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Fichamento - Livro VII da Metafísica de Aristóteles, cap. 1, 2 e 3.

Rudá - Segundo Período de Filosofia


Prof. Bianca

Capítulo 1

Neste capítulo, Aristóteles dá início a uma investigação sobre a substância e


a essência. Ele estabelece uma distinção entre a essência de uma coisa e sua
existência. A essência é o que faz uma coisa ser o que é, enquanto a existência é o
ato de ser dessa coisa.
Aristóteles argumenta que a essência é mais fundamental do que a
existência, pois é a partir da essência que podemos definir a natureza e as
características distintivas de um objeto. Ele sustenta que a substância é o tipo de
ser que possui essência, pois é a partir da substância que podemos identificar a
verdadeira natureza de uma coisa.
Ao examinar a relação entre a essência e a existência, Aristóteles afirma que
a existência é essencial para a manifestação da essência. Ele argumenta que uma
coisa só pode ser considerada existente se sua essência for atualizada e se
manifestar no mundo real.
Além disso, Aristóteles discute a noção de potência e ato em relação à
essência e à existência. Ele afirma que a potência está relacionada à essência, pois
indica a capacidade de uma coisa se tornar o que ela é potencialmente. Por outro
lado, o ato está relacionado à existência, pois representa a atualização da essência
em sua manifestação plena.
Em suma, o capítulo 1 introduz a distinção entre essência e existência,
argumentando que a essência é mais fundamental e que a substância é o tipo de
ser que possui essência. Aristóteles explora a relação entre essência e existência,
potência e ato, estabelecendo as bases para a compreensão mais aprofundada da
natureza da realidade e da substância.

Capítulo 2

Neste capítulo, Aristóteles se aprofunda na discussão sobre a relação entre a


matéria e a forma na constituição das coisas. Ele apresenta a noção de que a forma
é o princípio determinante que dá forma à matéria, enquanto a matéria é o princípio
passivo que recebe a forma.
Aristóteles argumenta que a matéria, por si só, é indeterminada e potencial.
Ela não possui características definidas até que seja informada pela forma. A forma,
por sua vez, é o princípio ativo que dá forma e determina a essência de uma coisa.
É a forma que confere às coisas suas propriedades distintivas e as torna o que são.
A relação entre matéria e forma é descrita como uma relação de potência e
ato. A matéria possui a potência de se tornar algo específico, enquanto a forma
representa o ato de se tornar esse algo específico. A forma atualiza a potência da
matéria, transformando-a em algo concreto e definido.
Aristóteles também aborda a noção de privação nesse capítulo. Ele
argumenta que a mudança ocorre quando uma coisa passa de uma privação de
uma forma para a realização dessa forma. Por exemplo, um pedaço de madeira
bruto é privado da forma de uma mesa, mas através da ação do artesão, essa
privação é superada e a forma de mesa é realizada na matéria.
Em resumo, o capítulo 2 explora a relação entre a matéria e a forma.
Aristóteles destaca a importância da forma como o princípio determinante que dá
forma à matéria, argumentando que a matéria, por si só, é indeterminada. Ele
também introduz a noção de privação e discute como a mudança ocorre quando
uma privação é superada pela realização da forma na matéria.

Capítulo 3

Neste capítulo, Aristóteles aprofunda sua investigação sobre a substância e


explora a questão da unidade e multiplicidade na substância.
Aristóteles começa abordando a noção de gênero e espécie. Ele argumenta
que a espécie é mais fundamental do que o gênero, pois é a partir da espécie que o
gênero é definido. A espécie representa uma forma específica de ser, com
características distintivas, enquanto o gênero é uma categoria mais ampla que
abrange várias espécies. Aristóteles enfatiza que a espécie é o que
verdadeiramente determina a essência de uma coisa.
Aristóteles discute também a questão da unidade e multiplicidade na
substância. Ele afirma que, em sua essência, a substância é una, ou seja, é uma
única entidade indivisível. No entanto, a substância pode ser manifestada em várias
instâncias individuais, o que resulta na multiplicidade das coisas. Ele explica que a
substância em sua unidade essencial é a causa e fundamento de todas as coisas
individuais que partilham de sua natureza.
Além disso, Aristóteles aborda a noção de acidente, que é algo que não
pertence à essência de uma coisa, mas é atribuído a ela acidentalmente. Ele
argumenta que o acidente não afeta a unidade da substância, pois é algo
contingente e não essencial para a identidade da coisa em si.
Ao discutir a unidade e multiplicidade, Aristóteles também destaca a
importância da forma na determinação da substância. Ele argumenta que a forma é
o princípio que unifica a substância em sua essência e define sua identidade.
Em suma, o capítulo 3 aborda a questão da unidade e multiplicidade na
substância. Aristóteles destaca a importância da espécie na determinação da
essência de uma coisa e explora como a substância em sua unidade essencial pode
se manifestar em várias instâncias individuais. Ele também discute a noção de
acidente e enfatiza a importância da forma na unificação da substância e na
definição de sua identidade.

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