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CARDIOVASCULAR
Maria Tereza B de Assis
Anatomia Cardíaca
Importância do estudo da anatomia do coração
– compreender a fisiologia e fisiopatologia
cardíacas para bem examinar.
Interpretar testes invasivos e não invasivos.
Anatomia Cardíaca
Localização:
Situado no meio do mediastino, parcialmente
sobreposto pelos pulmões.
Órgão oco, pesando 250 – 350gramas.
O Esterno e as cartilagens costais das 3ª, 4ª e 5ª
costelas superpõem ao coração anteriormente.
2/3 do coração está à esquerda da linha média.
Anatomia Cardíaca
Formado por quatro compartimentos, sendo dois átrios
e dois ventrículos, constituem os sistemas de
bombeamento direito e esquerdo.
Temos as válvulas do coração que permitem que o
sangue flua apenas em uma direção.
O coração é composto de 3 camadas:
Interna ou endocárdio
Média ou miocárdio – constituída por fibras
musculares.
Pericárdio saco fino e fibroso que envolve o coração.
Microestrutura Cardíaca
Músculo cardíaco contém faixas visíveis ou
estrias semelhantes aos músculos esqueléticos.
Miocárdio tem características extraordinárias:
Condução rápida dos impulsos de uma célula
para outra sem utilizar muito tec nervoso.
O músculo cardíaco é um sincício de muitas
células, onde as células individuais conectam-se
em série entre si. As membranas celulares se
fundem formando junções comunicantes.
Propriedades do músculo cardíaco
O coração é formado por dois sincícios atriais, que
formam as paredes dos dois átrios, e o sincício
ventricular, que forma as paredes dos dois ventriculos.
Os átrios estão separados dos ventrículos por um
tecido fibroso que circunda as aberturas das válvulas
atrioventriculares.
Normalmente, os potenciais de ação são conduzidos do
sincício atrial pra o sinsício ventricular.
Propriedades do músculo cardíaco
Contratilidade
Excitabilidade
Condutividade
Automaticidade
Função Sistema Cardiovascular
Funções:
Transporte de O2 e CO2.
Transporte de nutrientes / escórias metabólicas.
Distribuição de hormônios.
Termorregulação.
Manter pressão arterial (PA).
Fisiologia Cardíaca
Pequena circulação
Sangue sai do ventrículo direito (VD) como sg venoso
– vai par o tronco da pulmonar que bifurca-se em
artérias pulmonares direita e esquerda. Este sg venoso
que é conduzido aos pulmões – artéria pulmonares de
grande, médio e pequeno até chegarem nas arteríolas
que continuam como capilares alveolares ( local onde
ocorre a troca gasosa.
Nos capilares alveolares irá ocorrer a hematose ( troca
gasosa nos pulmões).
Hematose
O sangue venoso presente no capilar doa CO2 para os
alvéolos que irá eliminar este pelo processo de
expiração e retira dos alvéolos o O2 que foi obtido pelo
ato da inspiração, assimtemos um sgue rico em O2
denominado sgue arterial.
O sgue arterial sai dos capilares alveolares e vai pelas
vênulas – veias de menor calibre até chegar nas veias
pulmonares, que são em número de quatro.
O sangue arterial chegará ao átrio esquerdo (AE) pelas
4 veias pulmonares.
Grande Circulação
O sangue arterial do ventriculo esquerdo (VE) é
ejetado para o tronco aórtico, que continua
como arco aórtico sendo distribuido para
artérias de médio calibre que ramificam-se à
partir da aorta.
O sg chega as artérias de menor calibre e
posteriormente às arteríolas e,
consequentemente aos capilares sistêmicos (
local onde irá ocorrer a troca gasosa).
Troca Gasosa a nível Sistêmico
O sg arterial (rico em O2) presente nos capilares
sistêmicos doa O2 para o tecido e remove o CO2 dos
tecidos, teremos neste momento sangue venoso.
O sangue venoso, presente nos capilares irá para as
vênulas (presentes em todos os órgãos), que irá para
veias de pequeno, médio e grande calibre
respectivamente.
As veias de grande calibre são as veias cava superior e
inferior que desembocam no átrio direito (AD).
