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TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS DOS

PROCESSOS

Adoçantes Artificiais
Adoçantes Artificiais
 Nos dias atuais o homem tem procurado por alimentos com menor valor calórico seja por
cuidados com a estética ou problemas de saúde, o homem está substituindo o açúcar por
produtos conhecidos como edulcorantes, compostos com sabor semelhante ao da
sacarose, porém com baixo valor calórico ou completamente sem calorias
 Conforme podemos ver na Figura 1, em um espaço de 20 anos no EUA, o número de
americanos que utilizam adoçantes passou de 68 milhões, em 1984, para 180 milhões em
2004. Os edulcorantes permitidos para uso em alimentos e bebidas dietéticas são vários,
mas cada um possui características específicas de intensidade, persistência do gosto
doce e presença ou não de gosto residual. Além disso, tais características podem se
modificar em função de suas concentrações. Esses fatores são determinantes na
aceitação, preferência e escolha por parte dos consumidores

Figura 1 – Número de consumidores norte-americanos de produtos (comidas e bebidas) de baixa caloria e com adoçantes
dietéticos (em milhões de adultos). Fonte: Calorie Control Commentary: Fall 2004, Vol. 26
Adoçantes Artificiais
 O paladar, propriedade que mais influencia na
aceitação dos alimentos é uma combinação
de quatro componentes básicos, a saber:
azedo, amargo, ácido e doce.

 O sabor doce é o que desempenha papel


mais importante de todos. A preferência
humana pelo sabor doce, tem gerado um
número excessivo de produtos que contém
açúcar.

 Pessoas em dietas com restrição calórica e


indivíduos com intolerância à glicose
recorrem sistematicamente, a substâncias
edulcorantes, também chamados de
adoçantes artificiais.
Adoçantes Artificiais
 o que faz uma substância ser doce?

 Para que uma molécula seja doce, ela deve ativar os


receptores do sabor doce da língua. Para isso, há
necessidade de três características: um átomo de
nitrogênio ou oxigênio carregando um hidrogênio (N-
H ou O-H) no vértice X, um átomo de nitrogênio ou
oxigênio em Y, e um grupo repelente a água em Z (por
exemplo, um grupo derivado de um hidrocarboneto).
Os números nas bordas do triângulo representam as
distâncias ideais entre as três pontas, expressos em
picometros (1pm = 10-12 m).

 As distâncias entre as extremidades do triângulo


devem ser específicas para que possam estimular os
receptores do sabor doce na língua, por exemplo,
com base na figura ao lado a extremidade X deve
estar à distância de 350 pm da extremidade x e de 550
pm de y, formando um triângulo escaleno, portanto Figura: Triângulo da doçura. Fonte:
todas estas extremidades estarão no mesmo plano. http://www.sitioterraesaude.com.br/namidia_visualiza.p
hp?contcod=72&d_autor=8&contsubtitulo=

RETONDO, C. G; FA RIA, P. Química das Sensações.


Campinas, São Paulo: Editora
Átomo, 2008
Adoçantes Artificiais
 Os adoçantes dietéticos de mesa são consumidos não somente por
obesos ou diabéticos, mas também por um número crescente de
pessoas preocupadas em manter a forma física e restringir o nível
calórico de sua alimentação. Contudo, seu principal emprego é como
coadjuvantes no controle do Diabetes Mellitus, uma vez que a
substituição da sacarose pelos adoçantes dietéticos facilita a terapia
nutricional instituída ao paciente.
De acordo com a legislação brasileira em vigor – Portaria da Secretaria
de Vigilância Sanitária (SVS) nº29 de 13/01/98 –, adoçantes de mesa são
os produtos especificamente formulados para conferir o sabor doce aos
alimentos e bebidas.
O Codex Alimentarius, um forum internacional para normatização de
alimentos, classificou os substitutos da sacarose em dois grupos:
 
 Edulcorantes intensos ou não-nutritivos: fornecem somente doçura
acentuada, não desempenham nenhuma outra função tecnológica no
produto final. São pouco calóricos e utilizados em quantidades muito
pequenas.
 
