Introdução Odontogeriatria – Manuella Almeida

INTRODUÇÃO
ODONTOGERIATRIA

Professora Manuella Almeida

Introdução Odontogeriatria – Manuella Almeida

O que é envelhecer?

 O envelhecimento do organismo como um todo está

relacionado com o fato das células somáticas do corpo
irem morrendo uma após outra e não serem substituídas
por novas como acontece na juventude.

 No caso dos seres vivos relaciona-se com a diminuição da

reserva funcional, com a diminuição da resistência às
agressões e com o aumento do risco de morte.
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O que é idoso?

 Idoso é uma pessoa considerada de terceira idade.

 A OMS (Organização Mundial da Saúde) classifica
cronologicamente como idosos as pessoas com mais de 65
anos de idade em países desenvolvidos e com mais de 60
anos de idade em países em desenvolvimento.

Quem faz parte da terceira idade?

 “De acordo com a Lei Federal nº 8.842/94 é a pessoa de
mais de 60 anos. Já no Rio Grande do Sul considera-se
idoso o indivíduo com mais de 65 anos de idade.”
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Processo de envelhecimento:
 A exaltação da juventude, com notável predomínio dos
valores estéticos sobre tantos outros valores, revela o
velho como o grande vilão do mundo moderno e muitas vezes
como um objeto de repulsa e rejeição social.

 Os que temem e negam o envelhecimento buscam, a

possibilidade de, se não permanecer jovem, ao menos
aparentar uma eterna e falsa juventude.

 Entretanto não é esta a prioridade de saúde daqueles que

convivem com a realidade da velhice. que deve ser encarada
como fase natural do desenvolvimento humano e não como
doença ou castigo.
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Processo de envelhecimento:
 A imagem da vovozinha sentada na cadeira de balanço nem
sempre condiz com a realidade atual dos idosos, dançando
em bailes, frequentando grupos de convivência, participando
de viagens turísticas, colaborando com entidades
filantrópicas, lutando por seus direitos.
 A literatura médica trata não
somente do aspecto biológico
referente à velhice, mas do seu
aspecto sócio-cultural, e ao
aumento da duração da vida
humana, evitando que a velhice,
fenômeno fisiológico, se
transforme em velhice-
enfermidade.
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Muitas teorias têm sido propostas, e se

organizam em duas categorias:
 teoria do envelhecimento programado;

 envelhecimento por dano biomolecular.

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TEORIA DO ENVELHECIMENTO PROGRAMADO:

 propõe que o envelhecimento é regulado por uma tabela

biológica, dependente da expressão de genes reguladores
dos processos de manutenção, reparo e resposta de defesa.

TEORIA DO ENVELHECIMENTO POR DANO BIOMOLECULAR:

 propõe que as causas do envelhecimento dependem
predominantemente das agressões que o meio ambiente
oferece aos organismos vivos, que acumulam danos em
vários níveis.
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TEORIA DO ENVELHECIMENTO PROGRAMADO:

Se subdivide em 3 categorias:
 1- Teoria da Longevidade Programada. O envelhecimento
é o resultado do acionamento e desligamento sequencial de
alguns genes, definindo senilidade como o momento que
surgem as manifestações de deficits relacionados à idade.

 2- Teoria Endócrina. Relógios biológicos atuam através de

hormônios controlando o ritmo do envelhecimento.

 3- Teoria Imunológica. O sistema imunológico é

programado para debilitar-se com o avanço da idade,
levando à progressiva vulnerabilidade às doenças
infecciosas e crônicas.
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TEORIA DO ENVELHECIMENTO POR DANO BIOMOLECULAR:

Se subdivide em 5 categorias:
1- Teoria do desgaste pelo uso. Células e tecidos vitais sofrem
desgaste com o envelhecimento.

2- Teoria do metabolismo do oxigênio basal. Quanto maior a

taxa do metabolismo do oxigênio basal, menor será a
expectativa de vida do indivíduo.

3- Teoria das ligações cruzadas. O envelhecimento é resultado

do acúmulo do dano cruzado de proteínas, células e tecidos,
desacelerando os processos biológicos resultando no
envelhecimento
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TEORIA DO ENVELHECIMENTO POR DANO BIOMOLECULAR:

Se subdivide em 5 categorias:
4- Teoria dos radicais livres: propõe que o radical livre
superóxido e outros, danificam componentes celulares
macromoleculares, predispondo às doenças e acelerando o
envelhecimento dos tecidos. Macromoléculas como ácidos
nuclêicos, lipidios, açúcares e proteínas são suscetíveis aos
ataques dos radicais livres.

