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ANTES
- Entendia-se que a sociedade internacional era só interestatal.
- Apenas os Estados eram sujeitos de DIP, pois somente a eles
cabia a produção de normas internacionais.
- A pessoa natural era mero objeto das normas internacionais.
ATUALMENTE
- Tal noção muda a partir de tribunais ad hoc, como o de
Nuremberg (criado pelo Acordo de Londres, 1945), e os da
Iugoslávia e de Ruanda (criados pela ONU, em 1993 e 1994).
"Crimes contra o Direito Internacional são cometidos por indivíduos, não
por entidades abstratas, e os preceitos de Direito Internacional fazem-se
efetivos apenas com a condenação destes indivíduos” (T. Nuremberg)
Indivíduo como polo passivo do DIP.
Art. 25. Estatuto de Roma do TPI: "1. De acordo com o presente Estatuto, o
Tribunal será competente para julgar as pessoas físicas. 2. Quem cometer um
crime da competência do Tribunal será considerado individualmente
responsável e poderá ser punido de acordo com o presente Estatuto".
- Os indivíduos (desde que maiores de 18 anos à data do crime)
passam a ser punidos como tais, ou seja, como pessoas mesmo, e
não em nome do Estado ao qual pertencem.
Art. 103. 1. a) As penas privativas de liberdade serão cumpridas num Estado
indicado pelo Tribunal a partir de uma lista de Estados que lhe tenham
manifestado a sua disponibilidade para receber pessoas condenadas.
- Mas, segundo o Estatuto, a competência do TPI é “complementar
às jurisdições penais nacionais” (art. 1º).
Melhor seria definir a competência do TPI como SUBSIDIÁRIA, pois ele
“só intervirá (ultima ratio) quando o direito interno (na esfera criminal)
não o fizer, segundo os critérios definidos pelo próprio Estatuto (art. 17),
ou seja, se os Estados se mostrarem incapazes ou não demonstrarem
efetiva vontade de punir os seus criminosos” (MAZZUOLI, p.1050).