INDIVIDUALIZAÇÃO

DE NOMES
ABSTRATOS NO
PORTUGUÊS
BRASILEIRO
AUTOR: ALAN MOTTA (UFRJ/ CAPES)
ORIENTADOR: ALESSANDRO BOECHAT (UFRJ)
 INTRODUÇÃO

- PARTE DA DISSERTAÇÃO

- NOMES ABSTRATOS E DISTINÇÃO

MASSIVO-CONTÁVEL
 PROBLEMÁTICA

- POR QUE CONSEGUIMOS CONTAR NOMES

COMO CACHORRO

1. EU VI DOIS CACHORROS.
- MAS NÃO CONSEGUIMOS CONTAR NOMES
COMO ÁGUA?

2. EU VI DUAS ÁGUAS.
 A DISTINÇÃO MASSIVO-CONTÁVEL
- GROSSO MODO, A POSSIBILIDADE DE CONTAR
CERTOS NOMES E NÃO OUTROS É O QUE DEFINE A
CATEGORIA MASSIVO-CONTÁVEL

- EXISTEM MUITAS MODOS DE EXPLICAR O

PORQUÊ DISSO

- O PROBLEMA É: AS ABORDAGENS QUE LIDAM

COM ESSA CATEGORIA NÃO TRATAM DE FORMA
SISTEMÁTICA NOMES ABSTRATOS, MAS SIM OS
CONCRETOS
 ABORDAGEM GRAMATICAL BLOOMFIELD
(1933)
- A DISTINÇÃO MASSIVO-CONTÁVEL POSSUI
REFLEXOS NA MORFOSSINTAXE E DEVE SÓ SE
BASTAR NESTA

3. CARRO-S / * LAMA-S

- ABANDONAR A SEMÂNTICA (PALMER 1971)

 ABORDAGEM GRAMATICAL E
MORFOSSINTÁTICA

- NOMES ABSTRATOS – CATEGORIA SEMÂNTICA

- ASSUME COMO “COINCIDÊNCIA” NOMES

CONTÁVEIS COMO GAROTO, RELÓGIO E LIVRO E
NOMES MASSIVOS COMO ÁGUA, MERCÚRIO E
AREIA
 ABORDAGEM GRAMATICAL BLOOMFIELD
NOMES (1933) NOMES
ABSTRATOS ABSTRATOS
CONTÁVEIS MASSIVOS

1. MENTIRA – S 1. AMOR – ES
2. PULO – S 2. CORAGEM – NS
3. EXPLOSÃO – ÕES 3. IGNORÂNCIA – S
4. IDEIA – S 4. RAIVA – S
5. CRIME – S 5. FOME – S
6. CHEGADA - S 6. SONO - S
 ABORDAGEM ONTOLÓGICA QUINE (1960)
- SE BASEIA NA PROPRIEDADE FÍSICA DAS
ENTIDADES

- AS PROPRIEDADES DE

I. CUMULATIVADE
II. DISTRIBUTIVIDADE
III. HOMOGENEIDADE

SÃO DEFINIDORAS PARA A CATEGORIA MASSIVO-

CONTÁVEL
 ABORDAGEM ONTOLÓGICA QUINE (1960)

CUMULATIVO(P) = [P(X) ^ P(Y)  P(X ⊕ Y)]]

DIVISIVO(P) = ∀X[P(X)  ∀Y[Y < X  P(Y)]]

HOMOGENEIDADE: CUMULATIVIDADE +
DIVISIBILIDADE

BUNT (1985), TER MEULEN (1981)

 ABORDAGEM ONTOLÓGICA QUINE (1960)

CUMULATIVIDA
DE
 ABORDAGEM ONTOLÓGICA QUINE (1960)

DIVISIBILIDADE
 ABORDAGEM ONTOLÓGICA QUINE (1960)

ÁGUA ÁGUA
ÁGUA
ÁGUA
ÁGUA

OLHO
FOCINH
O CAUDA
PERNA
PATA
HOMOGENEIDAD
E
 ABORDAGEM ONTOLÓGICA QUINE (1960)

- COMO APLICAR TAIS PROPRIEDADES EM NOMES

ABSTRATOS?

