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Diferentemente do que se espera de um texto de ficção, o texto acadêmico não

comporta o suspense, sendo uma de suas principais características a dialogia, que, em parte, consiste
em explicitar ao leitor os caminhos trilhados (e os planejados) em direção às respostas para as
questões que orientam a pesquisa. Assim, conforme o Manual de Procedimentos para Elaboração de
Projetos e Relatórios de Pesquisa (São Paulo: ICH/UNIP, 2023), a Introdução de um projeto ou de um
relatório de pesquisa deve localizar o leitor em relação às condições nas quais a pesquisa foi ou será
desenvolvida. Tendo em vista o texto acima, considere as afirmativas a seguir: A introdução de um
projeto de pesquisa inclui dados sobre o levantamento bibliográfico realizado, a explicitação dos
objetivos, a formulação de hipóteses e as justificativas acadêmica e social da investigação.

artigo apresenta dados coletados em pesquisa participativa realizada por meio de grupos
de reflexão com pais e mães separados. A investigação teve como objetivo avaliar dificuldades quanto
ao exercício da parentalidade após a separação conjugal bem como a possibilidade do uso de grupos
de reflexão em tais situações. Destacam-se, no artigo, vivências e queixas de pais e de mães que
participaram de cada um dos dois grupos organizados no que diz respeito ao convívio com os filhos
após a dissolução conjugal. Conclui-se que a divisão tradicional entre guardiães e visitantes acarreta
dificuldades próprias a cada uma das categorias, o que pode ser bem compreendido quando os pais
se reúnem para o debate sobre o tema. BRITO, L. M. T.; CARDOSO, A. R.; OLIVEIRA, J. D. G. Debates
entre pais e mães divorciados: um trabalho com grupos. Psicol. cienc. prof., pg. 810-823, 2010. Tendo
em vista os aspectos que diferenciam uma pesquisa qualitativa de uma pesquisa quantitativa,
podemos afirmar que a pesquisa acima é: Quantitativa porque estuda o grau de dificuldade para
exercer a parentalidade após a separação conjugal. IV. Qualitativa porque utiliza debates e
discussões em âmbito grupal como ferramenta de coleta de dados.

De acordo com o Manual de Procedimentos para Elaboração de Projetos e Relatórios de


Pesquisa (São Paulo: ICH/UNIP, 2023) o trabalho de pesquisa é constituído por várias etapas:
Apresentação do trabalho, levantamento bibliográfico e virtual, observação de autores e ‘teorias
relacionadas ao recorte temático da pesquisa, definição de metas ou objetivos, proposição de
possíveis soluções temporárias à pergunta central e apresentação da relevância social e acadêmica
dessa pesquisa.

Diferentemente do que se espera de um texto de ficção, o texto acadêmico não


comporta o suspense, sendo uma de suas principais características a dialogia, que, em parte, consiste
em explicitar ao leitor os caminhos trilhados (e os planejados) em direção às respostas para as
questões que orientam a pesquisa. Assim, de acordo com o Manual de Procedimentos para
Elaboração de Projetos e Relatórios de Pesquisa (São Paulo: ICH/UNIP, 2023), o Método de um
projeto de pesquisa deve localizar o leitor em relação às condições nas quais a pesquisa foi ou será
desenvolvida. Tendo em vista o texto acima, podemos afirmar que o Método de um projeto de
pesquisa consiste: III. Nas informações sobre os participantes, os instrumentos para a coleta de
dados, nos procedimentos de análise e de interpretação de dados.

- OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida e a incidência de depressão em mulheres vítimas


de violência doméstica; estabelecer o perfil socioeconômico de mulheres agredidas por seus
parceiros e particularidades das agressões sofridas. MÉTODO: A amostra foi integrada por 100
mulheres vítimas da agressão de seus parceiros, que prestaram queixa na Delegacia da Mulher do
Ceará. Foram aplicados três questionários: o primeiro, para obter dados demográficos e detalhes da
violência sofrida; o segundo (GHQ-28), para obter dados sobre a qualidade de vida em geral; e o
terceiro (Beck), para quantificar o grau de depressão dessas mulheres. RESULTADOS: Mulheres
agredidas apresentam o seguinte perfil: jovem, casada, católica, com filhos, baixa escolaridades e
baixa renda familiar. Álcool e ciúme foram os fatores mais referidos como desencadeantes das
agressões, tendo 84% das mulheres sofrido agressão física. Foi observado que 72% delas
apresentaram quadro sugestivo de depressão clínica; 78% apresentaram sintomas de ansiedade e
insônia; 39% já pensaram em suicídio e 24% passaram a fazer uso de ansiolíticos após o início das
agressões. CONCLUSÕES: A análise dos dados sugere que a violência doméstica está associada a uma
percepção negativa da saúde mental da mulher. ADEODATO, V. G. et al. Qualidade de vida e
depressão em mulheres vítimas de seus parceiros. Rev. Saúde Pública, Vl. 39, n.1, jan. 2005. Em
relação ao resumo apresentado considere as afirmativas a seguir: I. Podemos considerar pertinente
para esta pesquisa a seguinte pergunta: “A agressão sofrida por mulheres interfere em sua saúde
mental?” II. A pergunta “A agressão sofrida por mulheres interfere em sua saúde mental?” exige
uma pesquisa quantitativa.

