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RIO DE JANEIRO, V.9, N.1 E 2, P.

193-201, 2002 ETHICA

S U B S T Â N C I A EM ‘C AT E G O R I A S
2-5’ E ‘M E TA F Í S I C A Z’
SUSANA CASTRO AMARAL
UFRJ

RESUMO

Neste artigo a autora aborda a teoria da substância do livro


Categorias e a teoria da substância do livro Z da Metafísica. Procura
mostrar os principais argumentos das duas teorias e como uma implica
em um ‘substancialismo atomista’ e outra um ‘substancialismo
hylemórfico’. Além disso, a autora mostra a importância da análise do
vir a ser presente nos capítulos centrais do livro Z (Z 7-9) para uma
compreensão adequada da teoria hylemórfica da Metafísica.
PALAVRAS-CHAVES: substância; metafísica; indivíduo; forma e matéria.

ABSTRACT

In this article the author demonstrates the theory of substance


present in the book Categories and the theory of substance in the
book Z of the Metaphysics. She tries to work out the main arguments
of the two theories and to show how the first implicates an ‘atomistic
substancialism’ and the second a ‘hylemorphic substancialism’.
Besides that, she points out the importance of the analysis of the
‘come to be’– theory – present in the central chapters of book Z (Z 7-
9) - for an adequate comprehension of the hylemorphic theory of
Metaphysics.
KEY-WORDS: substance, metaphysics, individual, form and matter.

Não há na literatura corrente consenso sobre a relação dos


conceitos de substância no Categorias e na Metafisica. Pode-se separar
as opiniões em dois grandes grupos opostos: um defende a tese unitarista
de que ambas teorias seriam complementares, o outro, a tese contrária,

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separatista, de que ambas teorias seriam incongruentes.1 O objetivo deste


artigo é o de apresentar sucintamente a teoria substancial dos dois escritos
de Aristóteles, em seguida apresentar as principais incongruências da
teoria do livro Z e, por último, mostrar porque a teoria da forma e matéria
apresentada como o novum da teoria da substância da Metafísica só pode
ser corretamente apreendida por meio da análise do vir a ser das substâncias
naturais e artificiais.

I. AS DUAS TEORIAS SUBSTANCIALISTAS DE ARISTÓTELES

1.1 A TEORIA DA SUBSTÂNCIA NO CATEGORIAS:


O SUBSTANCIALISMO ATOMISTA

O Categorias é um tratado ontológico que pretende identificar


os tipos de seres mais fundamentais do mundo. Seu ponto de partida é
a idéia de que a estrutura predicativa simples formada por sujeito,
verbo e predicado nos forneceria, uma vez que analisássemos seus
elementos e a relação que estabelecem uns com os outros, tais entes
fundamentais. Em outras palavras, que haveria um isomorfismo entre a
realidade e certa parte da linguagem.
Partindo da tese do isomorfismo Aristóteles apresenta no
segundo capítulo dois tipos de modos de ser: o ‘ser em um substrato’
(hen hypokeimenoi) e o ‘ser dito de um substrato’ (kata hypokeimenon
legomenon).

Estar em Não estar em


um substrato um substrato

Ser dito Atributos universais Espécie/Gênero


de um substrato

Não ser dito Atributos inerentes Indivíduo


de um substrato

1
Representante deste primeiro grupo seria M. Furth (1988) e do segundo
D.W. Graham (1987). A grande diferença entre a hipótese unitarista e