- CORAGEM POSSUI CUMULATIVIDADE?

- IDEIA POSSUI DIVISIBILIDADE?

- E FOME, POSSUI HOMOGENEIDADE?

 ABORDAGEM SEMÂNTICA MCCAWLEY
- A LINGUAGEM NÃO É UM ESPELHO DA
(1979)
REALIDADE

- SE BASEIA NA CONCEPTUALIZAÇÃO QUE OS

FALANTES FAZEM SOBRE UMA DETERMINADA
ENTIDADE SEM ESQUECER AS PROPRIEDADES
ONTOLÓGICAS

- INDIVIDUALIZAÇÃO
 ABORDAGEM SEMÂNTICA MCCAWLEY
(1979)

- ARROZ É MASSIVO, MAS FEIJÃO É CONTÁVEL

4. * DOIS ARROZ(ES)/ DOIS FEIJÕES

- PARECE UMA SOLUÇÃO AD-HOC

- COERÇÃO: DUAS ÁGUAS/ MUITO LIVRO

 ABORDAGEM SEMÂNTICA MCCAWLEY
- SONO E SONECA
(1979)

5. * SENTI DOIS SONOS.

6. TIREI DUAS SONECAS.

- COMO SE DARIA A CONCEPTUALIZAÇÃO DE

NOMES ABSTRATOS? EVENTO/ ENTIDADE VS.
ESTADO?

- INDIVIDUALIZAÇÃO COM NOMES ABSTRATOS?

 ABORDAGEM CONTEXTUAL SINTÁTICO
GORDON (1985)

- O CONTEXTO SINTÁTICO (O NP) DETERMINA A

RELAÇÃO MASSIVO-CONTÁVEL

- O ARTIGO A/UM REQUER ALGO

INDIVIDUALIZADO

7. UM LIVRO/ O TELEFONE
 ABORDAGEM CONTEXTUAL SINTÁTICO
- NEM TODO NPGORDON
SE COMPORTA
(1985) UNIFORMEMENTE

- O QUANTIFICADOR ‘VÁRIOS’ E O
DEMONSTRATIVO ‘ESSAS’, A RIGOR, REQUEREM
SOMENTE NOMES CONTÁVEIS, ENTRETANTO

8. ANDREIA TÁ PASSANDO POR VÁRIAS

TRISTEZAS
9. ELA NÃO TÁ TE DANDO ESSAS CONFIANÇAS
 CONCLUSÃO (?)

- RECONCILIAR ALGUMAS DAS

CARACTERÍSTICAS DAS ABORDAGENS PARA
TRATAR DOS NOMES ABSTRATOS
OBRIGADOS
ALAN.MOTTA@LIVE.COM
BLOOMFIELD, LEONARD. BIBLIOGRAFIA
LANGUAGE HISTORY: FROM LANGUAGE
(1933 ED.) HOLT, RINEHART AND WINSTON, 1933.
BUNT, H.C. 1985. MASS TERMS AND MODEL-THEORETIC SEMANTICS,
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS, CAMBRIDGE.
GORDON, PETER. 1985. ‘EVALUATING THE SEMANTIC CATEGORIES
HYPOTHESIS: THE CASE OF THE COUNT/MASS DISTINCTION,’
COGNITION 20, 209-242.
MCCAWLEY, JAMES D. 1979. ‘LEXICOGRAPHY AND THE COUNT-MASS
DISTINCTION,’ IN J. MCCAWLEY, ADVERBS, VOWELS, AND OTHER
OBJECTS OF WONDER, CHICAGO UNIVERSITY PRESS, CHICAGO, PP.
165-173.
PALMER, F.R. 1971. GRAMMAR, PENGUIN, HARMONDSWORTH.
QUINE, W.V.O. 1960. WORD AND OBJECT, MIT, CAMBRIDGE, MA.
TER MEULEN, ALICE. 1981. ‘AN INTENSIONAL LOGIC FOR MASS
TERMS,’ PHILOSOPHICAL STUDIES 40, 105-125.