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Elton Fischer1
Resumo: Parece ser senso comum apelar à liberdade de expressão com o fim último de
disseminar discursos de ódio e intolerância independente do tema ou do lugar, seja ele físico
ou virtual. Nesse artigo procuramos expor alguns resultados sobre a construção discursiva de
sujeitos, que por meio do discurso, transparecem uma identidade intolerante. Os dados do
trabalho são oriundos de um questionário aplicado aos sujeitos ingressantes da ULBRA
Campus Carazinho no semestre 2018\1 na disciplinas de Cultura Religiosa. O objetivo é
demonstrar, na perspectiva da semiótica discursiva, como são construídos os discursos
intolerantes (sociais, racistas, separatistas e religiosos) e qual é o ethos ou o habitus que aí se
manifesta. Para tanto nos utilizaremos de recortes de citações e inferências trazidos pelos
participantes da pesquisa.
Abstract: It seems to be common sense to appeal to freedom of expression with the ultimate
aim of spreading discourses of hatred and intolerance regardless of theme or place, be it
physical or virtual. In this article we try to present some results about the discursive
construction of subjects, who through discourse, show an intolerant identity. The data of the
work come from a questionnaire applied to the subjects entering the ULBRA Campus
Carazinho in the semester 2018 \ 1 in the disciplines of Religious Culture. The objective is to
demonstrate, in the perspective ofm discursive semiotics, how intolerant (social, racist,
separatist and religious) discourses are constructed and what ethos or habitus is manifested
there. For this we will use citations and inferences from the research participants.
1Doutorando em Educação - Estudos Culturais ULBRA, Mestre em Letras UPF – Universidade de Passo Fundo\
RS. Professor Assistente Ulbra Campus Carazinho\RS. E-mail: elton.fischer@yahoo.com.br
1. Ethos ou Habitus?
O foco deste estudo delimita-se à análise da imagem que o sujeito contemporâneo tem
de si e dos outros, em meio a pós modernidade num espaço globalizado, marcado pelas
desigualdades sociais, no qual, a partir de um questionário aplicado aos alunos ingressantes de
2018\1 na disciplina de Cultura Religiosa da ULBRA Campus Carazinho. Entre as dez
assertivas do questionário o nosso recorte permeia duas questões em específico: Você
conhece práticas\preceitos de outras tradições religiosas? Quais? O que sabe sobre elas? Você
tem algum tipo de restrição em relação a alguma religião ou prática religiosa? Poderia citar
quais e por quê? As inferências dos sujeitos a essas questões serão a questão norteadora desta
pesquisa, na qual as marcas textuais presentes nos discursos que mostram as representações
identitárias do sujeito contemporâneo destacam o ethos discursivo no meio onde se encontra
inserido. A religião-incluídos seus dogmas e práticas - é a síntese da identidade de um grupo
social e atingi-la é desconstruir o que há de mais profundo dentro de cada indivíduo que é
partícipe dela, afetando o seu ethos.
A noção de ethos discursivo como construção de uma imagem de si no discurso é
discutida nos trabalhos de Maingueneau desde o início dos anos 80. Maingueneau,
inicialmente, busca na retórica oriunda de Aristóteles o conceito de ethos, definindo como a
imagem que o orador procura dar a si mesmo, pelo modo e tom de voz expressos e, a partir
desse aspecto, essa imagem se revela em seu universo de atuação. Destacamos que o nosso
objetivo não é traçar um panorama da evolução teórica do conceito de ethos dentro do
conjunto de suas principais obras e ou autores que abordam essa temática. O desafio consiste
em analisar alguns dos discursos evidenciados pelos sujeitos da pesquisa, e procurar, na
medida do possível, identificar o ethos discursivo manifestado através das assertivas oriundas
da pesquisa.
Segundo Maingueneau (2010) um dos maiores obstáculos com que deparamos quando
queremos trabalhar com a noção de ethos é o fato que ele possui um caráter extremamente
intuitivo. A ideia de que, ao falar, um enunciador provoca em seus destinatários uma certa
representação de si mesmo, procurando controlá-la, parece ser ponto pacífico. Portanto, com
frequência somos tentados a recorrer a essa noção de ethos, dado que ela constitui uma
dimensão de todo o ato de enunciação. Em alguns dos recortes esse fato ficará evidente.