Este relato de experiência pessoal apresenta características do sofrimento psíquico vivenciado por
agentes de segurança penitenciária (ASPs) e delimita os elementos psicodinâmicos que emergem no
trabalho de vigilância prisional. A partir de um espaço para o acolhimento desses trabalhadores,
pôde-se apreender: o esvaziamento do sentido do trabalho, a sensação de enclausuramento em
algumas funções, a temerosidade em relação à segurança e a representação social pejorativa do
trabalho. A atenção em saúde mental permitiu a compreensão de vivências ansiogênicas, a
elaboração dos aspectos psicodinâmicos mobilizados pelas exigências institucionais e ainda propiciou
a mobilização subjetiva para o enfrentamento das práticas disciplinares institucionais. RUMIN, C. R. et
al. O sofrimento psíquico no trabalho de vigilância em prisões. Psicologia Ciência e Profissão, n.4,
p188-199, 2009. III. Tendo em vista a discussão sobre práticas disciplinares institucionais em um
sistema penitenciário, é possível supor que o livro “Vigiar e punir”, de Foucault, deva estar incluído
nas referências. IV. Pelos conceitos utilizados no resumo é possível supor que o autor Christophe
Dejours tenha sido lido. V. Trata-se de uma experiência clínica no âmbito do sistema prisional.

O presente trabalho consiste em investigar e refletir do ponto de vista clínico a questão dos
imigrantes e do desenraizamento e seus efeitos no self da pessoa. Interessa-me como clínico
investigar como o sofrimento aparece nessas pessoas e os dispositivos que elas utilizam para lidar
com eles. Acredita-se que o desenraizamento é um adoecimento que pode deixar feridas profundas
no sentimento de si mesmo do imigrante e de seus descendentes. Utilizou-se do método de história
de vida para análise e discussão dos relatos de cinco imigrantes. A fim de tecer considerações sobre
os depoimentos, partiu-se da teoria psicanalítica winnicottiana sobre o processo maturacional, com
as contribuições de Safra (1999-2004), a noção de desenraizamento de Simone Weil e os conceitos de
hilética e espiritualidade de Edith Stein. Seis aspectos se evidenciaram como importantes e comuns
dos depoentes: o estranhamento, a depressão, a moradia, a língua, a espiritualidade e a amizade.
Essa investigação procurou enfocar as condições para o enraizamento. A possibilidade de alguém
testemunhar o percurso de vida dos depoentes e criar uma narrativa de sua história mostrou-se uma
experiência significativa e enraizadora. MAALOUF, J. F. O sofrimento de imigrantes: um estudo clínico
sobre os efeitos do desenraizamento no self. 2005. 297 f. Tese (Doutorado em Psicologia) - Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2005. A investigação científica aqui descrita é do tipo
(assinale a correta): Pesquisa qualitativa.

Foi encomendado que você realize uma pesquisa sobre trabalhadores de uma plataforma de petróleo
marítima em alto-mar, com enfoque da Psicologia Social. A principal característica desses
trabalhadores é que, devido à grande distância das plataformas em relação ao continente, se mostra
impossível a volta para casa ao final da jornada de trabalho, o que os obriga a realizarem na própria
plataforma suas atividades não relacionadas ao trabalho. Com esta pesquisa se espera entender
como esses trabalhadores percebem e reagem à fusão entre os espaços público e privado na
plataforma e as possíveis consequências disto. Quanto à realização da pesquisa acima citada,
podemos afirmar que: a pesquisa seria qualitativa por ter como objeto de investigação a percepção
que os sujeitos têm das experiências vividas na plataforma. Trata-se, portanto, de um estudo de
aspectos subjetivos dos sujeitos.

Considere as seguintes palavras da Profa. Dra. Carolina Bori, discutidas no artigo “Onde
falta melhorar a pesquisa em Psicologia no Brasil sob a Ótica de Carolina Martuscelli Bori”: O
conhecimento não se reduz a uma “prateleira de supermercado”, nem às contribuições de cada
cientista, ao longo da história, as “mercadorias” a escolher ou descartar sem exame e avaliação
cuidadosos.” Com base na ótica da Dra. Carolina Bori, é correto afirmar que: I. O conhecimento é um
processo em construção e é preciso levar em consideração também os assuntos que não nos
agradam, com os quais não nos identificamos, para poder questioná-los. II. O conhecimento se
produz também, e talvez principalmente, pela crítica e questionamento constantes do que já
existe. III. O conhecimento, quando se reduz a um produto numa “prateleira de supermercado”, é
reduzido à sua dimensão meramente técnica e à sua reprodutibilidade.

Para Gonzáles Rey (2005) a pesquisa qualitativa não serve apenas para o estudo de
grupos pequenos e de casos. A pesquisa qualitativa é uma forma de produzir conhecimento que,
apesar de não usar o conceito de amostra em sua forma tradicional, também envolve o estudo de
grupos grandes, em estudos comunitários e institucionais, por exemplo. O conhecimento produzido
no estudo de grupos se apoia em princípios epistemológicos, ou seja, não é o tamanho do grupo
que define os procedimentos de construção do conhecimento.