 Agentes de corpo: fornecem energia e textura aos adoçantes, geralmente
contêm o mesmo valor calórico da sacarose e são utilizados em
quantidades que facilitam medição e o consumo do adoçante dietético.
Adoçantes Artificiais
 Os adoçantes podem conter e ser formulados à base de edulcorantes naturais e/ou
artificiais e seus respectivos veículos permitidos na legislação, tais como: água,
álcool etílico, amido, amido modificado, dextrinas, dextrose, fruto-oligossacarídeos,
frutose, glicerina ou glicerol, isomalte, lactose, maltitol e seu xarope, maltodextrina,
manitol, polidextrose, polietileno glicol, propileno glicol, sacarose, sorbitol em pó ou
solução.

 Os edulcorantes são substâncias artificiais ou naturais geralmente centenas de


vezes mais doces do que o açúcar de cana. Conferem o sabor doce no adoçante e
não são calóricos, exceção feita ao aspartame, embora seu poder de adoçamento
torne suas calorias desprezíveis. Os edulcorantes aprovados no Brasil para uso em
adoçantes dietéticos são: sacarina, ciclamato, aspartame, esteviosídeo,
acessulfame-K e sucralose.

 Na tabela 1, são mostrados os principais edulcorantes que compõem os adoçantes


dietéticos pesquisados, suas características, a dose diária aceitável (IDA), o poder
de adoçamento, a metabolização, a sensibilidade ao calor e ao meio ácido, as
calorias por unidade e o ano de sua descoberta.
Adoçantes Artificiais

 DM Porfírio e, E de Oliveira – revistaanalytica fev/mar 2006, pag.60. revistaanalytica.com.br