Potencial de Ação no M Cardíaco
Potencial de Platô
Potencial de repouso da membrana -85 a -95mV.
Após o potencial em ponta (que ocorre pela entrada do
Na+ canais voltagem dependentes; aproximadamente
+20mV, o Ca+ entra na célula perdurando o potencial
por um maior período de tempo ( a membrana
permanece despolarizada 0,2seg no m. atrial, e por
cerca de 0,3 seg no m. ventricular).
Após este intervalo, o K+ começa a sair, dando inicio a
repolarização, devido a perda de cargas positivas de
dentro da célula, porém a célula ainda encontra em
potencial de ação – potencial em platô.
Potencial de Ação no M Cardíaco
Repolarização
Para a célula retornar ao seu repouso, precisa retirar
Na+ de dentro dela (excesso) e repor K+ que saiu
durante o potencial de ação.
Para Tanto a bomba de Na+/K+ - ATP-ase irá retirar
3 Na+ e colocar 2K+ para dentro da célula, sendo que
cada vez que trabalha retira 3 cargas positivas (3Na+) e
só coloca para dentro 2 cargas positivas (2K+), gerando
déficit de 1 carga positiva no interior da célula a cada
vez que trabalha.
Potencial de Ação no M Cardíaco
A B
Membrana Polarizada (repouso) B
Despolarizado
+++ - + - + - +++ - + - + +-+-+-+--
-+–––+––+––+ ++ + +
Espaço Intracelular
– – – +– – +– – – +–+ + - + - ++ - +-
++– – – +++ – +++ –– –– –
Espaço Intersticial C
Repolarizando
– +– + – + –+
+ + + +
–––––
+++++++
Ciclo Cardíaco
As duas bombas trabalham juntas
Repetidas contrações (sístole) e relaxamento
(diástole).
Sangue se move de áreas de alta para baixa
pressão.
As contrações geram pressão.
Ciclo Cardíaco
Excitação Rítmica do Coração
Nodo Sinusal.
Vias internodais.
Nodo atrioventricular.
Feixe de His ou atrioventricular.
Fibras de PurKinje.
Excitação Rítmica do Coração
Nodo Sinusal ou Sinuatrial
O nodo sinusal (NS) é um pequeno músculo
especializado em gerar potencial de ação, com cerca de
3mm de largura, 15mm de comprimento e 1mm de
espessura.
Situa-se na parede superior póstero-lateral do AD
abaixo à veia cava superior.
As fibras sinusais conectam-se diretamente com as
fibras musculares atriais, potencial de ação iniciado no
NS propaga-se para a parede muscular atrial.
O NS controla a freqüência dos batimentos de todo o
coração, sendo considerado o MP natural do coração.
Condução Elétrica do Coração
Controle do Coração pelo SNA
O coração é suprido por nervos simpáticos e
parassimpáticos.
Nervos parassimpáticos, dirigidos ao coração, estão
localizados em cima dos NS e atrioventricular (NAV), e
em menor grau, um pequeno número de fibras, para os
músculos dos dois átrios, e muito pouco para o
músculo ventricular.
Os nervos simpáticos, ao contrário, se didtribuem para
todas as partes do coração, principalmente para os
ventrículos.
Controle Reflexo da Freqüência
Cardíaca
Centro de Controle Centro de Controle
Cardiovascular do Bulbo Cardiovascular do Bulbo
Neurônios simpáticos (NA) Neurônios Parassimpáticos
Receptores ß1 das cel. Auto- (Ach)
rítmicas Receptores muscarínicos das
↑ o influxo de Na+ e Ca2+ cél. Auto-rítmicas.
↑ Freqüência de ↑ efluxo de K+; influxo de
despolarização Ca2+
↑ Freqüência cardíaca Cél. Hiperpolarizada e
freqüência de despolarização.
Freqüência cardíaca
Eletrocardiograma
Reflete a atividade elétrica do coração, a partir
de eletrodos posicionados na superfície da pele.
Onda P – despolarização dos átrios.
Complexo QRS – despolarização dos
ventrículos.
Onda T – repolarização dos ventrículos.
Função dos Átrios
O sg chega aos átrios e não passam para os ventrículos
logo em seguida, pois, as valvas atrioventriculares estão
fechadas.
