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Disciplina: Arte e Psicologia

Professora: Msc. Larissa Fernanda Dittrich


O QUE É FILOSOFIA?
• Origem da palavra Filosofia eé grega.
O que é Filosofia?

FILOSOFIA = PHILOS + SOPHIA


O que é Filosofia?
• PHILOS= AMIZADE, AMOR
• SOPHIA= SABEDORIA

O que eu posso dizer sobre o que eé


Filosofia? CCO
• Mas porque o homem sentiu necessidade de
filosofar?

1. ADMIRAÇÃO

Explicaçoõ es mitoloé gicas acerca da


realidade naõ o satisfaziam mais, haé a
necessidade de usar a razaõ o.
DEUSES GREGOS
Necessidade de filosofar

2. POR NATUREZA O HOMEM ASPIRA AO SABER.

3. QUAL A ORIGEM E O FUNDAMENTO DO TODO?

4. QUAL EÉ O LUGAR QUE O HOMEM OCUPA NO


UNIVERSO?
• O objetivo da Filosofia estaé no puro desejo
de conhecer e contemplar a verdade.
ÉTICA
• EÉ TICA eé uma parte da filosofia que se dedica
a pensar as açoõ es humanas e seus
fundamentos.

• ETHOS=habitat humano, morada humana.


Ética
• “Ethos eé a capacidade de ordenar
responsavelmente os comportamentos com os
outros e com o mundo circundante, para que
possamos viver na justiça, na cooperaçaõ o e na paz,
no interior da casa comum dos humanos”. (BOFF,
2000, p. 102)
Ética
• A EÉ tica como morada humana naõ o eé algo pronto e
construíédo de uma soé vez. O ser humano estaé
sempre tornando habitaé vel a casa que construiu
para si.
Sócrates - Um pensador Antigo

“Conhece-te a ti mesmo.”
SÓCRATES

Nasceu em Atenas e morreu em 399 A.C. em virtude de


uma condenação por impiedade. Sócrates não escreveu nada.

Sócrates estava interessado em responder a questão: O


que é a natureza ou a realidade última do homem? O que é a
essência do homem?
SÓCRATES

O HOMEM É A SUA ALMA.


Ética socrática
• A alma do homem deve ser aquilo que a sua
natureza determina que seja, ou seja, boa e
perfeita.

• O elemento que faz com que a alma seja boa


e perfeita eé o conhecimento.
Ética socrática
• Víécio eé a privaçaõ o do conhecimento,
ignoraâ ncia.

• Os verdadeiros valores, os da alma estaõ o no


conhecimento, naõ o estaõ o ligados as coisas
exteriores, como riqueza, poder, fama,
beleza.
Ética socrática
• Virtudes socraé ticas: sabedoria, justiça,
fortaleza, temperança.

• Víécios=ignoraâ ncia
Ética socrática
• Ningueé m peca voluntariamente: quem faz o
mal, o faz por ignoraâ ncia do bem.

• Quando se faz o mal, na realidade naõ o o faz


porque se trate do mal, mas porque se
espera extrair um bem.
Ética socrática
• O homem eé o verdadeiro responsaé vel pela
sua proé pria felicidade e infelicidade.
PLATÃO
• Plataõ o nasceu em Atenas em 428/427 a. C., faleceu
em 347 a. C.
• Filoé sofos naturalistas explicam o “porqueâ ”
das coisas invocando elementos fíésicos
como: a aé gua, terra, ar e fogo.
PLATÃO
• Plataõ o afirma que estas naõ o saõ o as
verdadeiras causas, mas apenas meios,
concausas.

• Plataõ o postula a existeâ ncia de uma causa


ulterior, que, para constituir a verdadeira
causa, deveraé ser algo não sensível, mas
inteligível.
PLATÃO
• Esta causa eé a IDÉIA OU FORMA PURA.

• Essas causas saõ o de natureza não física, saõ o


substâncias. Estas constituem o verdadeiro
ser, o ser por exceleâ ncia.
PLATÃO
• Temos o bem em si, o belo em si que
possuem um caraé ter de naõ o relatividade e
de estabilidade.
• Esse mundo das Ideé ias, Plataõ o chamou de
Hiperuraâ nio.
A doutrina da reminiscência
• Conhecer eé recordar, encontro com as coisas
deste mundo, as quais saõ o coé pias das Ideé ias.