Adoçantes Artificiais
Sacarina - Primeira substância adoçante sintética
a ser descoberta (1878), tem poder adoçante 500
vezes maior do que a sacarose. Em altas
concentrações deixa sabor residual amargo, e não é
metabolizado pelo organismo. É de fácil solubilidade
e estável em altas temperaturas. Em 1986 foi
comprovada sua segurança para a saúde através de
diversos trabalhos técnicos-científicos. IDA
correspondente a 2,5 mg / kg de peso corpóreo.
Ciclamato - Descoberto em 1939, só entrou no
mercado a partir da década de 50. Como a sacarina,
é outro edulcorante artificial largamente usado no
setor alimentício, sendo aplicado em adoçantes de
mesa, bebidas dietéticas, geléias, sorvetes,
gelatinas etc. Já foi liberado nos EUA da suspeita de
ser cancerígeno. Com o menor poder adoçante, é 40
vezes mais doce que a sacarose, não calórico e
possui sabor agradável e semelhante ao açúcar
refinado (apresentando um leve gosto residual). Não
é metabolizado pelo organismo, nem perde a doçura
quando submetido a altas/baixas temperaturas e
meios ácidos. IDA correspondente a 11 mg/kg de
peso corpóreo.
Adoçantes Artificiais
 Aspartame - Edulcorante artificial descoberto
em 1965. Possui sabor agradável e semelhante
ao açúcar branco, só que com potencial
adoçante 200 vezes maior, permitindo o uso de
pequenas quantidades. Seu valor energético
corresponde a 4 calorias/grama. Muito usado
pela indústria alimentícia, principalmente nos
refrigerantes diet. Sensível ao calor, perde o
seu poder de adoçamento em altas
temperaturas. A doçura também poderá
diminuir quando muito tempo armazenado. É
contra-indicado a portadores de fenilcetonúria,
uma doença genética rara que provoca o
acúmulo da fenilalanina no organismo,
causando retardo mental. IDA correspondente
a 40 mg/kg de peso corpóreo.
 226O aspartame é seguro?
 Sim, existe consenso entre inúmeros comitês internacionais sobre a segurança do aspartame.
 227O que acontece com o aspartame no nosso organismo?
 Ele é metabolizado no trato gastro intestinal liberando dois aminoácidos, o ácido aspártico e a fenilalanina, e metanol.
 228O ácido aspártico liberado pelo aspartame representa risco à saúde?
 Não. Doses de aspartame acima da dose diária recomendada resultam em aumento pequeno de ácido aspártico no sangue, bem abaixo de doses
consideradas como prejudiciais à saúde.
Alimentos em geral podem conter ácido aspártico. Por exemplo, um hambúrguer de 100 g pode conter até 40 vezes a quantidade de ácido aspártico
presente em uma lata de refrigerante (350 ml) adicionado de aspartame.
 229A fenilanina liberada pelo aspartame representa risco à saúde?
 Não. Após uma dose única de aspartame equivalente a 20 latas de refrigerante com este adoçante, o nível de fenilalanina no sangue permanece
dentro da faixa normal , bem abaixo de níveis que possam causar toxicidade. Mesmo para indivíduos com capacidade reduzida de metabolizar a
fenilanina (portadores heterozigotos de fenilcetonúria), uma dose semelhante não eleva os níveis plasmáticos de fenilanina a valores que possam ser
considerados um risco à saúde.
 230O metanol liberado pelo aspartame representa risco à saúde?
 Não. A quantidade de metanol liberada pelo aspartame é muito pequena e mesmo doses elevadas, equivalentes à ingestão diária recomendada para
este adoçante, resulta em uma ingestão de metanol 200 vezes inferior à dose tóxica. A quantidade de metanol proveniente do aspartame contido em
uma lata de refrigerante (350 ml) equivale à quantidade liberada pelo mesmo volume de suco de laranja e de maçã, sendo de 4 a 6 vezes inferior
àquela presente no suco de tomate e de uva.
 231Quem não deve consumir o aspartame?
 Os portadores de uma deficiência rara, fenilcetonúria, não metaboliza o aminoácido fenilalanina, devendo evitar o consumo de aspartame.
Esses indivíduos também são incapazes de metabolizar a fenilalanina de qualquer alimento, devendo ser submetidos a uma dieta rigorosa.
A legislação brasileira obriga que os alimentos que contém aspartame tragam no rótulo a seguinte advertência em destaque e negrito: CONTÉM
FENILALANINA
 232O aspartame pode ser consumido por grávidas e crianças?
 Sim. O metabolismo do aspartame já foi estudado nestes grupos da população, não havendo até o presente evidências científicas de que gestantes e
crianças metabolizem o aspartame diferentemente de um adulto normal.
 233Existe alguma relação entre o consumo de aspartame e esclerose múltipla, Lúpus sistêmico, mal de Alzheimer ou aparecimento de
tumor cerebral?
 Não. Esclerose múltipla é uma doença causada por muitos fatores, não existindo qualquer associação entre sua ocorrência e o consumo de
aspartame.
Também não existem evidências científicas associando o aspartame com Lúpus sistêmico, mal de Alzheimer e ocorrência de tumor cerebral.
 234O aspartame prejudica o diabético?Não. Estimativas de ingestão de aspartame por diabéticos indicam um consumo considerado seguro pela
Organização Mundial de Saúde (OMS).
 235Foram realizadas pesquisas para verificar o efeito do aspartame no organismo humano?
 Sim. Há inúmeros dados na literatura sobre ensaios clínicos realizados em indivíduos normais, diabéticos e indivíduos com problemas no
metabolismo da fenilalanina, não tendo sido evidenciados danos à saúde.
