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10TCOM - Economia

Módulo 2 – Agentes económicos e atividades


económicas

1. Os agentes económicos
1.1 Noção e funções

1 Profª Alexandra Roldão


Ao observarmos a realidade económica, damo-nos
conta que esta é formada por muitos intervenientes, e
que estes se relacionam uns com os outros.
Ex: trabalhando, prestando serviços, consumindo ou
poupando.
Estes intervenientes chamam-se agentes económicos

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Noção de agente económico
Qualquer indivíduo ou entidade que intervém na
atividade económica desempenhando, pelo menos,
uma função económica.

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Um agente económico pode desempenhar uma ou mais
funções na atividade económica.
Exemplo: uma família pode trabalhar numa empresa,
consumir bens e serviços, depositar as suas poupanças
no banco, pedir um empréstimo para comprar uma
casa, etc.

 Todos nós somos agentes económicos. Até uma criança


desempenha uma função económica, a de consumidor.

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Classificação dos agentes económicos
É habitual classificarem-se os agentes económicos de
acordo com a sua principal função.
Assim, podemos referir:
• Famílias – a sua principal função é consumirem bens e
serviços.

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Empresas – sua principal função é produzir bens e
prestar serviços.

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Estado – tem como principal função satisfazer as
necessidades coletivas e redistribuir o rendimento.

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Resto do Mundo – conjunto de relações económicas
que acontecem entre residentes de diferentes
economias.

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1.2 A atividade económica
Para que os bens satisfaçam as nossas necessidades,
têm de passar por transformações, ou seja, têm de ser
produzidos.

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Atividade Económica - Definição
A atividade económica é o conjunto de
procedimentos que se destinam à obtenção de bens e
serviços necessários à satisfação das necessidades do
Homem.

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Os bens têm de ser produzidos porque não se encontram
na Natureza de forma livre, e por isso precisam ser
transformados.
 A finalidade da produção é o consumo.
Para que os bens sejam consumidos, é necessário que
exista distribuição.

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O que é a Distribuição?
É a atividade que estabelece a ligação entre a produção
e o consumo.

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A venda do resultado da produção gera um rendimento
que será repartido por todos os agentes económicos,
através da remuneração (pagamentos).
Esta atividade chama-se repartição de rendimentos,
cabendo:
 Os salários aos trabalhadores;
 Os lucros aos empresários;
 As rendas aos proprietários de imóveis;
 Os juros aos proprietários de capital sob a forma de
dinheiro.

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Que sucede aos rendimentos obtidos?
 Com os rendimentos obtidos, os agentes económicos
vão adquirir os bens e serviços que necessitam para
satisfazer as suas necessidades, isto é;
Consumir, podendo ainda parte destes rendimentos ser
direcionada para poupança.

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Resumindo:

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Atividade
1. Em que consiste a produção?
2. Explique o sentido da seguinte afirmação:
« as atividades económicas complementam-se entre
si.»

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Correção
1. A produção consiste na obtenção de bens
económicos com vista à satisfação das necessidades.
2. Existe uma complementaridade entre as atividades
económicas, pois para se consumir, é necessário que
se tenham produzido os bens e os serviços. Com o
resultado da venda da produção, é possível os
agentes económicos receberem os rendimentos que
necessitam para efetuarem os seus consumos. Por
outro lado, se não houver consumo, não se justifica a
produção.

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1.3 O Circuito Económico
Para melhor entender as interações entre os agentes
económicos é habitual recorrermos à sua representação
através do circuito económico.

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O que é o Circuito Económico?
É a representação da atividade económica de um país,
que permite compreender as relações que existem entre
os agentes económicos.

Estas relações têm o nome de Fluxos, os quais podem


ser:
 Fluxos reais – são as transações de bens matérias e
serviços que acontecem entre agentes.
 Fluxos monetários – referem-se à contrapartida
monetária dos fluxos reais.

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Assim:
As Famílias fornecem às Empresas não Financeiras trabalho
e capital, recebendo em troca os salários, lucros e rendas.

As Empresas combinam os fatores de produção; trabalho e


capital, de modo a obter bens e serviços que vendem às
Famílias.