Toda pesquisa em psicologia no Brasil deve colaborar, em maior ou menor grau, para a
ciência e para o desenvolvimento da sociedade brasileira. Por isso é preciso reconhecer a grande
responsabilidade dos pesquisadores. Nesse sentido, é preciso que os pesquisadores tratem de: I.
Coletar dados referentes às condições concretas da história dos participantes e considerar o
contexto em que os indivíduos ou grupos estão inseridos. II. Dominar conhecimentos de sua área
para poder colocá-los a serviço da sociedade.

O artigo apresenta os primeiros resultados da Pesquisa Nacional de Aborto (PNA), um


levantamento por amostragem aleatória de domicílios, realizado em 2010, cuja cobertura abrangeu
as mulheres com idades entre 18 e 39 anos em todo o Brasil urbano. A PNA combinou duas técnicas
de sondagem: a técnica de urna e questionários preenchidos por entrevistadoras. Seus resultados
indicam que, ao final da vida reprodutiva, mais de uma em cada cinco mulheres já fez aborto,
ocorrendo os abortos em geral nas idades que compõem o centro do período reprodutivo das
mulheres, isto é, entre 18 e 29 anos. Não se observou diferenciação relevante na prática em função
de crença religiosa, mas o aborto se mostrou mais comum entre mulheres de menor escolaridade. O
uso de medicamentos para a indução do último aborto ocorreu em metade dos casos e a internação
pós-aborto foi observada em cerca de metade dos abortos. Tais resultados levam a concluir que o
aborto deve ser prioridade na agenda de saúde pública nacional. DINIZ, D.; MEDEIROS, M. Aborto no
Brasil: uma pesquisa domiciliar com técnica de urna. Ciência & Saúde Coletiva., Vl.15, pg. 959-966,
2010. O estudo de Diniz e Medeiros (2010) apresenta dados e perfis nacionais antes desconhecidos
sobre mulheres que já abortaram. a relevância social da pesquisa, destacando a importância do
debate sobre o tema na esfera coletiva e a necessidade de problematizar o ônus social causado
pelo silêncio sobre essa temática.
Sobre a questão do risco-benefício nas pesquisas com seres humanos e do processo de
avaliação realizado pelos comitês de ética em pesquisa: Devem ser explicitados no projeto de
pesquisa todos os prováveis riscos aos participantes decorrentes da realização da pesquisa e as
formas que serão utilizadas para atenuá-los.

De acordo com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde que apresenta as


diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos e a Resolução 510/16
que apresenta as normas aplicáveis a pesquisas em Ciências Humanas e Sociais, o formulário Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE - tem uma função importante na pesquisa. Deve
apresentar em linguagem clara e acessível os possíveis riscos da pesquisa, assim como as cautelas e
benefícios aos participantes.

As pesquisas realizadas por estudantes de Psicologia devem atender a alguns critérios


éticos de acordo com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Dessa forma, podemos
afirmar que seriam atividades de pesquisa possíveis de serem realizadas por estudantes
universitários. Entrevista a profissionais que atuam no campo da saúde para compreender os
fatores de risco na dependência de álcool e outras drogas.

... Garantias individuais - As transformações pelas quais passaram o universo acadêmico


foram oportunamente adequadas a normas sintonizadas à nova realidade brasileira de construção de
leis voltadas à garantia do indivíduo. A Resolução 196/96 foi elaborada sob quatro referenciais
básicos: autonomia, não maleficência, beneficência e justiça, além de assegurar os direitos e
deveres que dizem respeito à comunidade científica, aos sujeitos da pesquisa e ao Estado. Maria Júlia
Kovacs, professora associada do Instituto de Psicologia da USP, observa alguns aspectos que
fundamentam o princípio ético nas pesquisas com seres humanos. Ela ressalta a importância de "a
pessoa ser informada sobre todos os aspectos envolvidos na pesquisa, de garantir que ela não sofra
nenhum prejuízo em função de estar participando dela e ter a liberdade de abandoná-la em qualquer
momento que considerar". Iara Coelho Zito Guerriero, psicóloga e coordenadora do Comitê de Ética
em Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo e membro da Comissão Nacional de Ética
em Pesquisa (CONEP), lembra outro ponto a ser seguido pelos pesquisadores: o anonimato. "O
participante tem o direito ao sigilo das informações que fornece e, no caso de pesquisas em
Psicologia, a saber a quais procedimentos será submetido. Além disso, a entrevista de conteúdo
pessoal deve ser realizada em um lugar reservado", afirma. Todos esses cuidados são necessários
para evitar que o entrevistado sofra algum dano em relação à sua imagem ou que o procedimento do
estudo leve a sofrimento psíquico. "A primeira preocupação deve vir do próprio psicólogo
pesquisador em fazer um balanço entre os riscos e os benefícios da pesquisa. Se há mais chances de
causar um dano, do que de trazer benefícios, a pesquisa é eticamente inadequada", diz . Pela ótica da
Psicologia, deve-se também tomar o cuidado de analisar como o indivíduo poderá reagir diante de
assuntos traumáticos como a morte de um parente. " O pesquisador precisa tomar cuidado ao reviver
fatos antigos e afastados da pessoa", aconselha Iara Guerriero. Capacidade emocional - Essa
precaução está na Resolução 16/2000 do CFP, que adequa a normatização do CNS à peculiaridade da
categoria. Estabelece que é "obrigação do psicólogo responsável pela pesquisa avaliar os riscos
envolvidos tanto pelos procedimentos como pela divulgação dos resultados, para proteger os
participantes e as comunidades às quais pertençam". A Resolução determina que a avaliação com
grupos vulneráveis, como crianças em situação de rua e habitantes em favelas, deverá ser feita por
quem conheça bem a realidade dos participantes e tenham experiência de pesquisa e trabalho com
esses grupos...”: Os quatros princípios básicos que regem os cuidados éticos da pesquisa com
pessoas são: autonomia, não maleficência, beneficência e justiça. Diante disso assinale a alternativa
que retrate corretamente o significado destes princípios dentro do contexto de pesquisa com
pessoas. Autonomia: Liberdade para participar ou não da pesquisa e esclarecimentos sobre o teor,
riscos e benefícios da pesquisa. O desdobramento deste princípio é o termo de consentimento livre
e esclarecido - TCLE.