Quando os átrios são preenchidos com 75% de sgue,
ocorre a abertura das valvas - sístole atrial.
O conteúdo de sgue que passou para os ventrículos
tenta voltar para os átrios forçando o fechamento das
valvas.
Os átrios continuam recebendo sangue das veias, os
25% que sobraram, e
Para estes 25% passarem para os ventrículos ocorre a
sistole atrial ( bomba de reforço)
Ventrículos como uma Bomba
Enchimento dos ventrículos: ocorre quando o sgue
passa dos átrios pra os ventrículos, inicialmente os 75%
por diferença de pressão e, posteriormente os 25% por
sístole atrial.
Esvaziamento dos Ventrículos – Período de contração
Isovolúmica:
Período em que a musculatura ventricular entra em
despolarização e, portanto em contração sem ocorrer
ejeção do sgue para as artérias aórtica e pulmonar.
Período importante para os ventrículos possam gerar
pressão suficiente para o sgue ser ejetado em uma
pressão ideal.
Período de Ejeção
Quando a pressão ventricular esquerda chegar a pouco
mais de 80mmHg( pressão diastólica) e apressão
ventricular direita a pouco mais de 8mmHg, o sgue é
ejetado para as grandes artérias (aórtica e pulmonar).
O sgue sai dos ventrículos com uma pressão
máxima(pressão sistólica) e com fluxo turbulento,
gerando a pressão sistólica (aórtica=120mmHg e
pulmonar = 12mmHg).
O sgue fluindo a pressão de repouso retorna.
Período de Relaxamento Isovolúmico
Ao final da sístole começa o relaxamento dos
ventrículos, devido a repolarização ventricular,
permitindo que as pressões ventriculares diminuam
rapidamente.
O aumento de pressão nas grandes artérias distendidas,
empurram o sgue de volta aos ventrículos, forçando o
fechamento das valvas aórtica e pulmonar.
Neste período, o ventrículo permanece relaxando sem
premitir a entrada de sgue até que a pressão caia
bruscamente para dar início a um novo ciclo.
Débito Cardíaco
Medida tradicional da função cardíaca.
É a quantidade de sangue, em litros, ejetada do VE a
cad minuto e é o produtoda freqüência cardíaca (FC) e
o volume sistólico/ 4-8l/min
Índice Cardíaco
Representa a quantidade de sgue em litros, ejetada a cad
minuto do VE (ouDC) por metro quadrado de área de
superfície corporal.
2,5 -4L/min/m2 valor normal
Volume Sistólico (VS)
Quantidade de sangue ejetado durante a sistole;
diminuição do VS indica disfunção ventricular.
VN = 60 – 80 ml/bat
Fórmula DC / FC X 1000_
Regulação do Volume Sistólico
Pré- Carga – quantidade de distensão colocada
sobre uma fibra do músculo cardíaco
imediatamente antes da sístole / pressão final da
diastole.
O conceito de pré-carga está relacionado à Lei
de Starling do coração, que expressa que a força
da contração miocárdica é determinada pelo
comprimento das fibras da célula muscular.
Regulação do Volume Sistólico
Pós-Carga: É a força ou a pressão contra a qual
uma câmara cardíaca deve ejetar sangue durante
a sístole.
O fator mais decisivo que determina a pós-carga
é a resistência vascular, tanto nos vasos
sistêmicos como nos pulmonares.
Regulação do Volume Sistólico
Contratilidade refere-se à capacidade inerente
do miocárdio para se contrair normalmente,
sendo influenciada pela pré-carga.
Quanto maior for o alongamento, mais vigorosa
será a contração.
Circulação coronária
O suprimento sanguíneo para o miocárdio
deriva das duas principais artérias coronárias que
se originam da aorta, imediatamente acima da
válvula aórtica.
A artéria coronária esquerda nutre a principal
porção do ventrículo esquerdo.
A artéria coronária direita aprincipal porção do
ventrículo direito.
Irrigação Arterial
A. Coronária Direita A. Coronária Esquerda
A. do nó sinoatrial (60%) A. do nó sinoatrial (40%)
A, Interventricular A. interventricular
posterior anterior.
Ramo marginal direito Ramo marginal esquerdo
A. do nó atrioventricular Ramo circunflexo