Por sua vez, com os rendimentos obtidos, as Famílias


compram bens e serviços às Empresas, o que permite a estas
iniciar um novo ciclo de produção

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 Este processo demonstra a interdependência que
acontece entre os vários agentes económicos, o que
permite a continuidade do processo produtivo.

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Circuito Económico completo

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Atividade
1 - O que entende por circuito económico?
2 – Distinga fluxo real de fluxo monetário.

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Correção
1 – É a representação da atividade económica de um
país, que permite compreender as relações que se
estabelecem entre os agentes económicos.
2 - Fluxos reais – são as transações de bens matérias e
serviços que acontecem entre agentes.
Fluxos monetários – referem-se à contrapartida
monetária dos fluxos reais.

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2. A produção de bens e serviços
2.1 Produção e fatores produtivos
Para que a produção seja possível é necessário
combinar os fatores produtivos ou fatores de produção.
Exemplo:
Para produzir o vestuário que usamos é necessário
combinar diversos fatores, nomeadamente:

 as instalações onde a fábrica funciona.

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Trabalho humano

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máquinas de corte do tecido

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máquinas de costura

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instalações onde a fábrica funciona

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O que são fatores produtivos?
Todos os recursos utilizados na obtenção de bens e
serviços, com vista à satisfação das necessidades
humanas.
Os economistas consideram como fatores produtivos:

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Trabalho

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Capital humano

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Capital físico

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recursos naturais

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É essencial combinar os fatores produtivos de forma
eficiente, ou seja, utilizar o mínimo de recursos para
obter a máxima produção.

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O Trabalho - definição
Esforço físico e intelectual realizado pelo ser humano
na produção de bens e serviços.

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O Capital Humano - definição
Conjunto de conhecimentos, competências, saberes e
saberes-fazer que os trabalhadores adquirem e
desenvolvem ao longo da vida, através de formação
académica, ou experiência profissional.

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Capital Físico
Tudo o que foi construído pelo Homem, como
edifícios, máquinas, e que permite levar a cabo a
produção, não se esgotando num único processo
produtivo.

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2.3 – O valor da produção nacional - PIB
O valor da produção é um dos mais importantes
indicadores da atividade económica de um país.
O indicador mais utilizado tem a ver com o valor total
de bens e serviços produzidos num país, num
determinado período de tempo (normalmente um ano).
 É o chamado produto interno.

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Conceito de Produto Interno Bruto (PIB)
Produto – porque engloba o valor de toda a produção
de bens e serviços.
Interno –porque se refere à produção efetuada no
interior do território económico de um país.
Bruto – porque contém o desgaste do equipamento e
outros bens de produção duradouros, ou seja, a s
chamadas amortizações.

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A Produtividade - Noção
É a relação entre a produção obtida de um dado bem e
a quantidade do fator produtivo utilizada num
determinado período de tempo.

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Como se calcula?

Pode ser calculada para cada um


 Os fatores produtivos
dos fatores produtivos.
são essencialmente:
 No entanto, vamos apenas
debruçar-nos sobre a
produtividade do fator trabalho.
Podemos calcular a produtividade
média do trabalho e a
produtividade marginal do
trabalho.
Qualquer uma destas pode ainda
ser calculada em termos físicos ou
51 em termos monetários.
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Produtividade média do trabalho
Relaciona a quantidade produzida de um bem e a
quantidade do fator trabalho que foi utilizada.
Esta quantidade de trabalho pode ser medida em termos
de número de trabalhadores utilizados, ou em termos do
número de horas despendidas para realizar a produção.
 Fórmula para calcular a produtividade em termos físicos:

Produtividade média do trabalho= quantidade produzida


número de trabalhadores

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Fatores que influenciam a
produtividade
1. Organização do trabalho.

2. Motivação dos
trabalhadores.

3. Qualificação dos
trabalhadores.
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4. Disponibilidade de equipamentos modernos.

5. Progresso técnico

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Custos suportados pelas empresas
Para produzirem, as empresas têm de suportar um conjunto de
custos:
a) Custos fixos – aqueles que não sofrem qualquer alteração
em função da quantidade produzida.
b) Custos variáveis – aqueles que variam em função da
quantidade produzida.
Exemplos de custos fixos: Aluguer de instalações, taxas
camarárias, licenças de exploração, salários dos trabalhadores,
encargos com a Segurança Social.
Exemplos de custos variáveis: custo das matérias-primas,
despesas com energia consumida, gastos com reparação e
manutenção de equipamento.