“Conforme o aluno vai avançando nos estudos, menos ele deixa de ser ‘educando’, e
mais vai se tornando um ‘pesquisador’, dentro de um processo produtivista, no qual o formalismo
certificador tende a suplantar o conteúdo e secundarizar a relevância social da produção acadêmica.
Menos o estudante deixa de ser preparado para transformar a sociedade, e mais é moldado para se
adaptar a ela. Exasperação da competitividade e da individualidade, numa maratona de “produção”
que, em muitos casos, provocaria inveja em Taylor. Iniciados como pesquisadores, vários estudantes
produzem artigos em série, qualificam o seu currículo Lattes e buscam pontuações acadêmicas.
Inúmeros pensam o aprendizado para os próprios objetivos, enquanto a comunidade não-douta sofre
com a carência de fraternidade, altruísmo e justiça social...” Márcio Andrade e Paulo César Barboza,
Diário Popular, Pelotas-RS, 22/09/2012 - a trilha acadêmica seguida pelos estudantes não está
preocupada com questões de relevância social em suas produções científicas, ou seja, voltam-se
apenas para o enriquecimentos de seus currículos.

o que diz respeito aos princípios de não maleficência e beneficência em pesquisa com
humanos, podemos afirmar que: O pesquisador tem que avaliar sobre as consequências da
exposição dos pesquisados aos métodos e técnicas que serão empregados na pesquisa.
Considere as referências abaixo, com base nas normas da ABNT (2018), e assinale a
alternativa correta: WAGNER, R. A presunção da cultura. In WAGNER, R. A invenção da cultura. São
Paulo: Cosac Naify, 2010, Cap. I, p. 27- 46.

Considere as referências abaixo e assinale a correta com base nas normas da ABNT
(2018): UNTHER, H. Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: esta é a questão? Psic.: Teor. e
Pesq.,Brasília,v.22,n.2,Aug.2006.Disponívelem:https://www.scielo.br/j/ptp/a/
HMpC4d5cbXsdt6RqbrmZk3J/abstract/?lang=pt Acesso em 30 set 2022.

Considere as referências abaixo e assinale a correta com base nas normas da ABNT
(2018): ECO, U. O excesso, de Rabelais em diante. In ECO, U. A vertigem das listas. Rio de Janeiro:
Record, 2010, Cap. 15, p. 244-277.

Este artigo relata uma pesquisa cujo objetivo foi identificar, na legislação federal de
saúde, em que medida e de que forma as políticas públicas contemplam a atuação do psicólogo na
atenção básica no Brasil, ampliando a compreensão da inserção dos psicólogos no Sistema Único de
Saúde (SUS). Utilizou-se o método de pesquisa documental, e os resultados mostraram que as
políticas tratam da inclusão do psicólogo nas equipes de saúde em apenas 14 dos 964 documentos
pesquisados. Há prevalência de inclusão nos níveis secundário e terciário de atenção. No modelo de
atenção preconizado, a relação que o profissional de Psicologia estabelece com a atenção básica se
dá através do Apoio Matricial às equipes de saúde da família. Entretanto, identificou-se que este
constitui atuação de nível secundário. Concluiu-se que a configuração das políticas de saúde não
favorece a efetivação de uma atuação do psicólogo condizente com as demandas da atenção básica.
Entende-se que o SUS deveria contar com psicólogos nas unidades locais de saúde, inseridos nas
equipes de saúde da família que desenvolvessem trabalho interdisciplinar voltado para a atenção
integral, e com psicólogos especialistas locados nos núcleos e nos centros nos níveis secundário e
terciário. BOING, E.; CREPALDI, M. A. O psicólogo na atenção básica: uma incursão pelas políticas
públicas de saúde brasileiras. Psicologia Ciência e Profissão, n. 3, p.635-649, 2010. Tendo em vista o
texto acima, assinale a afirmativa correta: Além dos documentos referentes à legislação federal de
saúde, é possível supor que nas discussões tenham sido utilizados artigos científicos sobre a
inserção e atuação do psicólogo no sistema público de saúde.

