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CHOQUE

INTRODUÇÃO
Embora o choque em consequência de trauma seja reconhecido há mais
de três séculos, as definições, em 1872, de Samuel Gross como “um
desarranjo grosseiro da vida” e de John Collins como “ uma pausa
momentânea no ato da morte”, enfatizam seu papel central contínuo
como causa importante de morbidade e mortalidade no doente
traumatizado.
No ambiente pré-hospitalar, o desfio terapêutico imposto pelo doente em
choque é composto pela necessidade de avaliar e tratar tais indivíduos em
um ambiente relativamente primitivo e ocasionalmente perigoso.
DEFINIÇÃO:
Embora tenha muitas definições o choque é quase sempre considerado um
estado de hipoperfusão celular generalizada no qual a liberação de
oxigênio no nível celular é inadequada para a tender as necessidades
metabólicas.
A definição correta de choque é a ausência de perfusão tecidual
(oxigenação) em nível celular, levando ao metabolismo anaeróbico e a
perda da produção de energia necessária a vida.
FISIOLOGIA:

Metabolismo aeróbico: descreve o uso do oxigênio pelas células. Esta forma de


metabolismo é o principal processo de combustão do corpo. A
energia é produzida, usando oxigênio.

Metabolismo anaeróbico: ocorre sem o uso do oxigênio, É o sistema energético de


reserva do organismo, usando a gordura armazenada no corpo
como fonte.
A sensibilidade das células à ausência de oxigênio e a utilidade
do metabolismo anaeróbico é variável entre o sistemas orgânicos.
Essa sensibilidade é denominada isquemia (ausência de oxigênio)
e é maior no cérebro, pulmões e coração. Pode levar de 4 a 6
minutos de metabolismo anaeróbico antes que um ou mais destes
órgãos vitais sofram lesões que não possam ser reparadas.
A pele e o tecido muscular apresentam sensibilidade isquêmica
maior( de 4 a 6 horas). Os órgãos abdominais geralmente ficam
entre estes dois grupos e são capazes de sobreviver por 45 a 90
minutos de metabolismo anaeróbico.
TOLERÂNCIA ORGÂNICA À ISQUEMIA

• ÓRGÃO TEMPO DE ISQUEMIA QUENTE

• Coração, cérebro, pulmões 4-6 MINUTOS

• Rins, fígado, trato gastrointestinal. 45-90 MINUTOS

• Músculos, ossos, pele 4-6 HORAS


PRINCIPIO DE FICK
1. Carregamento de oxigênio pelas hemácias no pulmão.
2. Distribuição de hemácias pelas células teciduais.
3. Descarregamento de oxigênio das hemácias para as células teciduais.
AÇÕES NO PRINCIPIO DE FICK
 Manutenção das vias aéreas e ventilação adequadas, fornecendo assim a
quantidade correta de oxigênio ás hemácias.
 Uso criterioso de suplementação com oxigênio como parte da ventilação
do doente.
 Manutenção da circulação adequada, perfundindo assim as células
teciduais com sangue oxigenado.
CLASSIFICAÇÃO DO CHOQUE
CHOQUE HIPOVOLÊMICO.
DISTRIBUTIVO (VASOGÊNICO).
CARDIOGÊNICO.
CHOQUE HIPOVOLÊMICO
A perda aguda de volume sanguíneo, seja por desidratação ou
hemorragia, provoca um desequilíbrio na relação entre o volume
de fluído e o tamanho do compartimento. O compartimento
mantém seu tamanho normal, mas o volume de fluído é
diminuído. O choque hipovolêmico é o mais observado no APH,
e a perda de sangue é, de longe, a causa mais comum, e , a mais
perigosa para o individuo.
CHOQUE HEMORRÁGICO
CHOQUE DISTRIBUTIVO (VASOGÊNICO)
Também conhecido como hipovolemia relativa, devido alguns sinais e sintomas
lembrarem o do choque hipovolêmico a etiologia das duas situações é diferente.
No choque distributivo, há a diminuição na resistência ao fluxo de sangue por causa
do tamanho relativamente maior dos vasos sanguíneos causando assim a hipotensão.
O choque distributivo pode ocorrer em virtude da perda do controle do sistema
nervoso sobre a musculatura lisa que controla o tamanho dos vasos sanguíneos ou da
liberação de substâncias químicas que causam a vasodilatação.
Essa perda de controle pode ser causada por:

TRAUMA DA MEDULA ESPINHAL (NEUROGÊNICO)


SIMPLES DESMAIO (PSICOGÊNICO/VASOVAGAL)
INFECÇÕES GRAVES (SÉPTICO)
REAÇÕES ALÉRGICAS (ANAFILÁTICO)
CHOQUE CARDIOGÊNICO
O choque cardiogênico ou falha na atividade de bombeamento do coração,
resulta de causas que podem ser classificadas como:

Intrínsecas: Resultado da lesão direta do próprio coração.


Extrínsecas: Relacionadas a problemas fora do coração.
CAUSAS INTRINSECAS

IAM (Infarto Agudo do Miocárdio).


