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A violência contra as mulheres

Disponível em:
http://www.compromissoeatitude.org.br/d
ados-e-estatisticas-sobre-violencia-contra-
as-mulheres/
Temas propostos
• Apresentar dados do período da pandemia;
• Onde denunciar;
• Subnotificação;
• Onde denunciar;
• Prevenção;
• Ciclo da violência;
• Cartilhas com orientações da Policia Civil e do Poder
Público;
• Lei Maria da Penha.
• Estatísticas;
• Feminicídio - conceitos
Violência contra a mulher em tempos de
pandemia
• No estado de SP – houve aumento de 44,9%
no número de ocorrências. (PMSP).
• Dados do Fórum Brasileiro de Segurança
Pública de 20/04/20 -
• 6775 para 9817 casos – na comparação com
março de 2019.
• Feminicídios – aumento de 46,3% no mesmo
período. 13 para 19
Violência contra a mulher em tempos de
pandemia
• No RN – lesão dolosa aumentou 34,1% e
54,3% no número de ameaças.
- As notificações de estupro de mulheres e
vulneráveis dobraram – em relação a março de
2019.
- Os feminicídios quintuplicaram;
- No RJ com poucos dias de isolamento – 50%+
- França 30% +, Sigapura 33%, 25% Argentina, EUA,
RU, Canadá etc.
Violência contra a mulher em tempos de
pandemia
- O FBSP – analisa as redes sociais;
- Relatos de brigas – aumento de 431% ( 52 mil
postagens);
- 25% das postagens ocorreram sextas-feiras;
- 53% das postagens ocorreram de noite
madrugada;
- 67% das postagens foram feitas por mulheres;
Violência contra a mulher em tempos de
pandemia
- Subnotificação:
- dificuldade de acesso (delegacias);
- isolamento;
- medo do contágio;
- medo de denunciar devido a proximidade com
o parceiro;
- vergonha da família e da sociedade.
Violência contra a mulher em tempos de
pandemia
- Onde denunciar:
- Deleg. Esp. de Crimes contra a Mulher em Santa
Luzia-MG – Av. Brasília, 3350. São Benedito.
- Disque no 180 – (Central de Atendimento à
Mulher - MMFDH;
- Lei 11340/2006;
- Penas para violência: moral, física, patrimonial,
psicológica e sexual.
Violência contra a mulher
- Analise como o parceiro fala com você;
- Fique atenta ao ciúme excessivo;
- Atente-se para comportamentos possessivos;
- Observe como o companheiro trata os pais;
- Ignore as desculpas e denuncie;
- Adote um política de tolerância zero quanto a
intimidação e qualquer manifestação de violência;
- Informe pessoas próximas dos fatos;
- Encerre o relacionamento ao identificar algum
desses sinais apontados; ( CDH da Cam. Ver. de
Goiânia)
Violência contra a mulher
- Evitar ficar sozinha com o agressor;
- Cuide-se em relação a objetos perigosos;
- Ensine as crianças a se afastarem para pedir ajuda;
- Salve telefones de emergência; (190; 180)
- Separe roupas e objetos em lugar seguro em caso
de necessidade de sair de casa;
- Guarde cópia de documentos importantes;
- Compartilhe sua situação com pessoas próximas;
Violência contra a mulher
- se tiver carro, tenha chave reserva em fácil acesso;
- procure imediatamente uma delegacia;
- em caso de ameaças ou perturbações pelo
telefone anote dia e hora; ( provas)
- caso exista algum objeto leve como prova;
- caso as ameaças persistam recorra a mesma
delegacia onde foi feito o 1º registro para as
medidas legais; ( distanciamento e prisão). ( PC do
DF)
Violência contra a mulher em tempos de
pandemia

É POSSÍVEL PREVINIR?
Violência contra a mulher
• CICLO DA VIOLÊNCIA:

• VOCÊ SABE IDENTIFICÁ-LO?