Somos testemunhas das transformações operadas pelo avanço do conhecimento


científico. Usufruímos das maravilhas tecnológicas, mas também amargamos suas terríveis mazelas.
Junto com a ilimitada produção de alimentos e outros bens caminha na mesma proporção a miséria.
Aplaudimos o progresso inimaginável da medicina e, ao mesmo tempo, choramos a morte de
centenas de vidas humanas por fome, cólera, malária, tuberculose. Hoje, colocada no tribunal da
humanidade, se indaga por que a ciência não se traduziu em sabedoria de vida, porque o homem fez
a história em direção oposta às suas necessidades. a ciência não é absoluta, não é compreensível em
si, não tem objetividade natural e sim objetividade social, depende das ações humanas, pois é
expressão e resultado das relações sociais. Portanto, todas as ciências estão inseridas no reino da
ética.

Segundo SCHIMIDT (2008) “O tema da autonomia remete a um problema essencial do


debate sobre ética em pesquisa, especialmente a partir da vigência da Resolução 196/96 do Conselho
Nacional de Saúde que, construída para regrar procedimentos de pesquisa médica, passou a interferir
numa vasta área de investigações em ciências sociais e humanas (Guerriero, 2006).”. Segundo esta
autora: I a diminuição da autonomia do pesquisador pode trazer riscos em relação aos cuidados
éticos nas pesquisas em psicologia, dentre eles a diminuição da reflexão dos pesquisadores sobre
suas responsabilidades para com o outro. II a existência do regramento não pode estar acima da
disposição do pesquisador para discutir com os outros as implicações de uma pesquisa.

Os aspectos éticos relacionados a pesquisa com humanos têm sido cada vez mais
discutidos, considerando-os leia atentamente afirmativas a seguir: Quando fazemos uma pesquisa
com humanos é importante que o mesmo seja informado de todos os procedimentos aos quais
será submetido, o que chamamos de consentimento livre e esclarecido. III Quando fazemos
pesquisas com humanos é importante pensar na contrapartida, ou seja, o que pode ser oferecido
para a população pesquisada como um retorno da pesquisa realizada. IV Quando realizamos uma
pesquisa com humanos, é preciso sempre assegurar a confidencialidade, privacidade e proteção da
imagem, uma vez que as pesquisas podem em sua dimensão política comprometer a forma como a
sociedade compreende e olha determinados sujeitos.

Um dos princípios éticos em pesquisas com seres humanos é a questão da autonomia


dos que delas participam. O mais importante instrumento para o exercício desta autonomia é a
exigência da utilização do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) com todos os que serão
participantes de uma pesquisa. II a linguagem e as explicações utilizadas no TCLE devem ser
esclarecedoras, acessíveis e numa linguagem clara, permitindo ao participante entender os
objetivos da pesquisa e as formas de sua participação. III neste documento são apresentados aos
participantes os cuidados com o sigilo, privacidade e anonimato que serão empregados no
processo da pesquisa.

Considerando os argumentos de Maria Luisa Sandoval Schmidt sobre os aspectos éticos


da pesquisa, leia atentamente as afirmativas a seguir: I É preciso pensar sobre a ética na pesquisa
qualitativa, justamente porque ela reporta, exatamente, ao modo de lidar e agir no interior destas
relações, segundo ela, quase sempre de partida, assimétricas e hierárquicas.II Ela discute que para
realizar pesquisas qualitativas, onde há maior participação do pesquisador, é preciso pensar em
pesquisadores autônomos, que possam assumir responsabilidades por seus atos na condução da
investigação e que isso não venha somente formatado por instâncias externas.

Investigações revelam detalhes de experiência dos EUA com cobaias humanas na


Guatemala: Informar e pedir o consentimento, inclusive por escrito, para a realização do
procedimento médico.

“O que sempre houve na história desse país foi o ato criminoso de apropriação dos
saberes tradicionais para o “bem” da ciência acadêmica. Pesquisadores que baseiam e desenvolvem
seus projetos em cima de saberes tradicionais estabelecidos por gerações. E o que esses mestres dos
saberes tradicionais ganham com isso? Esquecimento, mero reconhecimento como informante, em
suma, um pé bem dado na bunda... I Garantir que as pesquisas em comunidades, sempre que
possível, traduzir-se-ão em benefícios cujos efeitos continuem a se fazer sentir após sua conclusão.
Quando, no interesse da comunidade, houver benefício real em incentivar ou estimular mudanças
de costumes ou comportamentos, o protocolo de pesquisa deve incluir, sempre que possível,
disposições para comunicar tal benefício às pessoas e/ou comunidades;II Assegurar aos
participantes da pesquisa os benefícios resultantes do projeto, seja em termos de retorno social,
acesso aos procedimentos, produtos ou agentes da pesquisa;

Assinale a afirmativa que diz respeito aos princípios de não maleficência e beneficência
em pesquisa com humanos: O pesquisador tem que avaliar sobre as consequências da exposição
dos pesquisados aos métodos e técnicas que serão empregados na pesquisa.