A primeira parte de nosso estudo será dedicado à conceituação do que se compreende
por ethos e seu poder persuasivo em meio aos discursos intolerantes\preconceituosos e sua
relação\distinção no que diz respeito à liberdade de expressão ou a violação dos direitos do
outro. A nossa base teórica se fundamenta em José Luiz Fiorin (1998, 2004), Luiz Antônio
Marcuschi (2010), Pierre Bourdieu (2002), Dominique Maigueneau 2 (2008), Patrick
Charaudeau (2004) e Norma Discini (2003). A segunda parte terá como base os argumentos e
inferências dos sujeitos das entrevistas e uma análise no sentido de verificar se em tais
discuros é possível identificar um tipo de ethos do sujeito e se esse ethos é parte constituinte
de seu habitus.
Definir as fronteiras entre o que se entende por liberdade de expressão e, o momento,
no qual ela se converte em discursos de intolerância é um tema não apenas sensível, mas
envolve um conceito personalizado de ética ou moral. Liberdade de expressão não deveria ser
discurso de opressão e muito menos de segregação. “Toda narrativa tem uma dimensão
polêmica. A conjunção para um sujeito implica a disjunção para outro. ”(FIORIN, 2011, p.
36). Discursos de qualquer natureza, especialmente os de ódio, sempre serão polêmicos e
implicarão mais em disjunção do que conjunção pois demandam interpretação de quem os
ouve ou lê, dada a sua ambiguidade ou por fim qual a natureza do ethos impregnado nele.
Contudo não se deve confundir discurso de ódio com discordância ou opinião
contrária a certas concepções, ideias ou ideologias ligadas às chamadas ações afirmativas,
como por exemplo, a questão da diversidade religiosa em nosso País e suas diferentes
práticas, hábitos e costumes. Respeito e não concordância é a regra de ouro e ela encontra-se
dentro do princípio da liberdade de expressão, conforme Freitas e Castro (2013, p. 330) “foi a
afirmação da liberdade como valor essencial à condição humana. Um espaço sem ingerência
de terceiros, de modo a garantir a qualquer indivíduo a realização de seus próprios objetivos,
sem o dever de obediência a outrem.”
A afirmação dos direitos do homem deriva de uma radical inversão de perspectiva,
característica da formação do Estado moderno, na representação da relação política,
ou seja, na relação Estado / cidadão ou soberano / súditos: relação que é encarada,
cada vez mais, do ponto de vista dos direitos do cidadão não mais súditos, e não do
ponto de vista dos direitos do soberano, em correspondência com a visão
individualista da sociedade. (BOBBIO, 1992, p.4).
Apesar de não se configurar como uma questão essencialmente nova, essa visão
individualista e egocêntrica, é complexa e difícil de ser mensurada, pois parece ser senso
comum que os discursos intolerantes ou de discordância do outro, tornaram-se um ambiente à
2O conceito de ethos no pensamento do teórico francês começa a se desenhar na década de oitenta, quando da
publicação de Genèses du discours/Gênese dos discursos (1984/2005). Nessa obra, embora a concepção de
ethosjá esteja, em certa medida, delineada, o termo não aparece de forma explícita, o que só vai acontecer na
obra Novas tendências em análise do discurso(1997 [1987]). Na primeira dessas obras, Maingueneau
(1984/2005) trata o ethos dentro de uma “semântica global” do discurso, utilizando, para se referir ao conceito,
expressões do tipo “modo de enunciação”, “modo de dizer”, “maneira de dizer’ ou “maneira de enunciar”.
(GONÇALVES, 2015, p.70).
margem de qualquer tipo de lei ou do alcance do Estado que demanda ter muito bem
delineado qual é o seu território e campo de ação. O ponto a ser analisado é saber se as
palavras presentes nos discursos de ódio possuem legitimidade ou não, de modo especial,
quando dirigidas às minorias. Definir intolerância, ou o ethos do intolerante, constitui-se
noutro desafio extremo. Constatamos que o tema ainda é pouco usual nos meios acadêmicos
como objeto de estudo. Além da altercação face a face, na atualidade, o mundo virtual se
constitui num novo espaço de debate e nada mais é do que uma representação do real.
Conforme Moreira, Bastos e Romão (2012, p. 162) “a Internet é simultaneamente o
movimento de atualização do virtual, que passa a modificar a própria noção das coordenadas
espaço-temporais com as quais estamos habituados.” O espaço-tempo são configurados de
acordo com a vontade e interesse daquele que se mantem anônimo através de nomes falsos,
perfil que não pode ser rastreado ou um endereço inexistente na rede.
