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“Já não podemos nos dar ao luxo de extrair aquilo que foi bom no
passado e simplesmente chamá-lo de nossa herança, deixar de
lado o mau e simplesmente considerá-lo um peso morto, que o
tempo, por si mesmo, relegará ao esquecimento. A corrente
subterrânea da história ocidental veio à luz e usurpou a
dignidade de nossa tradição. Essa é a realidade em que
vivemos. E é por isso que todos os esforços de escapar do horror
do presente, refugiando-se na nostalgia por um passado ainda
eventualmente intacto ou no antecipado oblívio de um futuro
melhor, são vãos.”
Raça e Burocracia
Contexto Histórico
Política e Economia: Neocolonialismo e Expansão
Global do Capitalismo.
Internacionalização e financeirização do capital.
Hegemonia inglesa.
O Livro
Charles Marlow: Narrador Personagem. Narrativa
dentro da Narrativa.
Aventura: atração pelo desconhecido.
O mundo selvagem versus o mundo civilizado.
Pessimismo, ceticismo.
Contestação do heroísmo da empreitada imperialista e
destaque para a ambição financeira.
Contrapartida: O fascínio e a persuasão do
personagem Kurtz.
A crítica ao livro
Análises de Chinua
Achebe e de Edward W.
Said são utilizadas para
explorar a ambiguidade
do caráter da obra.
“Uma imagem da Africa: Racismo
em O Coração das Trevas”
Análise feita em 1977 por Chinua Achebe, nigeriano
ganhador de prêmio Nobel de literatura.
Considera o livro de Conrad como sendo um romance racista.
Ele diz que a obra trata os africanos como selvagens, sem
idioma e sem cultura, completamente oposto aos Europeus.
Também era considerada uma obra Imperialista, na qual
haveria dicotomia entre a África e a Europa. Esta seria o
centro da civilização, enquanto aquela apareceria como um
território selvagem, necessitando assim da intervenção dos
Europeus para seu desenvolvimento. Para ele, a narrativa
seria fundamentalmente eurocêntrica e não se preocuparia
com o território e o povo africano, ambos seriam apenas
“panos de fundo” para o desenvolvimento das concepções
europeias.
Achebe assume que tem consciência de que quem conta a
história não é o Conrad, e sim o personagem fictício Marlow,
o que poderia inocentar o escritor polonês da acusação de
compactuar com a mentalidade colonial.
Segundo Achebe, o autor dificilmente dá voz aos africanos
em seu romance, e, quando isso ocorre, o africano é incapaz
de articular frases corretas, mostrando sempre uma
incapacidade de dialogar com um idioma europeu. Um
exemplo é a passagem do romance em que, navegando pelo
rio Congo, a embarcação de Marlow é preenchida pelo som
de dissonâncias selvagens, como segue o trecho:
Marlon Brando.
Paradoxo: destruição da
imagem de galã e reforço da
aura mítica do ator.
Francis Ford Copolla.
Problemas na produção,
crise pessoal e esgotamento
da Nova Hollywood.
Diálogo entre “Coração nas
Trevas” e “Apocalipse Now”
Transposição do cenário de neocolonialismo no
continente africano para o Guerra do Vietnã.
Externalização do mal (Coração nas Trevas) dá lugar à
Internalização do Mal (Apocalipse Now).
O mal exposto: Ascensão do
Nazismo
M., O Vampiro de Dusseldorf (1931).
Criação de um inimigo comum.
Discurso de superioridade racial.
Discurso de progresso em uma sociedade
desesperançosa.
Expurgação da culpa social, com a demonização da
figura de Hitler.
O Bem X O Mal na
sociedade pós-moderna
Construção dos ideais de bem e de mal e mecanismos
de legitimação:
- Racional
- Ética
- Religiosa
- Política
Contexto Pós-Moderno
Desconfiança da política.
Descrença nas instituições.
Perda de espaço das teorias positivistas e
evolucionistas. Limitação do alcance das teorias
científicas.
Exacerbação do individualismo.
Formação de grupos. Reforço das hostilidades sociais.
Exemplos: linchamentos, xenofobia.
Provocações