Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 2 3
PRÓXIMOS
EFEITOS
PASSOS
Fiança é termo que provém do latim: fido, fidis, fidere, fisus, fisum, que significa ter confiança em,
confiar em, fiar-se em, contar com, garantir, abonar, fiar a obrigação alheia...
A fiança é contrato acessório (art. 824, CC) e subsidiário que expressa uma garantia fidejussória ou
pessoal (espécie do gênero caução).
Segundo o art. 818, CC, fiança é o contrato pelo qual uma pessoa se obriga a pagar ao credor o que a
este deva um terceiro. O fiador, portanto, é terceiro estranho à relação obrigacional que se obriga
perante o credor (arts. 820 e 825, CC), garantindo com todo o seu patrimônio, a satisfação do crédito,
caso não seja a prestação realizada pelo devedor.
A fiança é contrato:
Consensual;
Unilateral;
Formal (art. 819, CC);
Gratuito ou benéfico (em regra);
Sendo interpretada restritivamente não se pode aumentar as obrigações do fiador sem sua expressa
anuência (Súmula n. 214, STJ);
Intuitu personae.
Espécies de fiança:
Regras gerais:
Não havendo estipulação em contrário a fiança garante o principal com todos os seus acessórios
(art. 822, CC);
A fiança pode ser pura e simples, condicional ou a termo e pode ser dada em qualquer espécie
contratual;
A fiança pode garantir obrigações presentes ou dívidas futuras (art. 821, CC);
Sendo o fiador indicado pelo devedor, o credor não é obrigado a aceitá-lo se considerar não ser
pessoa idônea (moral e/ou financeira); domiciliada no município onde tenha que prestar a fiança;
ou não possua bens suficientes para cumprir a obrigação (art. 825, CC);
Se o fiador tiver sido indicado pelo devedor, o credor tem o direito de exigir a sua substituição,
quando este, depois de celebrado o contrato, se tornar insolvente ou incapaz (art. 826, CC);
O valor da fiança não pode exceder o da obrigação principal (art. 823, CC).
O fiador, ao conceder a fiança, assume a obrigação de pagar a dívida do devedor se este não o fizer
no tempo e na forma devidos;
Poderá o fiador, quando demandado, invocar até a contestação da lide o benefício de ordem ou de
excussão (meio de defesa patrimonial), exigindo que sejam primeiro executados os bens do
devedor. Para tanto deverá indicar bens do devedor livres e desembaraçados, situados no mesmo
município e suficientes para a quitação do débito (art. 827, CC). No entanto, não poderá invocar o
benefício de ordem se (art. 828, CC):
I. Renunciou ao benefício expressamente;
II. Se se obrigou como principal pagador, ou devedor solidário;
III. Se o devedor for insolvente.
Art. 839, CC: “se for invocado o benefício de excussão e o devedor, retardando-se a execução, cair
em insolvência, ficará exonerado o fiador que o invocou se provar que os bens por eles indicados
eram, ao tempo da penhora, suficientes para a solução da dívida afiançada”;
O fiador demandado pode opor ao credor as suas exceções pessoais e as materiais que competiam
ao devedor principal (art. 837, CC);
A fiança conjuntamente prestada a um só débito por mais de uma pessoa implica solidariedade
entre todos os fiadores, salvo benefício de divisão estabelecido expressamente (arts. 829 e 830, CC);
O fiador da fiança prestada com prazo determinado não pode pretender se exonerar dela antes do
advento do termo. No entanto, se prestada sem prazo determinado poderá o fiador dela se
exonerar a qualquer tempo, ficando obrigado por seus efeitos por 60 dias após a notificação do
credor (art. 835, CC).
O fiador que paga a dívida sub-roga-se nos direitos do credor na medida de seu desembolso (art.
849, CC);
O devedor responderá ao fiador que solveu a dívida por todas as perdas e danos decorrentes da
fiança (art. 832, CC);
O fiador que pagou a dívida terá direito ao juros do desembolso (art. 833, CC).
O fiador, mesmo que solidário, ficará desobrigado da fiança (art. 838, CC):
a. se sem o seu consentimento o credor concedeu moratória ao devedor;
b. se, por fato do credor, for impossível a sub-rogação nos direitos e preferências;
c. se o credor, em pagamento da dívida, aceitar amigavelmente objeto diverso do devido.
A obrigação do fiador passa aos seus herdeiros pelo tempo em que vivo era aquele e limitada às
forças da herança (art. 836, CC).
Mútuo;
Comodato.