• O encontro desperta na alma a recordaçaõ o


das Ideé ias. Ex: a vista de coisas belas faz
despertar em noé s a Ideé ia de beleza, de
justiça.
ÉTICA EM PLATÃO
• Orientaçaõ o eé tica da filosofia de Plataõ o:
praticar a virtude, pois haé uma esfera
imaterial, ué nica pela qual vale a pena viver,
pois no mundo sensíével, a alma prisioneira
do corpo estaé a procura de um bem superior
que perdeu.
DIVISÃO DA REALIDADE:

MUNDO SUPRA-SENSÍVEL
MUNDO IDEAL

MUNDO SENSÍVEL
MUNDO MATERIAL
ARTE EM PLATAO
• A arte eé uma imitaçao, coé pia imperfeita do
verdadeiro ser que estaé no mundo das
ideé ias.
ARISTÓTELES
• Nasceu em 384 a. C., faleceu em 322 a. C. foi
discíépulo de Plataõ o.
• Contestou a doutrina platoâ nica das ideé ias,
pois esta filosofia naõ o explicava o vir a ser
das coisas. As ideé ias naõ o podem explicar o
devir.
DEVIR TRANSFORMAÇÃO
movimento
• A explicaçaõ o da realidade naõ o pode ser
procurada fora da realidade, mas na proé pria
realidade.
ATO E POTÊNCIA
• POTÊNCIA eé qualquer realidade que tem
como propriedades ser indeterminada, ser
passiva e capaz de assumir vaé rias
determinaçoõ es.
ATO E POTÊNCIA
• ATO eé toda realidade tem como
caracteríéstica ser determinado, finito,
completo.
ÉTICA EM ARISTÓTELES
• A FELICIDADE CONSISTE NA PLENA
REALIZAÇAÃ O DAS PROÉ PRIAS CAPACIDADES.
• A FELICIDADE DO HOMEM NAÃ O PODE
CONSISTIR NAS RIQUEZAS, NEM NAS HONRARIAS,
NEM NOS PRAZERES, PORQUE NENHUMA DESSAS
COISAS REPRESENTA A PLENA REALIZAÇAÃ O DAS
CAPACIDADES HUMANAS.
• Homem eé um ser racional, seu bem, sua
felicidade deve consistir na atuaçaõ o da
razaõ o.

• A perfeita atuaçaõ o da razaõ o se verifica na


contemplaçaõ o.
• Para que o homem seja feliz eé necessaé rio
que sejam satisfeitas todas as suas
faculdades e tambeé m as dos sentidos.
• Riquezas naõ o saõ o indispensaé veis para a
felicidade, contudo, certa quantidade de
bens eé necessaé ria para que seja possíével ao
homem se entregar aà contemplaçaõ o, sem ser
perturbado por outras preocupaçoõ es.
• O meio para se conseguir a felicidade eé a
virtude.

• Virtude eé o haé bito de praticar boas açoõ es


que estejam no meio entre dois excessos.

• Aristoé teles naõ o identifica a virtude com o


saber como fez Plataõ o, mas afirma a
importaâ ncia da escolha.
• Virtudes do intelecto:
1)ciência intuitiva (nous);

2) ciência intelectiva(episteé me);


3)sabedoria (sophia);

4)arte (teé chne);


5) ciência prática (phroé nesis).
• Sabedoria eé a síéntese de cieâ ncia intuitiva e
intelectiva.
DEMÓCRITO
• Viveu entre 460 e 360 a. C.
• Escreveu muitas obras, mas todas se
perderam.
• Criador do ATOMISMO.
• O ser eé constituíédo por partíéculas
indivisíéveis e visíéveis, eternas e imutaé veis,
diferem entre si pela figura e dimensaõ o.
Estrutura da água
• A causa do vir a ser eé o movimento, os
aé tomos se entrechocam no vazio e se
combinam se vaé rios modos, dando origem
aà s coisas.
• A alma humana eé formada de aé tomos leves
e sutis, semelhantes aos que constituem o
fogo.
EPICURO (341-270 a. C.)
“O prazer eé o princíépio e o fim da vida bem aventurada.”
• EÉ sobre as bases da filosofia de Demoé crito
que Epicuro elabora sua concepçaõ o
materialista de mundo.