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Da relação de cada par de modos de ser opostos com o outro


par de modos de ser opostos Aristóteles conclui a existência de quatro
grupos principais de entes: atributos universais, espécie/gênero,
atributos inerentes, indivíduo.
O fato do indivíduo não estar em um substrato, nem ser dito de
um substrato, faz dele o elemento mais fundamental da realidade, pois
isso significa que ele não depende de nenhum outro ser para existir, ele
existe por si (kath’hauto).
Em segundo lugar na hierarquia dos ‚mais existentes’ estão os
gêneros e as espécies naturais, chamadas de substâncias segundas.
Elas são ditas de um substrato, mas não estão em um substrato, pois
são ditas de mais de um indivíduo. Estar em um substrato significa ser
inerente a ele e somente a ele. As qualidades inerentes não dizem,
apesar da inerência, o significado do substrato, o que ele é. Apenas a
informação da espécie e do gênero é capaz de dizer o significado primário
do indivíduo. Assim, apesar de se comportar como um atributo do
substrato e depender das substâncias primeiras, espécie e gênero
naturais não são chamadas de atributos (kategourenomena), mas sim
de substância segunda (deutera ousia).
Os atributos só podem ser identificados porque estão num
substrato. Eles não existem separados do objeto individual. Por exemplo,
não há cores em si, mas elas só são percebidas quando presentes em
um objeto. Aristóteles determina oito classes de atributos universais:
qualidade (poson), quantidade (poion), relação (pros ti), posição
(keisthai), ter (echein), sofrer (paschein), onde (pou), quando (pote).
Sob cada uma dessas categorias se inserem, sem que Aristóteles fale
explicitamente sobre isso, outras sub-classes universais, e todas são
derivadas dos atributos inerentes ao substrato.

o verde desta araucária > verde> cores frias > cores > qualidade

Aristóteles determina no quinto capítulo quatro critérios para


as substâncias:

a hipótese separatista é o significado que dão para eidos. Para Furth,


tanto no Categoria quanto na metafísica, eidos significa “espécie”.
Para Graham eidos na metafísica é forma.

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a) Ser um ‘isto de certo modo’ (tode ti): somente a substância


primeira pode obedecer a este critério, pois somente ela é
indivisa (atomon) e numericamente um (hen arithmoi).

b) Não admitir oposto: este critério é seguido não só pelas


substâncias, mas também pelas outras categorias. A
oposição não é uma relação da ordem das coisas, mas sim da
ordem das opiniões. Só uma opinião admite sem contradição
a existência de uma opinião contrária.

c) Não há gradação: nenhuma substância é mais ou menos


substância, p.ex. um certo homem será sempre homem, mesmo
na fase da sua infância; um atributo, entretanto, admite
gradação, p. ex. alguém pode não ser suficientemente
corajoso, ou, suficientemente rápido etc.
d) A substância primeira permanece idêntica a si mesmo podendo
possuir em momentos diferentes qualidades opostas.

O primeiro e o último critérios são critérios exclusivos da


substância primeira. Porém, entre todos os critérios, apenas o primeiro,
a substância primeira deve ser um ‘isto de certo modo’, será retomado
no livro Z da Metafísica, não mais, porém, com o significado atomista,
mas com o significado causal: a substância de algo é aquilo que é
responsável pelo fato de ele ser um “isto de certo modo”.

1.2 A TEORIA DA SUBSTÂNCIA NO LIVRO Z DA METAFÍSICA:


O SUBSTANCIALISMO HYLEMÓRPHICO

A característica mais marcante da teoria da substância no Z é a


introdução da análise hylemórphica do indivíduo. O indivíduo não é
uma unidade indivisível (atomon), mas sim um composto (synholon)
de forma (eidos) e matéria (hyle). O substrato (o referente de todo tipo
de predicação) é o componente material do composto e não o indivíduo,
como afirmado no Categorias.
Aristóteles reformula a pergunta pela classe de ente mais
fundamental. Na Metafísica ele não busca determinar qual ente é
substância, mas sim, uma vez assumido que os indivíduos naturais são
substância, pergunta pela substância destes indivíduos, isto é, por
aquilo que faz deles indivíduos determinados (tode ti). A substância

