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Avaliação em Educação Pré-Escolar

Metodologia Específica
Educação de Infância – 3º ano
Avaliação…
actividade sistemática,
sistemática contínua,
contínua
elemento integrante da prática educativa que permite a recolha de
informação para a tomada de decisões adequadas às necessidades dos alunos
e do sistema educativo.

Processo de seleccionar, recolher e interpretar informação para tomar


decisões a diferentes níveis (de acordo com o objecto a avaliar – intervenção
pedagógica, ambiente educativo – organização do espaço e materiais, tempo,
grupo, meio institucional…)

conhecer,
conhecer melhorar e enriquecer
FINALIDADE o aluno e o processo de
ensino/aprendizagem.
… a avaliação…
Não deve ser vista como um fim em si mesma mas como um contributo para
a melhoria da educação.
educação

Não é um acontecimento isolado que implique interromper a vida na sala


do Jardim de Infância;

Faz parte integrante de todo o processo de ensino:


ensino é planeada em
conjunto com as actividades, é um processo contínuo e abrange vários
aspectos do que acontece na sala;

Implica a recolha de informação e análise dessas informações face aos


objectivos traçados.
Tipos de avaliação
Diagnóstica
Averiguar posição do aluno face a aprendizagens: ponto de partida. Utilizada
no início de novas aprendizagens.

Formativa
Determinar progresso das aprendizagens: ponto da situação. Utilizada no
decorrer do processo de aprendizagem.

Diferentes momentos…
Diferentes funções…

O mesmo propósito! contributo para a melhoria


da educação
Parte do processo de avaliação
ocorre em simultâneo com o dia-a-dia do Jardim de
Infância,

mas

torna-se necessário criar momentos de reflexão


e tomada de decisão

que permitam potenciar os resultados da avaliação.


Procedimentos de avaliação
Tempos Modalidades Instrumentos

Quando Como Como


avalio? recolho a registo?
informação?

PIP Relatórios
Início do ano lectivo
Observação Directa Listas de verificação
Diariamente ECERS-R
curricular
Observação Indirecta
Durante a actividade Portfólios Sociogramas
Entrevistas
Final da actividade Registos descritivos
Questionários
Semanalmente Grelhas de observação
Reflexões com a equipa educativa
Final de cada projecto/PMP Lista de verificação de competências
Auto e heteroscopia
Final de Período Registos de incidente crítico
Análise documental
Final do ano lectivo Amostragem de acontecimentos

Guião para av. do Amb. Educ.


Avaliação em Educação Pré-Escolar…

Para quê?

O que avaliar?

Como avaliar?
Para quê avaliar?
(Decreto-Lei Nº 241/2001 de 30 de Agosto)
Perfil Específico de Desempenho do Educador de Infância

II - Concepção e desenvolvimento do currículo


3 - No âmbito da observação,
observação da planificação e da avaliação,
avaliação o educador de infância:

a) Observa cada criança, bem como os pequenos grupos e o grande grupo, com vista a uma
planificação de actividades e projectos adequados às necessidades da criança e do grupo e aos
objectivos de desenvolvimento e da aprendizagem;

b) Tem em conta,
conta na planificação do desenvolvimento do processo de ensino e de aprendizagem,
os conhecimentos e as competências de que as crianças são portadoras;

e) Avalia,
Avalia numa perspectiva formativa, a sua intervenção,
intervenção o ambiente e os processos educativos
adoptados,
adoptados bem como o desenvolvimento e as aprendizagens de cada criança e do grupo.
grupo
Para quê avaliar?
Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar

Despistar problemas das crianças:


crianças
“h) Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências e precocidades e promover a melhor orientação
e encaminhamento da criança;” (M.E., 1997:16)

Planificar o trabalho futuro:


futuro
“… a observação constitui, deste modo, a base do planeamento e da avaliação, servindo de suporte à
intencionalidade do processo educativo…” (M.E., 1997:25)

Reformular e adequar formas de trabalho:


trabalho
“…avaliar o processo e os efeitos, implica tomar consciência da acção para adequar o processo educativo
às necessidades das crianças e do grupo e à sua evolução…” (M.E., 1997:27)
Comunicar o trabalho realizado:
realizado
“…Se o trabalho de profissionais em equipa constitui um meio de auto-formação com benefícios para a
educação da criança, a troca de opiniões com os pais permite um melhor conhecimento da criança e
de outros contextos que influenciam a sua educação…” (M.E., 1997:27)
Para quê avaliar?
Circular n.º 17/DSDC/DEPEB/2007

“A avaliação visa:

• apoiar o processo educativo,


educativo permitindo ajustar metodologias e recursos, de acordo com as
necessidades e os interesses de cada criança e as características do grupo, de forma a melhorar as
estratégias de ensino/aprendizagem;

• reflectir sobre os efeitos da acção educativa,


educativa a partir da observação de cada criança e do grupo,
reconhecendo a pertinência e sentido das oportunidades educativas proporcionadas e o modo como
contribuíram para o desenvolvimento de todas e de cada uma, de modo a estabelecer a progressão das
aprendizagens;

• envolver a criança num processo de análise e de construção conjunta,


conjunta inerente ao desenvolvimento da
actividade educativa, que lhe permita, enquanto protagonista da sua própria aprendizagem, tomar
consciência dos progressos e das dificuldades que vai tendo e como as vai ultrapassando;

• contribuir para a adequação das práticas,


práticas tendo por base uma recolha sistemática de informação que
permita ao educador regular a actividade educativa, tomar decisões, planear a acção;

• conhecer a criança e o seu contexto,


contexto numa perspectiva holística, o que implica desenvolver processos de
reflexão, partilha de informação e aferição entre os vários intervenientes – pais, equipa e outros
profissionais – tendo em vista a adequação do processo educativo.”
O que avaliar?
Ambiente Educativo Grupo e cada criança Intervenção Pedagógica

Tempo
Características Estratégias de
individuais Ensino e
Conteúdos
Espaço

Grupo
Desenvolvimento Planificação
em cada área de
conteúdo/domínios
Relação com
Pais e Outros
Parceiros Procedimentos
Educativos de Avaliação

Meio
Institucional
Como avaliar?
Ambiente Educativo Grupo e cada criança Intervenção Pedagógica

M
o Observação Observação Directa Reflexões com a equipa educativa
d
Directa
a
l Observação Indirecta Auto e heteroscopia
i
d
a Entrevistas Análise documental
d
e Questionários Questionários aos pais e
entrevistas às crianças

PIP Registos descritivos Relatórios


R Guião para av. do Amb. Educ. Grelhas de observação Listas de verificação
e curricular
g ECERS-R Registos de incidente crítico
i Portfólio do docente
s (…) Amostragem de acontecimentos
t
Processo
o Lista de verificação de Individual
competências

Sociogramas da Criança
(Circular 17- ponto 4)

Portfólio
Ambiente Educativo
O que avaliar? Como avaliar?
1. Ambiente Educativo
OBSERVAR
Espaço e Materiais:
- Descrição das decisões tomadas
- Avaliação da organização do espaço/ decisões implementadas (manter/ alterar a organização?)
- Materiais utilizados nas actividades
- Avaliação (participação das crianças na exploração e/ou construção dos materiais)

Tempo: GUIÃO PARA AV. DO AMB. EDUC.


- Descrição da rotina estabelecida
- Avaliação da organização do tempo (manter/ alterar a organização?)
ECERS-R
 
Grupo:
- Organizações de grupo implementadas PIP
- Avaliação da organização e estratégias de organização do grupo
  …
Relação com Pais e Parceiros Educativos:
- Descrição dos projectos (Iniciativa, participação ou colaboração)
-Avaliação das estratégias de articulação e dos projectos desenvolvidos

Meio Institucional
-
Questões para reflexão:

O que é cada área exige em termos de espaço e materiais?

O que é que as crianças fazem/aprendem em cada espaço/área de interesse?

Que autonomia têm as crianças na utilização dos equipamentos e materiais?

Como está a ser a adaptação à rotina estabelecida?

Qual a relação que existe entre a organização do espaço e a organização do tempo?

Há participação da família? Quando? Como?

Têm sido realizadas actividades de articulação com as outras salas do J.I. e outros
níveis de ensino?

Existe alternância nas formas de organização do grupo ao longo do dia/semana?


Quais os critérios utilizados?

Qual a participação das crianças na organização do ambiente educativo?


