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PRINCÍPIOS PARA

GRAVAÇÃO DE ÁUDIO Trilha Sonora

UTILIZANDO DAW
MESA DE SOM
GRAVADOR DE FITA
INTERFACE DE ÁUDIO
É a ferramenta básica para o processo de produção musical em ambientes, no
mínimo, semi-profissionais.
A sua importância reside, principalmente, no fato de combinar diversas
funcionalidades (que, em outros tempos, encontraríamos apenas em vários
equipamentos analógicos).
FUNCIONALIDADES
Conversão AD / DA (analógico para digital, digital para analógico)
Presença de Pré-amplificadores
Controles de Ganho
Seleção de entrada em nível de mic ou de linha
Entradas e Saídas de Áudio | MIDI
Entrada e Controle Independente para Fone de Ouvido
Phantom Power
Expansão digital
CONVERSÃO AD / DA
Converte o sinal elétrico (provindo do microfone, captadores, etc.) em digital.
Assim, o sinal passa a ser composto de combinações de 0 e 1.
PRÉ-AMPLIFICADORES
Os pré-amps são utilizados em praticamente todos os cenários possíveis onde se
trabalhe com áudio, tanto ao vivo quanto em estúdio.
Diferente de uma entrada de áudio comum, o pré-amplificador serve para aumentar o
volume de um sinal de áudio.
No contexto do home studio, isto possibilita ao produtor gravar seus instrumentos
com um sinal de áudio em nível adequado
EM RESUMO
O sinal de um microfone é, na maioria das vezes, muito fraco para ser trabalhado por
equipamentos de áudio, como o circuito de equalização de uma mesa de som, efeitos
externos, e até para somar aos outros sinais presentes, na mixagem.
O pré-amp é justamente o equipamento que reforça o sinal de um microfone para
que possa estar em um nível desejado para ser trabalhado.
“Por que gastar dinheiro com um pré-amp ‘bom’ se um pré-amp barato faz a
mesma coisa?”
Um detalhe muito importante é que muitos pré-amps não se limitam a mudar o nível
de sinal, mas também começam a dar personalidade ao som e aí tudo começa a entrar
na questão do gosto.
Muitos estúdio profissionais trabalham com pré-amps que chegam a preços
exorbitantes, enquanto pequenos home studios acabam ficando com o que cabe no
orçamento. Um pré-amp da Rupert Neve Designs chamado de 5052 Dual Rack, por
exemplo, chega a custar mais de U$ 5.000,00 e só vai servir para dois canais,
enquanto você pode trabalhar com um pré-amp da Presonus chamado Digimax D8,
que custa em torno de U$ 400,00 e serve para oito canais.
ATENÇÃO
As interfaces de áudio, costumeiramente, possuem entradas XLR e p10
simultaneamente. Isto possibilita gravar áudio de microfones e instrumentos na
mesma entrada
A escolha entre p10 e XLR significada uma diferença mais profunda do que o “tipo
de conexão”
Significa, em certa medida, escolher o nível de sinal com o qual se vai trabalhar
NÍVEL DE MIC
O nível de microfone é também conhecido como baixo nível, mic level, ou low
level. É o nível mais baixo de um sistema de áudio e opera numa faixa que pode ir
de - 52 dBu até - 10 dBu. Como o nome já diz, é nesta faixa que os microfones
trabalham. Também estão nesta faixa os sinais enviados por direct box.
NÍVEL DE LINHA
Também conhecido como line level, é o nível de sinal onde operam os instrumentos
musicais ativos (violão, guitarra, contrabaixo, etc.) e eletrônicos (teclados). Os sinais
trocados entre os equipamentos que compõem o sistema de som também trabalham
em nível de linha. Esta faixa de nível opera entre – 10 dBu até + 30 dBu.
CHAVE LINE/ MIC
Prepara o pré para receber o sinal no nível adequado, visto que um sinal em nível de
linha poderá danificar um pré-amplificador regulado para a intensidade de mic e um
sinal de mic entrando por uma entrada de linha não terá (ou terá pouca) intensidade
para ser ouvido através de uma entrada de linha.
