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Instituto Superior Dom Bosco

Departamento de Psicopedagógico e Metodológico

Modulo: Organização e Gestão Escolar

Tema 3: O exerício do poder nas


Organizações

Maputo, ano lectivo 2019


1
Docente: Msc Miguel Rafael
miguelluisrafael@gmail.com
Tema 2:Funções do processo administrativo no contexto
da escola como organização

Abaixo apresentamos as principais funções administrativas


exercidas por qualquer que seja o gestor (director, gerente,
chefe):
a) Planificar
b) Organizar
c) Dirigir
d) Controlar
Planeamento Definir os objetivos para a organização e a forma como os mesmos devem ser
atingidos, ou seja, é o processo de determinar previamente o que deve ser
feito, como fazê-lo, quando, por quem e com que meios.
Organização Especificar a explanação das interações entre os vários departamentos de
uma organização de forma a atingir os objetivos pré-delineados e define as
atividades efetuadas por cada membro.

Direção Orientar e dirigir o comportamento dos membros da organização de forma a


serem alcançados os objetivos organizacionais. A função da direção pode
incluir a liderança que é capacidade de influenciar e motivar os liderados a
atingirem o objetivo grupal, a comunicação que é o processo de permuta de
informações, e a negociação no sentido de ser um processo dinâmico, que
procura encontrar e estabelecer um compromisso equitativo e motivador,
(para alcançar os objetivos desejados) e que possa satisfazer ambas as
partes.
Controlo Avaliar os resultados obtidos face aos objetivos planeados, e aplicar
de gestão se necessário medidas corretivas para colmatar os desvios.
Planear Organizar

Controlar Dirigir
a) Planificar
a) Planificar

 É a função administrativa em que se estima os meios que


possibilitarão realizar os objetivos (prever), a fim de poder
tomar decisões acertadas, com antecipação, de modo que
sejam evitados entraves ou interrupções nos processos
organizacionais.
 É também uma forma de se evitar a improvisação.
 Nesta função, o gestor especifica e seleciona os objetivos a
serem alcançados e como fazer para alcançá-los.

 Exemplos: o chefe de seção dimensiona os recursos


necessários (materiais, humanos, etc.), em face dos objetivos e
metas a serem atingidos; a montagem de um plano de ação
para recuperação de uma área avariada.
Níveis de planeamento:

O Tal como se fez para caracterizar os níveis de gestão,


habitualmente considera-se 3 níveis de planeamento:

a) Estratégico (define a missão da empresa, os objetivos


genéricos, gestores de topo),
b) Tático (processa ao nível de gestão intermédia, prazos
mais curtos, corresponde a áreas mais funcionais como
finanças, marketing...) e por fim o
c) Operacional (refere-se essencialmente às tarefas e
operações realizadas no nível operacional).
Plano anual de actividades da escola

O Ver exemplos de planos anuais


de actividades de diferentes
escolas/centros
b) Organizar
b) Organizar

O É a função administrativa que visa dispor adequadamente os


diferentes elementos (materiais, humanos, processos, etc.)
que compõem (ou vierem a compor) a organização, com o
objetivo de aumentar a sua eficiência, eficácia e efetividade.
O Neste caso aglutina o duplo mecanismo, material e social da
IEP.
O É caracterizada pela Organização Estrutural que define a
estrutura básica, a partir da qual tudo se organiza: pessoal,
material, etc. Define as unidades e os cargos que constituem
(ou constituirão) a escola/centro (e pelas quais se distribuem
os recursos), caracterizados segundo:
- os níveis hierárquicos que tem;
- as funções básicas que serão desenvolvidas.
b) Organizar

O Pressupõe o desenho de processos, que são formas de


organização racional e sequencial das actividades (tarefas,
passos) de um serviço do centro/escola.

O Deve se trabalhar com o fluxograma que é a


representação gráfica de um desenho de processo.
O Nos instrumentos de organização fazem parte os
seguintes: organograma, manuais de organização,
manuais de serviços, etc.
1. Estrutura organizacional 

O É a forma pela qual as atividades desenvolvidas por uma


organização são divididas, organizadas e coordenadas.
Num enfoque amplo inclui a descrição dos aspectos físicos
(ex.: instalações), humanos, financeiros, jurídicos,
administrativos e econômicos.

O Não existe uma estrutura organizacional acabada e nem


perfeita, existe uma estrutura organizacional que se adapte
adequadamente às mudanças
Trabalho em grupo

O Com base no Diploma ministerial


idealize( desenhe o organigrama de uma IEP

O Descreva as principais funções dos


intervenientes
c) Dirigir/Comandar
c) Dirigir
O É a função administrativa que consiste basicamente em: Decidir a
respeito do que (como, onde, quando, com que, com quem) fazer,
tendo em vista determinados objetivos a serem conseguidos.
O Visa determinar as pessoas e as respectivas tarefas que tem que
executar. Por isso é a única das 4 funções do processo
organizacional que possui caráter interpessoal.
O É fundamental que quem comanda ou dirige, desfrute de certo
poder:
- Poder de decisão.
- Poder de determinação de tarefas a outras pessoas.
- Poder de delegar a possibilidade de conferir a outro parte do
próprio poder.
- Poder de propor sanções àqueles que cumpriram ou não as
determinações feitas.
c) Dirigir/cont.
 A função de direcção ou comando deve ser muito mais
participativa, para melhor conduzir as actividades das
instituições, rumo aos objectivos.
 Esta função interpreta os planos, instrui e orienta aos níveis
inferiores da organização rumo ao alcance dos objetivos
traçados no Planejamento, por meio de orientação e apoio.
 E dada a existência de várias especialidades em termos de
qualificações, cursos, módulos/disciplinas e outros aspectos,
exige uma maior participação dos funcionários ou
colaboradores.
 Um dos grandes instrumento de comando são os horários de
trabalho para os formandos e consequentemente para os
formadores.
Meios de Direcção

