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INTRODUÇÃO
Embora o choque em consequência de trauma seja reconhecido há mais
de três séculos, as definições, em 1872, de Samuel Gross como “um
desarranjo grosseiro da vida” e de John Collins como “ uma pausa
momentânea no ato da morte”, enfatizam seu papel central contínuo
como causa importante de morbidade e mortalidade no doente
traumatizado.
No ambiente pré-hospitalar, o desfio terapêutico imposto pelo doente em
choque é composto pela necessidade de avaliar e tratar tais indivíduos em
um ambiente relativamente primitivo e ocasionalmente perigoso.
DEFINIÇÃO:
Embora tenha muitas definições o choque é quase sempre considerado um
estado de hipoperfusão celular generalizada no qual a liberação de
oxigênio no nível celular é inadequada para a tender as necessidades
metabólicas.
A definição correta de choque é a ausência de perfusão tecidual
(oxigenação) em nível celular, levando ao metabolismo anaeróbico e a
perda da produção de energia necessária a vida.
FISIOLOGIA:
Tamponamento Pericárdico.
Pneumotórax Hipertensivo.
SINAIS ASSOCIADOS AO TIPO DE CHOQUE
Temperatura da pele Fria , pegajosa Quente, seca Fria, pegajosa Fria, pegajosa
Contusão:
São lesões produzidas por objetos contundentes que
danificam o tecido subcutâneo subjacente sem ocorrer
o rompimento da pele, e a mesma se mantém integra..
Os ferimentos fechados podem ser divididos em três grupos:
EDEMA
É a elevação e palidez da pele na área que ocorreu o impacto, que surge de 1 a 3 minutos após
acontecer o trauma.
HEMATOMA
É o extravasamento de sangue entre os tecidos (tecido subcutâneo, fáscia, músculo e órgãos),
com formação de aumento de volume pela ruptura de vasos.
EQUIMOSE
É o extravasamento de sangue no tecido subcutâneo, em consequência à ruptura de capilares,
sem ocorrer o aumento de volume. As equimoses, exceto as espontâneas e as post-mortem,
atestam que ocorreu ação contundente, esse extravasamento forma uma mancha de coloração
preto azulada (característica), que com a progressiva reabsorção vai se modificando.
FERIMENTOS ABERTOS:
É qualquer ferimento onde há rompimentos da
integridade da pele. O ferimento é resultado de
um trauma de alta ou baixa energia, e variam
conforme a superfície de contato com o agente.
TIPOS DE FERIMENTOS ABERTOS
o Ferimento Incisivo/Cortante
É o ferimento produzido pela ação de deslizamento de agentes cortantes, afiados, capazes
de penetrar na pele, onde produzem uma ferida linear com bordas regulares e pouco
traumatizadas.
o Ferimento Corto-Contuso.
È o ferimento causado por objeto com superfície romba, capaz de romper a integridade da
pele, produz feridas com bordas traumatizada, além de contusão nos tecidos, exemplo de
instrumento característico que produz o ferimento corto-contuso é o machado, facões sem
fio, guilhotina, rodas de trem entre outros.
FERIMENTO PERFURANTE
É um ferimento oriundo de trauma de um objeto fino e pontiagudo, que é
capaz de perfurar a pele e tecidos subjacentes, produzindo uma lesão cutânea
puntiforme ou linear de bordas regulares ou não. Os objetos característicos
desse tipo são classificados conforme seu calibre, exemplos:
Calibre pequeno: agulha, espinho, alfinete, prego, entre outros.
Calibre médio: ferro de construção com ponta, flexa roliça, picador de gelo,
entre outros.
FERIMENTO PERFUROCORTANTE
Hemorrágicos
AVC ISQUÊMICO / HEMORRÁGICO
Verificar SSVV.
Ofertar oxigênio.
Evitar que o paciente realize esforços.
Manter vigilância constante sobre o paciente.