A Resolução 196/96 do C.N.S. fundamenta-se "nos principais documentos internacionais


que emanaram declarações e diretrizes sobre pesquisas que envolvem seres humanos e incorpora,
sob a ótica do indivíduo e das coletividades, os quatro referenciais básicos da bioética: autonomia,
não maleficência, beneficência e justiça, entre outros, e visa assegurar os direitos e deveres que
dizem respeito à comunidade científica, aos sujeitos da pesquisa e ao Estado." o termo de
consentimento livre e esclarecido deve contemplar, dentre outros aspectos, os possíveis riscos e os
benefícios esperados na pesquisa.

Em BOTOME (2007) se evidencia que as enormes dificuldades psicossociais presentes no


Brasil solicitam o desenvolvimento de pesquisas que possam contribuir com a resolução dos mais
diferentes problemas que afligem a população brasileira. I é fundamental aos pesquisadores
realizarem um constante questionamento sobre o que deve ser privilegiado em suas investigações,
pois as pesquisas devem transcender aos objetivos pessoais destes, tendo em vista a
responsabilidade social da produção acadêmica. III é fundamental que o produto da atividade
científica contribua com o desenvolvimento do conhecimento e possua relevância social.

As normas sobre ética em pesquisa com seres humanos sintetizam o que determinada
sociedade considera correto e justo para guiar o comportamento dos pesquisadores, num dado
momento histórico. Implicam, portanto, uma discussão sobre a ciência e sua inserção social. (...) A
definição sobre o que pesquisar é frequentemente influenciada (e muitas vezes definida) pela
disponibilidade de financiamentos, e o pesquisador trabalha a partir de sua inserção social, sendo
profundamente marcado pelas questões de gênero, etnia, condição socioeconômica e, ainda, por seu
pertencimento a uma comunidade acadêmica específica. (GUERRIERO; MINAYO, 2013). Isso posto,
sobre as Resoluções 196/96 e 466/12 que versam sobre as diretrizes brasileiras sobre ética em
pesquisa, temos: II a nova Resolução, ao contrário da anterior, abarca a pesquisa cuja abordagem
pressupõe uma interação intersubjetiva (pesquisador-pesquisado).

Segundo Botomé (2007), as pesquisas devem ser realizadas: como opção de serviço:
devem ser realizadas porque a população precisa ser auxiliada para poder acompanhar os
cientistas e estar junto com eles.

Cremos que a polêmica quantitativo versus qualitativo, objetivo versus subjetivo não
pode ser assumida simplistamente como uma opção pessoal do cientista ao abordar a realidade. A
questão, a nosso ver, aponta para o problema fundamental que é o próprio caráter específico do
objeto de conhecimento: o ser humano e a sociedade. Esse objeto que é sujeito se recusa
peremptoriamente a se revelar apenas nos números ou a se igualar com sua própria aparência. Desta
forma coloca ao estudioso o dilema de contentar-se com a problematização do produto humano
objetivado ou de ir em busca, também dos significados da ação humana que constrói a história. É um
desafio na busca dos caminhos. MINAYO, M. C. S. O desafio do Conhecimento: pesquisa qualitativa
em saúde. SP/RJ HUCITEC-ABRASCO, 1998, p.36. o dilema que se coloca é o do conhecimento do ser
humano, que não se revela em sua completude por meio de um ou outro método, o que obriga o
pesquisador a decidir por determinado caminho, mesmo sabendo de suas limitações.

O Projeto de Pesquisa é a base para a construção e planejamento de determinado


estudo que o pesquisador pretende realizar. É no Projeto de Pesquisa que a relevância social,
acadêmica e cientifica deve ser apontada.
Segundo o autor Botomé, a pesquisa científica realizada durante a graduação reflete
sobre o papel da Universidade e dos alunos diante dos desafios do ensino e da sociedade. Estudante
ativo é todo aquele que procura investigar e gerar conhecimentos, e não apenas reproduzi-los.

O aluno ativo, conforme as reflexões de Botomé (2007), reflete uma concepção do papel
da Universidade no universo social.

Este aluno desempenha uma função específica, que não se restringe aos muros dos
centros de ensino superior. saber como construir novos conhecimentos.

Um pesquisador que em suas pesquisas trabalha com estatísticas, é um pesquisador que


realiza pesquisas a partir de III. pesquisas quantitativas utilizando a certeza e a repetição exata,
ainda que probabilística, de ocorrências.

Na sociedade ocidental a ciência se constitui na contemporaneidade como a forma


hegemônica de conhecimento da realidade. Contribuiu para essa hegemonia: II. A possibilidade
trazida pelo conhecimento científico de oferecer resposta a questões existenciais e filosóficas da
sociedade e, assim, contribuir para melhorar a qualidade de vida da população.

Segundo Minayo (2016), as ciências sociais possuem especificidades no campo das


ciências. II. O objeto das ciências sociais ser histórico: as relações sociais ocorrem em espaço e
momento histórico específicos e é uma questão fundamental para essas ciências captar a
provisoriedade e o dinamismo das questões sociais.

