Você está na página 1de 38

GLOBALIZAÇÃO, RELAÇÕES

INTERFIRMAS E
TRABALHO NO SÉCULO XXI
Fabiane Santana Previtali
Tulio Barbosa
Carlos Alberto Lucena
Robson Luiz de França
 Universidade Federal de Uberlândia
 Graduação em Relações Internacionais
 Disciplina: História Econômica Geral
 Discentes:
CASTRO, Patrick Wesley Mendes de
MELO, Wagner Francisco
NAVES, Mônica Martins
PACOLA, Celso Raphael de Pádua
TONIAL, Bruna
A OBRA

 Relatar o processo de globalização no século XXI

 Importância da Relação Interfirmas.

 Modificação nas relações de Poder e Equilíbrio de


forças entre as esferas:

 Pública e Privada

 Nacional e Internacional
AUTORES

Fabiane Santana Previtali


 Professora doutora da Universidade Federal de
Uberlândia.
 Trabalha no Programa de Pós-graduação em
Educação e Programa de Pós-graduação em Ciências
Sociais.
 Coordenadora do Grupo de Pesquisa Trabalho,
Educação e Sociedade – GPTES.
 Pesquisadora Fapemig.
AUTORES

Tulio Barbosa
 Professor doutor da Universidade Federal de
Uberlândia do Instituto de Geografia.

 Pesquisador do GPTES e do Núcleo de Pesquisa e


Estudos em História, Trabalho e Cidade -
NUPEHCIT.
AUTORES

Carlos Alberto Lucena


 Professor doutor da Universidade Federal de
Uberlândia.

 Trabalha no Programa de Pós graduação em


Educação.

 Pesquisador produtividade CNPq. Pesquisador do


GPTES.
AUTORES

Robson Luiz de França


 Professor doutor da Universidade Federal de
Uberlândia.

 Trabalha no Programa de Pós graduação em


Educação.

 Pesquisador do GPTES.
1. INTRODUÇÃO
 Definição de Globalização enfatizando:

 Crescente interdependência das Nações.

 Formação de instituições globais de


organização e controle das Relações
Internacionais.
INTERDEPENDÊNCIA ENTRE AS NAÇÕES
ENVOLVENDO:

 Divisão Internacional do Trabalho

 Formas de controle e Coordenação entre as:

 Cadeias produtivas

 E entre elas e os Estados-Nação.


INTERDEPENDÊNCIA ENTRE AS NAÇÕES
ENVOLVENDO:

 Divisão Internacional do Trabalho

 Formas de controle e Coordenação entre as:

 Cadeias produtivas

 E entre elas e os Estados-Nação.

 Através da Divisão Internacional do Trabalho


analisar as formas de sociabilidade Humana
Histórico-Social.
PERSPECTIVAS DA OBRA

 Discussão das estratégias de Globalização do


setores Industriais.

 Demonstrar como o processo de Globalização


através da nova ordem do capitais impõe novos
mecanismos de controle do capital sobre o
trabalho
2. GLOBALIZAÇÃO E A NOVA ORDEM DO
CAPITAL

 O Capitalismo é irracional e incontrolável.

 Possibilidade de vida determinada pela classe e


aos grupos sociais aos quais pertence.

 O modo de produção capitalista é um sistema


global e é orientado à expansão e acumulação.
 “[...]trabalho humano é uma mercadoria a ser vendida
no mercado[...]”(PREVITALLI et al. 2012, p. 185)

 Trabalhadores são obrigados a vender sua força de


trabalho em troca de salário.