ENTRADAS E SAÍDAS
Atualmente encontramos uma variedade de placas de áudio com muitas combinações
de entradas e saídas. A escolha do modelo depende totalmente do propósito que o
produtor tem para suas gravações.
ENTRADAS PRÉ-
AMPLIFICADAS
Se o produtor não tem pré-amps externos ou uma mesa de som, por exemplo, pode
ser uma boa alternativa, especialmente ao gravar instrumentos que dependam de
microfone.
Vale ressaltar que, não necessariamente, todas as entradas de uma interface tem prés
embutidos.
MAIOR NÚMERO É MELHOR?
Maior número de entradas possibilita a gravação de mais canais simultâneos. Tal
escolha faria sentido se o produtor pretendesse gravar uma banda ao vivo - ou
mesmo uma bateria (que exige maior número de microfones para a sua captação).
Gravações que usam overdubs, sequenciamento MIDI, por exemplo, não necessitam
de tantas entradas. Por vezes, apenas uma ou duas são mais do que suficientes.
PARA QUE TODAS ESSAS
SAÍDAS?
Pode parecer estranho para um músico que só quer gravar uma banda e escutar em
estéreo usar mais do que duas saídas de áudio.
Ainda assim, múltiplas saídas podem servir para:
Um setup que use espacialização em 5.1
Efeitos analógicos externos como Eqs, compressores e reverbs
Ligar um mixer ou hardware de summing para quem não quer mixar ‘in the box’.
PHANTOM POWER
É uma alimentação de energia para microfones e equipamentos que necessitem de
energia para funcionar. Em alguns aparelhos é mostrado somente o número +48V,
que é a voltagem comum necessária a estes equipamentos.
O exemplo mais conhecido é dos microfones condensadores que requerem
phantom power para funcionar.
EXPANSÃO ATRAVÉS DE I/O
DIGITAL
Possibilita ao músico conectar equipamento de estúdio sem ter que passar por etapas
adicionais de conversão analógico/ digital e causar degradação de sinal. S/ PDIF
(Sony Phillips Digital InterFace) usa conexão coaxial ou toslink (conexão óptica).
Um de seus usos mais comuns no universo do home studio é a expansão do número
de entradas de uma interface de áudio.
DAW (DIGITAL AUDIO
WORKSTATION)
É um software que tem a finalidade de gravar, editar, processar e reproduzir áudio
digital. Originamente os DAWs representaram a primeira geração de máquinas que
não faziam uso de fita magnética para tratar som, porém eram baseadas em
microprocessadores, como o Synclavier.
SYNCLAVIER
https://www.youtube.com/watch?v=yzgvJlsEyvQ
FRANK ZAPPA – G-SPOT
TORNADO (1984)
https://www.youtube.com/watch?v=TUvH3xf0e-I
FUNCIONALIDADES
• Funcionam com qualquer interface de áudio digital;
• São baseados em gravadores multipista analógicos;
• Tem variações de um mesmo layout que faz referência ao mixer analógico do período de
gravações analógico;
• Incorpora os controles de transporte (play, record, rewind, fast forward, stop);
• Tem knobs, faders, canais auxiliares e grupos.;
• Utilizam plug-ins que simulam os periféricos de um estúdio analógico;
• Permitem utilizar instrumentos virtuais, criados para emular instrumentos mais caros (e raros) do
“mundo real”
• Oferecem suporte ao protocolo MIDI e oferecem ferramentas de edição em profundidade desta
ferramenta.
OS DAWS MAIS COMUNS
• Ableton LIVE
• Adobe Audition
• Sonar
• Reaper
• Pro Tools
• Steinberg Cubase
• Nuendo
• Logic
• FL Studio
INTRODUÇÃO AO PRO TOOLS
CRIANDO UMA NOVA SESSÃO
Uma nova sessão pode ser criado ao iniciar o programa ou a qualquer momento de
uso.