Para realizar o trabalho de conclusão de curso, João resolveu pesquisar sobre o estresse
em professores de nível superior. Após realizar uma busca na literatura sobre o tema, ele estabeleceu
o seguinte objetivo para sua pesquisa: Identificar os professores das universidades do Centro Oeste
que apresentam estresse. precisará padronizar o instrumento de coleta de dados e utilizar uma
amostra de respondentes que seja representativa de todos os professores de nível superior do
Centro Oeste.

Em seu livro Pesquisa Qualitativa e Subjetividade González Rey defende a proposta de


uma Epistemologia Qualitativa para as pesquisas qualitativas em Psicologia. Ele afirma a necessidade
de outras referências epistemológicas alternativas ao Positivismo, que sejam mais específicas e se
articulem com estratégias das pesquisas qualitativas. Um dos posicionamentos que a Epistemologia
Qualitativa apresenta é de que o conhecimento deve ter caráter construtivo e interpretativo. I. As
pesquisas qualitativas encontram legitimidade graças à sua capacidade de produzir continuamente
novas formas de compreensão e entendimento, pois, durante o processo da pesquisa exigem do
pesquisador o confronto do pensamento com a complexidade de eventos coexistentes. II. As
pesquisas qualitativas incluem entre suas características o fato de o conhecimento ser
compreendido como produção e não simplesmente como apropriação da realidade que se
apresenta a nós.

Os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho constituem uma das principais


causas de afastamento do trabalho, gerando problemas sociais, psicológicos e econômicos. De origem
multideterminada geram problemas biopsicossociais difíceis de reversão aos seus portadores. O
presente trabalho buscou analisar um processo de intervenção com foco na redução e controle do
estresse em um portador de DORT. Participou do trabalho um metalúrgico de 45 anos, afastado do
trabalho por DORT. Foi realizado um diagnóstico inicial pelo Inventário de Sintomas de Stress - ISSL,
Inventário de Atitudes Frente a Dor - IAD e entrevista semiestruturada. Posteriormente realizaram-se
oito sessões de intervenção na abordagem cognitivo-comportamental. Ao final foram reaplicados o
ISSL e IAD. Observou-se que ao trabalhar as crenças irracionais relativas à condição de afastamento e
a mudança de atitudes frente à dor e ao DORT, houve uma alteração significativa no quadro do
paciente, identificado no nível de estresse que estava em resistência e no final não foi identificado
estresse, o IAD apontou uma redução na atitude emotiva frente à dor e aumento nas atitudes de
controle e solicitude. Tais considerações apontam para a importância de se promover um trabalho
voltado a questões psicossociais junto aos portadores de DORT, proporcionando-lhes uma melhor
reinserção no mercado de trabalho e melhor qualidade de vida. I. Que permite ampla generalização
dos resultados, pois foi muito bem estruturado. E apesar de ser um trabalho de natureza
qualitativa, baseado em estudo de caso, permite generalizações de resultados que possibilitam
afirmar que o ocorrido com o participante estudado ocorre com todos os indivíduos sujeitos às
mesmas condições.

(...) se a relação entre quantitativo e qualitativo, entre objetividade e subjetividade não


se reduz a um continuum, ela não pode ser pensada como oposição contraditória. Pelo contrário, é
de se desejar que as relações sociais possam ser analisadas em seus aspectos mais “ecológicos” e
“concretos” e aprofundadas em seus significados mais essenciais. Assim, o estudo quantitativo pode
gerar questões para serem aprofundadas qualitativamente, e vice-versa. (MINAYO, 1993). II. É
característico da pesquisa qualitativa o envolvimento emocional do pesquisador com o tema por
ele investigado.

Quando falo com um amigo, estou interessado em detectar a intenção da pessoa que
fala; e quando recebo uma carta de um amigo estou interessado em entender o que o autor queria
dizer. Nesse sentido, fiquei perplexo ao ler o jeu de massacre de Derrida sobre um texto assinado por
John Searle. Ou melhor, considerei-o somente como um exercício esplêndido de paradoxos
filosóficos, sem esquecer que Zeno, ao demonstrar a impossibilidade do movimento, no entanto
estava consciente de que, para fazê-lo, tinha pelo menos de mover a língua e os lábios. Mas há um
caso em que sinto simpatia por muitas teorias voltadas para o leitor. Quando um texto é colocado
numa garrafa – e isso não acontece só com a poesia ou a narrativa, mas também com A crítica da
razão pura – isto é, quando um texto é produzido não para um único leitor destinatário, mas para
uma comunidade de leitores, o/a autor/a sabe que será interpretado/a não segundo as suas
intenções, mas de acordo com uma complexa estratégia de interações que também envolve os
leitores, ao lado de sua competência na linguagem enquanto tesouro social. Por tesouro social
entendo não apenas uma determinada língua enquanto conjunto de regras gramaticais, mas também
toda a enciclopédia que as realizações daquela língua implementaram, ou seja, as convenções
culturais que uma língua produziu e a própria história das interpretações anteriores de muitos textos,
compreendendo o texto que o leitor está lendo. ECO, U. Interpretação e superinterpretação. São
Paulo: Martins Fontes, 1993. Tendo em vista o texto acima, podemos afirmar que de acordo com Eco:
um texto poderá ser interpretado de modos diferentes, dependendo do meio cultural e linguístico
da comunidade de leitores.