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primeira, portanto, não é o indivíduo, mas sim um de seus elementos, a


forma. Esta é mais prioritária do que o indivíduo, pois é a responsável
pela possibilidade do indivíduo ser identificado espacialmente, isto é,
ostensivamente. O indivíduo possui um contorno próprio, separado
de outros entes, quando detém, em primeiro lugar, as marcas próprias
(formas) como membro de uma classe determinada de seres naturais, e,
em segundo lugar, dependente das marcas anteriores, detém as
características inerentes.
Forma e matéria se completam, mas a forma tem prioridade sobre
a matéria porque ela é dita da matéria. Isso quer dizer que a forma é
aquilo que dá sentido e qualificação à matéria; esta sem a forma é
indeterminada. Forma e matéria possuem vários significados que variam
conforme o nível de composição do composto. O composto que
Aristóteles trata é o composto natural dotado de vida. O composto
natural passa por diversos níveis de composição, do mais simples (o
embrião) ao mais composto (o animal adulto).
De uma maneira geral a forma é identificada como o princípio de
organização que faz com que a matéria realize funções vitais. Assim, no
estágio embrionário a forma é o que determina que o embrião aja de
maneira a poder se alimentar e crescer.

II. AS TESES CONFLITANTES DOS DOIS ESCRITOS

O grande paradoxo do livro Z é Aristóteles manter aí os critérios da


substância apresentados no Categorias. Apesar de no Z a substância
primária (prote ousia), isto é, a forma, ser a causa da unidade do composto
(Z 17) e não mais uma das quatro class es de seres existentes, Aristóteles
diz em Z 3 que a forma é a substância primária porque ela é um certo algo
(tode ti) e é separada (choriston) sem esclarecer o que entende aí por esses
critérios. A ausência de explicação indica que para ele trata-se dos mesmos
sentidos que ele empregou comoo critério do tode ti no Categorias. Vimos
que ser um certo algo significa ser indivisível (atomon) e numericamente
uno (hen arithmoi) – ‘ser separado’ é tratado indiretamente, pode significar

2
“The term tode ti seems designed to emphasize the spatial location of
an entity as well as its independent existence, such that it can be
singled out by ostentation”. D.W. Graham (1999), p.25.

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tanto ser por si (kath’ hauto), independente, sem precisar inerir em nenhum
outro ente, quanto pode ter o significado espacial de ‘ente com contorno
extensional definido’, derivado da expressão tode ti.2
Aristóteles usa, portanto, os mesmos critérios feitos para
identificar a prioridade das substâncias individuais sobre os atributos,
afim de identificar a prioridade da forma sobre o composto e sobre a
matéria. Quer ele com issso indicar, então, que a forma como o indivíduo,
é algo indivisível? Como isso é possível se a forma específica é algo
comum a muitos?
O mesmo termo grego ´eidos´ serve para indicar tanto a forma de
uma matéria quanto a espécie de um gênero. Penso que a estrutura
hylemórphica do composto é a versão puramente metafísica do modelo
predicativo–metafísico do Categorias, onde a relação da espécie com o
indivíduo é descrita como um ‘ser dito de um substrato’. A nível
estritamente metafísico esse substrato já necessita ser algo antes de
qualquer predicação, do contrário não temos como identificá-lo. Só
podemos identificar um ente quando reconhecemos, ao ver seu contorno,
a que espécie natural ele pertence. Assim, uma condição para identificar
ostensivamente qualquer indivíduo, antes que possamos dizer qualquer
coisa dele, é que o indivíduo pertença a alguma classe ou subclasse
natural. Por isso, Aristóteles diz no Z que a forma tem prioridade sobre o
composto e a matéria, e deve ser chamada de substância primária (prote
ousia). A fórmula que identifica esta relação de prioridade é: m-f é f
(matéria e forma é igual à forma). Para essa fórmula não há entretanto
exemplo lingüístico correspondente. Aqui chega-se ao limite do
isomorfismo entre a linguagem e o mundo. A estrutura da linguagem
não espelha o mundo em profundidade, mas apenas a sua superfície. Em
função dessa situação o Categorias é uma obra limitada, pois por estar
presa ao princípio isomórfico entre a linguagem e o mundo, não pode
tratar a estrutura mais profunda (vertical) do indivíduo. A Metafísica
rompe com essa limitação desde o início ao apresentar o indivíduo não
mais como indivíduo (atomon), mas como um composto hylemórphico,
e, ao colocar lado a lado as teses ‘a forma é dita da matéria’ e ‘a forma é
mais substância do que a matéria porque ela é um todo e é separada’. O
fato dessas teses estarem num mesmo capítulo (Z3) e tão próximas uma
da outra indicam ao meu ver que para Aristóteles elas não seriam
contraditórias, mas apresentavam as duas faces do mesmo conceito. Ele
já teria consciência de que determinados problemas metafísicos só
poderiam ser resolvidos tratando a substância primeira não como um
atomon, mas sim como um synholon (composto). Somente quando a