 236Qual a quantidade de adoçante a base de aspartame que pode ser ingerida diariamente?A quantidade máxima de aspartame que um adulto
com 60 kg pode ingerir diariamente, com segurança, é de 2.400 mg, o que equivale, aproximadamente, ao consumo de 48 envelopes de 1 g de um
adoçante dietético com 5% de aspartame, ou a 4 litros de refrigerante adoçado apenas com aspartame.
No caso de uma criança com 30 kg, as quantidades máximas correspondem a 24 envelopes do mesmo adoçante ou a 2 litros de refrigerante.
Adoçantes Artificiais
Ciclamato - Descoberto em 1939, só entrou no
mercado a partir da década de 50. Como a
sacarina, é outro edulcorante artificial largamente
usado no setor alimentício, sendo aplicado em
adoçantes de mesa, bebidas dietéticas, geléias,
sorvetes, gelatinas etc. Já foi liberado nos EUA da
suspeita de ser cancerígeno. Com o menor poder
adoçante, é 40 vezes mais doce que a sacarose,
não calórico e possui sabor agradável e
semelhante ao açúcar refinado (apresentando um
leve gosto residual). Não é metabolizado pelo
organismo, nem perde a doçura quando submetido
a altas/baixas temperaturas e meios ácidos. IDA
correspondente a 11 mg/kg de peso corpóreo
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 Acesulfame-k - Criado em 1960, é o adoçante
sintético de maior resistência ao
armazenamento prolongado e a diferentes
temperaturas. Adoça 200 vezes mais que a
sacarose, seu gosto doce é percebido de
imediato e em grandes doses deixa um leve
sabor residual amargo. Não é calórico e nem
metabolizado pelo organismo. Pode ser
usado como adoçante de mesa e numa
infinidade de produtos. Embora seja
rapidamente absorvida, 99 % da substância é
eliminada em 24 horas pela urina, de forma
inalterada.Vários estudos demonstraram
ausência de indícios cancerígenos ou
mutações na célula. IDA correspondente a 15
mg/kg de peso corpóreo.
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 Stevia Rebaudiana – (steviosídio) -
Descoberta em 1905 e muito difundida no
Japão, esta planta é originária da fronteira
do Brasil com o Paraguai. Das suas folhas
se extrai o steviosídeo, edulcorante
natural de sabor doce retardado com
poder adoçante 300 vezes maior do que a
sacarose. Tem boa estabilidade em altas
ou baixas temperaturas. Pode ser
consumida sem nenhuma contra-
indicação por qualquer pessoa. Não
produz cáries, nem é calórica, tóxica,
fermentável ou metabolizada pelo
organismo. IDA correspondente a 5,5
mg/kg de peso corpóreo. Stevia Rebaudiana
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 Sucralose - Descoberta em 1976, esta
substância acaba de ser aprovada pela
Administração de Drogas e Alimentos
(FDA), dos EUA. Trata-se de um edulcorante
sintético com poder adoçante 600 vezes
maior do que a sacarose. Não é calórico e
possui sabor agradável. Também não é
metabolizada pelo organismo, sendo
eliminada por completo em 24 horas pela
urina. Estável a temperaturas altas e baixas
e em longos períodos de armazenamento.
Pode ser usada como adoçante de mesa,
em formulações secas (como refrescos e
sobremesas instantâneas), em
aromatizantes, conservantes, temperos, Molécula de sacarose, grupos OH em azul,
molhos prontos, compotas, etc. Não produz Molécula de sucralose, grupos Cl em
cáries, além de reduzir a produção de vermelho
ácidos, responsáveis pela sua formação.
IDA correspondente a 15 mg/kg de peso
corpóreo.
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 Sorbitol - Substância natural presente
em algumas frutas, algas marinhas etc.
Tem o poder edulcorante igual ao da
sacarose e similar ao da glicose, não
sendo aconselhável a pacientes obesos
e diabéticos mal controlados. Calórico,
fornece 4 calorias/grama e ao ser
absorvido se transforma em frutose no
organismo. A frutose é transformada em
glicose no fígado, mas como o processo
é lento, não altera significativamente a
glicemia. Não provoca cáries, não é
tóxico e apresenta boa estabilidade.
Resiste, sem perder seu potencial
adoçante, a processos de aquecimento,
evaporação e cozimento.
Dicas: doses acima de 20 a 30
gramas/dia produzem efeito diurético e
acima de 30 a 70 grama/dia causam
diarréia. Em algumas pessoas esses
efeitos ocorrem mesmo em doses
baixas, como 10 gramas/dia. Até hoje a
Organização Mundial de Saúde (OMS)
não atribuiu um limite para a IDA do
sorbitol, deixando a critério do bom
senso do usuário.
A FDA exige que produtos com
quantidade de sorbitol superior a 50
gramas ou 20 gramas de manitol sejam
vendidos com uma tarja de alerta para
“efeito laxante”.
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 Manitol - Tem valor calórico
equivalente ao da sacarose (4
calorias/grama), o poder edulcorante
70% superior e um sabor levemente
adocicado e refrescante. Não produz
fermentação no organismo, mas
provoca um significativo efeito laxativo
quando ingerido em doses elevadas.
Quando absorvido pelo organismo
estimula a secreção de insulina ao ser
parcialmente convertido em glicose,
porém não causa hiperglicemia. A
OMS estabelece uma dose diária
máxima de 50 a 150 mg / kg de peso
corpóreo.
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 Xilitol - Fornece 4 calorias/grama e
sabor semelhante ao da sacarose,
apresentando uma sensação
refrescante na saliva, que aumenta
quando associado ao aroma de menta.
É considerado um dos melhores
preventivos contra cáries. Precaução:
doses acima de 30 g/dia podem