 Sobreposição de mediações de segunda ordem às de


primeira ordem
ELEMENTOS QUE CARACTERIZAM O SISTEMA DE
MEDIAÇÕES DO CAPITAL

 Separação e alienação do trabalhador com relação aos


meios de produção;

 Imposição dessas condições para os trabalhadores;

 Personificação do capital nos capitalistas para


atender aos seus imperativos expansionistas;

 Personificação do trabalhos nos operários, reduzindo a


identidade desse sujeito às suas funções reprodutivas
fragmentárias;
 É impossível regular e controlar o sistema capitalista,
as tentativas de controle se manifestam por meio de
conflitos e confrontações entre forças sociais
antagônicas e homogênicas em condições histórico-
sociais específicas.
3. GLOBALIZAÇÃO E AS NOVAS RELAÇÕES
INTERFIRMAS

 Inovação técnica  produtividade.

 Meados do século XX: esgotamento do fordismo e


do taylorismo.

 Globalização:

- Maior interpenetração e interdependência das


economias centrais;

- Nova DIT
DÉCADAS DE 1970-80

 Toyotismo: controle sobre o fluxo de trabalho e


sobre o movimento sindical.

 Empresas adotam duas palavras-chave:


qualidade e flexibilidade.

 3 principais técnicas desse método produtivo:

- Grupos de controle de qualidade;

- Controle estatístico de processo;

- Just in time.
DÉCADA DE 1990

 Intensificação do processo de reestruturação


produtiva sob 2 principais eixos:

- Inovações técnicas (processo produtivo);

- Inovações organizacionais (processo


administrativo).

 Flexibilidade organizacional.
FLEXIBILIDADE ORGANIZACIONAL

a) Reorganização produtiva e cadeia de produtos;

b) Novas maneiras de financiamentos;

c) Novas relações com fornecedores;

d) Revitalização do capital (maquinário e


trabalho).
COMO SE ATINGIR TAL FLEXIBILIDADE?

 Dois meios principais:

- investiment-led flexibility: mediante novas


tecnologias;

- Labour-led flexibility: exploração do trabalho sob


formas variadas.

 Mais comumente: fusão de ambos.


CADEIAS DE COMMODITY GLOBAL
 Conceito proposto por Gereffi (1996):

“Laços entre as sucessivas fases de fornecimento de matérias


primas, manufatura, distribuição e venda que resultam no
produto final disponível para consumo.” (p.194).

 Sistemas de produção globalizada condicionados por 2 estruturas:

a) Cadeias de commodity globais orientadas pelos produtores;

b) Cadeias de commodity globais orientadas pelos compradores.


ECONOMIAS PERIFÉRICAS
 Brasil como exemplo.

 5 grandes papéis exportadores (p.195):

a) Produtos primários;

b) Zonas de processamento de exportação;

c) Subcontratação para fornecimento de


componentes;

d) Manufatura de equipamentos originais;

e) Manufatura da marca original.


NOVA RELAÇÃO INTERFIRMAS
 Fundamentada em:

- Desverticalização, terceirização e subcontratação de


atividades;

- Realocação de unidades produtivas (transnacionais).

 Intensificação da concentração de capital, levando a


significativas perdas para a classe trabalhadora.
4. GLOBALIZAÇÃO E TRABALHO

 Atkinson, na sua obra New Patterns of the Work


(1985), sugere o conceito de firma flexível, no
qual novas formas de trabalho estão emergindo e
quebrando o convencional.
As mudanças pretendem assegurar flexibilidade da força
de trabalho nos âmbitos

 Da atividade econômica Flexibilidade Numérica Obtida


através de trabalho periférico e se relaciona ao tempo de serviço

 Da natureza da atividade Flexibilidade Funcional Tem


o objetivo de manter um grupo central de trabalhadores estáveis
em função de sua habilidade
Nova Fase