AO INICIAR
• Escolher a aba “Create”;
• Escolha “Local Storage” se o trabalho for armazenado no computador ou
“Collaboration and Cloud Backup” se pretende fazer um trabalho colaborativo ou
armazenar os arquivos na nuvem.
• Nomeie e configure as propriedades da nova sessão;
APÓS O SOFTWARE JÁ
INICIADO
• Escolha File> New Session (se você já estava trabalhando em algum áudio, você
será questionado se pretende salvar o projeto em andamento);
• O atalho para a mesma função é CTRL + N;
• Siga os passos informados anteriormente (Nomear e escolher as preferências)
CONFIGURAÇÕES (SESSION
SETTINGS)
• Selecione o tipo de arquivo (.WAV ou .AIFF) – pode ser alterado depois.
• Bit Depth (16-bit, 24-bit ou 32-bit float) – O padrão para trabalho em áudio é de 24-
bit.
• Sample Rate (44.1 até 192 kHz) – Como estudamos, o padrão de gravação de CDs é
44.1 kHz (e seus múltiplos) e de DVD 48 kHz.
• I/O Settings – Configuração de Inputs e Outputs. Escolher a configuração de
entradas e saídas de áudio do programa. Para começar iremos escolher (Last Used).
• É sempre importante seguir todos os passos no Pro Tools organizadamente, pois,
assim, o software nomeará e organizará seus arquivos de forma mais adequada,
evitando perdas de tempo futuras.
• Após escolhido o nome do projeto o software criará automaticamente as pastas e
subpastas para a sessão. Se as no momento da criação as escolhas forem corretas,
não se precisará mais preocupar com os elementos básicos do projeto.
CRIANDO NOVAS FAIXAS
Pro tools diferencia o tipo de faixa (track) de acordo com o seu uso e, por
consequência, tipo. Assim, quando criamos uma faixa nova devemos saber o que
pretendemos fazer nela.
• Escolha Track > New (atalho: CTRL + SHIFT + N ou clicar duas vezes no canto
direito)
• Irá abrir uma caixa de escolha do tipo de faixa: Audio, Aux Input, Master Fader,
MIDI, Instrument, Video; se ela será Mono ou Estéreo e o tipo de medida (samples,
ticks).
• Importante escolher corretamente, porque todo o uso das faixas será condicionado a
partir do tipo de faixa escolhida. Por exemplo: os plug-ins de uma faixa de áudio
estéreo serão todos voltados para faixas de áudio estéreo.
CRIANDO UMA “INSTRUMENT
TRACK” (PARA NOSSO
EXERCÍCIO)
• Track > New (CTRL + SHIFT + N)
• Dentro da aba de “Insert” coloque uma bateria virtual (preferencialmente
“Structured Drum”)
• Escolha a visão de “notas”
• Selecione a caneta e desenhe o seu padrão de bateria
• Caso necessário, mude o modo de visão para “bar/ beats”. Complemente, caso
necessário, com a visão de “Meter”
EXEMPLOS DE PADRÕES DE
BATERIA
PADRÃO 1: BATIDA BÁSICA DE
TECHNO (BPM 126 - 144)
1 E 2 E 3 E 4 E
O Hat X X X X
C Hat X X X X
Snare X X
Kick X X X X
PADRÃO 2: BATIDA BÁSICA DE
ROCK (BPM 104 - 116)
1 E 2 E 3 E 4 E
O Hat
C Hat X X X X X X X X
Snare X X
Kick X X X X X
PADRÃO 3: VARIAÇÃO DA
BATIDA DE ROCK (BPM 72 - 92)
1 e E e 2 e E e 3 e E e 4 e E e
O
Hat
C X X X X X X X X X X X X X X X X
Hat
SD X X
KD X X X X
PADRÃO 4: BATIDA BÁSICA DE
HIP-HOP (BPM 88 - 98)
1 E 2 E 3 E 4 E
O Hat
C Hat X X X X X X X X
Snare X X
Kick X X X
PADRÃO 5: HIP-HOP LENTO
(BPM 76 - 92)
1 e E e 2 e E e 3 e E e 4 e E e
O
Hat
C X X X X X X X X X X X X X X X X
Hat
SD X X
KD X X X X
PADRÃO 5: HIP-HOP
AVANÇADO (BPM 88 - 98)
1 e E e 2 e E e 3 e E e 4 e E e
O
Hat
C X X X X X X X X X X X X X X X X
Hat
SD X X
KD X X X X X X X
GRAVANDO FAIXAS
• Clique no botão “Record Enable” (Habilitar Gravação) que fica na faixa (um botão
vermelho com um desenho circular branco.