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forma determinasse a matéria do ente composto e por tabela fosse


prioritária à matéria e ao composto é que explicaríamos com propriedade
o sentido da relação ‘ser dito de’ que a espécie e o gênero mantêm com
a substância primeira — espécie e gênero recebem inclusive o nome de
substâncias segundas —, uma relação que, mesmo sendo predicativa, é
distinta da relação metafísica- predicativa comum em que o atributo
depende da substância.
Qualquer leitor do livro Z da Metafísica sente que não só o estilo
intrincado do autor, ou as supostas interpolações feitas por algum copista
desavisado tornam o texto de difícil leitura, mas também a unidade mesma
dos capítulos parece comprometida com a indecisão do autor sobre o
que chamar de substância primária. Assim, fica difícil associar a teoria do
hylemorfismo apresentada no capítulo três, com a teoria desenvolvida
em grande parte do livro Z, a saber, que a substância primária seria a
essência (to ti en einai). A essência, como Aristóteles mesmo afirma em
Z 4, é algo da ordem do conhecimento, pois a essência de cada coisa é
dada por sua definição por gênero, espécie e diferença especifica. Todos
esses elementos da definição são necessariamente da ordem do
conhecimento, e universais. Assim sendo, como reunir a universalidade
da essência com o caráter individual e ontológico da substância primária?
Aristóteles afirma categoricamente contra a teoria platônica dos seres
ideais que a substância primária não pode ser um universal.

III. A ANÁLISE DO VIR A SER DAS


SUBSTÂNCIAS NATURAIS E ARTIFICIAIS

Penso que para entendermos a novidade hylemórfica do livro Z


temos que nos concentrar nos capítulos 7-9, pois é nestes capítulos
(considerados por alguns como fora do lugar)3 que Aristóteles vai tratar
do caráter causal-ontológico da forma (chamada desde o princípio de
substância primária). O leitor dos capítulos 7-9 afeito às tese da Física
vai encontrar muitas semelhanças entre esses dois escritos. Tal qual na
Física Aristóteles trata nestes capítulos da questão da gênese dos seres
naturais e artificiais. Ambos se caracterizam pelo fato de passarem de um
estado a outro estado, de mudarem. Assim, de um monte de madeira faz-

3
Ver Frede/Patzig (1988).

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se uma cadeira e de uma semente um árvore. Aquilo de onde vem e