provocar diarréia quando consumido
pela primeira vez. A OMS não
estabeleceu um limite para a IDA e o
FDA (USA) indica o consumo na
quantidade necessária para o
adoçamento desejado.
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 Frutose - É um edulcorante natural, de
sabor agradável e extraído do açúcar
das frutas. É importante o diabético estar
bem compensado para usar produtos à
base de frutose, já que a substância tem
4 calorias/grama. É uma vez e meia
mais doce que a sacarose, com poder
de adoçamento 173 vezes maior.
Excesso de frutose pode causar
aumento de triglicerídeos e pessoas com
problemas no metabolismo de lipídios e
gorduras devem evitar o consumo desse
edulcorante. Estudos comprovam que o
uso por tempo prolongado dificulta a
absorção do cobre, mineral importante
na síntese da hemoglobina (responsável
pela pigmentação dos glóbulos
vermelhos).
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 Lactose - Açúcar
extraído do leite muito
usado como diluente
nos adoçantes de
mesa. Fornece 4
calorias/grama e
precisa da presença de
insulina para ser
metabolizado no
organismo. Seu
potencial edulcorante é
cerca de 15 % maior
que a sacarose
Adoçantes Artificiais
 Malto dextrina - Açúcar extraído do
milho, também muito usado como
diluente nos adoçantes artificiais. Como
a lactose, é insulino-dependente e tem 4
calorias/grama, sendo cerca de 50% mais
doce que a sacarose.
Dextrose - Outro açúcar derivado do
milho com ampla aplicação na indústria
alimentícia. Sua doçura é cerca de 70%
maior que a da sacarose. Possui 4
calorias/grama e também necessita
insulina para sua metabolização.
 Maltodextrina é o resultado da hidrólise
do amido ou da fécula, normalmente se
apresentando comercialmente na forma
de pó branco, composto por uma mistura
de vários oligômeros da glicose,
compostos por 5 a 10 unidades.
Adoçantes Artificiais
 Brasília, 19 de março de 2008 - 11h
Anvisa autoriza novos edulcorantes em alimentos
 Três novos aditivos edulcorantes poderão ser utilizados em alimentos no Brasil: a
taumatina, o eritritol e o neotame. É o que estabelece a resolução RDC 18/08 da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada terça-feira (25), no
Diário Oficial da União.
 Além disso, a norma da Anvisa reduz o limite máximo de uso de algumas dessas
substâncias, que já eram autorizadas pela Agência, e estabelece quais os alimentos
em que os edulcorantes podem ser utilizados. De acordo com a gerente substituta da
Gerência de Ações de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Anvisa, Daniela
Arquete, “o uso de aditivos edulcorantes só se justifica em alimentos nos quais há a
substituição total ou parcial do açúcar”.
 A nova lista de aditivos edulcorantes contempla 16 substâncias. “A legislação
brasileira de aditivos alimentares é positiva, ou seja, um aditivo só pode ser utilizado
pela indústria quando estiver explicitamente definido em legislação específica, com
suas respectivas funções, limites máximos de uso e categorias de alimentos
permitidas”, explica Arquete.
Adoçantes Artificiais
 Neotame é o adoçante mais potente
que existe, sendo 8 mil vezes mais
que o açúcar comum.
 Foi desenvolvido pela empresa que
produz aspartame desde a década de
1960. Assim como o aspartame, não
tem gosto residual e o sabor se
parece bastante com o do açúcar
comum.
 A diferença é que o neotame pode
ser aquecido e não se estraga tão
facilmente quando o aspartame.
 Seus uso em escala industrial é para
o preparo de bebidas diet
Adoçantes Artificiais
 A Taumatina é aproximadamente 3.000
vezes mais doce doque o açúcar e
possui um sabor residual que lhe
confere um perfil de dulçura particular,
que a diferencia de outros adoçantes.
 É utilizada como um aditivo
multifuncional, capaz de mascarar o
sabor amargo e de intensificar os
sabores próprios dos alimentos, além
da sua potente ação adoçante.
 A estas propriedades se soma a
vantagem de que é estável ao calor e ao
baixo pH, e ainda atua de forma
sinérgica (equilibrada) quando se
combina com outros adoçantes baixos
em calorias e não provoca cáries.
 As Taumatinas são proteínas de caráter
básico, com ponto isoelétrico entre 11 e Planta originária da Africa de onde se extrai a taumatina
12, e um peso molecular ao redor de
22.000.
Adoçantes Artificiais
 O eritritol tem um sabor e funcionalidade
semelhantes aos da sacarose, embora seu
conteúdo calórico seja próximo a zero. Além disso,
o eritritol tem uma maior tolerância digestiva
quando comparado a outros polióis.
 Segundo seus fabricantes, O eritritol tem
propriedades de caloria zero com excelente sabor,
“mouthfeel” satisfatório e apelo ao mercado de
estilo de vida saudável.
 É indicado para controle de peso e pessoas com
restrição ao consumo de açúcar, além de ser um
produto não cariogênico, tendo sido agraciado
com o reconhecimento de “produto seguro para os Eritritol
dentes” pela Toothfriendly International .
 O eritritol fornece novas formas para melhorar a
qualidade dos alimentos de baixas calorias,
influenciando de forma positiva um número de
parâmetros fundamentais de qualidade.
http://hdl.handle.net/10183/24657
Título Efeito da suplementação com sacarina e sacarose no ganho de peso e consumo energético em ratos wistar com
dieta não restrita http://hdl.handle.net/10183/24657
