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Filosofia do conhecimento
Professor: Eduardo Dalabeneta
Acadêmico: Daniel Fidelis Raupp
Data de entrega: 17/04/2023
Tomás de Aquino ainda utiliza do filósofo Avicena para criar a sua teoria de
essência. No prólogo do livro “Ente e Essência”, Tomás cita o filósofo: “Ora, o ente e
a essência são aquilo que o intelecto concebe em primeiro lugar, como diz AVICENA
no princípio da sua Metafísica” (AQUINO, 2008, p. 3).
O filósofo ainda nos mostra que a essência de algo ou coisa pode ser
entendida em termos de seus elementos constitutivos, ou em outras palavras, nas
partes que a compõem. Tomás argumenta que os elementos constitutivos citados
são, de certa forma, integrados em uma unidade, e que essa união das partes forma
a essência da coisa, e ainda que essa unidade é o que traz um significado e um
propósito específico para a coisa.
Em outras palavras, embora o ato de ser seja comum
especificamente
para as substâncias de mesma natureza, ele se realiza numa
essência individual, na medida em que se individua na essência que
compõe a substância, mediante a união da forma com a matéria
individual, ou seja, com a matéria assinalada pela quantidade. Esta
última doutrina é o que define o ‘princípio de individuação’ das
substâncias materiais em Tomás, mais conhecida como materia
signata quantitate. Pautado nisso, afirma-se que ser (ato de ser) e
essência distinguem-se nas criaturas. Só em Deus ser e essência se
identificam. (FAITANIN, 2013, p. 34).