Arritmia.
Disfunção Valvular.
CAUSAS EXTRINSECAS

Tamponamento Pericárdico.
Pneumotórax Hipertensivo.
SINAIS ASSOCIADOS AO TIPO DE CHOQUE

SINAIS VITAIS Hipovolêmico Neurogênico Séptico Cardiogênico

Temperatura da pele Fria , pegajosa Quente, seca Fria, pegajosa Fria, pegajosa

Coloração da pele Pálida, Rosada Pálida, rendilhada Pálida, cianótica


cianótico
Pressão Arterial Diminuída Diminuída Diminuída Diminuída

Nível de Consciência Alterado Lúcido Alterado Alterado

Enchimento Capilar Retardado Normal Retardado Retardado


SINAIS E SINTOMAS
Quando há desenvolvimento de choque, a resposta fisiológica provoca sinais
clínicos que indicam que o organismo está tentando compensá-lo.
• Redução do nível de consciência, ansiedade, desorientação, agressividade,
comportamento bizarro.
• Taquicardia, hipotensão
• Taquipneia
• Pele fria, pálida, úmida, cianótica, com preenchimento capilar maior que 2
segundos.
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA:

A primeira etapa na avaliação do doente é


conseguir uma impressão geral, do estado do
individuo. Somente após essa impressão geral é
que se tem tempo para coletar números necessários
a uma avaliação mais especifica.
 Ansiedade leve, que evolui para uma confusão ou alteração do
nível de consciência.
Taquipneia leve, que evolui para ventilação rápida e dificultosa.
Taquicardia leve, que evolui para taquicardia acentuada.
Pulso radial fraco, que desaparece.
Aumento do tempo de preenchimento capilar.
Perda do pulso em extremidades.
Hipotermia.
O socorrista deve tratar imediatamente
problemas de via aérea ventilação ou
circulação antes de prosseguir.
 A (Arway) – Vias aéreas – deve incluir a permeabilidade da via.
 B (Breathing) – Ventilação – nessa fase não se faz a contagem da
frequência respiratória, estima-se se são lentas rápidas ou muito
rápidas.
 C (Circulation) – Circulação- dois componentes são avaliados:
• Hemorragia: Faz se a pesquisa rápida de presença de hemorragia
externa significativa.
• Pulso: Determina se ele está presente na artéria avaliada, considera-se
ele como forte, fraco e filiforme; se está muito rápido ou muito lento;
se é regular ou irregular .
 D (Disabilty) –Estado neurológico – Um sistema que
prontamente ser avaliado no local é a função cerebral. Para
tal utilizamos a Escala de Coma de Glasgow que é um
facilitador para a avaliação rápida.
 E (Exposure) –Exposição- Trata de da exposição do corpo do
individuo para avaliar locais menos óbvios. Essa fase se dá
de forma privativa não em meio a populares ou em vias de
grande movimento.
ESCALA DE COMA DE GLASGOW
´VARIÁVES MELHOR RESPOSTA PONTOS
ABERTURA OCULAR EXPONTÂNEA 4
À VOZ 3
À DOR 2
NENHUMA 1
RESPOSTA VERBAL ORIENTADA 5
CONFUSA 4
PALAVRAS INAPROPRIADAS 3
PALAVRAS INCOMPREENSIVEIS 2
NENHUMA 1
RESPOSTA MOTORA OBEDECE A COMANDOS 6
LOCALIZA A DOR 5
MOVIMENTO DE RETIRADA 4
FLEXÃO NORMAL 3
FLEXÃO ANORMAL 2
NENHUMA 1
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
SINAIS VITAIS:
• Frequência Respiratória
• Pulso
• Pressão Arterial.
TRATAMENTO

As seguintes etapas compõe o tratamento do choque:


1. Garantia da oxigenação (Vias aéreas)
2. Identificação de hemorragias (Controle de
hemorragias externas)
3. Transporte ao centro de atendimento definitivo.
VIA AÉREA:
Deve ser avaliada a via aérea de todos os doentes, os que necessitam de
rápida intervenção são:
Os que não respiram.
Os que apresentam comprometimento evidente de via aérea.
Os que apresentam frequência respiratória maior de 20 rpm
Os que tem respiração ruidosa.
Com a via aérea permeável, os doentes em choque
ou em risco de choque devem receber oxigênio ( o
que inclui quase todos os pacientes traumatizados).
O uso do oxigênio é liberado quando:
• Na presença de oxímetro - Saturação menor que
94%.
• Saturação desconhecida (não possui medidor).
CIRCULAÇÃO:
O controle da óbvia hemorragia externa ocorre imediatamente após o
controle da via aérea e a instituição da oxigenoterapia ou suporte
ventilatório.
As etapas de controle de hemorragias no APH incluem:
• Pressão manual direta.
• Curativos compressivos
• Torniquetes.
TORNIQUETES
Caso uma hemorragia externa em uma extremidade não possa ser controlada
por pressão, a aplicação de um torniquete é a etapa lógica seguinte para o
controle da hemorragia.
O controle de hemorragia com exsanguinação com uso de torniquete é 80%
melhor ou mais.
Usados adequadamente, os torniquetes não são apenas seguros como
também salvam vidas.
LOCAIS DE APLICAÇÃO:
O torniquete deve ser aplicado imediatamente
proximal ao ferimento hemorrágico. Caso um
torniquete não interrompa completamente a
hemorragia, deve se colocar outro proximal ao
primeiro. Não deve se ocluir o local para que
possa facilmente ser visualizado e monitorado.
FORÇA DE APLICAÇÃO:
 O torniquete deve ser apertado o suficiente
para bloquear o fluxo arterial e ocluir o
pulso distal. Um torniquete que oclua
apenas a saída do fluxo venoso, pode causar
o aumento da hemorragia.
LIMITE DE TEMPO:
Os torniquetes podem ser usados com
segurança por até 120 a 150 minutos em salas
cirúrgicas, sem lesões nervosas ou musculares
significantes. Em geral o torniquete colocado
no APH deve permanecer até que o doente
chegue ao local de tratamento.
FERIMENTOS
Ferimento é qualquer lesão ou perturbação
produzida em qualquer tecido por um agente
externo, físico ou químico. Os agentes capazes de
produzir um ferimento podem ser físicos
(mecânico, elétrico, irradiante e térmico) e
químicos (ácidos ou álcalis).
CLASSIFICAÇÃO DOS FERIMENTOS
FERIMENTOS FECHADOS:

Contusão:
São lesões produzidas por objetos contundentes que
danificam o tecido subcutâneo subjacente sem ocorrer
o rompimento da pele, e a mesma se mantém integra..
Os ferimentos fechados podem ser divididos em três grupos:
EDEMA
É a elevação e palidez da pele na área que ocorreu o impacto, que surge de 1 a 3 minutos após
acontecer o trauma.
HEMATOMA
É o extravasamento de sangue entre os tecidos (tecido subcutâneo, fáscia, músculo e órgãos),
com formação de aumento de volume pela ruptura de vasos.
EQUIMOSE
É o extravasamento de sangue no tecido subcutâneo, em consequência à ruptura de capilares,
sem ocorrer o aumento de volume. As equimoses, exceto as espontâneas e as post-mortem,
atestam que ocorreu ação contundente, esse extravasamento forma uma mancha de coloração
preto azulada (característica), que com a progressiva reabsorção vai se modificando.
FERIMENTOS ABERTOS:
É qualquer ferimento onde há rompimentos da
integridade da pele. O ferimento é resultado de
um trauma de alta ou baixa energia, e variam
conforme a superfície de contato com o agente.
TIPOS DE FERIMENTOS ABERTOS
o Ferimento Incisivo/Cortante
É o ferimento produzido pela ação de deslizamento de agentes cortantes, afiados, capazes
de penetrar na pele, onde produzem uma ferida linear com bordas regulares e pouco
traumatizadas.
o Ferimento Corto-Contuso.
È o ferimento causado por objeto com superfície romba, capaz de romper a integridade da
pele, produz feridas com bordas traumatizada, além de contusão nos tecidos, exemplo de
instrumento característico que produz o ferimento corto-contuso é o machado, facões sem
fio, guilhotina, rodas de trem entre outros.
FERIMENTO PERFURANTE
É um ferimento oriundo de trauma de um objeto fino e pontiagudo, que é
capaz de perfurar a pele e tecidos subjacentes, produzindo uma lesão cutânea
puntiforme ou linear de bordas regulares ou não. Os objetos característicos
desse tipo são classificados conforme seu calibre, exemplos:
Calibre pequeno: agulha, espinho, alfinete, prego, entre outros.
Calibre médio: ferro de construção com ponta, flexa roliça, picador de gelo,
entre outros.
FERIMENTO PERFUROCORTANTE

É o ferimento onde o agente de superfície de contato


laminar e pontiagudo, onde a ponta fura e o gume corta.
FERIMENTO PERFUROCONTUSO
É o ferimento onde o agente agressor perfura a pele e é de
superfície romba.
FERIMENTO POR ARMA DE FOGO
É um tipo de ferimento perfurocontusa, podendo ser ou não penetrantes e/ou
transfixantes, geralmente é grave.
FERIMENTO TIPO ESCORIAÇÃO
É o ferimento produzido pelo atrito de uma superfície áspera e
dura contra a pele.
Também conhecido como abrasão, um tipo de queimadura.
FERIMENTO TIPO AVULSÃO OU
AMPUTAÇÃO
É o ferimento o qual a lesão parte do corpo é cortada ou
arrancada, podendo ser membros ou parte de membros,
orelha, nariz, dentes, entre outros.
FERIMENTO TIPO LACERAÇÃO

É o ferimento o qual o mecanismo de ação é a


pressão, ou tração exercida sobre o tecido, no qual
causa lesões irregulares, geralmente são mordidas
de animais.
FERIMENTO TIPO ESMAGAMENTO

