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EXTORSÃO CRIMES CONTRA
O PATRIMÔNIO II
Roubo
4) Tipo objetivo: a ação é a mesma do furto, mas a execução deve se dar por meio diferente
(mediante violência à pessoa, grave ameaça ou qualquer outro meio que reduza a capacidade de
resistência da vítima). No caso de empurrão para praticar a subtração (trombadinha), os Tribunais
vêm decidindo com maior severidade, reconhecendo o roubo.
5) Tipo subjetivo: dolo, ou a vontade de subtrair, com o emprego de violência ou grave ameaça, coisa
alheia móvel, para si ou para outrem.
6) Espécies de roubo
a) roubo próprio: violência ou grave ameaça utilizada como meio para alcançar a subtração (art. 157, caput).
b) roubo impróprio: a violência ou grave ameaça após ter o bem em suas mãos, tendo por finalidade
assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa definitivamente (art. 157, § 1º).
7) Consumação e tentativa
a) roubo próprio: com a retirada da coisa da esfera de disponibilidade da vítima, ficando em poder tranquilo
do agente. Haverá tentativa quando o agente, depois de ter praticado a violência ou grave ameaça, não
conseguir, por circunstâncias alheias à sua vontade, obter a posse tranquila da coisa, ainda que por pouco
tempo. A perda da coisa implica a consumação do crime, porque a objetividade jurídica é a inviolabilidade
patrimonial, e não a vantagem pretendida pelo agente.
b) roubo impróprio: consuma-se com o uso da violência. Sobre a tentativa, há duas posições:
I. pode haver tentativa quando o agente, apesar de ter conseguido a subtração, é detido por terceiros no
instante em que pretendia usar violência ou grave ameaça;
II. não é cabível, pois ou agente utiliza a violência ou grave ameaça após a subtração, estando o crime
consumado, ou então ele não a usa e o crime não será roubo impróprio, mas furto consumado, ou
tentado (posição majoritária).
8) Roubo majorado:
a) se a violência ou grave ameaça se dá com emprego de arma:
• o poder intimidatório da arma sobre a vítima acarreta uma maior periculosidade do agente e uma
ameaça maior à incolumidade;
• arma é instrumento que se destina a vulnerar a integridade física, tanto no sentido próprio (arma
de fogo), como impróprio (faca, canivete, machado, barra de ferro).
• Exige-se o efetivo emprego da arma e basta que um dos partícipes use a arma, e os outros tenham
conhecimento disso.
• No caso de roubo com uso de arma de brinquedo ou com emprego de arma descarregada ou
defeituosa, responderá o agente pela forma simples do art. 157, CP.
• Ressalte-se que o STJ havia sumulado o tema, estabelecendo que, no crime de roubo, a
intimidação feita com arma de brinquedo autorizava o aumento da pena. Essa súmula, no entanto,
foi cancelada pela Terceira Seção do STJ em 24/10/2001.
c) caso a vítima esteja em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância: a lei
penal tutela, especialmente, o serviço de transporte de valores (dinheiro, títulos, joias etc.), e o agente
deve ter conhecimento dessa circunstância.
d) subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o
exterior.
9) Roubo qualificado pelo resultado: no caso de lesão grave ou morte, o § 3o prevê um crime
qualificado pelo resultado.
O STF, em sua Súmula 610, decidiu que: “Há crime de latrocínio quando o homicídio se consuma, ainda
que não realize o agente a subtração de bens da vitima”.
Extorsão
1) Bem jurídico: o patrimônio da vítima, bem como sua integridade física e a sua liberdade.
4) Tipo objetivo: constranger, isto é, forçar ou compelir a vítima. O constrangimento deve ser feito
com violência ou grave ameaça. Para a caracterização, a vítima deve: fazer; tolerar que se faça;
deixar de fazer.
5) Tipo subjetivo: o dolo, já que inexiste a forma culposa. Exige-se, ainda, o elemento subjetivo do
tipo específico (“com o intuito de”) ou o dolo específico.
7) Causas de aumento de pena: concurso de duas ou mais pessoas ou com emprego de arma.
4) Tipo objetivo: Sequestrar a vítima, por tempo relativamente significativo, para obter vantagem,
que deve ser econômica (interpretação restritiva) e indevida. Abrange o cárcere privado também.
A vantagem pode ser condição.
5) Tipo subjetivo: dolo com o fim de obter para si ou para outrem qualquer vantagem.
7) Qualificadoras:
a) se a privação da liberdade da vítima tiver prazo superior a 24 horas;
b) se a vítima não for maior de 14 anos;
c) se o crime for cometido por associação criminosa (formada por mais de três pessoas).
8) Tipo qualificado pelo resultado lesão grave e morte: exige o dolo ou a culpa e, no caso de morte, a
pena é de 24 a 30 anos.
9) Delação premiada:
a) se o coautor ou partícipe denunciar o crime à autoridade, facilitando a libertação do sequestrado,
terá sua pena reduzida de 1/3 a 2/3 (causa de diminuição de pena obrigatória).
b) autoridade pode ser a policial, judiciária ou administrativa.
c) a delação deve facilitar a libertação do sequestrado e ser voluntária, mas não necessariamente
espontânea.
Dano
Apropriação indébita
Estelionato
Receptação
Escusas Absolutórias