5- Teoria do dano ao DNA. O DNA de todas as células sofre

dano continuamente. Enquanto a maioria destes danos são
reparados, alguns se acumulam quando a DNA polimerase e
outros mecanismos de reparo não conseguem reparar os danos
na mesma velocidade com que são produzidos.
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“Especialidade da odontologia que trabalha com pacientes com

mais de 60 anos, que tem como objetivo a integração social,
psicológica, funcional e preventiva de doenças bucais que
podem aumentar os riscos de doenças sistêmicas em idosos.”
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“Na verdade começamos a

misteriosa metamorfose do
envelhecimento assim que
nascemos”

A medicina que já conseguiu

prolongar a vida dos seres
humanos, agora está vivendo o
desafio de aumentar a
qualidade de vida da terceira
idade.
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Mudança demográfica no Brasil e no mundo:

 O aumento do número de idosos vem sendo constatado no
mundo inteiro, dada a melhoria na qualidade de vida, somado
ao avanço da ciência e tecnologia aplicadas na área da saúde.

 No Brasil, as projeções estatísticas do IBGE indicam que,

entre 1950 e 2025, a quantidade de idosos aumentará 16
vezes contra cinco vezes da população total.

 O homem centenário, até pouco tempo atrás, era personagem

de filme de ficção. Hoje, só no Brasil, a população com mais de
100 anos já atinge a casa dos mais de 125 mil habitantes.
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Mudança demográfica no Brasil e no mundo:

 No Brasil, segundo o IPEA (Instituto de Pesquisas em
Economia Aplicada) houve, nas últimas duas décadas um ganho
de 7 anos e meio na média da expectativa de vida para ambos
os sexos.

 Entre 1980 e 2005, o número de

brasileiros com mais de 80 anos
cresceu 126% e, assim, o Brasil
vem perdendo aos poucos a
imagem de país jovem
 (E.v.: 73 anos).
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Mudança demográfica no Brasil e no mundo:

 O Brasil ainda é um país de

desdentados (a maior parte da nossa
população idosa é edêntula) e a doença
periodontal é a de maior prevalência.
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Processo de envelhecimento:
 A osteoporose, artrite, artrose, diabetes, incluindo, nessa
categoria, os problemas cardiovasculares e endócrinos.
 Doenças crônicas neurodegenerativas:
 Mal de Alzheimer, demências e doença de Parkinson.

 Daí a importância da especialidade. Estes idosos também

estão retendo seus dentes e necessitam de cuidados
especiais para lidar com essas doenças”
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Existem quatro categorias de idosos:

 os independentes,
 os parcialmente dependentes,
 os totalmente dependentes,
 os paliativos (pacientes cuja ciência já esgotou seus recursos)
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Prevenção:

 A importância dos dentes nos dias atuais, também vai além da

mastigação, pois interferem também na fonética. Além disso,
a sociedade moderna não mais aceita o desdentado ou
pessoas com estética facial alterada por dentes mal-cuidados
ou ausentes.

 A higienização diária e a visita regular ao dentista (de 6/6

meses) são fatores decisivos na manutenção da saúde bucal
como um todo, evitando assim as doenças orais crônicas
presentes no idoso: cáries de raiz, xerostomia (boca seca),
atrição/abrasão (bruxismo), lesões da mucosa oral
(candidíases, leucoplasias, etc), câncer oral, doenças
periodontais, entre outras.
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Dieta:

 A dieta também é de extrema

importância e pode interferir na saúde
bucal do idoso.

 Deve ser à base de carnes, frutas,

verduras, legumes, cereais e fibras.
Deve-se evitar o consumo de doces e
refrigerantes.
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Discutindo saúde e qualidade de vida:

 A medicina já conseguiu prolongar a vida dos seres humanos,
mas vive agora o desafio de proporcionar qualidade de vida à 3ª
idade.

 Em um mundo próximo o mundo estará inundado de velhos e hoje

se sabe que é possível entrar nessa fase com energia notável,
bem diferente dos idosos de décadas atrás.
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Discutindo saúde e qualidade de vida:

 A saúde é amplamente reconhecida como o maior e o melhor
recurso para se obter a qualidade de vida.
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Discutindo saúde e qualidade de vida:

 Nossa sociedade além de não valorizar os idosos, ainda impõe
muitos mitos que dificultam a realização pessoal. Está na hora
de romper estes mitos de que “velho não deve namorar”, “não
deve se divertir”, “não precisa se enfeitar”.

 Se hoje se vive mais tempo, deve ser também com mais saúde e
qualidade de vida. O importante é que a pessoa tenha ocupações
de preferência prazerosas.
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Cirurgião-dentista:
 As doenças sistêmicas que hoje expressam o quadro da
senescência/senilidade entre os idosos deverão fazer também
parte do conhecimento científico do cirurgião-dentista.

 Senescência: A senescência é o período em que o declínio físico

e mental são lentos e graduais, ocorrendo em alguns indivíduos
na casa dos 50 e em outros, depois dos 60 anos.

 Senilidade: se refere à fase do envelhecer em que o declínio

físico é mais acentuado e é acompanhado da desorganização
mental.