O que as pessoas vão fazer quando virem que isso é
verdade?
Eu não me importo se eles me rotulam de Maluco
por Jesus
Pois não há como esconder a verdade
As pessoas dizerem que sou estranho faz de mim
um estranho?
Meu melhor amigo nasceu em uma manjedoura”.
Ser um seguidor de Jesus é ser um “maluco”, alguém que é diferente do padrão do mundo. Se dizemos que somos cristãos, mas ninguém que convive ao nosso redor percebe que somos cristãos, então há algum problema. O cristão é alguém que vive de maneira diferente, que anda na contramão, e as pessoas percebem. Pensando nisso, eu gostaria de trabalhar três perguntas. 1. Por que o cristão anda na contramão?
2. Será que as pessoas sabem que você
é um cristão? Será que as nossas atitudes são típicas de alguém que se diz cristão?
3. Será que você tem medo do que as
pessoas vão pensar a seu respeito por ser um seguidor de Jesus? 1. POR QUE O CRISTÃO ANDA NA CONTRAMÃO? É ALGUÉM DIFERENTE? Afirmamos que somos seguidores de Jesus, mas Jesus não aparece e é impopular em nossas vidas . O que é mais difícil pra vc? Não creio que seja proibido que o crente participe de todo e qualquer tipo de evento fora do âmbito religioso. Existem eventos que não trazem qualquer prejuízo ao crente estar ali, claro, desde que seja realmente um crente comprometido também ali naquele local. Toda a caminhada cristã deve ser vista como sendo oportunidade de ser sal e luz. Dessa forma, por exemplo, ao ir em um churrasco da empresa, em um almoço familiar, em uma entrega de prêmios, enfim, eventos em que a presença do cristão não lhe traga qualquer desabono Creio que seja um importante momento de conversas, de estreitamento de laços, de exposição de suas posições bíblicas através de ações, conversas e até da rejeição de certas coisas que outros fazem, mas que não convém ao crente. Ao mesmo tempo, é evidente que não são todos os lugares que convém ao crente estar. Existem festas e eventos em que, de antemão, já se sabe que aquilo que será feito ali é de extremo desagrado de Deus. Logo, qual o objetivo do crente em estar ali? Um ponto também muito importante é que Deus nos orienta na Palavra a não sermos coparticipantes em obras das trevas: “E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as” (Efésios 5:11 Em muitos casos, a nossa presença ajuda a promover maus eventos, onde acontecem coisas que desagradam a Deus e que, de nenhuma forma, são edificantes para ninguém. Participando desse tipo de evento acabamos por ser coniventes com o que acontece ali e fica difícil convencermos alguém que condenamos os atos praticados ali Se estamos em meio a tudo o que está ocorrendo como participantes ativos. É uma questão de posicionamento coerente com a nossa fé. Devemos ser firmes e nos posicionar com firmeza com relação a isso. Ao determinar se um Cristão deve ou não escutar música secular, há três fatores que devemos considerar: (1) o propósito da música, (2) o estilo de música e (3) o conteúdo da letra. (1) O propósito da música. A música é apenas para louvor, ou será que Deus criou a música para relaxar e entreter? O músico mais famoso da Bíblia, o Rei Davi, tinha como propósito principal usar a música para adorar a Deus No entanto, quando o Rei Saul estava sendo atormentado por espíritos perversos, ele chamava Davi para tocar a harpa para acalmá-lo (1 Samuel 16:14-23). Os israelitas também usaram instrumentos musicais para advertir contra o perigo (Neemias 4:20) e para surpreender os inimigos (Juízes 7:16-22). No Novo Testamento, o Apóstolo Paulo instrui os Cristãos a encorajarem uns aos outros com música: “falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais” (Efésios 5:19). Então, enquanto o propósito principal da música aparenta ser louvor, a Bíblia com certeza dá espaço para usá-la com outros propósitos. (2) O estilo de música. Triste dizer que o estilo de música é um assunto que causa divisões entre os Cristãos. Há cristãos que inflexivelmente exigem que instrumentos musicais não sejam usados. Há outros Cristãos que só querem saber de cantar os hinos da antiguidade. Há Cristãos que querem música mais agitada e contemporânea . Há Cristãos que afirmam que conseguem adorar a Deus mais em um ambiente parecido com um concerto de rock. Ao invés de reconhecer suas preferências como sendo pessoais e distinções culturais, alguns Cristãos declaram que seu estilo de música é o único “bíblico”, afirmando com isso que todos os outros estilos não agradam a Deus e são satânicos. A Bíblia em nenhum lugar condena qualquer estilo de música. A Bíblia em nenhum lugar condena qualquer tipo de instrumento. A Bíblia menciona vários tipos de instrumentos musicais de corda e de sopro. Apesar da Bíblia não mencionar o tambor especificamente, ela menciona outros instrumentos de percussão (Salmo 68:25; Esdras 3:10). Quase todas as formas de música moderna são variações e /ou combinações dos mesmos tipos de instrumentos musicais, tocados em velocidades diferentes ou com ênfase elevada. Não há nenhuma base bíblica para declarar um estilo particular de música como sendo um estilo que desagrada a Deus ou que seja fora da vontade de Deus. (3) O conteúdo da letra. Já que nem o propósito ou estilo de música é o que determina se um Cristão deve ou não escutar música secular, o conteúdo da letra deve ser levado em consideração. Mesmo que não falando especificamente de música, Filipenses 4:8 é um excelente guia quanto ao que