Grupo e cada criança
O que avaliar? Como avaliar?
2. Grupo e cada criança:
Observação Directa
Características individuais
- número de crianças, idades, sexos e questões específicas de saúde.
Observação Indirecta
- agregado familiar com indicação de número de irmãos e idades
- aniversários das crianças Entrevistas
- contexto socioprofissional dos pais (idade, profissão e nível de escolaridade)
Questionários
- NEE: problemática, regime de apoio e PEI
- interesses manifestados ou relatados pelos pais
- ambiente, rotinas e preferências exteriores à escola
- ambiente, rotinas e preferências na escola
- interacções sociais, liderança, relações de amizade e parcerias de jogo Registos de incidente crítico
- adaptação à rotina do JI
Registos
Processo
descritivos
Individual da
Criança Portfólio
(Circular 17-
ponto 4)

Sociogramas

Amostragem de acontecimentos
O que avaliar? Como avaliar?
Observação Directa
2. Grupo e cada criança:
Desenvolvimento em cada área de conteúdo/domínios Observação Indirecta

- conhecimentos e competências nas diferentes áreas de conteúdo Entrevistas

Processo
Individual
da Criança
(Circular 17- ponto 4)

Registos
descritivos

Grelhas de
observação

Registos de incidente crítico

Amostragem de acontecimentos

Lista de verificação de competências

Portfólio
Como avaliar?
Instrumentos de Registo…
Grelha de observação:

• Permitem conhecer a frequência dos comportamentos e observar a sua


progressão.
Registo de caso:
•Consiste em descrever um acontecimento, fora do comum, protagonizado
pela criança. Uma série de observações de caso podem conduzir a valiosas
conclusões.
•Características do registo de caso:
•Baseia-se numa observação não sistemática – o educador não planifica o
momento em que vai fazer a observação, nem o que vai observar, uma vez
que se trata de uma acontecimento imprevisto;
•Realiza-se em qualquer momento da actividade diária;
•Baseia-se na descrição fiel dos acontecimentos ocorridos e na circunstância
em que ocorrem;
•Podem incluir comentários, que são de grande importância para a
avaliação, mas separadamente, para não distorcer a realidade;
•Utilizam-se para registar condutas de tipo emocional e social, tais com
agressividade, demonstrações de afecto, inibições,...
Exemplo:

Nome da criança: Eduarda Idade: 3 anos

Observadora: Ana Luísa (educadora) Data: 3/5/96

Descrição

A Educarda dirige-se à educadora, mostra o desenho que acabou de fazer e diz:


“esta é a minha mamã”. A Eduarda desenhou uma figura humana com cabeça,
tronco, braços e pernas; na cabeça desenhou olhos, nariz, boca e orelhas.

Comentário

É a 1ª vez no Jardim de Infância que a Eduarda desenha a figura humana com


todos os pormenores. Vou estar atenta e da próxima vez que a Eduarda for para o
desenho vou tentar desafiá-la a observar a sua própria figura e completar os
pormenores que faltam neste desenho, por exemplo, mãos e pés.
Nome da criança: Nuno Idade: 5 anos

Observadora: Marta (educadora) Data: 7/5/97

Descrição:

O Nuno está na casinha das bonecas com a Maria e o Rafael. O Nuno diz: “Hoje
quem manda sou eu.”. Dirige-se para o Rafael e diz: “Tu, como és o mais
pequenino, vais ser o bebé.”. E, dirigindo-se para a Maria: “Tu, como és a média,
vais ser a filha grande e eu, que sou o maior de todos, vou ser o pai.”

Comentário

Através deste registo, pode-se apreender que o Nuno é capaz, não só de se envolver
num jogo de faz-de-conta com outras crianças, como também de dirigir e organizar
um guião para o jogo. Apreende-se também a capacidade da criança de ordenar e
descrever relações de tamanho (o mais pequeno (=menor), a média e o maior).
Registo descritivo:

•Forma de registo similar ao registo de caso, no entanto determina-se a priori


o que se vai observar na criança.
•Características do registo descritivo:
•Baseia-se numa observação semi-estruturada – o educador planifica o
momento no qual realiza a observação e a situação na qual vai observar a
criança, antevendo as actividades e recursos que se adaptam aos seus
objectivos;
•Realiza-se em momentos específicos da actividade diária;
•Não se deve utilizar apenas um registo descritivo para avaliar a criança, já
que este apenas nos fornece uma série de dados que devem ser correlacionados
com outras observações.
•Apresentam uma descrição detalhada da conduta da criança e permitem
obter informações em todas as áreas de desenvolvimento.
Amostragem de acontecimentos
Objectivo da observação: conhecer as escolhas das crianças

Grupo: Ana, Bruno, Carlos, Eduardo, Fátima, Henrique

Observadora: Isabel (educadora) Data: 14/5/98

Tempo de observação: 9h20 – 9h50


Lista de verificação de competências

•Instrumento de registo de observações que consiste em catalogar com Sim e


Não, as aquisições e condutas das crianças.
•Estas fichas permitem avaliar facilmente os objectivos alcançados e quais
devem ser reformulados, para o grupo ou para algumas crianças em
particular.
•Características das fichas de verificação de competências/objectivos:
•Baseia-se numa observação estruturada – o educador planifica com
antecedência os aspectos a avaliar e especifica-os na ficha. Podem fazer-se
anotações pertinentes, a ser tidas em consideração na posterior avaliação das
crianças;
•Estas fichas não admitem valores intermédios, apenas Sim ou Não;
•Podem utilizar-se para avaliar uma actividade ou os objectivos da
planificação;
Cuidados na realização
das listas de verificação de competências/objectivos:

• As condutas a avaliar devem ser descritas de forma clara,


precisa e avaliável, referindo-se a competências específicas;
• Paralelamente a esta ficha, deve utilizar-se um caderno de
anotações para registar uma série de condutas que não podem
simplesmente ser catalogadas com SIM ou NÃO.
Exemplo:

Nome da criança: _________________________________________________


Idade : ____________
Observador(a): ___________________________________________________
Data: _____/_____/_____

Sequência de acontecimentos
antecipa/planifica acontecimentos futuros
 descreve acontecimentos passados
 descreve a ordem dos acontecimentos passados
 demonstra consciência do ciclo do tempo
Escalas de Classificação:
• São similares às listas de verificação de competências/objectivos, no entanto
admitem diversas categorias de avaliação da criança (ex. Excelente, bom,
regular, insuficiente).
• Baseiam-se numa observação estruturada, uma vez que o educador a elabora
estipulando as condutas a observar;
• Permitem ir graduando as aquisições da criança, e adequar a estimulação;
• Não inclui comentários nem interpretações.

Cuidados a ter na realização das escalas de classificação:


classificação
• As condutas que integram a escala devem ser avaliáveis e susceptíveis de
medição;
• Não devem conter mais de cinco categorias;
• As condutas devem ser expressas afirmativamente;
• As condutas não devem ser acompanhadas de advérbios de tempo;
• Devem utilizar-se pelo menos três vezes por ano, servindo de indicativo para
avaliar o progresso da criança.
Exemplo:
Nome da criança: _________________________________________________________
Idade : ____________
Observador(a): ___________________________________________________________
Data: _____/_____/_____

Sequência de acontecimentos: antecipa/planifica acontecimentos futuros


 Sempre
 Frequentemente
 De vez em quando
 Poucas vezes
 Nunca
Ou
 sem ajuda
 com ajuda
 não realiza
Questões para reflexão:

O que pretendo que as crianças aprendam ao nível das atitudes,


conhecimentos e saberes-fazer?

Com a(s) actividade(s) propostas as crianças aprenderam o que eu


pretendia ou aprenderam outras coisas?

O que aprenderam com as actividades que escolheram?

O que as crianças aprenderam foi importante? Porquê?

(…)
Escala de Envolvimento da Criança
“Observa as manifestações exteriorizadas pelas crianças quando se encontram
profundamente envolvidas nas aprendizagens.” (DGIDC, 1998: 13)

“Indicadores de Envolvimento da Criança:


- Concentração
A atenção da criança encontra-se orientada para a actividade. Nada parece poder distrair a criança desta
profunda concentração.

- Energia
A criança investe todo o seu esforço na actividade, está muito interessada e empenhada. Esta energia é
frequentemente demonstrada pelo altear da voz ou pela pressão que faz sobre o objecto que utiliza. A
energia mental pode ser inferida através das expressões faciais, as quais revelam que a criança está
concentrada no que está a fazer.
- Complexidade e Criatividade
Observáveis quando a criança mobiliza, de livre vontade, as suas capacidades cognitivas e outras para
se dedicar a um comportamento mais complexo do que uma mera actividade. A criança que se envolve
numa tarefa, demonstra as suas maiores competências – está a “dar o seu melhor”. Criatividade não
significa que o resultado tenha que ser original; a criatividade existe quando a criança dá um toque
individual ao que faz e que essa actividade tenha contribuído para o seu desenvolvimento criativo.

-Expressão Facial e Postura


Os indicadores não verbais são de extrema importância para apreciar o envolvimento da criança. É
possível distinguir olhos “perdidos no vazio” de olhos “brilhantes”. A postura pode revelar alta
concentração ou tédio. A postura pode ser altamente significativa, mesmo quando a criança está de
costas para o observador.

- Persistência
A persistência é a duração da concentração na actividade que está a ser realizada. As crianças que estão
realmente envolvidas não abandonam facilmente o que estão a fazer, querem continuar a actividade que
lhes interessa e dá prazer, não se deixando distrair pelo que acontece à sua volta. A actividade
“envolvida” tem geralmente uma maior duração, embora o tempo investido dependa da idade e do
desenvolvimento da criança.
- Precisão
As crianças envolvidas mostram um cuidado especial com o seu trabalho e estão atentas aos
pormenores. As crianças que não se envolvem, estão pouco preocupadas com as questões de pormenor
– é que os pormenores, para elas, não são importantes.