• Se você tocar um instrumento, tocar um controlador ou cantar em um microfone,
você deverá ver o sinal sendo modulado no medidor ao lado da faixa.
TRANSPORT WINDOW
• Window > Transport (atalho: CTRL + 1)
• Controles básicos: gravar, playback, stop, ir ao começo , ir para o fim, rewind, fast
forward.
• Pre-roll, Post-roll, Fade-In: serve para edições menores de áudio. Toca um número
pré determinado de compassos antes e depois do segmento que deve ser gravado.
• Sync Device: Permite que os controles de transport sejam manipulados por
equipamento externo.
• Expanded view: mostra beats e segundos, controle do click e controles expandidos
MIDI. Também mostra um VU de saída do software.
FAZENDO BOUNCE DA FAIXA
• Selecione o material a ser transformado em um arquivo de áudio
• Selecione File> Bounce to> Disk
• Export Options: File Type (Wav, Aiff, Mp3); Format (Mono, Multiple Mono,
Interleaved); Sample Rate; Offline, File Name; Directory
• Fazer Bounce.
TAREFA
Faça uma bateria sequenciada realizando os seguintes passos:
• Crie uma nova sessão. Dê o nome DRM_SeuNome_1;
• Configure a sessão adequadamente para a gravação de um arquivo de áudio;
• Crie uma Instrument Track e um Master Fader;
• Carregue o plugin “Strucured Drummer” ou “Xpand” dentro da sessão de insert da
track;
• Use o editor MIDI para construir sua bateria;
• Faça bounce do material.
PRINCIPAIS FERRAMENTAS DE
EDIÇÃO DE ÁUDIO NO PRO
TOOLS
SHUFFLE MODE, SPOT MODE,
GRID MODE, SLIP MODE
SUFFLE MODE (F1)
Faz com que o áudio gravado vá para o começo da faixa, ou colado na última
gravação. Serve para quem está gravando sem necessidade de medida de tempo
(coletando amostras, por exemplo) ou trabalhando com loops que já estão editados
na duração do projeto.
SPOT MODE (F2)
Quando você move uma região de áudio, ou puxa um arquivo de áudio fora da lista
das regiões de áudio (no lado direito da janela de edição) uma caixa de diálogo irá
aparecer pedindo que você digite o local para a região. Uma vez que você digitar o
local, o áudio vai mover-se exatamente onde você definiu.
Modo Spot  é ideal para trabalhar com efeitos sonoros e coisas que estão sendo
marcadas junto a imagem. Depois de ter sua sessão sincronizada via “time code”
você pode simplesmente inserir o valor do time code desejado que irá para o que
você digitou. Se você mover uma região para o lugar onde existe outra,  a primeira
região será cortada no ponto onde começa a nova região e/ou termina essa região.
MODO SLIP (F3)
O Modo Slip  permite que você coloque um áudio região onde desejar, independente
de qualquer grade ou valores de time code. Este modo é útil para todas as outras
coisas que você faz no Pro Tools, particularmente quando se trata de trabalhar com
regiões que não têm qualquer relevância para o momento musical da peça. Muitas
vezes vocais e faixas de guitarra são compatíveis  com este modo. E novamente, se
você mover uma região para o lugar onde existe outra,  a primeira região será
cortada no ponto onde começa a nova região e/ou termina essa região.