• ACESSE O SITE DO INSTITUTO MARIA DA PENHA


• www.institutomariadapenha.org.br

• PSICÓLOGA (EUA) – LENORA WALKER


Violência contra a mulher
• CICLO DA VIOLÊNCIA:
• Aumento da tensão – 1ª momento
• Agressor tenso, irritado por nada, quebra objetos;
• A vítima não revida e inicia a tristeza, medo,
ansiedade;
• A vítima nega a gravidade e evita compartilhar e
se culpa ou justifica o fato “ ele teve um dia
difícil”;
• Pode durar anos e aumenta...
Violência contra a mulher
• ATO DE VIOLÊNCIA – 2º momento
• Ocorre a explosão do agressor e o ato violento;
• A tensão acumulada na fase anterior se materializa.
(FiPsSePaMo);
• Vítima fica paralisada mesmo vendo a gravidade;
• Ocorre insônia, perda de peso, fadiga, medo, ódio
solidão, vergonha, dor, confusão etc.
• A vítima: pede ajuda, denuncia, tenta separação,
ou até comete suicídio.
Violência contra a mulher
• ARREPENDIMENTO E COMPORTAMENTO CARINHOSO
– 3º momento
• Nomeada “lua de mel”. O agressor se torna amável e
pede reconciliação;
• A mulher se sente confusa, pensa na sociedade e nos
filhos;
• Acata o pedido, ocorre um período de calmaria,
estreita a dependência com ao agressor, ocorrem
sentimentos de + e - . Por fim, a tensão volta e as
agressões reiniciam. (1ª momento).
Violência contra a mulher
- Lei 11.340/2006 – LMP

- Tipifica e define a violência familiar e doméstica


contra a mulher;
- Estabelece as formas de violência: FiPsSePaMo;
- A violência independe da orientação sexual;
- A renuncia da denuncia só ocorre na frente do juiz;
- Ficam proibidas penas pecuniárias (multas ou CB);
- Determina a prisão preventiva quando houver risco;
Violência contra a mulher
- Altera a lei de execuções para obrigar o
comparecimento obrigatório do agressor a
programas de recuperação e reeducação;
- Determina a criação de juizados especiais;
- Caso a violência seja cometida contra mulher
deficiente a pena aumenta um terço;
- 48h para efetivar medidas protetivas;

- Pena: 3 meses a 3 anos de detenção! ( CNJ ).


A casa como o lugar mais inseguro para a
mulher
• 48% das mulheres agredidas declaram que a violência
aconteceu em sua própria residência (PNAD/IBGE,
2009). n= 362.555

• Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

• 56% dos homens admitem que já cometeram alguma


dessas formas de agressão: xingou, empurrou, agrediu
com palavras, deu tapa, deu soco, impediu de sair de
casa, obrigou a fazer sexo. (PNAD/IBGE, 2009).
A cada cinco minutos duas mulheres são
agredidas
 A pesquisa “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e
privado”:

• entrevistou 2.365 mulheres e 1.181 homens em 25 estados com


mais de 15 anos (2010);

• O resultado divulgado pela Agência Estado, foi obtido por meio de


uma projeção média para a população total e confirma relatórios
já divulgados pela ONU, que afirmam que a violência doméstica é
a que mais faz vítimas no mundo. (PORTAL BRASIL, 2014).

Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/governo/2011/02/cinco-mulheres-


sao-agredidas-a-cada-dois-minutos-no-brasil>
A casa como o lugar mais inseguro para a
mulher

• 3 em cada 5 mulheres jovens já sofreram


violência em relacionamentos:

(Instituto Avon em parceria com o Data Popular


)
A casa como o lugar mais inseguro para a
mulher

• 77% das mulheres que relatam viver em situação de violência


sofrem agressões semanal ou diariamente. (DISQUE 180);

• Em mais de 80% dos casos, a violência foi cometida por


homens com quem as vítimas têm ou tiveram algum vínculo
afetivo: atuais ou ex-companheiros, cônjuges, namorados ou
amantes das vítimas.

• Central de Atendimento à Mulher, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da


Presidência da República (Disque 180)
A casa como o lugar mais inseguro para a
mulher
• Nos 10 primeiros meses de 2015, houve: 63.090
denúncias de violência contra a mulher;

• 31.432 (49,82%) corresponderam a denúncias de


violência física;
• 19.182 (30,40%) de violência psicológica (cárcere,
chantagem, exploração);
• 4.627 (7,33%) de violência moral (calúnia,
difamação, injúria)
(Disque 180) disponivel em: http//www.planalto,gov.bt/ccivil_03/_at
A casa como o lugar mais inseguro para a
mulher

• 1.382 (2,19%) de violência patrimonial;

• 3.064 de violência sexual (4,86%);

• 3.071 de cárcere privado (1,76%);

• 332 envolvendo tráfico (0,53%).