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 Se juntarmos os custos fixos e os custos variáveis,
obtemos os custos totais.

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Economias e deseconomias de escala
Podem verificar-se 3 casos distintos:
 Economias de escala – quando o aumento da
quantidade produzida se traduz numa redução dos
custos médios de produção.
 Deseconomias de escala – quando o aumento da
quantidade produzida se traduz num aumento dos
custos médios de produção.
 Rendimentos constantes à escala – quando a
quantidade produzida e os custos médios totais
aumentam na mesma proporção.

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Fatores que influenciam a obtenção das
economias de escala
 A utilização de tecnologia mais avançada.
 A formação de capital humano.
A capacidade de negociação da empresa com
fornecedores.
 Maior facilidade em aceder ao crédito com condições
mais favoráveis.

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Como melhorar a eficácia da
produção
A eficácia da produção depende de diversos fatores:
1. Formação dos recursos humanos. (trabalhadores
mais qualificados têm maior facilidade de adaptação a
novos equipamentos)
2. Organização do processo produtivo. (a forma como
toda a cadeia de produção está organizada)
3. Progresso técnico.( disponibilização de equipamentos
mais modernos e produtivos)
4. Investigação e desenvolvimento.(através da
descoberta de novos bens, novas formas de produzi-los,
ou novas tecnologias)
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Papel da distribuição na Economia
Permite acrescentar valor aos bens, porque permite a
sua disponibilização aos consumidor nas quantidades
adequadas e no local mais conveniente.

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Atividades inerentes à distribuição
 Compra de bens aos produtores.
 Transporte para os armazéns ou postos de venda.
 Armazenamento.
 Fracionamento e embalamento dos bens.
 Comercialização, ou seja, colocação dos produtos nos
pontos de venda.

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O comércio
Costumamos associar a palavra comércio à venda dos
bens ao consumidor final.
No entanto, essa é a última fase, pois anteriormente
aconteceram inúmeras trocas comerciais.
Assim, podemos distinguir o comércio:
 Grossista
 Retalhista

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Comércio grossista
Este tipo de comércio tem as seguintes características:
 Contacta diretamente o produtor.
 Adquire os bens em grandes quantidades.
 Por vezes, reúne produções que se encontram dispersas
por vários produtores.
 Armazenagem dos bens, com vista a evitar ruturas de
abastecimento.

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Comércio retalhista
Características:
 Adquire os bens junto do grossista.
 Disponibiliza os bens aos consumidores finais nos locais e
quantidades adequadas às necessidades.
 O retalhista é a face do produtor ao disponibilizar, divulgar e
promover o produto junto do consumidor final.
 Tem um papel importante como veículo de comunicação
entre produtor e consumidor.

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Circuitos de Distribuição - Definição
Etapas percorridas pelos bens ou serviços, através de
diversos agentes económicos com diferentes funções,
desde o local de produção até serem colocados à
disposição do consumidor final.

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Tipos de circuitos de distribuição
 Ultracurto – não existem intermediários, já que o
produtor vende diretamente ao consumidor.
Ex: é o caso da venda à porta da fábrica.
 Curto - existe apenas um intermediário entre produtor
e consumidor, em geral, o retalhista.
Ex: Concessionários de automóveis.
 Longo – nele intervêm dois ou mais intermediários.
Este tipo é utilizado para os bens de grande consumo.
Ex: Bens alimentares, brinquedos, produtos de higiene e
limpeza.

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1 – Regista como verdadeiras ou falsas as seguintes afirmações e corrige
as falsas:
1.1 A distribuição é a atividade que estabelece a ligação entre o comércio
grossista e retalhista.
1.2 Um circuito de distribuição consiste nas várias etapas que que os
bens percorrem até serem colocados nos pontos de venda para
consumo, no qual intervêm diversos intervenientes.
1.3 Num circuito curto, intervêm dois ou mais intermediários, enquanto
no circuito ultracurto apenas encontramos um intermediário.
1.4 O retalhista estabelece a ligação ente o produtor e o consumidor.
2 – Qual o papel da distribuição na Economia.
3 – Identifica as atividades inerentes à distribuição.
4 – De que forma se poderá melhorar a eficácia da produção?