Iniciantes usam bastente este modo, mas alguns nunca pensam em sair dele e
explorar o poder dos outros modos. Um experiente usuário de Pro Tools que está
sendo pago por hora é geralmente capaz de alternar rapidamente entre eles usando 
cada um de forma adequada.
GRID MODE (F4)
Modo Grid no Pro Tools  funciona como a maioria dos sequenciadores MIDI . Tudo
se encaixa em uma grade definida pelo usuário ou quantização. Você pode definir a
grade baseada em valores musicais (colcheias, por exemplo) ou valores de time
code. Este modo também é útil para o trabalho baseado em loops, permitindo  a
flexibilidade adicional de ser capaz de largar regiões onde quiser, mas manter
travados ao calendário musical da peça.
Um monte de engenheiros utilizam este modo ao editar coisas como partes de bateria
(um uso muito comum de Pro Tools) porque torna muito rápido para soltar notas de
tambores individuais  para valores específicos  de tempo musical que estão
relacionados com a música.  Se você mover uma região para o lugar onde existe
outra,  a primeira região será cortada no ponto onde começa a nova região e/ou
termina essa região.
GRABBER, SELECTOR,
TRIMMER, E SMART TOOL
Como é possível deduzir pelos nomes, Grabber (Agarrador) serve para deslocar o
arquivo, Selector (Selecionador), Trimmer (Aparador). Seus atalhos são F5, F6, F7.
A “Smart Tool’” conjuga as três funções. Seu atalho é pressionar F5, F6 e F7 ao
mesmo tempo.
CRIANDO FADES
Quando se corta áudio é comum haver ruído entre no ponto do corte. Para isso são feitos pequenos
fade in e fade out nas entradas e saídas dos arquivos.

Os cross fades, como o nome diz, criam fades entre um arquivo de áudio que termina e outro que
começa, quando não há “silêncio” entre o material.

Atalhos:
D – fade in
G – fade out
F – Crossfade
CTRL + F – configurações do fade.
EXERCÍCIO:
Crie uma música a partir dos loops oferecidos (utilizando as ferramentas estudadas)
e programe uma bateria para ela.
O QUE É MIDI?
MIDI é a abreviação de Musical Instrument Digital Interface. É uma linguagem que
permite que computadores, instrumentos musicais e outros hardwares se
comuniquem. O protocolo MIDI inclui a interface, a linguagem na qual os dados
MIDI são transmitidos e as conexões necessárias para se comunicar entre hardwares.
QUEM INVENTOU O MIDI?
MIDI foi desenvolvido pela primeira vez no início dos anos 80 para padronizar a
comunicação entre os hardwares de música.
O fundador da Roland, Ikutaro Kakehashi, propôs a ideia de uma linguagem padrão
para os outros grandes fabricantes, incluindo Oberheim, Dave Smith Instruments e
Moog, em 1981.
Durante o ano que se seguiu, representantes de todos os principais fabricantes
trabalharam juntos para criar, modificar e aperfeiçoar o MIDI.
O padrão MIDI foi revelado em 1982. Kakehashi e Dave Smith ambos receberam o
Grammy Awards técnico em 2013 pelos seus papéis importantes no desenvolvimento
do MIDI.
Todas essas empresas deixaram de lado seus interesses pessoais para o bem comum
de todos nós. MIDI é o resultado brilhante que ainda é a base para toneladas de
músicas hoje em dia.
MIDI NOTAS E EVENTOS
MIDI
Ao usar um instrumento MIDI, cada vez que você pressiona uma tecla, uma nota MIDI é criada (às vezes
chamada de evento MIDI).
Cada evento MIDI contém instruções que determinam::
Teclas ON e OFF: quando a tecla é pressionada/solta
Pitches ou notas tocadas
Velocidade: quão rápido e forte a tecla é pressionada
Aftertouch: quão forte a tecla é mantida pressionada
Tempo (ou BPM)
Panning
Modulações
Volume
MIDI também carrega dados do relógio MIDI entre 2 ou mais instrumentos. Isso
permite uma sincronização perfeita entre todo o conjunto.
