Você está na página 1de 51

MÓDULO I:

PROCESSOS PATOLÓGICOS
GERAIS

Profª Flávia Horta


fcarmo3@hotmail.com
UFSJ/DCNAT
CRONOGRAMA
PATOLOGIA

pathos = doença, logos = estudo,


sofrimento doutrina
PATOLOGIA

PATOLOGIA ANATOMIA
GERAL PATOLÓGIC
A
PATOLOGIA
PATOLOGIA
O QUE FAZ UM PATOLOGISTA?

O patologista NÃO É:
“aquele cirurgião que não deu certo”
“o cirurgião do além”
“aquele que descobre tudo, mas só depois que o
paciente já morreu”
“aquele cujos pacientes nunca reclamam”
O QUE FAZ UM PATOLOGISTA?

- É um profissional que procura reconhecer, interpretar


e entender as lesões e as doenças;

- Procura estabelecer o diagnóstico MORFOLÓGICO


(as vezes a etiologia) e o prognóstico.
ASPECTOS DO PROCESSO
PATOLÓGICO

- ETIOLOGIA: CAUSA DA DOENÇA;

- PATOGENIA: MECANISMOS DE FORMAÇÃO DA DOENÇA;

- ALTERAÇÕES MORFOPATOLÓGICAS: CARACTERÍSTICAS


MACRO E MICROSCÓPICAS;

- MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: CONSEQUÊNCIAS


FUNCIONAIS DESSAS ALTERAÇÕES.
COMO ELE TRABALHA?

“O IMPORTANTE NÃO É OLHAR SIMPLESMENTE,


MAS SIM ENXERGAR!”

OLHOS TREINADOS E ATENTOS


MÉTODOS DE ESTUDO EM PATOLOGIA
MICROSCOPIA

MICROSCÓPIO MICROSCÓPIO
DE LUZ ELETRÔNICO
(POR VOLTA DE 1680) (POR VOLTA DE 1932)
Microscópio de luz
Microscópio eletrônico
Técnicas de Preparação de
Estudo
• Obtenção do material
• Fixação
• Desidratação
• Diafanização
• Inclusão
• Microtomia
• Coloração (ML) / Contrastação (ME)
Micrótomo
Obtenção do material
e clivagem
Fixação

Desidratação
Diafanização

Inclusão em parafina
líquida
Microtomia
Processa-se através dos seguintes passos:

1 – Desparafinar em xilol durante 10 min.


Coloração 2 – Hidratar em álcool.
2.1 – Imersão em álcool absoluto.
2.2 – Imersão em álcool absoluto.
2.3 – Imersão em álcool 95%.
2.4 – Imersão em álcool 95%.
3 – Lavar a lâmina em água corrente durante 3 min.
mais ou menos.
4 – Corar pela hematoxilina (corante básico) durante 5
min.
5 – Lavar a lâmina em água corrente durante 5 min.
mais ou menos.
6 – Corar, pela eosina (corante ácido) durante 30
segundos.
7 – Desidratar o corte em álcool
7.1 – Imersão em álcool 95%
7.2 – Imersão em álcool 95%
7.3 – Imersão em álcool absoluto
7.4 – Imersão em álcool absoluto
8 – Diafanização ou clareamento.
8.1 – Imersão em xilol
8.2 – Imersão em xilol
8.3 – Imersão em xilol
9 – MONTAGEM
• Coloração para microscopia de luz

COLORAÇÕES COLORAÇÕES
HISTOLÓGICAS HISTOQUÍMICAS
COLORAÇÕES HISTOLÓGICAS

As técnicas procuram basicamente, associar o caráter


básico ou ácido do corante a ser utilizado, ao do
material a ser evidenciado. Dessa forma, cria-se o
grupamento químico responsável pela cor ou
grupamento cromóforo.
Por exemplo: As moléculas ácidas, como o DNA e o
RNA, são estruturas basófilas, por terem afinidade por
corantes básicos. As moléculas ricas em grupamentos
básicos, como as proteínas, são estruturas acidófilas,
por terem afinidade por corantes ácidos.
COLORAÇÕES HISTOLÓGICAS
Exemplo:

Hematoxilina e Eosina (HE)

“CORA DE ROXO (AZUL “CORA DE ROSA AS


ESCURO) O NÚCLEO DE PROTEÍNAS
TODAS AS CÉLULAS, ENCONTRADAS NO
DEVIDO A AFINIDADE CITOPLASMA DE TODAS
COM OS ÁCIDOS AS CÉLULAS E NA
NUCLÉICOS.” MATRIZ
EXTRACELULAR.”
Coloração histológica HE para identificação de hepatócitos.

NÚCLEO

CITOPLASMA
• Coloração para microscopia de luz
COLORAÇÕES HISTOQUÍMICAS

São processos de coloração que conferem


ESPECIFICIDADE, pois expõem os grupamentos
e radicais químicos que compõem as
estruturas, para que os mesmos sejam
especificamente evidenciadas pelos corantes
histoquímicos.
COLORAÇÕES HISTOQUÍMICAS

Exemplos

- Localização de ácidos nucléicos: método de Feulgen.

- Localização de carboidratos: técnica do PAS (Periodic


Acid-Schiff).
Coloração histoquímica para identificação das células de
Purkinje no cerebelo (seta azul).
Coloração histoquímica para identificação de neurônios com
acúmulo intracelular (seta vermelha).
TECIDO ÓSSEO PRIMÁRIO
(CORADO EM VERMELHO):
REPRESENTA O TECIDO
ÓSSEO RECÉM-FORMADO.

MATRIZ CARTILAGINOSA
(CORADA EM ROXO)

- FOTOMICROGRAFIA DE OSSIFICAÇÃO. COLORAÇÃO HISTOQUÍMICA


PARA A OBSERVAÇÃO DO PROCESSO DE FORMAÇÃO E CRESCIMENTO
DO OSSO. OBSERVE A MATRIZ CARTILAGINOSA (CARTILAGEM) CORADA
EM ROXO. O TECIDO ÓSSEO PRIMÁRIO ENCONTRA-SE CORADO EM ROSA.
• Contrastação para microscopia eletrônica

Expõe estruturas que ao selecionar a passagem de


elétrons pelas mesmas, tornam-se elétron-densas
ou elétron-lúcidas. São duas as substâncias
contrastantes mais usualmente aplicadas para a
microscopia eletrônica: o acetato
de uranila e o citrato de chumbo.
Fotomicrografia de uma organela
através de um microscópio
eletrônico de transmissão.
Fotomicrografia de
uma célula através
de um microscópio
eletrônico de
transmissão.
Fotomicrografia de
células sangüíneas
através de um
microscópio eletrônico
de varredura.
MACRÓFAGOS. OBSERVE A MORFOLOGIA DESSAS CÉLULAS.
FOTO ILUSTRANDO OS ESPERMATOZÓIDES NO MOMENTO DO ENCONTRO
COM O ÓVULO. OBSERVE A GRANDE DIFERENÇA MORFOLÓGICA (FORMA)
ENTRE ESSAS DUAS CÉLULAS, O GAMETA MASCULINO (ESPERMATOZÓIDE)
E O GAMETA FEMININO (ÓVULO).
ALGUMAS
APLICAÇÕES
HEPATÓCITOS
NORMAIS
CORTE HISTOLÓGICO CORADO EM HE. OBSERVE O PLEOMORFISMO
DAS CÉLULAS TUMORAIS MALIGNAS.
CORTE HISTOLÓGICO CORADO EM HE. OBSERVE A PRESENÇA DE
UMA EXTENSA ÁREA DE NECROSE ENTRE AS CÉLULAS TUMORAIS.

Você também pode gostar