• 77,83% das vítimas possuíam filhos (as) e que 80,42% desses


(as) filhos(as) presenciaram ou sofreram a violência;
O que é o Feminicídio?
• Perseguição e morte intencional de pessoas
do sexo feminino é crime hediondo no Brasil. 
• Origem "genenocídio", assassinato massivo de
um determinado tipo de gênero sexual. 
• O feminicídio é a forma extrema de misoginia,
• Misoginia: miso (odeio) e gyne (mulher),
acrescidos ao sufixo “-ia” que significa uma
qualidade ou ação.
Tipos de Feminicídio
 
• Feminicídio íntimo: quando há uma relação de afeto ou
de parentesco entre a vítima e o agressor;
• Feminicídio não íntimo: quando não há uma relação de
afeto ou de parentesco entre a vítima e o agressor,
mas o crime é caracterizado por haver violência ou
abuso sexual; 
• Feminicídio por conexão: quando uma mulher, na
tentativa de intervir, é morta por um homem que
desejava assassinar outra mulher;
Feminicídio
• Dos 4.762 homicídios de mulheres registrados em 2013,
50,3% foram cometidos por familiares, a maioria desses
crimes (33,2%) cometidos por parceiros ou ex-parceiros;

• Isso significa que a cada 7 feminicídios, 4 foram praticados por


pessoas que tiveram ou tinham relações íntimas e de afeto
com a mulher. (BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013).
Feminicídio
• A violência doméstica e familiar é a principal forma de
violência letal praticada contra as mulheres no Brasil.

• O Mapa da Violência 2015 também mostra que o número de


mortes violentas de mulheres negras aumentou 54% em dez
anos, passando de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013. No
mesmo período, a quantidade anual de homicídios de
mulheres brancas diminuiu 9,8%, caindo de 1.747, em 2003,
para 1.576, em 2013.

(BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013)


Violência sexual 
• Em 2011, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan),
do Ministério da Saúde, registrou 12.087 casos de estupro no Brasil;

• Em 2013, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) levou a campo um 


questionário sobre vitimização, no âmbito do Sistema de Indicadores de Percepção
Social (SIPS), que continha algumas questões sobre violência sexual.

• A partir das respostas, estimou-se que a cada ano no Brasil 0,26% da população


sofre violência sexual, o que indica que haja anualmente 527 mil tentativas ou
casos de estupros consumados no país, dos quais 10% são reportados à polícia. 

• Segundo o 8º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) de 2014,


houveram 50.320 estupros foram registrados no País em 2013.
Mulheres se sentem mais desrespeitadas e des
protegidas, revela pesquisa do

DataSenado
A pesquisa do DataSenado, foi realizada de 24 de junho a 7 de julho de 2015, e ouviu
1.102 brasileiras que foram ouvidas sobre violência doméstica e familiar contra a
mulher. O trabalho é feito desde 2005, a cada dois anos, com mulheres de todos os
estados do país.

•Uma em cada 5 mulheres no Brasil já foi espancada pelo marido, companheiro,


namorado ou ex.

•Apesar de 100% das brasileiras conhecerem a Lei Maria da Penha, promulgada há 9


anos, ainda se sentem desrespeitadas.

•MOTIVOS: Ciúmes e bebida aparecem como as principais causas da violência, e


vitimou 18% das mulheres brasileiras.  Aumentaram os registros de violência
psicológica e diminuiu a sensação de proteção.

(Senado Notícias – 11/08/2015)


Percepção da população sobre a violência contra as mulheres

• Pesquisa realizada pelo Data Popular e Instituto


Patrícia Galvão revelou que 98% dos brasileiros
conhecem, a Lei Maria da Penha e 86% acham
que as mulheres passaram a denunciar mais os
casos de violência doméstica após a Lei.

• Para 70% dos entrevistados, a mulher sofre mais


violência dentro de casa do que em espaços
públicos.
LEI MARIA DA PENHA
• a Lei 11.340,
• http://www.politize.com.br/tudo-sobre-a-lei-
maria-da-penha/
;

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