1- Ordens ou Instrução – Transmissão das decisões aos


subordinados. Essa transmissão subdividi-se em:

Quanto a amplitude
1) Ordens Gerais
2) Ordens Específicas

Quanto a forma
 1) Orais
2) Escritas
2- Motivação – A Direcção de uma organização deve
estar sempre preocupada com esse aspecto. Pois, como se
trata da única função interpessoal, o “motor” do barco são as
pessoas. E assim, as pessoas têm motivos para estarem
desempenhando suas tarefas e serviços.
O Podemos dizer, portanto, que motivo é qualquer coisa que
leva a pessoa a praticar uma ação e motivação é
proporcionar um motivo a uma pessoa.
O Do ponto de vista do Gestor /Administrador, a motivação
compreende a criação de condições que proporcionem
satisfação pessoal.
c)   Comunicação
Processo de      transmissão de informação ou mensagem. A
comunicação constitui o principal instrumento de falhas
internas e externa das organizações.  Aproximadamente 90%
de   erros/problemas nas organizações estão associados à
comunicação.

O  processo de comunicação possui os       seguintes itens:


O Emissor
O Codificação
O Transmissão (canais)
O Receptor
O Decodificação
O Feedback
O Os ruídos de comunicação são interferências que
prejudicam as transmissões, causando erros. Os ruídos
exigem que o processo se repita; a isso chamamos de
redundância.
O As organizações, para viabilizar a comunicação com os
mais diferentes públicos, se valem de meios ou veículos
orais, escritos, pictográficos, escrito-pictográficos,
simbólicos, audiovisuais e telemáticos. É assim que, em
síntese, que podemos apresentar os meios disponíveis, com
base na classificação de Charles Redfield (1980) e as
devidas adaptações.
Tipos/formas de coordenação

 A coordenação visa ligar, unir, harmonizar todos os actos e todos


os esforços colectivos através da qual se estabelece, dentro do
centro ou escola, um conjunto de medidas, que têm por objetivo
harmonizar recursos e processos.
 Dois tipos de Coordenação:
- Vertical/Hierárquico: É aquela que se faz com as pessoas
sempre dentro de uma rigorosa observância das linhas de
comando (ou escalões hierárquicos estabelecidos).
- Horizontal: É aquela que se estabelece entre as outras
pessoas sem observância dos níveis hierárquicos dessas
mesmas pessoas. Essa coordenação possibilita a comunicação
entre as pessoas de vários departamentos e de diferentes
níveis hierárquicos.
Breves considerações sobre outras
funções de administração
organizacional

Avaliar
Supervisionar
AVALIAR

O É a função administrativa através da qual se procura verificar e


analisar se o determinado ou o estabelecido atingiu os objetivos
esperados. São mecanismos através dos quais se torna possível
corrigir as decisões das pessoas que determinam ou estabelecem
o que deve ser feito.
O Tem, portanto, um propósito bem diferente da função de
controle, a qual visa diretamente corrigir as pessoas que devem
cumprir o determinado.
 A avaliação interessa, fundamentalmente, para corrigir os
objetivos fixados e/ou os procedimentos que levam a fixação
errada de objetivos. Exemplos: avaliação de desempenho dos
funcionários (docentes e não docentes); avaliação de resultados
das unidades/ grupos de disciplina etc.

 Nos instrumento de avaliação podemos por exemplo, encontrar


os questionários de avaliação dos serviços prestados pelos
formadores e a própria instituição pelos alunos, os modelos de
avaliação de desempenho dos formadores e outros
colaboradores, etc.
SUPERVISIONAR

 Esta função administrativa consiste, basicamente, em motivar


(sensibilizar) e orientar pessoas a desenvolver suas atividades
dentro de determinadas normas, julgadas as melhores, para
alcançar os objetivos do centro.

 Não confundir Supervisão com Treinamento ou Educação em


Serviço ou procedimentos meramente estimulativos, decorrentes
do mando e da coordenação.

 Observações importantes: Para um pessoal mais diferenciado


técnica e culturalmente, a supervisão é mais esporádica do que
para o pessoal menos diferenciado.
Supervisão/Conti.

 Não há possibilidade de se desenvolver medidas de supervisão, se


não houver o estabelecimento de normas técnicas (formas
padronizadas de execução) para a execução de atividades dentro
da instituição.

 Elas exigem de quem exerce a supervisão muita autoridade


técnica. As medidas de supervisão implicam a necessidade prévia
de se fazer uma avaliação dos serviços e seus recursos, a fim de
que a supervisão se fundamente em possibilidades reais.

 O supervisor não deve estar na linha de comando. Evitando que o


supervisor se torne um fiscal, uma autoridade que imponha suas
idéias e que pode propor sanções.
O
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