Os dados do relógio MIDI dependem do tempo do seu dispositivo principal,
geralmente o seqüenciador. Portanto, se você alterar seu tempo principal, o MIDI
garante que sua configuração permaneça sincronizada. É como um pequeno líder
digital de banda para todos os seus equipamentos!
SEQUENCIADORES MIDI
A configuração MIDI mais comum usa um sequenciador como o hub principal.
Sequenciadores são usados para gravar, editar, enviar e reproduzir os dados MIDI
que compõem o seu projeto. Eles podem ser hardware como um Akai MPC ou
estação de som, ou um computador executando um sequenciador DAW ou outro
programa de sequenciamento.
O sequenciador é o hub para a sua track. Ele envia instruções para todas as partes
diferentes de sua configuração, registra a sua performance e mantém o controle do
seu arranjo geral. MIDI é o que torna isso possível.
O QUE O MIDI NÃO É
MIDI NÃO transmite um sinal de áudio de verdade.
MIDI são dados. É um conjunto de instruções que as máquinas usam para se
comunicar.
Sequenciadores gravam os dados transmitidos via MIDI. Eles NÃO gravam o sinal
de áudio real. É por isso que uma sequência MIDI no piano roll aparece como
pequenos retângulos.
NÃO é um tipo de onda como uma faixa de áudio.
Que é o que torna MIDI tão benéfico. Dados MIDI são compactos, editáveis e fácil de
movimentar. Pense nas notas MIDI que você grava como instruções de como a máquina
deve reproduzir. As notas MIDI não são o clipe de áudio propriamente dito.
Então, ao invés de ouvir a gravação de áudio reproduzida para você, as notas MIDI
gravadas dizem ao sintetizador ou à caixa de ritmos para acionar qualquer som que você
quiser.
Isso faz com que a audição de um novo som no mesmo desempenho seja simples. MIDI
também permite que você edite uma gravação independentemente do som real, o que
significa que você realmente não precisa gravar uma nova música apenas para
experimentar um novo som.
É exatamente como um tocador de piano. Suas notas MIDI são iguais às do rolo que faz
com que as teclas do piano “toquem” sozinhas. É apenas a versão digital.
CONEXÕES MIDI
A maioria das conexões MIDI são feitas usando um cabo DIN de 5 pinos.
Esses cabos de áudio são normalmente chamados de cabos MIDI.
Enquanto a maioria das conexões MIDI ainda usam cabos exclusivamente MIDI,
algumas configurações só exigem uma conexão USB para USB, ou USB para MIDI,
dependendo do seu equipamento ou a situação da interface MIDI.
Para obter dados MIDI de sua configuração em seu DAW, uma interface MIDI é
normalmente necessária. Uma interface MIDI permite que seu equipamento envie e
receba dados MIDI para e de seu melhor software DAW ou sequenciador de sua
escolha.
MIDI IN, MIDI OUT E MIDI
THRU
MIDI OUT
O MIDI OUT transmite dados MIDI de um dispositivo como um seqüenciador ou
um sintetizador para outra fonte. Se você estiver usando um DAW ou seqüenciador
para enviar informações para um equipamento externo, então a porta MIDI OUT do
seu seqüenciador iria para a porta MIDI IN do outro equipamento. Na maioria das
vezes com o seu seqüenciador ou DAW é a única vez que você usa o MIDI OUT. O
resto dos instrumentos do conjunto usará MIDI THRU ou MIDI IN.
MIDI IN
O MIDI IN recebe dados MIDI de outra fonte. O MIDI IN em seu equipamento é
usado para receber instruções de seu seqüenciador ou outro equipamento.
MIDI THRU
MIDI THRU duplica os dados que chegam à porta MIDI IN. Isso permite que você
conecte vários dispositivos sem precisar de várias portas em seu seqüenciador ou
interface MIDI.
MIDI THRU permite que você conecte todos seus equipamentos em conjunto com
um sequenciador central. Chama-se “Daisy Chaining”.
SEM THRU? SEM PROBLEMA.