É o ferimento o qual o tipo de lesão é


produzido por um objeto de grande porte, ou
com muita força, produzindo compressão e
distorção de todos os planos anatômicos do
indivíduo.
EMPALAMENTO
É quando um objeto é introduzido no corpo com a utilização de força ou
não, e permanece no local.
Não se deve fazer a remoção destes objetos pois não há possibilidade no
APH de se visualizar as lesões causadas por esses objetos.
Deve se manter estes objetos no local, realizar um curativo pra que este
objeto não se movimente e encaminhar o individuo ao SME.
CONDUTAS
Ferimentos abertos em sua maioria apresentam sangramento aberto e
exposição de tecidos já os empalados podem ter um discreto sangramento
mas a preocupação com esse tipo de ferimento é o deslocamento do objeto
empalado pois este objeto pode ser o contensor de uma hemorragia.
Em ferimentos com importante sangramento avaliar se o paciente não possui
hemorragias o que pode levar o individuo ao choque.
O tempo de um paciente ferido na cena deve ser o menor possível, porém
deve se prestar o atendimento correto para o transporte seguro deste
paciente.
QUEIMADURAS
INTRODUÇÃO:
Muitos consideram as queimaduras as mais assustadoras e temidas de todas as
lesões. No dia a adia todos já sofremos queimadura de algum grau e sentimos a
dor e a intensa ansiedade associada mesmo que esta fosse pequena. Queimaduras
são comuns em área agrícola, industrial, civil e militar. Podem variar de pequenas
á catastróficas recobrindo grandes regiões do corpo. Mesmo as queimaduras de
menor gravidade podem resultar em grave incapacidade.
Aproximadamente 20% de todas as vitimas de queimaduras são crianças e 20%
destas crianças as lesões são intencionais, superando o índice de espancamentos
como forma de violência.
“Queimaduras como abusos não são limitadas a
crianças, é comum observar mulheres e idosos
nestas estatísticas”.
PELE
A Pele é o maior órgão do nosso corpo, desempenha diversas
funções complexas entre elas a de proteção ao ambiente externo,
a regulação de fluidos, a termorregulação, a sensibilidade e a
adaptação metabólica. Recobre cerca de 1,5 à 2,0 metros
quadrados em um adulto médio. Possui duas camadas a epiderme
e a derme. A pele dos homens é mais espessa do que a pele das
mulheres, crianças e idosos um apele mais delgada que um adulto
médio.
PROFUNDIDADE DA QUEIMADURA

Estimar a profundidade da queimadura pode ser difícil até para os


mais experiente socorristas. De modo geral uma queimadura que
parece de segundo grau pode ser diagnosticada como de terceiro
em até 48 horas. A primeira vista uma queimadura pode ser
considerada de primeiro grau mas após o desbridamento ela pode
se revelar de terceiro grau.
QUEIMADURAS DE PRIMEIRO GRAU

Atinge a primeira camada da pele (EPIDERME), e são


caracterizadas por serem vermelhas e dolorosas ( exemplo da
queimadura por sol). Geralmente não são significativas, porém as
queimaduras solares extensas podem levar o individuo a
desidratação, sendo necessário por vezes o encaminhamento ao
SME. Essas queimaduras resolvem-se em cerca de uma semana e
não apresenta cicatrizes.
QUEIMADURAS DE SEGUNDO GRAU
Também denominadas de queimaduras de espessura parcial, são aquelas que
envolvem a epiderme e porções variadas da derme subjacentes, podem ser
classificadas como superficiais e profundas, são observadas com a presença de
bolhas, ou áreas desnudas, com aparência brilhante ou base úmida.
Nas queimaduras de espessura parcial, a zona de necrose envolve toda a epiderme
vária profundidades da derme superficial, caso essas lesões não sejam bem tratadas, a
necrose pode progredir para terceiro grau.
A cicatrização das queimaduras superficiais levam de 2 a 3 semanas para a
cicatrização, já as profundas pode ser necessária a intervenção cirúrgica.
QUEIMADURAS DE TERCEIRO GRAU

As queimaduras de terceiro grau podem apresentar diversas aparências, com


maior frequência estes ferimentos são espessos, secos, esbranquiçados, com
aparência semelhante a couro, independente da raça ou da cor da pele do
individuo. Em casos graves a pele aparece chamuscada. As queimaduras de
espessura completa são dolorosas, erroneamente se diz que há a destruição
das terminações nervosas. Os nervos desta área continuam intactos e
continuam a transmitir a sensação de dor nos tecidos lesionados. Esse tipo
de queimadura pode ser debilitante e fatal.
QUEIMADURAS DE QUARTO GRAU