Encaminhar paciente com brevidade para o SME
HIPERTENSÃO
Hipertensão, usualmente chamada de pressão alta, é ter a pressão
arterial, sistematicamente, igual ou maior que 14 por 9. A pressão
se eleva por vários motivos, mas principalmente porque os vasos
nos quais o sangue circula se contraem. O coração e os vasos
podem ser comparados a uma torneira aberta ligada a vários
esguichos. Se fecharmos a ponta dos esguichos a pressão lá
dentro aumenta. O mesmo ocorre quando o coração bombeia o
sangue. Se os vasos são estreitados a pressão sobe.
A pressão alta ataca os vasos, coração, rins e cérebro. Os vasos
são recobertos internamente por uma camada muito fina e
delicada, que é machucada quando o sangue está circulando com
pressão elevada. Com isso, os vasos se tornam endurecidos e
estreitados podendo, com o passar dos anos, entupir ou romper.
Quando o entupimento de um vaso acontece no coração, causa a
angina que pode ocasionar um infarto. No cérebro, o entupimento
ou rompimento de um vaso, leva ao "derrame cerebral" ou AVC.
Nos rins podem ocorrer alterações na filtração até a paralisação
dos órgãos. Todas essas situações são muito graves e podem ser
evitadas com o tratamento adequado, bem conduzido por
médicos.
Pressão alta é uma doença "democrática". Ataca homens e mulheres,
brancos e negros, ricos e pobres, idosos e crianças, gordos e magros,
pessoas calmas e nervosas.
A Hipertensão é muito comum, acomete uma em cada quatro pessoas
adultas. Assim, estima-se que atinja em torno de, no mínimo, 25 % da
população brasileira adulta, chegando a mais de 50% após os 60 anos e
está presente em 5% das crianças e adolescentes no Brasil. É
responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos
de insuficiência renal terminal. As graves consequências da pressão
alta podem ser evitadas, desde que os hipertensos conheçam sua
condição e mantenham-se em tratamento com adequado controle da
pressão.
AVALIAÇÃO
Ao abordar um paciente com possível crise hipertensiva o socorrista deve se
atentar para:
Cefaléia ( Dor de cabeça)
Cervicalgia ( Dor na nuca)
Vertigens ( Tonturas)
Fadiga ( Cansaço)
Dispnéia (Dificuldade em respirar)
Epistaxe (Sangramento pelo nariz)
CONDUTA
Verificar SSVV
Em casos de epistaxe comprimir as narinas.
Observar sinais de hipotonia e desvios (possível AVC).
Encaminhar paciente para o SME.
HIPOTENSÃO
Hipotensão, ou pressão baixa, significa que a sua pressão arterial é mais
baixa do que o esperado. Na maioria dos adultos saudáveis, a pressão baixa
não causa problemas ou sintomas. Em alguns casos, ela pode até ser normal.
Por exemplo, as pessoas que se exercitam regularmente podem ter uma
pressão arterial mais baixa do que pessoas que são sedentárias.
Mas se a pressão arterial cai subitamente ou causa sintomas como tontura e
desmaio, pode ser um problema de saúde.
TIPOS DE HIPOTENSÃO
HIPOTENSÃO POSTURAL OU
ORTOSTÁTICA
É uma queda súbita da pressão arterial quando a pessoa se levanta de uma
posição sentada ou deitada. Normalmente, a gravidade faz com que o sangue
se acumule nas pernas quando a pessoa se levanta rapidamente. O corpo
compensa isso aumentando sua frequência cardíaca e contraindo os vasos
sanguíneos, garantindo sangue suficiente indo para o cérebro.
Em pessoas com hipotensão ortostática, esse mecanismo de compensação
falha e a pressão arterial cai, levando a sintomas como tonturas, vertigens,
visão turva e até mesmo desmaios.