• O vazio infinito e imaterial permite


visualizar a possibilidade do movimento.
• Os aé tomos saõ o os elementos materiais
ué ltimos, minué sculos e indivisíéveis que se
movem no vazio. Saõ o inacessíéveis aos
sentidos.
• Existem os aé tomos e os grupos de aé tomos.
ÁTOMOS= ETERNOS

GRUPOS DE ÁTOMOS=SUJEITOS À MORTE.


LOGO: os grupos de aé tomos se decompoõ em
em elementos atoâ micos e atraveé s de novos
movimentos daõ o lugar as novas
combinaçoõ es. Assim, nascem novos corpos e
nada nasce de coisa alguma e nada
desaparece absolutamente.
EPICURO
• O “Jardim” de Epicuro: local escolhido para
a sua escola, no subué rdio de Atenas.
• Filoé sofos do Jardim, longe do tumulto da
vida pué blica.
Proposições do “Jardim”:

1. A realidade eé penetraé vel e cognoscíével pela


inteligeâ ncia humana.
2. Nas dimensoõ es do real existe espaço para a
felicidade do homem.

3. Felicidade eé a falta de dor e perturbaçaõ o.


• O que o homem precisa para atingir essa
felicidade e paz?
• O homem precisa de si mesmo.

• Todos os homens aspiram a paz de espíérito,


todos teâ m direito a ela e todos podem
atingíé-la se quiserem.
• A felicidade ou o bem supremo do homem
consiste no prazer (hedoneé ).

• EÉ sempre pelo prazer que o homem escolhe


fazer ou evitar alguma coisa.
• “Todos os prazeres saõ o bons justamente em
virtude de sua natureza. Mas nem por isso
merecem ser escolhidos. Por isso, quando
dizemos que o prazer eé o bem supremo,
não queremos referir-nos aos
prazeres do homem corrompido.”
• Prazer= ausência de dor e naõ o satisfaçaõ o
das paixoõ es.

• Virtude eé o meio para se conseguir o prazer.

• Aproveitar todo deleite com moderação e


medida.
• O homem deve se libertar de treâ s
preocupaçoõ es: deuses, morte e atividade
políética.
O UTILITARISMO
JEREMIAH BENTHAM (1748-1832)
• Princípio fundamental: Maé xima felicidade
possíével para o maior nué mero possíével de
pessoas.
UTILITARISMO
• Os ué nicos fatos verdadeiramente
importantes saõ o o prazer e a dor.
UTILITARISMO
• Alcançar o prazer e evitar a dor, saõ o esses os
ué nicos motivos da açaõ o.
• EÉ um hedonismo calculado, que
avalia atentamente as caracteríésticas do
prazer: duração, intensidade, certeza,
proximidade, capacidade de produzir
outros prazeres, ausência de
conseqüências dolorosas.
ARITMÉTICA MORAL
• Saé bio eé aquele que sabe renunciar um
prazer imediato por um bem futuro cuja
avaliaçaõ o eé melhor.
UTILITARISMO
JOHN STUART MILL (1773-1836)
• Doutrina que aceita como fundamento da
moral a utilidade ou o princípio da
máxima felicidade sustenta que as açoõ es
saõ o justas enquanto tendem a promover a
felicidade e injustas quando tendem a
produzir o contraé rio da felicidade.
• Por felicidade se entende prazer e auseâ ncia
de penas.

• Se deve levar em conta a qualidade do


prazer e não somente a sua quantidade.
EUDEMONISMO
• A FELICIDADE CONSISTE NA PLENA
REALIZAÇAÃ O DAS PROÉ PRIAS CAPACIDADES.