Essas queimaduras atingem não somente os todas as camadas da pele como


também o tecido adiposo, os músculos, ossos ou os órgãos internos.
AVALIAÇÃO E TRATAMENTO
 A B C D E DO TRAUMA.
Via aérea
Respiração
Circulação
Incapacidade
Exposição/Ambiente.
CUIDADOS
Em queimados a remoção de roupas e joias devem ser imediatos devido esses
objetos manterem calor e continuar a causar a lesão, porém se estiver aderido não
deve ser removido corte as roupas e deixe o adereço neste caso.
Pacientes queimados perdem a capacidade de manterem o calor corpóreo e
entram em quadro de hipotermia, devem ser aquecido com manta térmica ou
cobertores.
Realizar avaliação secundária como em qualquer vitima de trauma.
A aparência das queimaduras pode ser dramática; estes ferimentos , porém, tender
a não ser imediatamente fatais. Uma avaliação meticulosa e sistemática deve ser
realizada como em qualquer vitima de trauma.
CURATIVOS
Antes do transporte os ferimentos devem ser cobertos com curativos, onde o
objetivo é impedir a contaminação contínua e o fluxo de ar sobre as feridas,
o que ajuda a controlar a dor. Curativos na forma de tecidos ou toalhas
estéreis são suficientes antes do transporte do doente. Diversas camadas de
cobertores são, então colocadas sobre os tecidos, auxiliando a manutenção
do calor corpóreo.
AVALIAÇÃO DA EXTENSÃO DE QUEIMADURAS
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
URGÊNCIA
Na medicina, ocorrências urgentes precisam de um tratamento
médico, até mesmo uma cirurgia, mas podem apresentar
também um caráter menos imediatista, por exemplo, um
tratamento de câncer, que deve ser feito com urgência, mas não
irá trazer as consequências de imediato. Ainda assim, não deixa
de ser um caso urgente.
EMERGÊNCIA

Na área médica, quando a circunstância exige


que ocorra uma cirurgia ou uma intervenção
médica imediatamente, é um caso de emergência.
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
• Um acidente vascular cerebral (AVC), ás vezes denominado infarto cerebral,
é uma lesão cerebral que ocorre quando o fluxo de sangue para o cérebro é
obstruído e interrompido, fazendo com que as células cerebrais morram.
• Os AVCs são classificados como:
Isquêmicos

