materiais e condição de projeto de uma caldeira
Materiais e condição de projeto de uma caldeira
Materiais e condição de projeto de uma caldeira
Materiais típicos de projeto
Resumo

 Material sujeito a solicitações cíclicas abaixo do limite elástico


poderá falhar se as tensões aplicadas estiverem acima do limite de
fadiga.
 Material submetido a tensões acima do limite elástico apresentam
deformações permanentes. Neste caso se o carregamento for
aplicado de forma cíclica a falha por fadiga ocorrerá em poucos
ciclos.
 O intervalo de tempo necessário para ocorrer falha por fluência
depende da temperatura e da tensão aplicada.
 Quanto maior a temperatura ou a tensão aplicada menor o tempo
para ruptura por fluência
 Quanto menor a tensão aplicada menor é a redução de espessura
no ponto de ruptura por fluência
 Ruptura por fluência com acentuada redução da espessura é
indicativo de tensões aplicadas elevadas
Resumo

 Aço carbono e baixa liga podem apresentar falha por fluência para
temperatura acima de 350 C.
 Em geral a fluência ocorre nos metais e ligas em temperaturas
ligeiramente acima da temperatura de recristalização. Nesta
temperatura os átomos tem mobilidade suficiente para permitir o
rearranjo da estrutura.
 Para definir a tensão admissível no ASME são consideradas as
seguintes tensões:
 ST ou Su - Limite de resistência do material
 SY - Limite de escomaento do material
 SR - Tensão que provoca a ruptura por fluência em 100.000 horas
 SC - Tensão que produz uma deformação de 0,01% em 1000 horas
 Consultar ASME section II part A, B , C and D - Para obter
informações sobre as propriedades dos materiais a utilizar nos
projetos de caldeiras e vasos de pressão
Resumo

 A maioria das partes de uma Caldeira de potência


(Power Boiler) são normalmente projetadas no regime
elástico e construídas basicamente com aço carbono.
Para estas partes a temperatura do material é muito
próxima da temperatura de saturação da água na
pressão de operação. Esta temperatura normalmente é
inferior a 370 C.
 As partes normalmente projetadas dentro do regime
plástico e portanto sujeitas a fluência são:
superaquecedores, dessuperaquecedores e
reaquecedores
 Para partes de caldeira sujeitas a fluência são
normalmente utilizados aços C-Mo, Cr-Mo e aços
inxidáveis (Cr-Ni).
Fim da segunda parte

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