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CIÊNCIAS E

PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS
AULA 4 – 10/03/2021

Docente: Rômulo Trindade da Silva


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Tipos de Materiais

Metais

Cerâmicas
Avançados
e Vidros

Compósito
Polímeros
s

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Variáveis a serem consideradas
• Influenciam o processo de fabricação dos componentes e sua consequente aplicação;
• Temperatura – fragilidade em baixas temperaturas;
• Corrosão: reação com oxigênio e outros gases – degradação (falhas prematuras);
• Fadiga: projetar de acordo com esforço cíclico e repetitivo;
• Taxa de deformação – evitar ruptura.

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Seleção de Materiais
• Decisão final prática no processo de engenharia;

Ex: Material para um cilindro de gás


comercial, resistir a pressões elevadas
Qual tipo de Melhor material (até 14 MPa);
material dentro da
escolher. categoria.

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Estrutura Atômica
• Cada átomo consiste em um núcleo muito pequeno, composto por prótons e nêutrons, e esta
envolto por elétrons em movimento;
• Número atômico = nº de prótons no seu núcleo;
• Ex: 1 para Hidrogênio e 94 para o Plutônio;
• Massa atômica = soma das massas dos prótons e dos neutrôns;

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Modelos Atômicos
Mecânica Quântica;
• Modelo atômico de Bohr (sistema solar): elétrons circulam ao redor do núcleo atômico em orbitais
discretos;
• Posição do elétron bem definida;
• Níveis e estados de energia;
• Limitação: Posição do elétron;

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Modelos Atômicos
Mecânica Quântica;
• Modelo mecânico-ondulatório :
• Considera-se que o elétron exibe características tanto de uma onda como de uma partícula;
• Um elétron não é mais tratado como uma partícula que se move em um orbital discreto 
Introdução do conceito de probabilidade da posição do elétron (nuvem de eletron);

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Modelos Atômicos
Estabilidade Atômica – Teoria do Octeto;
• As ligações químicas são realizadas visando configuração mais estável dos átomos;
• Oito elétrons na camada de valência;
• Átomos ganham ou perdem elétrons para formar íons carregados ou compartilham;

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Ligação Atômica nos Sólidos
Forças e Energias de Ligação
• A magnitude das forças Inter atômicas ditam propriedades mecânicas dos materiais;
• Quando a soma das Forças Atrativas e Repulsivas é ZERO, os átomos estão na chamada distância
de equilíbrio (ro).

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Ligação Atômica nos Sólidos
Forças e Energias de Ligação
• A inclinação da curva no ponto de equilíbrio dará a força necessária para separar os átomos sem
promover a quebra da ligação.

• Os materiais que apresentam uma inclinação grande são considerados materiais RÍGIDOS.
Materiais que apresentam uma inclinação mais tênue são bastante FLEXÍVEIS.

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Ligação Atômica nos Sólidos
Forças e Energias de Ligação
• Pode ser expressa em forma de Energia (potencial)
entre dois átomos;
• Matematicamente, Energia (E) e Força de ligações
(F) estão relacionadas por :

E = ∫ F.dr

• Quanto mais profundo o poço, maior a temperatura


de fusão;

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Ligação Atômica nos Sólidos
Tipos de Ligações Interatômicas
• Ligações primárias: Envolve elétrons de valência, depende das estruturas eletrônicas dos átomos
constituintes, origina da tendência dos átomos buscarem a estabilidade;
• Metálicas, covalentes e iônicas;

• Ligações secundárias: são mais fracas, porém ainda tem influencia nas propriedades;
• Van der Walls

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Ligações Primárias
Ligação Iônica
• Geralmente entre elementos metálicos e não metálicos;
• Elementos metálicos  perdem elétrons com facilidade;
• Elementos não metálicos  recebem elétrons com facilidade;
• Todos atingem estabilidade e carga elétrica (íons);

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Ligações Primárias
Ligação Iônica
• As forças de ligação atrativas são de Coulomb, em virtude de cargas elétricas diferentes, atraem-se
uns aos outros;
• Além disso, ela é não-direcional, a magnitude da ligação é igual em todas as direções ao redor do
íon;
• São ligações relativamente fortes;
• Comum em materiais cerâmicos (alto ponto de fusão, isolantes, rígidos);

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Ligações Primárias
Ligação Covalente:
• Encontrada em materiais com pequenas diferenças de eletronegatividade; localizados próximos na
tabela;
• Atingem a estabilidade com o compartilhamento de elétrons;
• Cada um contribui com pelo menos 1, e os elétrons compartilhados pertencem a ambos;
• Ligação direcional, ocorre entre átomos específicos e pode existir apenas na direção de
compartilhamento;
• Tipo de ligação comum em compostos orgânicos como polímeros e diamantes;
• Elétrons presos nas ligações tendem a ser isolantes ou semicondutores;
• Propriedades mecânicas abrangentes;

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Ligações Primárias
Ligações Iônica e Covalente:
• Não é comum que haja, em compostos, ligações iônicas ou covalentes puras;
• A maioria das ligações iônicas tem um certo grau de ligação covalente e vice-versa, transferem e
compartilham elétrons ao mesmo tempo;
• O grau do tipo de ligação depende da eletronegatividade dos átomos constituintes;
• Quanto maior a diferença nas eletronegatividades mais iônica é a ligação e, quanto menor, mais
covalente a ligação.