Inicialmente, devemos admitir que não concordamos com a dicotomia de Dilthey


quando afirmou “explicamos a natureza, compreendemos a vida mental”. O ser humano e, portanto,
sua vida mental, faz parte da natureza; desta maneira, encontra-se em constante interface com a
natureza. Consequentemente, a ciência do ser humano e da sua vida mental consiste em um esforço
concomitante de explicar e compreender. Mais enfaticamente, explicação e compreensão dependem
uma da outra, são impossíveis uma sem a outra (GÜNTHER, 2006). Isto posto, este autor faz as
seguintes considerações sobre a escolha entre pesquisa qualitativa e a pesquisa quantitativa: II. A
escolha de qualquer dos métodos deve contemplar questões práticas, empíricas e técnicas que
possibilitem, no menor espaço de tempo possível, chegar ao resultado que permita uma melhor
compreensão do fenômeno estudo. III. A combinação dos métodos qualitativos e qualitativos é
permitida, já que a depender das perguntas a serem respondidas, comporta-se mais de um
método.

Há um programa chamado Big Brother Brasil (deveria ser com z, mas não é...) e um Brasil
do big brother. (...)III. Segundo DaMatta, somos constituídos socialmente; pensamos e vemos o
mundo de acordo com as marcas feitas em nós, pelo mundo no qual fomos lançados. O que
falamos e professamos não é de nossa autoria, mas do lugar, do tempo, da língua, da família etc.
nos quais nascemos e crescemos. IV. Quando DaMatta diz “...indivíduos no sentido pleno da
palavra...” ele provavelmente se refere a um conceito que passou a vigorar a partir do liberalismo
dos séculos XVII e XVIII. O homem foi tomado como fundamento primeiro de todas as coisas –
permanente e invariável no tempo; célula básica da sociedade. V. Para o indivíduo, constituído sob
os ideais românticos, sua privacidade é seu tesouro máximo e deve ser mantida longe dos olhares e
controles alheios. A defesa da inviolabilidade da intimidade do indivíduo foi uma marca do
romantismo cujos vestígios se encontram na contemporaneidade. Isto explica o nosso fascínio
diante da possibilidade de “olhar o outro pelo buraco da fechadura”.

A ciência sempre avançou pela dúvida e pelas perguntas, que mudam de qualidade nos
diferentes contextos históricos. Hoje, a novidade é que elas não são mais feitas para obter
informações e sim por excesso de conhecimento. Por isso, as perguntas que fazem avançar o
conhecimento, que Souza Santos (1997, p.117) denomina “interrogações poderosas”, são as contra
hegemônicas, com capacidade de penetrar nos pressupostos epistemológicos e ontológicos do saber
constituído, como as indagações que unem ciência e virtude, introduzindo a ordem do valor e da
ética nos conceitos científicos. (O sofrimento ético-político como categoria de análise da dialética
exclusão/inclusão. IN: SAWAIA, B. B. In: As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da
desigualdade social. Petrópolis: Vozes. 2009). I. O texto acima supera a perspectiva epistemológica
do uso moralizador e normatizador de conceitos científicos que culpabilizam o indivíduo por sua
situação social. E nesse sentido, implementam a postura ética do pesquisador. III. O texto acima
propõe uma superação das relações de poder, tradicionalmente apoiadas no princípio da
neutralidade científica. Aspecto esse que determinava uma ética desvinculada dos sujeitos da
pesquisa.

É do silêncio que nasce o ouvir. Só posso ouvir a palavra, se meus ruídos interiores forem
silenciados. Só posso ouvir a verdade do outro, se eu parar de tagarelar. (Rubens Alves) II. Pode se
relacionar a frase acima a um tipo de recorte da realidade e escuta do sujeito que privilegia o
ponto de vista do pesquisador e que irá enriquecer o conteúdo investigado e delimitar a verdade
sobre o objeto da pesquisa

Maria Amélia Matos e Gerson Yukio Tomanari (2002), dois conceituados pesquisadores
em Psicologia Experimental, em seu livro “Análise do comportamento no laboratório didático”
afirmam que qualquer forma de conhecimento só avançou significativamente quando suas
observações puderam ser quantificadas. A afirmação de Matos e Tomanari se baseia no caráter de
cientificidade da ciência psicológica. Sob a luz da cientificidade pode-se afirmar que: I. Algumas
abordagens em psicologia, garantem sua cientificidade a partir da partilha de métodos e
procedimentos reconhecidos pela comunidade científica. II. Algumas abordagens em psicologia
garantem sua cientificidade a partir de uma ideia reguladora e pela partilha de princípios, como no
caso dos trabalhos de natureza qualitativa, regulados pela teoria subjetiva que os embasa.

Um problema de pesquisa deve ser elaborado de modo claro e preciso, tendo o


pesquisador que elaborar uma pergunta que conduza a investigação e que determina o que será
investigado. I. É preciso que o problema a ser levantado seja passível de solução, ou seja, que os
critérios metodológicos e científicos possam conduzir à resposta para a pergunta formulada. II. É
preciso que o problema a ser levantado seja empírico, isto é, o Problema deve ser observável na
realidade por meio de técnicas e métodos apropriados.

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