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Atividade
1 – Regista como verdadeiras ou falsas as seguintes afirmações e corrige
as falsas:
1.1 A distribuição é a atividade que estabelece a ligação entre o comércio
grossista e retalhista. FALSA …a ligação entre a produção e o consumo
1.2 Um circuito de distribuição consiste nas várias etapas que que os bens
percorrem até serem colocados nos pontos de venda para consumo, no
qual intervêm diversos intervenientes. VERDADEIRA
1.3 Num circuito curto, intervêm dois ou mais intermediários, enquanto
no circuito ultracurto apenas encontramos um intermediário. FALSA …
intervém apenas um intermediário, enquanto no circuito ultracurto não
existem intermediários.
1.4 O retalhista estabelece a ligação ente o produtor e o consumidor.
VERDADEIRA

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Tipos de Comércio
Quando falamos de tipos de comércio, referimo-nos às
diferentes formas do comércio retalhista se organizar.
Neste campo, existem 3 tipos de comércio:
 A) Independente
 B) Integrado
 C) Associado

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A) Comércio Independente
Pequena dimensão, único ponto de venda, um
proprietário, por vezes acompanhado por algum familiar,
e com um reduzido número de empregados.

Nesta tipologia, podemos ainda integrar o retalho não


sedentário ou ambulante, ou seja, unidades que se
deslocam de local em local, em geral feiras.

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Aonde está localizado?
• Bairros habitacionais,
• Pequenos centros urbanos,

Principal característica:
- Proximidade aos consumidores.

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Tipos de Comércio Retalhista
1 – Retalho de proximidade – dedica-se ao comércio
alimentar ou não alimentar, tendo regra geral um
caráter generalista.
2 – Retalho especializado – dedica-se à
comercialização de um produto específico, quer seja
alimentar ou não.
3 – Retalho não sedentário ou ambulante – é
constituído por pontos de venda que se deslocam de
local em local. (feiras espalhadas pelo país).

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B) Comércio Integrado ou Organizado
Características:
 Está ligado a grupos económicos.
 Tem as funções de grossista e retalhista .
 Explora redes comerciais ou cadeias de pontos de venda,
alimentares ou não alimentares.
 Aplica políticas comuns de gestão.

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Formas de Comércio Integrado
1) Grandes Armazéns – oferecem num mesmo local diversas
categorias de produtos arrumadas por secções, funcionando
cada uma como uma loja. O consumidor pode circular
livremente e encontrar num mesmo local uma grande
variedade de produtos.Ex: Armazéns El Corte Inglês.
2) Armazéns populares – são uma versão menos sofisticada
dos grandes armazéns e dirigem-se a consumidores com
menor poder de compra, ou que pretende gastar menos.
Praticam preços mais baixos. Ex: Lidl e Paga Pouco.

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Formas de Comércio Integrado (cont)
3) Grandes superfícies generalistas – lojas de grandes
dimensões que no mesmo local oferecem grande variedade de
produtos, que vão desde:
 Ramo alimentar,
 Higiene pessoal,
 Lar
 Vestuário e calçado
Ex: Supermercados Modelo/Continente

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4) Grandes superfícies especializadas – lojas de grande
dimensão, que se concentram na comercialização de apenas uma
gama de produtos.
Ex: Toys’R’ Us (brinquedos), Ikea (decoração), Aki (bricolage).
Fnac (livros, música).
5) Franchising - reúne empresas ligadas por contrato à casa mãe
(francisador) e aplicam políticas comerciais e de gestão comuns.
No entanto, mantêm-se jurídica e financeiramente independentes.
Ex: Beneton, Mango, Loja das Sopas

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Atividade (RESOLUÇÃO)
1 – O que entendes por comércio integrado?
R:Este tipo de comércio está ligado a grupos económicos, explorando redes comerciais ou
pontos de venda, identificadas pela mesma insígnia, e aplicando políticas comuns de gestão.
2 – Lê a afirmação seguinte:
« Para os empresários que procuram negócios testados com sucesso, com riscos mais
limitados e com apoio técnico e administrativo na gestão do dia a dia, o franchising pode
ser uma boa opção.»
2.1 – Explica, com base no texto, por que razão o franchising pode ser uma boa
opção.
R: O franchising permite que uma empresa com um formato de negócio já experimentado
ceda a terceiros , em troca de contrapartidas financeiras, o direito de explorar os seus
produtos ou serviços, usar a sua marca comercial, e ainda aplicar os seus métodos de gestão.