Avanço das Reestruturação


tecnologias de
comunicação e da Produtiva
microeletrônica

Globalização

Novas exigências de qualificação dos


trabalhadores
CARACTERÍSTICAS

Fordismo-taylorismo

Redução do tempo de trabalho físico e manual direto

Toyotismo

Crescimento do trabalho multifuncional, flexível e


participativo
GLOBALIZAÇÃO E TRABALHO

 Origem de formas de controle do processo


produtivo mediante a introdução de tecnologias
de informação e práticas gerenciais cujo discurso
assenta-se na

a) Cooperação

b) Envolvimento

c) Parceria do Trabalhador
A FORMAÇÃO DOS TRABALHADORES

 O trabalhador como fonte de inovação

 Cogestores do processo de racionalização do processo


de trabalho Resultados positivos para a empresa

 “Pesquisas realizadas por Previtalli e Faria mostram


que quesitos como: saber trabalhar em grupos, ter
iniciativa, ser participativo e responsável passaram a
ter prioridade em detrimento da experiência
profissional.” (p. 199)
EXIGÊNCIAS DO TRABALHO
REESTRUTURADO

 Jornadas de trabalho prolongadas

 Polivalência para executar diferentes tarefas e


operar vários tipos de máquina e equipamentos

 Aptidões que favoreçam o trabalho em equipe


NOVAS ESTRUTURAS DE CONTROLE
DE PRODUÇÃO
• Potencializam e visam a vigilância
• Análises constantes de índices de produtividade
• Desempenho
• Satisfação
• Segurança
TRANSFORMAÇÕES NO PROCESSO
EDUCACIONAL

 Políticas públicas educacionais

 A dissociação entre trabalho intelectual e


trabalho manual Trabalho “parcelado”,
reduzido a tarefas simplificadas e rotineiras

cada vez mais

especializadas e sem

escolaridade necessária.
Tempos
Modernos, 1936.
GLOBALIZAÇÃO E TRABALHO

 Na era da acumulação flexível...


 Desenvolvimento de competências cognitivas superiores e
de relacionamento, tais como: análise, síntese, criatividade,
rapidez de resposta, comunicação clara e precisa,
interpretação e uso de diferentes formas de linguagem,
capacidade para trabalhar em grupo e de liderar, gerenciar
processos para atingir metas, trabalhar com prioridades,
avaliar, lidar com as diferenças, enfrentar os desafios das
mudanças permanentes e buscar aprender
permanentemente.
5. CONCLUSÕES

 Globalização Reestruturação produtiva

 Retrocesso para as conquistas sociais dos


trabalhadores

 Resposta à crise do sistema taylorista-fordista

 Construção de uma nova ordem de acumulação


de capital
ADMIRÁVEL GADO NOVO – ZÉ RAMALHO
Oooooooooh! Oooi!

Vocês que fazem parte dessa massa

Que passa nos projetos do futuro

É duro tanto ter que caminhar

E dar muito mais do que receber...

E ter que demonstrar sua coragem

À margem do que possa parecer

E ver que toda essa engrenagem

Já sente a ferrugem lhe comer...

Êeeeeh! Oh! Oh!

Vida de gado

Povo marcado, Êh! Povo feliz!...(2x)


Lá fora faz um tempo confortável

A vigilância cuida do normal

Os automóveis ouvem a notícia

Os homens a publicam no jornal...

E correm através da madrugada

A única velhice que chegou

Demoram-se na beira da estrada

E passam a contar o que sobrou...

Êeeeeh! Oh! Oh!

Vida de gado

Povo marcado, Êh!

Povo feliz!...(2x)
Oooooooooh! Oh! Oh!

O povo foge da ignorância

Apesar de viver tão perto dela

E sonham com melhores tempos idos

Contemplam essa vida numa cela...

Esperam nova possibilidade

De verem esse mundo se acabar

A Arca de Noé, o dirigível

Não voam nem se pode flutuar

Não voam nem se pode flutuar

Não voam nem se pode flutuar...

Êeeeeh! Oh! Oh!

Vida de gado

Povo marcado, Êh! Povo feliz!...(2x)


ANÁLISE

 Música escrita em 1973

 Referência à obra “Admirável mundo novo”, de


Aldous Huxley – 1932

 Perspectiva marxista

 Sociedade disciplinar e sociedade de controle –


Michael Foucault

 Alienação

 Menção à religião

Você também pode gostar