devemos procurar na letra das músicas que escutamos “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”. Ao mesmo tempo, é bem claro que muito da música secular de hoje não segue o padrão de Filipenses 4:8. Música secular geralmente promove imoralidade, violência; enquanto ao mesmo tempo menospreza pureza e integridade. Se uma música promove tudo aquilo a que Deus se opõe, um Cristão deve evitar escutar esse tipo de música. No entanto, há muitas músicas seculares que não mencionam Deus, mas ainda promovem bons valores, tais como: Honestidade, pureza e integridade. Se uma canção de amor promove a santidade do casamento e/ pureza de amor verdadeiro – mas não menciona a Deus ou a Bíblia – então não tem problema em escutar a tal canção. Um fato provado que qualquer coisa que alguém deixe ocupar sua mente vai mais cedo ou mais tarde determinar sua linguagem e comportamento. Esse é o princípio por trás de Filipenses 4:8 e Colossenses 3:2-5: estabelecer pensamentos que agradam a Deus. 2 Coríntios 10:5 diz que devemos levar "cativo todo pensamento à obediência de Cristo". Essas passagens deixam bem claro a que tipo de música não devemos escutar. Muita gente acha os ensinamentos de Jesus e os demais ensinamentos da Bíblia bonitos, até terem que colocá-los em prática. A verdade, porém, é que os ensinamentos da Bíblia contrariam a nossa natureza pecaminosa, desagradam a nossa carne. Então, muita gente prefere continuar vivendo sem a interferência de Jesus em suas vidas. Se somos seguidores de Jesus, a Bíblia é o nosso manual de vida e, quando vivemos o que esse manual de vida nos ensina, nosso estilo de vida nos faz diferentes do mundo. A Bíblia nos ensina que a nossa identidade não pode ser confundida com a do ímpio. Existe uma filosofia de vida no mundo que é destruidora e não podemos nos submeter a ela (o mundo jaz no maligno). Nosso estilo de vida não pode ser confundido com as práticas do mundo. Existe um contraste muito grande entre o filho de Deus e o ímpio. No próprio texto de Romanos, Paulo nos mostra isto. Há um contraste entre as palavras “conformar” e “renovar”. A mente conformada é uma mente obscurecida pela filosofia do mundo. O conformismo nos faz aprovar e praticar as ações do mundo. Começamos a pensar que nosso estilo de vida é aceitável, normal. Isso nos impede de vivermos a boa vontade de Deus. Uma mente mundana, conformada, é como um espelho empoeirado: enquanto ele não for limpo de toda a sujeira, não poderá refletir a luz do sol. 2. SERÁ QUE AS PESSOAS SABEM QUE VOCÊ É UM CRISTÃO? SERÁ QUE AS NOSSAS ATITUDES SÃO TÍPICAS DE ALGUÉM QUE SE DIZ CRISTÃO? Um exemplo de homem temente a Deus e que não se conformou com este mundo é Daniel. No capítulo 1 de Daniel, vemos que o rei Nabucodonosor estava à procura dos melhores homens para servirem na Corte. Daniel, Hananias, Misael e Mesaque foram escolhidos.
Daniel 1.8: “Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se
com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se”.
A comida e a bebida que Daniel recusou não eram
preparadas de acordo com a lei e, provavelmente, eram consagradas a ídolos. Daniel decidiu não se envolver com o mundo. Daniel foi ousado e andou na contramão. Ele foi fiel a Deus. Será que faríamos a mesma coisa no lugar de Daniel? Honraríamos a Deus? Ficaria claro para o rei que somos tementes a Deus? Imagine se seu patrão pedisse para você fraudar alguém, um cliente. Ou então se o professor substituto deixasse você colar na prova do professor que precisou se ausentar. Qual seria a sua reação? Não é fácil andar na contramão, mas é bom. “Uma coisa morta pode seguir a correnteza, mas somente uma coisa viva pode contrariá- la”.
Ao andarmos na contramão, indica que
estamos vivos, que estamos lutando. Ao andarmos na contramão, pessoas se esbarram em nós, mas é nessa circunstância que devemos deixar a marca de Cristo em outras pessoas. Nadar contra a correnteza impede que a correnteza cresça. Traz um equilíbrio. 3. SERÁ QUE VOCÊ TEM MEDO DO QUE AS PESSOAS VÃO PENSAR A SEU RESPEITO POR SER UM SEGUIDOR DE JESUS? Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá pela fé”.
Se realmente entendemos quem é
Jesus e o que Ele fez por nossas vidas, não devemos nos envergonhar o evangelho. Em Atos, vemos que os apóstolos tinham tanto orgulho de serem cristãos que estavam prontos a sofrerem grande violência por causa disso.
Atos 5.40-42: “Chamando os apóstolos, açoitaram-
nos e, ordenando-lhes que não falassem em o nome de Jesus, os soltaram. E eles se retiraram do Sinédrio regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome”.
Em contraste com essa cena de Atos, nós também
nos deparamos com Pedro que negou a Jesus por três vezes. Pedro, porém, foi restaurado e se tornou um grande apóstolo. Devemos olhar para o eterno, para a cruz de Cristo. Cristo entregou sua vida por nós, pagou um alto preço, para que vivêssemos de um modo digno daquilo que Ele nos ensinou (Ef 4.1), para que não nos conformássemos com este mundo, mas que fôssemos sal, o tempero dele.
É fácil fazer isto? Não é. C. S. Lewis uma vez
disse: “Se eu fosse te recomendar uma religião para lhe fazer sentir confortável certamente não lhe recomendaria o Cristianismo”. A verdade nem sempre é fácil.
Seja sal na sua escola, no seu trabalho, na sua
família. Viva uma vida santa para Deus e não deixe sua identidade ser confundida com a do mundo. Ser cristão é andar na contramão.