Hemorrágicos
AVC ISQUÊMICO / HEMORRÁGICO

Um AVC isquêmico, ocorre quando um trombo ou êmbolo obstrui um vaso


diminuindo o fluxo de sangue para o cérebro. Um trombo é um coágulo de
sangue ou um aplaca de colesterol que se forma em uma artéria, obstruindo
o fluxo de sangue. Um êmbolo é o coágulo ou uma placa que se forma em
outro local do sistema circulatório, se rompe e obstrui o fluxo de sangue
quando fica alojado em uma artéria menor.. Um AVC isquêmico ocorre com
maior frequência que o hemorrágico, que ocorre quando um vaso doente ou
danificado se rompe.
SINAIS E SINTOMAS
Os sinais e sintomas clássicos de um AVC são:
• HEMIPARESIA- ou fraqueza unilateral.
• DESVIO DA VISÃO- os pacientes exibem, com frequência, uma preferência do
olhar para a direção do lado da lesão.
• DISLALIA- dificuldade de fala, apresenta uma fala pastosa devido a diminuição
do tônus da língua.
• DESVIO DE RIMA- vulgarmente conhecido como boca torta, trata-se de uma
hipotonia facial.
AVALIAÇÃO
Ao abordar um possível paciente com distúrbio Neurológio o Socorrista
deve:
 Checar SSVV
Observar perda de tônus muscular e desvios.
 Avaliar ECG (Escala de Coma de Glasgow)
Coletar informações, como, qual foi a última vez vista sem os sintomas,
doenças pré-existentes, medicações em uso etc.
CONDUTA
Ofertar oxigênio em máscara
Encaminhar paciente para o SME o mais rápido possível.
Pacientes com quadro de AVC atendidos com um tempo menor que
3 horas do ocorrido (presenciado), são trombolizados e tendem a
apresentar funcionamento neurológico melhor e taxa de mortalidade
menor
CRISE CONVULSIVA
Uma crise convulsiva ou epilética,é um surto repentino anormal de
descargas neuronais no cérebro que pode acusar perda ou alteração da
consciência, espasmos musculares ou tremores, incontinência, mudanças
comportamentais entre outros sintomas.
São manifestações inespecíficas comuns em lesões ou doenças neurológicas
podem ser classificadas como GENERALIZADA ou FOCAL (parcial).
AVALIAÇÃO
Ao abordar um paciente em crise convulsiva o socorrista deve:
 Manter a calma e das pessoas envolvidas no evento.
Coletar informações sobre doenças pré-existentes, medicações em uso,
data da ultima crise
Observar se não houve trauma associado, assim como sangramentos
FCCs, liberação de esficteres.
CONDUTA
Em pacientes abordados na crise em curso o socorrista deve:
 Lateralizar o paciente afastando objetos em que ele possa colidir e se machucar.
Apoiar a cabeça para que esta não fique colidindo.
Não se deve introduzir nada, na cavidade oral do paciente.
Ofertar oxigênio.
Esperar a crise se finalizar.
Encaminhar o paciente para o SME
No período pós crise onde o paciente apresenta-se sonolento e por vezes
confuso, aguardar para que o mesmo recobre a consciência e o raciocínio.
Esse período é conhecido como pós-ictal e não há um período exato para
findar.
Durante esse período desse falar com o paciente de forma calma
respondendo suas perguntas que por vezes são repetitivas e incoerentes.
Por vezes ao recobrar o raciocínio o paciente apresenta-se envergonhado,
ainda mais quando, houve liberação de esfíncteres; por esse motivo na
primeira oportunidade de encaminhar o paciente à um lugar privado é de
grande valor, no caso de não haver essa possibilidade afastar curiosos
tentando tornar o ambiente o mais privativo possível.
PSICOSE AGUDA
O doente com psicose aguda sofre transtornos de pensamento,
comportamento e percepção, mas não de orientação. Ele pode ter desilusões,
alucinações, problemas de fala, afeto raso ou embotado, retraimento e apatia.
Aproximadamente 50% dos doentes têm um quadro agudo de psicose, este
pode evidenciar um período de saúde mental relativa antes de ocorrer o surto
agudo. Esse período geralmente é caracterizado pelo declínio do
funcionamento do lar, no trabalho e em público. Alguns doentes buscaram
ajuda médica antes do surto ou deixaram o tratamento há algum tempo.
AVALIAÇÃO
Ao abordar um paciente em psicose aguda o socorrista deve:
Verificar cena.
No caso de pacientes agressivos solicitar ajuda, preferencialmente da
policia.
Coletar informações como doenças pré-existentes, tratamentos e outros
episódios anteriores ao atual.
CONDUTAS
Abordar o paciente de forma cautelosa, tentando criar um laço de
confiança.
Verificar SSVV (Se possível)
Encaminhar ao SME
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA
CRÔNICA (DPOC)
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) refere-se a um grupo de doenças
pulmonares que bloqueiam o fluxo de ar, tornando a respiração difícil. Só no
Brasil, cerca de cinco milhões de pessoas sofrem com o problema. É uma doença
lenta, que frequentemente se inicia com discreta falta de ar associada a esforços
como subir escadas, andar depressa ou praticar atividades esportivas. No entanto,
com o passar do tempo, a falta de ar (dispneia) se torna mais intensa e surge
depois de esforços cada vez menores. Nas fases mais avançadas, a falta de ar está
presente mesmo com o doente em repouso e agrava-se muito diante das
atividades mais corriqueiras.
Existem duas formas principais de DPOC. A maioria das pessoas com
DPOC tem uma combinação dessas condições:
Bronquite crônica, que envolve tosse prolongada com muco
Enfisema, que envolve a destruição dos pulmões ao longo do tempo.
O enfisema, parte do quadro de DPOC, provoca a destruição das paredes
frágeis e fibras elásticas dos alvéolos. Isso ocasiona um pequeno colapso das
vias aéreas quando você expira, prejudicando o fluxo de ar para fora de seus
pulmões. Já a bronquite crônica deixa os brônquios inflamados, e por isso
eles passam a produzir mais muco. Isso pode bloquear as ramificações mais
estreitas, causando a dificuldade na respiração. Além disso, seu organismo
desenvolve a tosse crônica, na tentativa de limpar suas vias respiratórias.
ASMA x DPOC

É comum as pessoas confundirem a falta de ar causada pela DPOC com sintomas de


asma, mas as doenças são diferentes. A falta de ar típica da asma oscila, agravando-se
nas crises. Já a falta de ar da DPOC piora com o passar do tempo e não retorna à
situação de normalidade, sendo, assim, progressiva e diária. Além disso, ao contrário
da DPOC, a asma não está diretamente ligada ao tabagismo. O hábito de fumar piora os
sintomas da asma, mas há outras causas envolvidas com a doença. A DPOC, por sua
vez, tem como principal causa o cigarro. Para que alguém desenvolva a DPOC, são
necessários anos inalando fumaça, principalmente do cigarro. Já a asma é uma doença
decorrente da hipersensibilidade a estímulos externos e com fundo genético.
A asma é uma doença inflamatória das  pequenas vias aéreas dos
pulmões (bronquíolos), de causa ainda desconhecida, mas com importante
componente genético. O pulmão do paciente asmático é altamente sensível
e desenvolve ataques de broncoespasmo sempre que exposto a
determinados estímulos ambientais, como pólen, fumaça, poeira, ácaros, ar
frio, etc.
Durante a crise de asma, há uma reação inflamatória das vias aéreas
pulmonares, provocada pelos mesmos mediadores químicos que surgem
nos processos alérgicos. Com a inflamação, os bronquíolos ficam inchados
e se contraem, dificultando a passagem de ar durante a respiração. O
broncoespasmo da asma é temporário, podendo ser revertido com
medicamentos ou espontaneamente com passar do tempo.
Os principais sintomas das asma são falta de ar, tosse e chiado no peito
(sibilos).
AVALIAÇÃO

Ao abordar um paciente com quadro de Asma o socorrista deve atentar para:


Roncos e sibilos
Dispnéia
Tosse
Sinais de doença recente do trato respiratório como, rinorréia, congestão,
cefaleia, faringite e mialgia.
Aperto, desconforto ou dor no tórax.
Ao abordar pacientes com DPOC o socorrista deve se atentar para:
 Dispnéia.
Tosse.
Intolerância a esforços.
Roncos e sibilos.
Tosse produtiva.
Dor ou desconforto torácico.
Ortopnéia
O socorrista poderá notar os seguintes sinais clínicos da
DPOC
Roncos e sibilos.
Frequência respiratória aumentada.
Saturação reduzida de oxigênio
Uso da musculatura acessório
Edema periférico
Roncos grosseiros dispersos.
Os episódios críticos são indicados por:
Saturação inferior a 90%
Taquipnéia (cerca de 30 rpm)
Cianose central ou periférica
Alterações do estado mental.
CONDUTAS
 Verificar SSVV
Realizar anamnese (coletar informações)
Para transportar paciente DPOCitico, elevar cabeceira de maca acima de 45º
Ofertar oxigênio até no máximo 3 lts por minuto, acima disso o gás se torna
tóxico.
No caso de agravamento e insuficiência ventilatória pela exaustão do
paciente deve se utilizar a Bolsa Valva Mascara.
IAM
O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) se dá por uma oclusão da artéria
coronária, através da formação de um coágulo ou placa de ateroma,
diminuindo o fluxo sanguíneo e levando parte do miocárdio à um processo
de necrose. A extensão da necrose depende de fatores como o calibre da
artéria acometida, tempo de evolução da obstrução e desenvolvimento de
circulação colateral.
Os fatores que predispõem o IAM estão relacionados à idade, colesterol alto,
diabetes, tabagismo, obesidade e fatores hereditários.
AVALIAÇÃO
Ao abordar um paciente com possível síndrome coronariana aguda o socorrista deve
observar os seguintes sinais:
Dor torácica persistente, de início súbito e forte intensidade, localizada sobre a
região esternal com irradiação para o braço esquerdo e mandíbula.
Sudorese.
Náuseas, vômito.
Palidez.
Síncope.
CONDUTAS