• A FELICIDADE DO HOMEM NAÃ O PODE


CONSISTIR NAS RIQUEZAS, NEM NAS
HONRARIAS, NEM NOS PRAZERES, PORQUE
NENHUMA DESSAS COISAS REPRESENTA A
PLENA REALIZAÇAÃ O DAS CAPACIDADES
HUMANAS.
EUDEMONISMO
• O ideal aristotélico de felicidade eé
uma mistura dosada de prazer e de razaõ o.

• Virtude: eé o haé bito de escolher o meio


justo. As açoõ es estaõ o sujeitas a se tornarem
imperfeitas ou por defeito ou por excesso.
EUDEMONISMO
• AMIZADE: sem amizade naõ o pode haver
felicidade, ela eé muito importante.
EUDEMONISMO
• O BEM SUPREMO REALIZAÉ VEL PELO
HOMEM (FELICIDADE) CONSISTE EM
APERFEIÇOAR-SE ENQUANTO HOMEM, OU
SEJA, NA ATIVIDADE QUE DIFERENCIA O
HOMEM DE TODAS AS OUTRAS COISAS.
IDADE MÉDIA
1. O cristianismo é a religião oficial no século IV.
2. O imperador romano Constantino estabeleceu
laços de união e lealdade entre o Estado e a Igreja.
IDADE MÉDIA
SANTO AGOSTINHO
AGOSTINHO DE HIPONA

“O verdadeiro grande problema não é o do cosmos, mas sim o do homem.


O verdadeiro mistério não é o mundo, mas nós para nós mesmos. Que
profundo mistério é o homem! A verdade deve ser buscada em ti mesmo.
A verdade está no interior da alma.”
SANTO AGOSTINHO

• Nasceu em Tagasta em 354, pequena cidade


da Numíédia, na AÉ frica. Faleceu em 430.

• Seu pai era proprietaé rio de terras ligado ao


paganismo e sua maõ e era cristaõ .
SANTO AGOSTINHO
• Futuramente AGOSTINHO se converteu ao
cristianismo.

• Em Milaõ o se encontrou com o bispo


Ambroé sio, onde apreendeu a compreender a
Bíéblia.

• Agostinho se interessou pela filosofia de


Plataõ o.
SANTO AGOSTINHO
• Obra –prima: “A cidade de Deus”.

• Conjunto de homens que vivem para Deus


constitui a cidade celeste.

• O amor a si mesmo levado ateé o desprezo


por Deus, gerou a cidade terrestre.
A nova dimensão da Fé e o Espírito

• Os pensadores gregos viam no


conhecimento a virtude por exceleâ ncia do
homem e a realizaçaõ o da esseâ ncia do
proé prio homem.
• O homem naõ o eé mais concebido como corpo
e alma.

ALMA= RAZÃO
E INTELECTO
• Para Agostinho o homem eé constituíédo por
treâ s dimensoõ es:

CORPO ALMA ESPÍRITO


ESPÍRITO É A PARTICIPAÇÃO
NO DIVINO ATRAVÉS DA FÉ.

É A ABERTURA DO HOMEM
PARA A PALAVRA DIVINA.
• Em relaçaõ o aos valores, a humildade eé a
virtude fundamental do homem.

• A esseâ ncia do homem eé o AMOR.

• Sócrates afirmava que o homem bom eé


aquele que sabe e conhece.

• Agostinho afirmava que o homem bom eé


aquele que ama.
TEORIA DA ILUMINAÇÃO:
• O conhecimento das verdades eternas eé
obtido por meio da iluminação divina e
não por meio da reminiscência.

• EÉ uma luz mediante a qual Deus irradia na


mente humana as verdades absolutas,
imutaé veis.
TEORIA DA ILUMINAÇÃO

• O homem precisa da luz de Deus para


conhecer, pois a verdade naõ o estaé nos
sentidos nem na inteligeâ ncia.
• Agostinho afirma que a liberdade é
própria da vontade, naõ o da razaõ o, como
entendiam os gregos.