2.2 – Refere duas das formas que o comércio integrado pode assumir, além do
franchising.
R: No comércio integrado podemos apontar os armazéns populares ou superfícies
generalistas.
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3 – Qual o objetivo do comércio associado?
R: Efetuar compras em conjunto e desta forma conseguir preços mais baixos devido ao grande volume de
aquisições.
Podem assim efetuar operações promocionais de grande escala.
4 – Identifica as vantagens do comércio associado.
R: Centralização de compras.
Liberdade de compras dos aderentes.
Os aderentes podem retirar-se a qualquer momento.
Remuneração dos aderentes em função dos montantes de compras.
5 – Descreve os principais métodos de venda.
R: Venda direta – contacto face a face entre comprador e vendedor.
Local – casa do cliente(ao domicílio) emprego ( local de trabalho) ou reuniões em casa de potencial cliente/s.
venda através da Internet – o método de vendas mais recente e com maior expansão.
Algumas empresas vendem exclusivamente os seus produtos através da Internet. Noutros casos a empresa tem
pontos de venda físicos e completa a sua oferta na Internet.
Venda à distância – neste método, o produto é apresentado ao cliente fazendo uso de vários meios de
comunicação:
- Televisão
- Telefone
- Catálogos
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Por sua vez, o cliente usa meios idênticos de resposta.
C) Comércio Associado
Compreende empresas que, embora mantenham a sua
independência jurídica, se agrupam para realizar uma
ou mais atividades, de modo a obter vantagens e
competir com o comércio integrado.
 Qual o seu objetivo?
Efetuar compras em conjunto e desta forma conseguir
preços mais baixos devido ao grande volume de
aquisições.
Podem assim efetuar operações promocionais de grande
escala.

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 A entidade que assume, em nome dos associados, a
função de centralizar as compras designa-se por
Central de Compras.

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Formas de Comércio Associado
 Cadeias Voluntárias (associam grossistas e retalhistas).
 Agrupamentos (comerciantes retalhistas).

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Vantagens do Comércio Associado
 Centralização de compras.
 Liberdade de compras dos aderentes.
 Os aderentes podem retirar-se a qualquer momento.
 Remuneração dos aderentes em função dos montantes
de compras.
Exs em Portugal: Cooperativa Grula – Grupo Lisboeta
de Abastecimento de Produtos Alimentares.

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3.3 A venda
Métodos de vendas
 Venda direta – contacto face a face entre comprador e
vendedor.
Local – casa do cliente(ao domicílio) emprego ( local de
trabalho) ou reuniões em casa de potencial cliente/s
Vantagens:
 Personalização da venda.
 Contacto direto com o produto.

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 Cibervenda ou venda através da Internet – o método de vendas mais recente
e com maior expansão.
Algumas empresas vendem exclusivamente os seus produtos através da Internet.
Noutros casos a empresa tem pontos de venda físicos e completa a sua oferta na
Internet.
 Venda à distância – neste método, o produto é apresentado ao cliente fazendo
uso de vários meios de comunicação:
- televisão
- Telefone
- Catálogos
Por sua vez, o cliente usa meios idênticos de resposta.
Neste método não existe o contacto direto vendedor/comprador
Ex: La Redoute, Vertbaudet

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 Venda automática – consiste na venda dos mais
variados produtos utilizando equipamentos
automáticos instalados em locais públicos ou de
grande circulação.
Ex: estações de comboio, metro, hospitais escolas ou
empresas com produtos como sandes, bebidas, bilhetes
de cinema. O meio de pagamento pode ser a dinheiro ou
cartões de crédito ou débito.

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Processo de Venda
É o conjunto de etapas que devem ser seguidas pelo
vendedor, com vista à concretização ou finalização da
venda.

