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Direito Subjetivo Público

COM ÊNFASE NOS DIREITOS


SOCIAIS
SUMÁRIO
 Introdução
 O que é Direito Subjetivo?
 Situações Subjetivas
 A Natureza do Direito Subjetivo – Teorias
 Classificação dos Direitos Subjetivos
 (In)Eficácia dos Direitos Sociais como Direito Subjetivo
 Conclusão
 Referências
INTRODUÇÃO
 Conhecimento sobre o direito subjetivo;
 Abordagem de tópicos relativos à efetivação dos
direitos fundamentais;
 Juristas que cada vez menos estão
comprometidos em dar ao direito uma aplicação
mais justa e social;
 Definir da melhor forma possível o conceito do
direito subjetivo;
 Dependência do direito subjetivo x situações
jurídicas subjetivas.
O QUE É DIREITO SUBJETIVO?

É a possibilidade que a norma dá de um indivíduo


exercer determinado conduta descrita na lei. É a
lei, que aplicada ao caso concreto autoriza a
conduta de uma parte.
Exemplo: se uma pessoa te deve um valor em
dinheiro, a lei te concede o direito de cobrar a
dívida por meio de um processo judicial de
execução. 
SITUAÇÕES SUBJETIVAS
A norma jurídica divide-se em duas partes: a
primeira, representativa do suporte
fático necessário à sua incidência; e a segunda,
indicativa da conseqüência jurídica derivada da
ocorrência do suporte fático por ela mesma
exigido.
Assim:
 Se “A”, então Cj1; ou,
 Se “A” + “B”, então Cj2; ou ainda,
 Se “C” + “D” – “E”, então Cj3.
 Se (alguém) “agir”, com “culpa”, e causar “dano” a
outrem (vítima), então deverá indenizá-lo (o dano).
SITUAÇÕES SUBJETIVAS
São momentos de uma relação jurídica. São
frações temporais de uma relação interpessoal
regulada pelo Direito. Supõem-se um ato, devido
ou permitido, e dois sujeitos, um dito ativo e
outro, passivo. Sujeito ativo não é
necessariamente aquele que pratica o ato, mas
aquele que, na situação jurídica, encontra-se na
posição subordinante. Simetricamente, sujeito
passivo é aquele que se encontra na posição
subordinada, em relação ao ato considerado. A
subordinação é estabelecida pelo Direito a
benefício de quem pratica o ato, a benefício de
terceiro ou da comunidade.
Exemplos:

Transcorrido o tempo exigido para a aposentadoria


voluntária, o funcionário adquire o direito à
aposentadoria, podendo requerê-la a qualquer
tempo (direito formativo, estado de poder e
sujeição). Feito o requerimento, surge para o
Estado o dever de aposentar o servidor (situação
de débito e crédito).
Temos, inicialmente, o zero, ou seja, a inexistência
de relação jurídica entre as partes. Emprestada a
coisa, surge para o comodatário o dever de
devolvê-la (situação de crédito e débito). O
comodante tem o poder de denunciar o contrato
(situação de poder e sujeição). Exercido esse
direito formativo, surge para o comodatário a
obrigação de devolver a coisa (situação de
crédito e débito). Oferecendo o comodatário a
coisa ao comodante, tem este o dever de recebê-
la (situação de crédito e débito). Recebida a
coisa em devolução, extingue-se o contrato
(situação zero: estado ou situação de liberdade).
TEORIAS DO DIREITO
SUBJETIVO
a) Teoria da vontade (de Savigny e Windscheid), que
entende que o direito subjetivo é o poder da vontade
reconhecido pela ordem jurídica;
b) Teoria do interesse (de Ihering), para o qual o
direito subjetivo é o interesse juridicamente protegido
por meio de uma ação judicial; A teoria de Ihering foi
contestada pelo jurista alemão August Thon que,
entre outras críticas estabelecidas acerca da matéria,
ponderou que o direito subjetivo seria mais a
proteção do interesse do que o interesse protegido.
c) Teoria Mista (de Jellineck, Saleilles e Michoud), que
define o direito subjetivo como o poder da vontade
reconhecido pela ordem jurídica, tendo por objeto um
bem ou interesse.
CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS
SUBJETIVOS
 Privados: se houver predominância de interesses
particulares; Principais, se forem autônomos,
independentes;

 Públicos: Nesta categoria, ocorre uma primazia


dos interesses que afetam todo o grupo social;
DIREITOS SUBJETIVOS
PÚBLICOS
É o direito intrínseco da pessoa, ou seja, pertence ao
indivíduo a manifestação de postular ou reivindicar
um direito a um serviço, atendimento, reclamação
de conduta e outros feitos negativos cometidos por
representantes do Poder Público. 
Ex: É dever do Estado cuidar da sinalização de
trânsito. Se, por falta ou má sinalização há uma
colisão, eu, me valendo do direito público subjetivo)
posso responsabilizar o Estado pelo acidente e ainda
exigir que os danos sejam pagos pelos cofres público
pela inadequação ou não cumprimento do serviço
prestado.
(IN)EFICÁCIA DOS DIREITOS SOCIAIS
COMO DIREITO SUBJETIVO

São direitos exigíveis perante o Poder Judiciário?


Pode um particular reivindicar judicialmente a
prestação estatal necessária para a realização do
direito social? Está o juiz autorizado a manejar,
ainda que indiretamente, por meio de decisão
judicial, os recursos da peça orçamentária? Não
estaria em semelhante circunstancia o juiz a
administrar, a exercer função assinada ao
Executivo pela Constituição?
CONCLUSÃO
Por fim, os direitos fundamentais sociais em seu
núcleo possuem um projeto emancipatório
fascinante, assim como possuem todos os
direitos fundamentais, uma vez que lutando por
estes direitos e sua efetivação constrói-se a
emancipação real do ser humano. Significam a
saída da cidadania do plano jurídico-formal
(projeto político) para o campo sócio-econômico.
E nisto, reside à beleza e prestabilidade dos
direitos fundamentais. 
REFERÊNCIAS
 FÜHRER, Maximilianus Claúdio Américo
Manual de direito público e privado ⁄ Maximilianus
Claúdio Américo Führer, Édis Milare. – 15. Ed. Ver e
atual. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2005;

 NADER, Paulo
Introdução ao estudo do direito ⁄Paulo Nader – 32. Ed -
Rio de Janeiro: Forense, 2010;

 Revista de direito constitucional e internacional - vol. 54


Ano 14 Janeiro - Março 2006.

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