aquilo para onde vai a mudança são, em ambos os tipos de gênese,
chamados de princípio material (a origem) e princípio formal (o fim). A
gênese artesanal possui um grau ontológico inferior à gênese natural
porque o princípio que faz o ente passar de um estado a outro, no caso
do ser artificial, não está nele, mas sim no artesão, e, no caso do ser
natural, o princípio de cada uma de suas mudanças está nele mesmo.
A rigor, só vemos, na maioria dos casos, o produto acabado, a
mesa e a cadeira, mas Aristóteles chama-nos a atenção de que embutido
em cada produto artificial está um movimento (kinesis) de mudança
(metabole). No momento em que procuramos definir a mesa ou a cadeira
este movimento do vir-a-ser delas é totalmente esquecido, apesar dele
ser tão importante para a estrutura ontológica deles, quanto a sua
definição o é para os conhecermos. Se, entretanto, de um olhar cotidiano,
que não se espanta mais com a presença das coisas, passássemos a
exercitar o olhar atento, metafísico, então, veríamos que cada objeto
particular trás consigo a história de sua origem, do movimento do seu
vir-a-ser: seja a marca do estilo do artista, seja a procedência da madeira,
seja um sulco proveniente da madeira etc. Fazendo um rastreamento
desses elementos ‘históricos’ vamos pouco a pouco tornando o objeto
cotidiano, diante do qual éramos indiferentes, num objeto distinto dos
demais e, por isso, também mais ‘real’.
É mais fácil de percebermos a existência dos seres naturais,
porque eles sofrem processo de mudança diante de nós: a árvore
florida que no começo do outono perde suas folhas, a vizinha que
está grávida e parece mais ‘gorda’, o garoto de um ano que de repente
começa a andar para a alegria dos pais; as mudanças podem ser tanto
instantâneas, como o garoto que começa de uma hora para a outra a
andar, quanto contínuas, isto é, graduais, como a vizinha cuja barriga
cada dia aumenta um pouquinho ou a árvore cujas folhas não caem
todas ao mesmo tempo, mas, sim, primeiro vão ficando amareladas e
depois vão caindo aos poucos. Seja o movimento de mudança
instantâneo, ou não, o fato é que todos os movimentos naturais de
mudança ocorrem desde o próprio ente natural e isso já confere de
imediato uma preponderância ontológica destes sobre os entes
artificiais.
O composto individual não pode ser a substância primária
justamente por lhe escapar a dimensão mutável do ente. O composto
individual concreto satisfaz ao critério instantâneo do ser enquanto
substrato (hypokeimenon). Este critério, entretanto, é insuficiente

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quando levamos em consideração a característica crucial dos entes


sensíveis, o movimento de crescimento.
Aristóteles identifica no primeiro capítulo do segundo livro da
Física a physis com a substância. Se levarmos em conta essa relação,
podemos, então, dizer que a substância primária não é tanto o composto
concreto quanto a sua ‘physis’, isto é, aquilo que é o responsável
(arche) com que cada composto concreto participe do movimento do
vir a ser, crescer e perecer.
A dimensão physica do ente é aquilo que ele tem de mais primário,
mais primário ainda do que a sua identidade. No livro Z e na Física
Aristóteles estende o paradigma das causas do ente artificial, a forma e a
matéria, para os entes naturais, e, desta maneira, consegue tornar ‘visível’
através da causa formal a dimensão de ser (natural) do ente físico. Assim
como a forma pré-existe ao composto concreto, pois este antes mesmo de
ser um ente já está imerso na natureza de sua espécie, o ser considerado
como natureza e substância também pré-existe à dimensão ôntica do
indivíduo, isto é, vai além da sua identidade particular.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ARISTÓTELES. Metafísica. Livros VII e VIII. Trad. Lucas Angioni.


IFCH/Unicamp. 2002

1a. e 2a. parte:

FREDE, Michael, & PATZIG, Günther (1988), Aristoteles Metaphysik


Z. Text, Übersetzung und Kommentar. München: Verlag C. H. Beck.
2 Bände.
FURTH, Montgomery (1985) (1988). Substance, Form and psyche: an
Aristotelian metaphysics. Cambridge: Cambridge University Press.
GRAHAM.D.W. Aristotle’s Two Systems. Clarendon Press: Oxford.
1986.

3a. Parte:

HEIDEGGER, M. “Vom Wesen und Begriff der physis”. Wegmarken.


Vittorio Klostermann: Frankfurt. 1996. p.239-301.

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