3 Cada um dos respondentes que preencheu o TCLE – Termo de consentimento livre e esclarecido) foi
identificado pela letra A (aluno ou aluna). O número de questionários respondidos foi de 100 e, destes, 89 foram
aproveitados na pesquisa ação. Os recortes presentes no artigo foram as citações das tradições religiosas mais
referenciadas negativamente ou com viés negativo ou discriminatório.
Ateísta, católico, espírita e pentecostal. Não tem crença em algum Deus, tem céu e
inferno, acredita em Alan Kardec, proíbe as pessoas de algumas vestes e de usar
televisão. A7
No âmbito da amostra uma parcela significativa dos sujeitos demonstrou não apenas
conhecer práticas e preceitos de outras tradições religiosas como enfatizou, de alguns grupos
religiosos, suas práticas e dogmas, com teor pejorativo, discriminatório ou negativo. As partes
grifadas corroboram, sob nossa ótica, com um estilo de discurso passional e intolerante.
Quanto às modalizações, aspectualizações e moralizações discursivas, de que
decorrem as paixões construídas nos discursos, pode-se observar que os discursos
intolerantes são fortemente passionais, que seus sujeitos são sempre sujeitos
apaixonados e que predominam, nesses discursos, dois tipos de paixões – as paixões
malevolentes (antipatia, ódio, raiva, xenofobia, etc.) ou de querer fazer mal ao
sujeito que não cumpriu os acordos sociais acima mencionados. (BARROS, 2016,
p.2).
A questão 9 traz a seguinte indagação: Você tem algum tipo de restrição em relação
a alguma religião ou prática religiosa? Poderia citar quais e por quê? 21 dos sujeitos
(42% da amostra) afirmaram ter algum tipo de restrição a alguma religião e ou prática
religiosa. Os motivos restritivos são os mais diversos e envolvem práticas obscuras da
Maçonaria, proibição de doação e ou transfusão de sague das Testemunhas de Jeová, a
questão do sacrifício de animais dos Cultos Afro Brasileiros e a ênfase no materialismo de
algumas igrejas neopentecostais. Sem menosprezar os recortes de caráter negativo há sujeitos
que não possuem restrições a nenhum tipo de religião em específico:
Não tenho restrições. Apenas não compartilhamos da mesma crença.A12
Não tenho nada contra nenhuma religião ou a quem pratica, mas não tenho
pretensão de participar de nenhuma. A26
Não. Aceito cada um com seu credo particular para podermos viver em paz. Na
premissa de que Deus nos disse: “Amai-vos uns aos outros como vos amei.” A29
Quando uma pessoa dirige um discurso de ódio a outra sua dignidade, amparada por
lei, é atacada. O discurso de ódio não deixa de ser, pelo menos figurativamente, uma cabeça
de Medusa. Segundo Marchuschi, (2008, p.51) “a língua é sistemática, constitui-se de um
conjunto de símbolos ordenados, contudo ela é tomada como uma atividade sociointerativa
desenvolvida em contextos comunicativos historicamente situados”. A partir do discurso\fala,
o habitus é entendido como um sistema de esquemas individuais, construído socialmente e
que existe através de arranjos – conforme seu meio sócio\cultural- constituídos na mente do
indivíduo, por meio de suas experiências anteriores. Assim, se pensarmos na relação do
indivíduo e a sociedade a partir da perspectiva do habitus, se percebe que o individual e o
social atuam de forma simultânea, estando os dois intimamente ligados e ambos se
influenciando. (SETTON, 2002).
A vida do homem em sociedade é extremamente complicada, para o sujeito que se
encontra numa “estrutura deslocada6”, devido a diversidade de opiniões e pontos de vista
conflitantes sobre os mais diversos temas. Apesar da necessidade de estarmos juntos e
convivermos no sentido de garantir a sobrevivência, os interesses pessoais sobrepõem-se aos
públicos. A vida em civilização contraria, em si, as razões pessoais do interesse próprio e da
constante busca pela felicidade. “Amar o próximo pode exigir um salto de fé. O resultado,
porém, é o ato fundador da humanidade. Também é a passagem decisiva do instinto de
sobrevivência para a moralidade” (BAUMAN, 2004, p. 98).