Etapas do processo de venda


 Acolhimento do cliente ( o lojista dá as boas vindas ao
cliente, criando um clima de confiança).
 Criação de uma relação de confiança,
 Levantamento das necessidades do cliente,

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 Apresentação do produto ( características,
qualidades, estimulando o cliente a adquirir o produto)
 Tentativa de fecho e fecho da venda (momento em
que o cliente toma a decisão da aquisição e respetivo
pagamento).
 Reclamação ou assistência pós-venda (fundamental
para reafirmar uma relação de confiança com o
produto/marca ou com o vendedor. Este deverá
informar o cliente acerca dos serviços pós-venda)

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4 . O Consumo
Noção e tipos de consumo
 Noção: Ato de utilizar bens e serviços
para satisfazer as necessidades.
Através das escolhas de consumo
que fazemos , estamos a dar “sinais”
ou informações aos produtores sobre
as nossas preferências. Desta forma
incentivamos ou não a produção de
determinado bem.
 Além de ser um ato económico, o
consumo é também um ato social.

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Acesso ao consumo
O acesso ao consumo é
muito desigual, quer ao
nível mundial quer nos
países.
Enquanto uns vivem na
riqueza, outros vivem na
miséria, sem qualquer
possibilidade de
satisfazerem as necessidades
básicas.

89 Profª Alexandra Roldão


Tipos de consumo
É habitual distinguirmos os seguintes tipos de consumos:
 Final – quando a utilização do bem ou serviço permite
a satisfação direta e imediata da necessidade.
No caso de um bem material pode implicar a sua
destruição imediata (alimentos) ou progressiva
(vestuário)
 Intermédio – quando o bem ou serviço é utilizado
para a produção de outros bens ou serviços.
É o caso da farinha usada por uma panificadora para
fazer o pão.

90 Profª Alexandra Roldão


Tipos de consumo (cont.)
 Essencial – quando se destina
a satisfazer uma necessidade
primária.
É o caso do consumo de bens
alimentares ou uma ida ao
médico.
 Supérfluo – quando se
destina a satisfazer uma
necessidade terciária.
Ex: uso de bijuterias ou
vestuário de marca.
91 Profª Alexandra Roldão
Diferentes agentes económicos originam
diferentes consumos
 Os consumos efetuados pelas empresas são sempre
intermédios, pois destinam-se à obtenção de outros
bens.
 Os consumos realizados pelas famílias são sempre
consumos finais.
Ex: A utilização de energia elétrica por parte de uma
empresa é um consumo intermédio, enquanto o mesmo
consumo feito por uma família constitui um consumo
final.

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Padrões de Consumo – fatores explicativos
O ato de consumir implica tomar
decisões, ou seja, fazer escolhas.
Fatores que podem influenciar o
consumo:
 1- Económicos
- rendimento,
- preços,
- inovações tecnológicas.
 2 - Extraeconómicos – como a
estrutura etária das famílias, os
modos de vida, e a publicidade.
93 Profª Alexandra Roldão
1 - Fatores económicos -
Rendimento
O Rendimento – o
rendimento das famílias é um
dos principais fatores que
influenciam as decisões de
consumo e a forma como
hierarquizam a satisfação das
necessidades.
A forma como os
consumidores repartem os
seus rendimentos pelos
vários consumos chama-se
94 Profª Alexandra Roldão
Estrutura do Consumo
Apesar de cada um de nós consumir uma grande
variedade de bens e serviços, podemos agrupar as
despesas que efetuamos por Classes de Despesas. Para
tal, temos de ter em consideração a sua natureza e a
necessidade que satisfaz.

 O peso que cada classe de despesa ocupa no total


das despesas de consumo das Famílias tem o nome
de Coeficiente Orçamental.