A maioria dos equipamentos mais novos com capacidade MIDI vem com uma porta
de MIDI THRU. Mas algumas unidades não incluem capacidades MIDI THRU.
Uma correção simples é usar um divisor MIDI. Ele cria várias portas THRU para
que o daisy chaining não seja necessário.
Uma vez que o THRU duplica as informações que chegam ao MIDI IN, você pode
enviar informações do ‘THRU’ para o próximo dispositivo.
Assim, tudo pode ser ligado e sincronizado sem ter de conectar o MIDI de cada
equipamento para o seu sequenciador. Se parece com isto:
CANAIS MIDI
Os dados MIDI são transmitidos em canais MIDI. Isso significa que você pode
seqüenciar até 16 sons diferentes de um instrumento. Desde que estejam em canais
diferentes.
A maioria dos instrumentos MIDI são capazes de transmitir dados MIDI em 16
canais diferentes. O que pode não parecer muito.
Mas 16 canais é uma boa limitação criativa para se ter. 16 canais para enviar dados
MIDI deve ser mais do que suficiente.
Dica: Não se confunda com o número MIDI TRACK no seu DAW. É fácil confundir
o número da faixa MIDI com o canal MIDI.
CONFIGURAÇÃO DO CANAL
MIDI
Para se comunicar adequadamente, seu DAW ou seqüenciador e seu controlador
MIDI devem ser ajustados para o mesmo canal MIDI.
Imagine-o como seus dispositivos ligando uns aos outros, eles têm que usar o
número certo para entrar em contato!
Cada seqüenciador, controlador e instrumento tem seu próprio processo para
configurar o canal MIDI. Portanto, verifique seu manual para os detalhes.
Vamos supor que você quer fazer uma parte principal e uma linha de baixo do
mesmo sintetizador. Seu DAW ou sequenciador MIDI pode gravar as notas MIDI de
sua parte principal e a sua linha do baixo a partir do mesmo sintetizador, desde que
cada som esteja atribuído a um canal diferente.
Se os canais estiverem ajustados corretamente, a linha do baixo e a parte principal
tocarão como uma composição inteira quando você a reproduzir. Você pode repetir
este processo para todos os 16 canais possíveis e editar cada camada
independentemente.
Obs: o sintetizador precisa ser multitimbral para reproduzir vários sons.
OS BENEFÍCIOS DE MIDI

Gravar apenas faixas de áudio é limitado em comparação com o que uma


configuração de MIDI bem feita pode oferecer.MIDI ajuda a tornar suas
performances melhores e em menos tempo.
O verdadeiro poder do MIDI é que ele permite a edição contínua de ambos os sons e
desempenho sem qualquer necessidade de tocar novamente alguma parte.
Não gosta do som do piano? Toque um novo. Mudou de idéia sobre a progressão de
acordes? Edite a seqüência MIDI e toque novamente o som. Estas são apenas
algumas das formas de como o MIDI pode beneficiar o seu fluxo de trabalho.
CONFIGURAÇÕES COMUNS
DE MIDI
CONTROLADOR MIDI E DAW
(COMPUTADOR)
Um teclado MIDI emparelhado com o seu DAW dá acesso a infinitas ferramentas
criativas. Com a ajuda de VST plugins esta configuração transforma seu controlador
MIDI em qualquer coisa que você quer que ele seja: Milhões de sintetizadores
diferentes, máquinas de ritmos, guitarras, flautas, ou praticamente qualquer outra
coisa que você possa sonhar. É a configuração MIDI mais comum por uma razão – é
simples, portátil, acessível e poderosa de uma só vez.

O poder desta configuração simples e acessível vem da atribuição de parâmetros em


seu DAW. O controlador MIDI pode controlar qualquer plugin VST  que você possa
colocar as mãos.
COMPUTADOR, INTERFACE MIDI E
SINTETIZADORES
O principal benefício desta configuração é o som analógico completo que ele dá
enquanto ainda é capaz de seqüenciar, editar e organizar diretamente do seu DAW.