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Ligações Primárias
Ligações Metálica:
• Encontrada nos metais e suas ligas;
• Elétrons de valência não estão ligados a nenhum átomo em particular no sólido e estão livres para
se movimentar ao longo de todo material;
• Elétrons de valência pertencem a todo metal  nuvem de elétrons;
• Os que não são de valência formam núcleos iônicos positivos;
• Natureza não direcional;
• Bons condutores de eletricidade e calor;

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Ligações Secundárias
Ligação de Van der Waals:
• Ligações fracas quando comparadas às primarias;
• Existem em praticamente todos os átomos ou moléculas;
• Ocorre principalmente em gases nobres;
• Surgem a partir de dipolos devido a estrutura de forças atrativas e repulsivas;

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Ligações Secundárias
Ligação de Van der Waals:
• Devido as movimentações constantes de vibração, ocorrem distorções instantâneas na simetria
elétrica, criando dipolos;
• Um dipolo formado pode induzir a formação de outro em átomo adjacente;
• Isso caracteriza a ligação de Van der Waals;
• Essas forças atrativas podem existir entre grande número de átomos, porém são temporárias e
flutuam ao longo do tempo;
• Resulta em baixa temperatura de fusão;

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Ligações Primárias

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PROCESSOS INDUSTRIAIS EMPREGADOS NA
CONSTRUÇÃO DE ELEMENTOS DE MÁQUINAS
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
• Trabalho a quente (TQ) - aquele que é executado em
temperaturas acima de 0,5Tf

• Trabalho a morno (TM) - executado na faixa compreendida


(grosseiramente) entre 0,3 e 0,5 tf

• Trabalho a frio (TF) - aquele que é executado entre 0 e 0,3 Tf .


LAMINAÇÃO

laminação

chapa, perfis, trilhos, etc.


EXTRUSÃO
extrusão

quadros de janelas e portas, trilhos para portas


deslizantes, arames, tubos de várias seções
transversais e formas geométricas
TREFILAÇÃO
 𝝈 < 𝝈 𝒓𝒖𝒑𝒕𝒖𝒓𝒂

trefilação

fios elétricos, cabos, clipes de papel,


corda para instrumentos musicais, raio
para rodas, etc.
FORJAMENTO

forjamento

válvulas de motores, rodas de


automóveis e trens, parafusos,
etc.
ESTAMPAGEM
estampagem

lataria de automóveis, latas de


refrigerante, portas de fogão e
geladeira, etc.
FUNDIÇÃO
 𝒕 > 𝒕 𝒇𝒖𝒔 ã 𝒐
fundição

A moldagem é geralmente realizada Processo de fabricação onde


vazando-se o metal líquido numa se obtêm a peça através da
cavidade com geometria equivalente moldagem de um metal no
ao negativo da peça estado líquido
USINAGEM
USINAGEM
• Processos de usinagem:  𝝈 > 𝝈 𝒓𝒖𝒑𝒕𝒖𝒓𝒂

• Nestes processos uma nova forma é gerada pela remoção


de material excedente

Fresamento Torneamento Retificação Furação etc.

Processo de fabricação onde Geralmente realizado no


se obtêm a peça através da estado sólido mas pode
remoção de material de um também ser realizado no estado
bloco de maior dimensão líquido (p. ex.: eletroerosão)
TORNO MECÂNICO
USINAGEM
Movimentos Usinagem
• Movimento de Corte – 1: é o movimento entra a ferramenta
e a peça, que, sem o movimento de avanço gera apenas
uma remoção de cavaco durante um curso.
• 
• Movimento de Avanço – 2: é o movimento entre a peça e a
ferramenta, que, junto com o movimento de corte, gera um
levantamento repetido ou contínuo de cavaco durante vários
cursos ou voltas.
• 
• Movimento de Profundidade – 3: é o movimento entre a peça
e a ferramenta no qual a espessura da camada de material a
ser retirada é determinada de antemão.

• Fluidos de Corte
USINAGEM
SOLDAGEM
SOLDAGEM
SOLDAGEM - DEFINIÇÃO
“Operação que visa obter a coalescência localizada produzida
pelo aquecimento até uma temperatura adequada, com ou sem
a aplicação de pressão e de metal de adição.” (Definição a
adotada pela AWS - American Welding Society).
SOLDABILIDADE
Pode referir-se à facilidade de realizar a operação de soldagem
utilizando-se parâmetros normais de regulagem da máquina, de
material de adição e de rendimento, ou à capacidade de o
material ser soldado sem que haja a formação de
microestruturas prejudiciais às suas características e
propriedades mecânicas. Um material com boa soldabilidade
deve se apresentar, após a soldagem, sem concentração
excessiva de tensões internas e com boas propriedades
mecânicas de tenacidade e ductilidade
SOLDAGEM
Soldagem-Eletrodo Revestido
SMAW – SHIELDED METAL ARC WELDING
Soldagem MIG/MAG (GMAW)
Soldagem TIG (GTAW)

(a) (b)

(a) Detalhe da região do arco. (b) Montagem usual.


Soldagem a gás (OFW)

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