Verificar SSVV.
Ofertar oxigênio.
Evitar que o paciente realize esforços.
Manter vigilância constante sobre o paciente.
Encaminhar paciente com brevidade para o SME
HIPERTENSÃO
Hipertensão, usualmente chamada de pressão alta, é ter a pressão
arterial, sistematicamente, igual ou maior que 14 por 9. A pressão
se eleva por vários motivos, mas principalmente porque os vasos
nos quais o sangue circula se contraem. O coração e os vasos
podem ser comparados a uma torneira aberta ligada a vários
esguichos. Se fecharmos a ponta dos esguichos a pressão lá
dentro aumenta. O mesmo ocorre quando o coração bombeia o
sangue. Se os vasos são estreitados a pressão sobe.
A pressão alta ataca os vasos, coração, rins e cérebro. Os vasos
são recobertos internamente por uma camada muito fina e
delicada, que é machucada quando o sangue está circulando com
pressão elevada. Com isso, os vasos se tornam endurecidos e
estreitados podendo, com o passar dos anos, entupir ou romper.
Quando o entupimento de um vaso acontece no coração, causa a
angina que pode ocasionar um infarto. No cérebro, o entupimento
ou rompimento de um vaso, leva ao "derrame cerebral" ou AVC.
Nos rins podem ocorrer alterações na filtração até a paralisação
dos órgãos. Todas essas situações são muito graves e podem ser
evitadas com o tratamento adequado, bem conduzido por
médicos.
Pressão alta é uma doença "democrática". Ataca homens e mulheres,
brancos e negros, ricos e pobres, idosos e crianças, gordos e magros,
pessoas calmas e nervosas.
A Hipertensão é muito comum, acomete uma em cada quatro pessoas
adultas. Assim, estima-se que atinja em torno de, no mínimo, 25 % da
população brasileira adulta, chegando a mais de 50% após os 60 anos e
está presente em 5% das crianças e adolescentes no Brasil. É
responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos
de insuficiência renal terminal. As graves consequências da pressão
alta podem ser evitadas, desde que os hipertensos conheçam sua
condição e mantenham-se em tratamento com adequado controle da
pressão.
AVALIAÇÃO
Ao abordar um paciente com possível crise hipertensiva o socorrista deve se
atentar para:
Cefaléia ( Dor de cabeça)
Cervicalgia ( Dor na nuca)
Vertigens ( Tonturas)
Fadiga ( Cansaço)
Dispnéia (Dificuldade em respirar)
Epistaxe (Sangramento pelo nariz)
CONDUTA
Verificar SSVV
 Em casos de epistaxe comprimir as narinas.
Observar sinais de hipotonia e desvios (possível AVC).
Encaminhar paciente para o SME.
HIPOTENSÃO
Hipotensão, ou pressão baixa, significa que a sua pressão arterial é mais
baixa do que o esperado. Na maioria dos adultos saudáveis, a pressão baixa
não causa problemas ou sintomas. Em alguns casos, ela pode até ser normal.
Por exemplo, as pessoas que se exercitam regularmente podem ter uma
pressão arterial mais baixa do que pessoas que são sedentárias.
Mas se a pressão arterial cai subitamente ou causa sintomas como tontura e
desmaio, pode ser um problema de saúde.
TIPOS DE HIPOTENSÃO
HIPOTENSÃO POSTURAL OU
ORTOSTÁTICA
É uma queda súbita da pressão arterial quando a pessoa se levanta de uma
posição sentada ou deitada. Normalmente, a gravidade faz com que o sangue
se acumule nas pernas quando a pessoa se levanta rapidamente. O corpo
compensa isso aumentando sua frequência cardíaca e contraindo os vasos
sanguíneos, garantindo sangue suficiente indo para o cérebro.
Em pessoas com hipotensão ortostática, esse mecanismo de compensação
falha e a pressão arterial cai, levando a sintomas como tonturas, vertigens,
visão turva e até mesmo desmaios.
HIPOTENSÃO PÓS PRANDIAL
Hipotensão pós-prandial é uma queda da pressão arterial após a ingestão de
grandes refeições (almoço e jantar). Ela afeta principalmente adultos mais
velhos. Assim como a gravidade puxa o sangue para o seu pé, uma grande
quantidade de sangue flui para o seu aparelho digestivo depois de uma refeição.
Normalmente, o corpo compensa isso aumentando sua frequência cardíaca e
contraindo determinados vasos sanguíneos para ajudar a manter a pressão
arterial normal. Mas em algumas pessoas esses mecanismos falham, levando a
tonturas, desmaios e quedas.
HIPOTENSÃO NEURAL MEDIADA
Esse distúrbio faz com que a pressão arterial a caia após a pessoa ficar de pé por longos períodos. Isso
causa sintomas como tonturas, náuseas e desmaios. A hipotensão neural mediada afeta principalmente
os jovens, e parece ocorrer devido a uma falha de comunicação entre o coração e o cérebro.
Quando você fica em pé por longos períodos, a pressão arterial cai e se concentra nas pernas.
Normalmente o seu cérebro, em seguida, envia uma mensagem para seu corpo fazer os ajustes a fim
de normalizar a pressão arterial.
Em pessoas com hipotensão neural mediada, essa mensagem cerebral é equivocada. Quando o cérebro
percebe que o coração está bombeando mais rápido, a fim de compensar a pressão baixa, acredita na
verdade que a frequência cardíaca está alta demais. Como resultado, o cérebro diminui a frequência
cardíaca e reduz a pressão sanguínea ainda mais. Isso faz com que mais sangue se acumule nas pernas
e menos sangue para chega ao cérebro, levando a tonturas e desmaios.
AVALIAÇÃO
Ao abordar um paciente com possível hipotensão o socorrista deve observar:
Tonturas, vertigens ou desmaio
Batimento cardíaco rápido ou irregular
Náuseas e vômitos
Sentir mais sede do que o habitual
Visão embaçada
Fraqueza
Confusão
Cansaço
Pele fria e pegajosa
Respiração ofegante
Fezes negras
Febre.
CONDUTA
 Verificar SSVV
Coletar informações como doenças pré-existentes, medicações em uso, queixas
anteriores.
Buscar por sangramentos ou sinais de hemorragia.
Elevar membros inferiores.
Encaminhar ao SME.
Não se deve elevar os membros inferiores em caso de trauma ou sangramento na
cabeça, pois aumenta o sangramento.
HIPOGLICEMIA
A glicose é o principal combustível para o metabolismo do
organismo e seus órgãos, principalmente o cérebro. A
hipoglicemia é definida por níveis sanguíneos de glicose
inferiores a 70 mg/dl.
As manifestações clinicas da hipoglicemia costumam evoluir
rapidamente e se não forem revertida rapidamente pode causar
lesões ou até mesmo a morte do indivíduo.
HIPOGLICEMIA EM DOENTES NÃO
DIABÉTICOS
Os pacientes sem história de diabetes podem apresentar dois tipos
de hipoglicemia, a de jejum e a pós-prandial.
A hipoglicemia de jejum geralmente é o resultado entre a
utilização e a produção de glicose.
A hipoglicemia pós-prandial é caracterizada por hiperinsulinismo
alimentar e ocorre geralmente em pacientes submetidos a
cirurgias gástricas.
AVALIAÇÃO
Ao abordar um paciente os seguintes sinais ajudam no diagnóstico da hipoglicemia.
Sudorese
Tremores
Confusão e nervosismo.
Taquicardia
Rebaixamento do nível de consciência
Convulsões
Coma
CONDUTA
Verificar SSVV (Glicosimetria)
Acionar sistema de emergência ou deslocar com paciente com brevidade
ao PA mais próximo, devido a necessidade de intervenção médica nesse
quadro.
Se paciente consciente, ofertar frutas ou algo rico em glicose(doce)
preferencialmente liquido para uma rápida absorção se o paciente estiver
consciente.

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