Autor Feijó, Fernanda de Matos Orientador Bertoluci, Marcello Casaccia Data 2010Nível MestradoInstituição Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Medicina: Clínica Médica.
Resumo Objetivo: Tem sido sugerido que o uso de adoçantes dietéticos promove aumento no peso corporal e na adiposidade em ratos, através de
alterações na regulação da ingestão alimentar. O objetivo do estudo foi comparar o efeito da sacarina e sacarose na ingestão alimentar e no peso corporal
de ratos Wistar. Métodos: Experimento 1: Foi realizado um estudo piloto de 21 semanas, onde nas primeiras 12 semanas foi realizada a intervenção
seguida de 09 semanas sem intervenção (fase observacional) para se avaliar a potencial reversibilidade do efeito da intervenção. Foram estudados 16
ratos machos Wistar, com peso inicial médio de 200-300g no início do experimento. Cada animal recebeu ração e água ad libitum por todo experimento e
suplemento por 12 semanas de acordo com os seguintes grupos: C1 (somente ração, n=4), C2 (30mL/dia de iogurte sem suplemento, n=4), Sacarina
(30mL/dia de iogurte com sacarina 0,3%, n=4) e Sacarose (30mL/dia de iogurte com sacarose 20%, n=4). Os suplementos foram administrados durante 5
dias por semana sendo que em 1 dia, escolhido aleatoriamente, os animais receberam iogurte sem suplemento. Foi utilizada ANOVA com teste de Fisher
(p<0.05). Experimento 2: Foi realizado um experimento controlado de 12 semanas de intervenção com 40 ratos machos, pesando em média 200-300g no
início do experimento. Cada animal recebeu ração e água ad libitum e suplemento por 12 semanas de acordo com os seguintes grupos: C1 (somente
ração, n=10), C2 (30mL/dia de iogurte sem suplemento, n=10), Sacarina (30mL/dia de iogurte com sacarina 0,3%, n=10) e Sacarose (30mL/dia de iogurte
com sacarose 20%, n=10). O controle da ingestão da dieta foi realizado diariamente através de pesagem do restoingestão, e o peso dos animais foi
verificado semanalmente. Utilizou-se ANOVA com o teste de Fisher (p<0.05) e para análise de modelo misto utilizou-se o software SPSS versão 18.0.
Resultados: Experimento 1: O ganho de peso cumulativo ao longo de 12 semanas demonstrou que o grupo Sacarina apresentou maior ganho de peso em
relação aos grupos Sacarose e C1 . Após o fim da intervenção na 12ª semana houve uma atenuação do ganho de peso em todos os grupos, a
significância entre os grupos Sacarina e Sacarose deixou de aparecer após a 17ª semana. O consumo calórico total corrigido pelo peso semanal ao longo
de 21 semanas demonstrou que os grupos Sacarina e C2 apresentaram maior consumo em relação ao grupo Sacarose. O consumo de calorias totais
entre os grupos Sacarose e C1 foi similar e não houve diferença no ganho de peso entre os dois grupos. O consumo calórico cumulativo proveniente do
consumo de ração corrigido pelo peso semanal ao longo de 21 semanas demonstrou maior consumo entre C1, C2 e Sacarina vs. Sacarose e entre C1 vs.
Sacarina. Os grupos Sacarina e C2 não apresentaram diferenças entre eles no ganho de peso e consumo energético. Experimento 2: O ganho de peso
finalinicial foi significativo entre os grupos Sacarina vs. C1 (p=0.0178) e Sacarina vs. Sacarose (p=0.0010). O ganho de peso cumulativo ao longo de 12
semanas demonstrou que o grupo Sacarina apresentou maior ganho de peso em relação aos grupos Sacarose e C1 a partir da 8ª semana. A evolução do
ganho de peso ao longo de 12 semanas foi significante entre os grupos Sacarina e Sacarose (p=0.035), comprovando o achado anterior. O consumo
cumulativo de calorias totais corrigido pelo peso semanal ao longo de 12 semanas demonstrou ser maior entre os grupos Sacarina e C2 vs. Sacarose e
entre os grupos C1 vs. Sacarina e C2. O consumo de calorias totais entre os grupos Sacarose e C1 foi similar e não houve diferença no ganho de peso
entre os dois grupos. O consumo calórico cumulativo proveniente do consumo de ração corrigido pelo peso semanal ao longo de 12 semanas demonstrou
maior consumo entre os grupos Sacarina, C1 e C2 vs. Sacarose e entre os grupos C1 vs. Sacarina. Os grupos Sacarina e C2 não apresentaram
diferenças entre eles no ganho de peso e consumo energético. O consumo de calorias totais corrigido pelo peso final em 12 semanas demonstrou que o
grupo Sacarina apresentou maior consumo de calorias totais em relação aos grupos C1 (p=0.0005) e Sacarose (p=0.0115). O grupo C2 demonstrou maior
consume de calorias totais em relação aos grupos C1 (p=0.0003) e Sacarose (p=0.0008). O consumo calórico total cumulativo proveniente do consumo de
ração corrigido pelo peso final em 12 semanas demonstrou que o grupo Sacarina apresentou maior consumo de ração em relação aos grupos Sacarose
(p=0.0001) e C1 (p=0.0050), e o grupo Sacarose apresentou maior consumo de ração em relação aos grupos C1 (p=0.001) e C2 (p=0.001). Conclusão: Os
resultados indicam que a suplementação com sacarose promoveu menor ganho de peso, enquanto a suplementação com sacarina apresentou um ganho
de peso semelhante ao grupo suplementado com iogurte puro. O menor ganho de peso está associado a um menor consumo de ração, sugerindo maior
saciedade no grupo Sacarose. No presente estudo este efeito voltou a se normalizar após 17 semanas sem o uso dos suplementos. Outros estudos são
necessários para esclarecer os mecanismos hipotalâmicos envolvidos.
Adoçantes Artificiais - artigos