- Tempo de reacção
As crianças que estão envolvidas, estão atentas e reagem com rapidez a estímulos.

- Linguagem
A importância que a actividade tem para as crianças pode ser observada através de comentários que
fazem. Por exemplo, poderão, repetidamente, pedir para fazer uma determinada actividade, e dizerem
que gostam de a fazer.

-Satisfação
As crianças demonstram grande satisfação perante os resultados alcançados.” (DGIDC, 1998: 88-89)
Exercícios
Recolha e tratamento dos dados

Sociogramas

Joel

João P.
Pedro S. Pedro J. Nicolau

Rafael Carlos P.

Matilde Helena

Constança Beatriz Aimée

Daniela Eva
Análise das redes sociais da turma

Nº de escolhas por criança


Nº de vezes que cada criança é escolhida
Nº de escolhas por género
Quem é a criança mais escolhida do grupo?
Quem é a criança mais escolhida por género?
Quem é a criança mais escolhida por idades?
Reciprocidades?
Reciprocidades por género?
Reciprocidades por idades?
Subgrupos?
Crianças isoladas?
Exercício n.º 2

O que fazer com esta


informação?

Para que serve?

Planear em função das necessidades e interesses.

O que fazer quando numa turma temos:


-Crianças isoladas na rede social da turma
-Crianças com níveis baixos de envolvimento
-Crianças com nível de desenvolvimento inferior ao esperado para o nível etário
-Crianças com baixo nível de concentração
-Crianças egocêntricas
Exemplo de estratégias:
Turmas com crianças isoladas na rede social do grupo.
- Na formação de equipas permitir que a criança escolha para não ser sempre a
última a ser escolhida.
- Na formação de pares para a realização de tarefas, colocá-la com uma criança
popular.
- Pedir à família para participar em projectos no J.I.
- Valorizar a criança em actividades de grande grupo.
- Deixar que a criança traga brinquedos de casa para partilhar com os colegas em
momentos específicos.

Turmas com crianças com baixos níveis de envolvimento


- Programar actividades de curta duração.
- Analisar e utilizar os interesses dessas crianças.
- Utilizar muitos objectos para exploração/manipulação.
- Realizar actividades em pequenos grupos.
- Dar oportunidade de participação no planeamento de actividades.
Turmas com crianças com nível de desenvolvimento inferior ao esperado para o nível
etário
- Ter em atenção que as propostas devem poder ser alcançadas (confiança e auto-estima)
- Dar acompanhamento mais individualizado (recorrer ao elogio, avaliar com a criança,
estabelecer metas com a criança).

NUNCA COMPARAR O DESEMPENHO DA CRIANÇA COM O DESEMPENHO DOS COLEGAS!!!

- Encontrar formas subtis de trabalhar os conteúdos mais básicos (nas actividades livres…).
- Colocar a criança em interacção com outras mais desenvolvidas (aprendizagem por
interacção)

Turmas com crianças com baixos níveis concentração


- Iniciar com actividades de curta duração e ir aumentando o tempo de actividade ao longo
do ano lectivo.
- Histórias cada vez maiores
- diálogos cada vez maiores
- Realização de jogos específicos que requerem concentração (jogo da memória,…)
Turmas com crianças egocêntricas
- Colocação de materiais para partilhar em cada mesa (apenas um copo com marcadores,
…).
- Realização de jogos de competição.
- Prever um tempo na rotina para que as crianças possam partilhar e brincar com os
brinquedos trazidos de casa.
Exercício n.º 3
Grupos de 4 elementos

Através do COR (Registo de Observação da Criança) defina estratégias de avaliação para


registar evidências sobre os comportamentos dos itens das categorias abaixo indicados.

I. Iniciativa V. Linguagem e Competência de leitura e escrita


B. Resolução de problemas R. Fala
C. Envolvimento em actividades complexas S. Demonstração de interesse por actividades de
leitura
U. Iniciação à leitura
II. Relações Sociais
F. Relações com outras crianças
VI. Lógica e Matemática
H. Envolvimento na resolução de problemas
sociais X. Utilização das palavras não, alguns e todos
AA. Comparação do número de objectos
III. Representação criativa CC. Descrição de Relações espaciais
K. Desenho e pintura
L. Fazer de conta

IV. Música e movimento


N. Demonstração de coordenação manual

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