• A razaõ o pode conhecer o bem e a vontade


pode rejeitar, pois a vontade eé uma
faculdade diferente da razaõ o, tem uma
autonomia proé pria.
FACULDADES SÃO
DIFERENTES:

RAZÃO VONTADE

A RAZÃO CONHECE E A
VONTADE ESCOLHE.
• Livre arbíétrio eé a escolha de ser, agir de um
modo ou outro.

• A caridade, a feé , o amor, a simplicidade, a


humildade tornam-se virtudes do ser
humano.

• Arte como dom, o homem através da luz


de Deus adquire o conhecimento para a
realizaçao da obra de arte.
TOMÁS DE AQUINO (1225-
1274)

O caminho para o conhecimento sobre a


natureza de Deus, a hierarquia das criaturas que
dele procedem e o meio no qual os seres
racionais podem encontrar o criador,
(felicidade), no livro “Summa contra gentiles”, eé
constituíédo pela razaõ o, sem se apoiar em
qualquer verdade revelada.
• Baseado na filosofia de Aristoé teles, segundo
o qual o conhecimento desse mundo eé
adquirido por meio da experieâ ncia
sensorial, Aquino afirma a importaâ ncia de
se utilizar o intelecto como forma de
conhecer o mundo natural.
• Quando nascemos, nossa mente eé como uma
paé gina em branco, que seraé preenchida com
o conteué do fornecido pela experieâ ncia.
• A natureza humana possui uma faculdade
para o conhecimento das coisas fornecidas
pelos sentidos.

• Sem a participaçaõ o dos sentidos o ser


humano naõ o teria acesso aos objetos.
• Para Aquino o intelecto agente, concebido
como reflexaõ o, quando se debruça sobre as
coisas sensíéveis naõ o necessita de nenhuma
luz aleé m daquela que naturalmente possui.

• Aquino concilia razão e fé.


• Nem todas as verdades podem ser alcançadas
racionalmente, a razaõ o conhece somente um
nué mero limitado de verdades sobre o criador.

• Em sua obra “Suma teoloé gica” afirma que


existem verdades acessíéveis aà razaõ o, mas
estas naõ o ultrapassam os limites do mundo
fíésico.
As cinco vias para a demonstração da
existência de Deus
• PRIMEIRA VIA
PRIMEIRO MOTOR IMÓVEL: tudo que se
move eé movido por algueé m, eé impossíével uma
cadeia infinita de motores provocando o
movimento dos movidos. Haé de existir um
motor que deu iníécio ao movimento existente
e que por ningueé m foi movido.
SEGUNDA VIA
• RELAÇÃO CAUSA E EFEITO que se observa
nas coisas criadas. EÉ necessaé rio que haja
uma causa primeira que por ningueé m tenha
sido causada, pois todo efeito eé atribuíédo a
uma causa.
TERCEIRA VIA
• EÉ derivada da experieâ ncia que temos do
nascimento e da corrupçaõ o dos seres. EÉ
preciso que haja um ser que fundamente a
existeâ ncia dos seres contingentes e que naõ o
tenha a sua existeâ ncia fundada em nenhum
outro ser.
QUARTA VIA
• SER PERFEITO: se verifica que haé graus de
perfeiçaõ o nos seres, uns saõ o mais perfeitos
que outros e qualquer gradaçaõ o pressupoõ e
um paraâ metro maé ximo de perfeiçaõ o.
QUINTA VIA
• INTELIGÊNCIA ORDENADORA: existe uma
ordem no universo que eé facilmente
verificada. Toda ordem eé fruto de uma
inteligeâ ncia, pois naõ o se chega a ordem por
acaso. Logo, haé um ser inteligente que
dispoâ s o universo na forma ordenada. A este
ser chamamos de Deus.
BELO EM TOMÁS DE AQUINO
• a consonância e a claridade saõ o indicadas
como sendo as propriedades da beleza.

• Cada coisa seria bela na medida em que


possuíésse um determinado brilho espiritual
ou sensíével proé prio de sua espeé cie, e tambeé m
na medida em que se encontrasse constituíéda
pelas proporçoõ es que lhe saõ o convenientes.
BELO EM TOMÁS DE AQUINO
• Deus confere beleza aà s coisas, enquanto eé
CAUSA de consonaâ ncia e claridade em todas
as coisas.