EL Rosado et al - Rev. Nutr, 2001 - SciELO Brasil


Adoçantes Artificiais - artigos
Id: 164020
Autor: Assunçäo, Maria Cecília Formoso; Andersson, Giovanna Bandeira; Cavalcanti,
Zilma Camêlo de Holanda.
Título: Uso de adoçantes alternativos pelos diabéticos / Use of alternative sweetening by
the diabetics
Fonte: J. bras. med;67(5/6):62-9, nov.-dez. 1994. tab.
Idioma: Pt.
Resumo: A investigaçao do conhecimento dos diabéticos a respeito dos adoçantes artificiais,
bem como da quantidade diária habitualmente consumida por eles, constitui-se
no tema central do trabalho. Foram coletados dados de 36 diabéticos,
pertencentes à Associaçao Pelotense de Diabéticos (APD), que de abril a junho
de 1993 participaram de reunioes educativas e(ou) atendimento semanal
prestado pela Associaçao. Concluiu-se que a maioria destes usam adoçantes
artificiais, nao-calóricos, à base de ciclamato e sacarina, em quantidades
inferiores à IDA (ingesta diária aceitável), e que nao possuem qualquer
orientaçao formalizada sobre o assunto (AU)
Adoçantes Artificiais
 Bibliografia:
 RETONDO, C. G; FA RIA, P. Química das Sensações. Campinas, São Paulo: Editora Átomo,
2008

 http://www.crq4.org.br/default.php?p=texto.php&c=quimica_viva a_quimica_dos_adocantes

 Taumatina: um adoçante natural Sorveteria Confeitaria Brasileira Nº 180 • 2008 pág. 59.

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 Título Efeito da suplementação com sacarina e sacarose no ganho de peso e consumo energético em ratos
wistar com dieta não restrita http://hdl.handle.net/10183/24657 Autor Feijó, Fernanda de Matos Orientador Bertoluci,
Marcello Casaccia Data 2010Nível MestradoInstituição Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de
Medicina. Programa de Pós-Graduação em Medicina: Clínica Médica.

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