HIPOTENSÃO PÓS PRANDIAL
Hipotensão pós-prandial é uma queda da pressão arterial após a ingestão de
grandes refeições (almoço e jantar). Ela afeta principalmente adultos mais
velhos. Assim como a gravidade puxa o sangue para o seu pé, uma grande
quantidade de sangue flui para o seu aparelho digestivo depois de uma refeição.
Normalmente, o corpo compensa isso aumentando sua frequência cardíaca e
contraindo determinados vasos sanguíneos para ajudar a manter a pressão
arterial normal. Mas em algumas pessoas esses mecanismos falham, levando a
tonturas, desmaios e quedas.
HIPOTENSÃO NEURAL MEDIADA
Esse distúrbio faz com que a pressão arterial a caia após a pessoa ficar de pé por longos períodos. Isso
causa sintomas como tonturas, náuseas e desmaios. A hipotensão neural mediada afeta principalmente
os jovens, e parece ocorrer devido a uma falha de comunicação entre o coração e o cérebro.
Quando você fica em pé por longos períodos, a pressão arterial cai e se concentra nas pernas.
Normalmente o seu cérebro, em seguida, envia uma mensagem para seu corpo fazer os ajustes a fim
de normalizar a pressão arterial.
Em pessoas com hipotensão neural mediada, essa mensagem cerebral é equivocada. Quando o cérebro
percebe que o coração está bombeando mais rápido, a fim de compensar a pressão baixa, acredita na
verdade que a frequência cardíaca está alta demais. Como resultado, o cérebro diminui a frequência
cardíaca e reduz a pressão sanguínea ainda mais. Isso faz com que mais sangue se acumule nas pernas
e menos sangue para chega ao cérebro, levando a tonturas e desmaios.
AVALIAÇÃO
Ao abordar um paciente com possível hipotensão o socorrista deve observar:
Tonturas, vertigens ou desmaio
Batimento cardíaco rápido ou irregular
Náuseas e vômitos
Sentir mais sede do que o habitual
Visão embaçada
Fraqueza
Confusão
Cansaço
Pele fria e pegajosa
Respiração ofegante
Fezes negras
Febre.
CONDUTA
Verificar SSVV
Coletar informações como doenças pré-existentes, medicações em uso, queixas
anteriores.
Buscar por sangramentos ou sinais de hemorragia.
Elevar membros inferiores.
Encaminhar ao SME.
Não se deve elevar os membros inferiores em caso de trauma ou sangramento na
cabeça, pois aumenta o sangramento.
HIPOGLICEMIA
A glicose é o principal combustível para o metabolismo do
organismo e seus órgãos, principalmente o cérebro. A
hipoglicemia é definida por níveis sanguíneos de glicose
inferiores a 70 mg/dl.
As manifestações clinicas da hipoglicemia costumam evoluir
rapidamente e se não forem revertida rapidamente pode causar
lesões ou até mesmo a morte do indivíduo.
HIPOGLICEMIA EM DOENTES NÃO
DIABÉTICOS
Os pacientes sem história de diabetes podem apresentar dois tipos
de hipoglicemia, a de jejum e a pós-prandial.
A hipoglicemia de jejum geralmente é o resultado entre a
utilização e a produção de glicose.
A hipoglicemia pós-prandial é caracterizada por hiperinsulinismo
alimentar e ocorre geralmente em pacientes submetidos a
cirurgias gástricas.
AVALIAÇÃO
Ao abordar um paciente os seguintes sinais ajudam no diagnóstico da hipoglicemia.
Sudorese
Tremores
Confusão e nervosismo.
Taquicardia
Rebaixamento do nível de consciência
Convulsões
Coma
CONDUTA
Verificar SSVV (Glicosimetria)
Acionar sistema de emergência ou deslocar com paciente com brevidade
ao PA mais próximo, devido a necessidade de intervenção médica nesse
quadro.
Se paciente consciente, ofertar frutas ou algo rico em glicose(doce)
preferencialmente liquido para uma rápida absorção se o paciente estiver
consciente.