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IV Seminário de Trabalhos Discentes

ESTUDO COMPARADO À LUZ DOS PROCESSOS


ARGUMENTATIVOS: ALGUMAS REFLEXÕES A PARTIR DAS
COLABORAÇÕES DA ANÁLISE DO DISCURSO DE
ORIENTAÇÃO FRANCESA
Andréia Teixeira
Juliane Ferraz Oliveira
Sabrina G. Vicentini
(bolsistas CAPES)
OBJETO DE ESTUDO
INTRODUÇÃO
● Processos sócio-históricos do Brasil.
● Comentário crítico de O viés da burrice ou uma questão de
deboche, Marina Andrade - Ultrajano; e, Brasil, enfim podemos
juntar a hipocrisia, a arrogância e a covardia às nossas marcas
identitárias. Virou hábito, tá valendo, Mariana Barreto - GGN.
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OBJETIVO
● Traçar comentário analítico a partir do quadro teórico
da Análise do Discurso, sobre as categorias analíticas e
os procedimentos argumentativos das produções.
QUADRO TEÓRICO

● Koch (1983, 2015);


● Charaudeau (2001, 2007, 2008);
● Foucault (2008).
Estudo do artigo 1 - “O viés da burrice ou uma questão de deboche”
Estrutura da Enunciação – organização dos sujeitos na linguagem
● Tipos de efeito; crítica negativa em relação às atitudes
tomadas pelo governo.
● Processo argumentativo do artigo: discussão do conceito
de burrice, sua natureza conceitual, as ações sustentadas
pela burrice e suas relações com o deboche.
● Formação discursiva: enfatizada uma regularidade de
dizeres organizados para demonstrar o “enviesamento da
burrice”.
Estudo do artigo 2 - “Brasil, enfim podemos juntar a hipocrisia, a arrogância e a covardia” ...
Estrutura da Enunciação – organização dos sujeitos na linguagem
● Título do artigo: “uma aposta de que os objetos hipocrisia,
arrogância e covardia” são marcas identitárias tipicamente
brasileiras.
● Tipos de efeito: crítica negativa em relação às atitudes
tomadas pelos brasileiros.
● Formação discursiva: dizeres marcados subjetivamente, na
primeira pessoa do plural (nós, nossos, somos, etc.), além das
posições ideológicas desta enunciadora também devidamente
marcada, como em “O Brasil sempre foi um país hipócrita,
covarde e arrogante, poucas vezes tive dúvidas” (linha 1).
● Muito da caracterização dos processos enunciativos
são parecidos nos dois artigos. A ironia também é um
efeito de sentido presente em ambos, enfatizando o
caráter crítico.
● Podemos pensar que o artigo 1, “Viés da burrice...”
pode ser interpelado como interdiscurso do artigo 2,
“Brasil, enfim...”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
● Os artigos jornalísticos analisados apresentam diversas estratégias
discursivas como uso da ironia, posicionamento crítico, responsividade etc.
para uma construção persuasiva na tentativa de agir sobre os leitores.
● Ambos os textos também apresentam posições ideológicas e interdiscursivas
bem marcadas, possivelmente, com o intuito de persuadir o interlocutor para a
adesão destes posicionamentos.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Marina. O viés da burrice ou uma questão de deboche. In: Jornal Ultrajano. Publicado em 04 nov.
2019. Disponível em: https http://www.ultrajano.com.br/o-vies-da-burrice-ou-uma-questao-de-deboche/. Acesso: em
maio 2020.

BARRETO, Mariana. Brasil, enfim podemos juntar a hipocrisia, a arrogância e a covardia às nossas marcas
identitárias. Virou hábito, tá valendo. In: Jornal GGN. Publicado em 28 ago. 08 2019. Disponível em:<
https://jornalggn.com.br/opiniao/brasil-enfim-podemos-juntar-a-hipocrisia-a-arrogancia-e-a-covardia-as-nossas-marca
s-identitarias-por-mariana-barreto/
>. Acesso: em maio 2020.

CHARAUDEAU, Patrick. Uma teoria dos sujeitos da linguagem. In: MARI, H. et alii. Análise do discurso:
fundamentos e práticas. Belo Horizonte: Núcleo de Análise do Discurso - FALE/UFMG, 2001, p.23-37.

CHARAUDEAU, Patrick. O contrato de informação midiático. In: CHARAUDEAU, P. Discurso das mídias. São
Paulo: Contexto, 2007, p.67-125.
REFERÊNCIAS
CHARAUDEAU, Patrick. Linguagem e discurso: modos de organização. São Paulo: Contexto,
2008.

FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008, 7ed.

KOCH, Ingedore G. V. Discurso e Argumentação. In: Letras de Hoje. Porto Alegre: PUCRS,
1983, p.7-16.

KOCH, Ingedore G. V. Linguagem e Argumentação. In: A inter-ação pela linguagem. São


Paulo: Contexto, 2015, p.29-58.

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