O conceito daquilo que é moral está em constante revalidação. Há no mundo todo tipo
de atritos, de turbulências, de descompasso, onde a vida em sociedade beira o caos. Em nosso
5 Como presupuesto de la instancia enunciativa, el ethos se relaciona con el intento de causar buena impresión,
de agradar al auditorio y en este sentido se lo concibe como un lugar distinguido que da cuenta del modo en que
los sujetos se inscriben en sus enunciado: si “el acto individual de apropiación de la lengua introduce al que
habla en su habla” (Benveniste, 1994, p.85), el ethos se erige como uma zona de referencias internas por medio
de la cual el yo de la enunciación va informando al tú (a quien se dirige) datos acerca de su “identidad”
discursiva: “(…) el ethos es una connotación: el orador enuncia una información y al mismo tiempo dice: yo soy
éste, yo no soy aquel”
6 O argumento de que as identidades estão mudando, vem demonstrar que o sujeito antes “unificado e estável”
passa a ser composto não de uma, mas várias identidades, “contraditórias e mal resolvidas”. Junto com essas
mudanças de identidade, muda também o processo de identificação (o modo como o sujeito se projeta na cultura)
com o mundo exterior que é cada vez mais problemático, variável. Eis o sujeito pós-moderno, cuja(s)
identidade(s) se define: historicamente, e não biologicamente. O sujeito assume em diferentes momentos,
identidades que não são unificadas ao redor de um “eu” coerente. Dentro de nós há identidades contraditórias,
empurrando em diferentes direções, de tal modo que nossas identificações estão sendo continuamente
deslocadas. (HALL, 2006, p 13).
País são discussões e disputas políticas, econômicas, religiosas, de gênero, raça e de toda sorte
de manifestações que podem levar à discriminação e ao preconceito. É um meio fértil onde
prospera a intolerância e o discurso de ódio. Conforme o psicanalista Contardo Calligaris,
doutor em psicologia clínica e autor de diversos livros, a disseminação dos discursos de ódio
nas redes sociais, que para ele deveria ser "perseguida". "Deveríamos ter limites claros ao que
é o campo da liberdade de expressão, que é intocável, e o momento em que aquilo se torna
uma ameaça."
Para citar o discurso, o "outro" constitui uma das formas mais explícitas e literais de
intertextualidade; A relação de co-presença e co-referencialidade entre os textos
evidencia a possibilidade oferecida pela linguagem do uso do discurso estrangeiro.
A partir desse uso, torna-se evidente uma atitude retórica: quem se apropria de um
discurso estrangeiro também o faz para delimitar o eu, a identidade própria, a
alteridade. A intertextualidade funciona como uma estratégia que transmite as vozes
daqueles que estão em franca tensão discursiva; Mais especificamente, a citação
como veículo da intertextualidade é uma forma privilegiada e privilegiada de pensar
a relação do "eu" / "outro" na medida em que permite reconhecer que nenhum
falante ecoa uma voz individual, mas que são vozes sociais. aqueles que falam por
ele. (GRANA, 2011, p.96, tradução nossa).7
7 Citar el discurso el “otro” constituye una de las formas más explícitas y literales de intertextualidad; la relación
de co-presencia y co-referencialidad entre los textos pone en evidencia la posibilidad que ofrece el lenguaje de
usar el discurso ajeno. A partir de este uso se pone de manifiesto una actitud retórica: quien se apropia de un
discurso ajeno lo hace también para delimitar el sí mismo, la propia identidad, de la alteridad. La intertextualidad
funciona como una estrategia que vehiculiza las voces de aquellos que están en franca tensión discursiva; más
específicamente, la citación como vehículo de intertextualidad es un modo privilegiado y privilegiante para
pensar la relación del “yo” / “otro” em la medida en que permite reconocer que ningún locutor se hace eco de
una voz individual sino que son las voces sociales las que hablan por él.
de longo prazo parece validar a intolerância. Isso tudo leva a não preocupação com o outro,
com o impacto do que se faz ou diz ao outro, com a intolerância ao pensamento do outro.
Conforme Cardozo (2016, p.7):
“Nós somos responsáveis pelo outro, estando atento a isto ou não, desejando ou não,
torcendo positivamente ou indo contra, pela simples razão de que, em nosso mundo
globalizado, tudo o que fazemos (ou deixamos de fazer) tem impacto na vida de
todo mundo e tudo o que as pessoas fazem (ou se privam de fazer) acaba afetando
nossas vidas” (BAUMAN, 2001).
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