• Por isso, dizemos que um homem eé belo por


ser devidamente proporcionado nas
dimensoõ es, e porque possui cor níétida e
clara.
BELO EM TOMÁS DE AQUINO
• Beleza eé um atributo de Deus.

CRIATURA PARTICIPA
DA BELEZA DE DEUS.
BELO EM TOMÁS DE AQUINO
• EÉ belo o sujeito que participa da beleza, que,
por sua vez, seria uma participaçaõ o na causa
primeira, que eé Deus.

• A beleza das criaturas seria simplesmente a


semelhança da beleza divina participada nas
coisas.
BELO EM TOMÁS DE AQUINO
• Deus eé sempre belo, assim, fica excluída
qualquer alteração de beleza.

• Em Deus naõ o haé corrupçaõ o da beleza, nem


crescimento e diminuiçaõ o, tal como se daé
nas criaturas corporais: “Deus eé belo
simplesmente e em todos os aspectos.”
BELO EM TOMÁS DE AQUINO
• Belo, que eé Deus, eé causa efetiva, MOTORA.
Pois uma vez que ama a proé pria beleza, quer
multiplicaé -la tanto quanto possíével,
nomeadamente pela comunicaçaõ o de sua
proé pria semelhança.

COMO QUE O HOMEM É BELO ?

É PELA PARTICIPAÇÃO NA BELEZA


DE DEUS QUE O HOMEM É BELO. É A
COMUNICAÇÃO DE SUA
SEMELHANÇA.
Três caracteres do belo :
• proporçaõ o,
• integridade
• clareza
OBRA BEM FEITA:

É AQUELA QUE É POSITIVA EM TODOS


OS SEUS ASPECTOS.

É CONDENÁVEL A OBRA QUE AFETA DE


FORMA NEGATIVA A VIDA DO HOMEM.

O HOMEM TEM UM DESTINO


SOBRENATURAL: A BEATITUDE
PERFEITA, QUE CONSISTE NA VISÃO DE
DEUS.
BELO EM TOMÁS DE AQUINO
• Estaé tua de um íédolo pagaõ o, naõ o poderia ser
dita bela.
BELO EM TOMÁS DE AQUINO
• Pela sua constituiçaõ o fíésica, pelas cores e
proporçoõ es das partes, o objeto poderia ser
FORMOSO, mas naõ o BELO.
BELO EM HEGEL (1770-1831)
• Idealismo absoluto

É O ESPÍRITO QUE CRIA A


MATÉRIA.
HEGEL
• Para Hegel a realidade eé Pensamento,
Espíérito, eé processo, eé movimento.
Princípios fundamentais do sistema
hegeliano:
• Princípio de identidade do ideal e do
real: tudo o que eé racional eé real e tudo o
que eé real eé racional. Pensamento e coisa
naõ o saõ o esferas opostas. Se fosse assim a
realidade seria incognoscíével.
PRINCÍPIOS
Princípio de contradição: tudo estaé sujeito a
dialeé tica da negaçaõ o e da afirmaçaõ o.
PRINCÍPIOS
• Princípio de relação: uma coisa tambeé m eé
o seu oposto, logo existe uma relaçaõ o entre
os dois momentos, positivo e negativo.

TESE ANTÍTESE SÍNTESE


PRINCÍPIOS
• Princípio do historicismo: toda a
realidade se resolve na histoé ria. Fora na
histoé ria naõ o existe nenhuma outra
realidade. A histoé ria e o absoluto saõ o a
mesma coisa.
BELO EM HEGEL

A MATÉRIA NÃO EXISTE FORA DO NOSSO


PENSAMENTO, ELA É APENAS UMA ILUSÃO
BELO EM HEGEL

SÃO NOSSAS IDEIAS QUE CRIAM


AS COISAS.
BELO EM HEGEL
• OBRA DE ARTE:

É A EXPRESSÃO INTERIOR DO SER


ENQUANTO NECESSIDADE. É A
APARIÇÃO SENSÍVEL DO ARTISTA QUE
É ESPÍRITO.
BELO EM HEGEL
• BELO:

É O SENSÍVEL NAQUELE INSTANTE QUE


É VISTO COMO PROCESSO DIALÉTICO
DO ESPÍRITO CRIADOR.
BELO EM HEGEL
• Significado da obra de arte:

PENETRA A PROFUNDIDADE
DO EXPECTADOR PARA ELE
DAR SIGNIFICADO.
• A arte eé uma das atividades supremas do
espíérito.
• Função da arte: eé expressar o absoluto em
forma sensíével.
ABAPORU
• Tíétulo da obra vem dos termos em tupi aba
(homem), pora (gente) e ú (comer),
significando "homem que come gente“.

• Movimento antropofaé gico.


• Valor artístico: eé proporcional aà sua
capacidade de tornar visíével o absoluto.
• O belo se encontra somente na arte, naõ o na
natureza.
PENSAMENTO MODERNO
• A Renascença assinala o fim da Idade meé dia
e o iníécio da Idade Moderna.

• Características do Mundo Moderno:


1. Supremacia da verdade racional na procura
da verdade.
2. Valorizaçao da pessoa humana
3. Afirmaçao do poder soberano da pessoa
humana no mundo.
BELO EM KANT
• Para Kant o belo naõ o eé uma propriedade
subjetiva das coisas (belo ontoloé gico), mas
sim algo que nasce na relaçaõ o entre objeto e
sujeito.
• Portanto, belo eé aquilo que agrada segundo
o juíézo de gosto.
• Belo eé objeto de prazer sem interesse: naõ o
estaé ligado aos prazeres dos sentidos, nem a
utilidade ou ao bem moral.

• Belo expressa a sensaçaõ o subjetiva.


FILOSOFIA MODERNA:
RENÉ DESCARTES

• Nasceu em 1596 na províéncia de Turena na


França. Faleceu em 1650.

• Sua famíélia era bem estabelecida. Seu pai


era presidente do parlamento da Bretanha.
• Obras mais importantes:
Discurso sobre o meé todo;
Meditaçoõ es.

Reneé Descartes eé considerado o pai da


Filosofia Moderna.
• Para DESCARTES o melhor caminho apara
se estabelecer o valor do conhecimento eé o
da dúvida.

• A dué vida eé o meé todo adequado para a


descoberta da verdade.
• Aplicando a dué vida metoé dica, Descartes
questiona os conhecimentos obtidos por
meio dos sentidos, pois estes, muitas vezes,
saõ o enganosos.
• A ué nica certeza que Descartes afirmava ter
era sobre seu proé prio pensamento, de que
era alguma coisa.

“PENSO, LOGO EXISTO.”


“COGITO, ERGO SUM.”
• Para Descartes a esseâ ncia do homem
consiste no pensamento.

ALMA CORPO

RES RES
COGITANS EXTENSA
• Entretanto, o corpo e a alma estaõ o unidos
apenas em um ponto: GLÂNDULA PINEAL.

ALMA CORPO

GLÂNDULA
PINEAL
• Em relaçaõ o ao corpo, Descartes afirma que
naõ o haé nenhuma diferença entre o homem e
os animais: uns e outros naõ o passam de
autoâ matos ou maé quinas semoventes.
• Em relaçaõ o a alma, os animais naõ o a teâ m,
nos homens a alma foi criada por Deus.
HENRI BERGSON
• Nasceu em Paris em 1859 e morreu em
1941. Em 1927 recebeu o preâ mio Nobel
de Literatura.
• Algumas obras:
1)Evoluçaõ o criadora,
2)Mateé ria e memoé ria,
3)Ensaio sobre os dados
imediatos da conscieâ ncia.
• A intuiçaõ o fundamental de Bergson estaé
resumida na proposiçaõ o: “O tempo não é
atômico, mas durável.”
• “ O cerne de toda minha filosofia eé a intuiçaõ o
da duraçaõ o.”
• Bergson
• O tempo eé a sucessaõ o de estados de
conscieâ ncia.
• O passado estaé no presente e o presente
estaé carregado de futuro.
TEMPO DA MECÂNICA:
• Tempo eé uma seé rie de instantes, um ao lado
do outro, como, por exemplo, o tempo
marcado pelo reloé gio.
TEMPO COMO DURAÇÃO
• No tempo da conscieâ ncia, um instante pode
valer a eternidade ou pode ser decisivo para
uma vida: haé momentos que naõ o passam
nunca e dias e períéodos que voam.
• O tempo concreto eé duraçaõ o vivida,
irreversíével e nova a cada instante.
• IMPULSO VITAL: se manifesta no contíénuo
devir dos seres, caracterizado por um
desenvolvimento no qual o passado
permanece no devir.
REALIDADE:

Alma /Corpo
Espírito/ Matéria
Razão/ Intuição
INTUIÇÃO
• Modo de conhecimento que capta a
realidade verdadeira.
• Mecânica: eé o conhecimento teé cnico das
coisas.
• Mística: experieâ ncia religiosa do universo.
MÍSTICA MECÂNICA
Carl Gustav Jung ( 1875-1961)
“Por psique entendo a totalidade dos processos
psíquicos, tanto conscientes quanto
inconscientes.”
(JUNG, 1991, p. 388).
ARQUÉTIPO
Termo proveniente de Platão, que definiu um
lugar “mundo das idéias” como constitutivo dos
modelos originários de todas as coisas existentes
na realidade.

ARCHE significa início ou o primeiro


princípio do mundo, a força criadora original e
TUPOS que significa uma impressão ou
marca, uma manifestação dessa força criadora
invisível.
“entendo por arqueé tipo uma qualidade ou
condiçaõ o proé pria da psique que esta, de algum
modo, ligado ao ceé rebro”
(JUNG, p 186).
“Nenhum arqueé tipo pode ser reduzido a uma
simples foé rmula. Trata-se de um recipiente que
nunca podemos esvaziar, nem encher. Ele existe
em si apenas potencialmente e quando toma
forma em alguma mateé ria, jaé naõ o eé mais o que era
antes. Persiste atraveé s dos mileâ nios e sempre
exige novas interpretaçoõ es. Os arqueé tipos saõ o os
elementos inabalaé veis do inconsciente, mas
mudam constantemente de forma.”

(JUNG)
A PERSONA
Arquétipo da adaptação social
PERSONA:
• EÉ a maé scara ou fachada ostentada
publicamente com a intençaõ o de provocar
uma impressaõ o favoraé vel a fim de que a
sociedade aceite a pessoa.

• O papel da persona na personalidade pode


ser tanto beneé fico ou prejudicial.
A SOMBRA
SOMBRA
• Representa o proé prio geâ nero da pessoa e influi
nas relaçoõ es com as pessoas do proé prio sexo.

• Por ser inconsciente e reprimida, negamos a


existeâ ncia da sombra e a projetamos. Por
exceleâ ncia, aquilo que acusamos fora de noé s e
que nos “afeta”, existe de alguma forma dentro
de noé s.
O ANIMUS
ANIMUS
• Compoõ e o lado masculino da psique
feminina. Toda pessoa possui qualidades do
sexo oposto.
A ANIMA
ANIMA:

• Constitui o lado feminino da psique


masculina.
FUNÇÕES PSICOLÓGICAS
• Saõ o o pensamento, o sentimento, a sensaçaõ o
e a intuiçaõ o.
FUNÇÃO PENSAMENTO
• Trata-se de uma funçaõ o intelectual que
procura compreender as coisas.
FUNÇÃO SENTIMENTO
• EÉ uma funçaõ o avaliadora, que aceita ou
rejeita uma ideé ia tomando como base o
sentimento agradaé vel ou desagradaé vel que
tal ideé ia suscita.
FUNÇÃO SENSAÇÃO
• Inclui todas as experieâ ncias conscientes
produzidas pela estimulaçaõ o dos oé rgaõ os dos
sentidos e das sensaçoõ es que teâ m origem no
interior do corpo.
FUNÇÃO INTUIÇÃO
• EÉ uma experieâ ncia dada imediatamente e
naõ o produzida como resultado do
pensamento ou do sentimento.

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