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Como calcular o Coeficiente Orçamental?
Coeficiente Orçamental = Valor da despesa efetuada × 100
Total das despesas e consumo

Exemplo:
Imagine-se que a família B gasta 2000 do seu rendimento mensal
para despesas de consumo, destinando-se 500€ para despesas de
alimentação. Para sabermos o coeficiente orçamental da
alimentação desta família, faríamos o seguinte cálculo:
Coef. orç. da alimentação= 500×100
2000
Coeficiente orçamental da alimentação = 25%
 O valor encontrado, significa que o peso das despesas em
alimentação no total das despesas de consumo da família B é
96
25%.*******
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O rendimento das Famílias vai-se alterando ao longo
do tempo, podendo aumentar ou diminuir. Assim, a
estrutura do consumo também irá sofrer alterações
mediante o aumento ou diminuição dos rendimentos.
97 Profª Alexandra Roldão
Fatores Económicos - O Preço

Preço dos Bens


As decisões de consumo das Famílias têm uma relação estreita com os preços
dos bens que consomem.
Se o rendimento da família for constante e os preços aumentarem, terá que haver
uma decisão normalmente para a aquisição de uma menor quantidade de bens e
serviços.
Desta forma, acontecerá uma baixa do seu poder aquisitivo.
Na situação inversa, em que se verifique uma redução generalizada do preço dos
98 Profª Alexandra Roldão
bens, deverá acontecer um aumento do consumo das Famílias.
99 Profª Alexandra Roldão
Fatores económicos – Inovação tecnológica
A Inovação Tecnológica
Constitui outro fator que influencia o consumo das Famílias.
Diariamente, somos confrontados com anúncios de novos bens
ou serviços que são lançados no mercado.
É o caso do iPad, do iPhone, ou do smartwatch e de todos os
serviços a eles associados.
 O surgimento de novos bens e serviços desencadeia o desejo,
bem como a necessidade de possuir o bem, aumentando a
sua procura e respetivo consumo.

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 A inovação tecnológica extingue também o consumo
de certos bens, que se tornam ultrapassados.
 Ex: a máquina de escrever, que foi substituída pelo
computador, ou o walkman, que foi substituido pelo
iPod…

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Fatores Extraeconómicos
A estrutura etária das famílias
É fácil perceber que alguns consumos efetuados por um
casal jovem com filhos ainda bebés serão diferentes dos
de um casal de pessoas idosas.
À medida que a família vai alterando a sua composição
ou a sua estrutura, ou que os filhos vão crescendo e vão
para a faculdade, começam a trabalhar e vão morar
sozinhos, os consumos vão-se ajustando à nova
realidade.

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Modos de vida
Os indivíduos vivem e pertencem a determinados grupos,
estabelecendo-se um conjunto de interações entre os elementos do
grupo.
As decisões de consumo dos indivíduos são fortemente
condicionadas pelo grupo ou grupos a que pertencem.
Muitos indivíduos procuram imitar o modelo de consumo dos
grupos sociais cujo nível de vida é imediatamente superior ao seu.
Também a influência que os líderes do grupo ou de opinião
exercem sobre as suas decisões de consumo pode ser importante.
O indivíduo tenta identificar-se com o líder do grupo ou com
figuras consideradas influentes no momento.

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A utilização de certas figuras públicas na promoção
ou publicidade de produtos tem vindo a aumentar .
Artistas de telenovela, mundo desportivo, ou televisão
promovem determinadas marcas em campanhas
publicitárias que entram em casa das pessoas através
dos meios de comunicação.
Ex: George Clooney em campanha de relógios da
marca Omega

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Moda – a sociedade atual caracteriza-se pelo encurtamento do
ciclo de da vida dos produtos.
Surgem constantemente novos produtos que satisfazem a esma
necessidade, mas com novas funcionalidades, ou com características
ligeiramente diferentes, e que rapidamente despertam no consumidor
o desejo de o ter.
Publicidade – é um dos principais veículos da moda , dando-nos a
conhecer os produtos, mas criando também necessidades e desejos.
Transmitindo um conjunto de estímulos, através de uma linguagem
carregada de símbolos, o consumidor é levado a adquirir certo tipo de
bens, pretendendo identificar-se com determinado estilo de vida,
imagem ou algo que faz parte do seu imaginário.

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Consumerismo e o movimento dos
consumidores
A sociedade atual caracteriza-se, entre outros aspetos,
pela importância que o consumo assume na nossa vida,
isto é, consumir transformou-se na finalidade última da
vida das pessoas.
 A sociedade atual transformou o ato de consumir em
muito mais do que isso, transformou-o numa ânsia e
num propósito de vida.
 Neste tipo de sociedade transformam-se desejos em
necessidades, consumindo-se muito além do que
verdadeiramente se necessita.

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