O rico som analógico do hardware, emparelhado com as capacidades de sampling e
de sequenciamento e arranjo do seu DAW é uma configuração de estúdio perfeita e
versátil.
Mas é claro que nada disso seria possível sem MIDI. Nessa situação, sua DAW atua
como um hub principal para enviar e sequenciar todas as informações MIDI.
Usando o rolo de piano da sua DAW, cada unidade de hardware pode ser informada
para tocar uma seqüência específica de notas em todos os canais MIDI possíveis.
SEQUENCIADOR, DRUM MACHINE E
SINTETIZADOR
No exemplo acima, o hub da configuração é um Yamaha RS7000 Music Production Studio. É um
sampler e seqüenciador semelhante à família AKAI MPC. Ele tem recursos de sampling completos,
permitindo que você carregue e corte amostras ou re-sample seus próprios sons internos.
Mas o verdadeiro poder do RS7000 é o seqüenciador. Com a ajuda de MIDI, o RS7000 é capaz de
disparar, controlar, sequenciar e enviar eventos MIDI para cada unidade na configuração.
Tudo isso é possível com o separador MIDI (pequena caixa preta no meio do diagrama) que eu falei
mais cedo.
Através das conexões MIDI, o RS7000 oferece em tempo real (você está tocando ao vivo), grade e
seqüência do passo (edição da performance enquanto a reprodução é parada) para cada instrumento na
cadeia.
Uma vez que os instrumentos estiverem seqüenciados, os samplings – como uma quebra de bateria ou
um loop cortado – podem ser adicionadas na track via RS7000. Esta é uma configuração versátil e
poderosa que aproveita todos os benefícios do MIDI sem precisar de um computador ou software DAW.
REFERÊNCIAS
https://blog.landr.com/pt-br/o-que-e-midi-o-guia-iniciante-para-ferramenta-mais-
poderosa-da-musica/
TAREFA
• Crie uma nova sessão do Pro Tools;
• Crie uma “Instrument Track” e um “Master Fader”
• Insira no canal o plugin “Structure Free”
• Abra o Midi Editor Ctrl+Option+Shift+= (Start+Alt+Shift+=)
• Programe um loop de bateria de um compasso (padrões sugeridos nas páginas
seguintes).
OBS.: Atalho para mudar BPM (Option – ou Alt – Número 2)
PADRÃO 1: BATIDA BÁSICA DE
TECHNO (BPM 126 - 144)
1 E 2 E 3 E 4 E
O Hat X X X X
C Hat X X X X
Snare X X
Kick X X X X
PADRÃO 2: BATIDA BÁSICA DE
ROCK (BPM 104 - 116)
1 E 2 E 3 E 4 E
O Hat
C Hat X X X X X X X X
Snare X X
Kick X X X X X
PADRÃO 3: VARIAÇÃO DA
BATIDA DE ROCK (BPM 72 - 92)
1 e E e 2 e E e 3 e E e 4 e E e
O
Hat
C X X X X X X X X X X X X X X X X
Hat
SD X X
KD X X X X
PADRÃO 4: BATIDA BÁSICA DE
HIP-HOP (BPM 88 - 98)
1 E 2 E 3 E 4 E
O Hat
C Hat X X X X X X X X
Snare X X
Kick X X X
PADRÃO 5: HIP-HOP LENTO
(BPM 76 - 92)
1 e E e 2 e E e 3 e E e 4 e E e
O
Hat
C X X X X X X X X X X X X X X X X
Hat
SD X X
KD X X X X
PADRÃO 5: HIP-HOP
AVANÇADO (BPM 88 - 98)
1 e E e 2 e E e 3 e E e 4 e E e
O
Hat
C X X X X X X X X X X X X X X X X
Hat
SD X X
KD X X X X X X X
TAREFA 2
• Duplique por oito compassos o seu padrão de bateria;
• Crie um segundo “Instrument Track”
• Insira o plugin “Xpand”
• Crie uma frase melódica sobre o material rítmico.

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