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Doença ulcerosa

péptica

Disciplina: Fisiologia Humana
Monitor: Gabriel mesquita
Semestre: S4
Mulher, 48 anos de idade, com desconforto na região epigástrica.
Após anamnese e exame clínico bem feitos, o médico fez o pedido de
EDA e de biópsia tecidual (do antro e do corpo gástrico). No retorno
da paciente, munida com o resultado dos exames, o médico
constatou, como resultado da EDA, atrofia (acentuada) da mucosa
do corpo gástrico. Quanto ao resultado da biópsia: no antro não
houve alteração significativa, contudo, a biópsia do corpo gástrico
revelou atrofia intensa.
Mulher, 48 anos de idade, com desconforto na região epigástrica.
Após anamnese e exame clínico bem feitos, o médico fez o pedido de
EDA e de biópsia tecidual (do antro e do corpo gástrico). No retorno
da paciente, munida com o resultado dos exames, o médico
constatou, como resultado da EDA, atrofia (acentuada) da mucosa
do corpo gástrico. Quanto ao resultado da biópsia: no antro não
houve alteração significativa, contudo, a biópsia do corpo gástrico
revelou atrofia intensa.
Então, mais uma vez o médico pediu novos exames para afirmar
sua nova hipótese diagnóstica, os quais mostraram os seguintes
resultados:
 Gastrina sérica 4400pg/mL (valor de referência:
<200pg/mL);
 Anticorpo Anti-células parietais positivo
 Teste para anticorpo Anti-fator intrínseco negativo
 IgG anti-H.pylori negativo
 Teste da urease negativo

Dx: Gastrite Autoimune.


sumário

 Caso clínico
 Coisas gerais a lembrar
 Básico da secreção e da anatomia
 DUP:
i. Definição
ii. Fatores de risco
iii. Clínica
iv. Complicações
 cabou
Um homem de 35 anos de idade tem história
de dor epigástrica há mais de 1 ano. A dor
ocorre cerca de 2 a 3 horas após as refeições e
é aliviada pelo uso de antiácidos ou por
alimentação. Ele não fuma, e bebe uma taça de
vinho por dia. Teste respiratório com ureia com
resultado positivo.
Um homem de 35 anos de idade tem história
de dor epigástrica há mais de 1 ano. A dor
ocorre cerca de 2 a 3 horas após as refeições e
é aliviada pelo uso de antiácidos ou por
alimentação. Ele não fuma, e bebe uma taça de
vinho por dia. Teste respiratório com ureia com
resultado positivo.
Urease é a principal enzima que a
H.pylori possui
Partes do abdome

O que deveríamos
saber/lembrar?

 Vísceras, no geral, referem dor difusa
 Parede abdominal e peritoneal têm nocicepção mais
precisa
 Estímulos nociceptivos: distensão de vísceras ocas,
tensão na cápsula de órgãos sólidos (ex: distensão do
parênquima hepático), isquemia do tgi (embolia,
trombose mesentérica..) e INFLAMAÇÃO
 Inflamação: agentes biológicos, químicos (suco
gástrico e pancreático) e subs.imunológicas
O que deveríamos saber
sobre dor abdominal..?

 Etiologias:
 Intra-abdominais digestórias: infecciosa, inflamatória,
vasculares, obstrutivas, funcionais...
 Intra-abdominais não digestórias: vasculares e
ginecológicas
 Extra-abdominais: Pulmonares, cardíacas, metabólicas,
hematológicas, infecciosas....
 Caracterização da dor como SG: início (e modo de
início), localização, irradiação, qualidade (urente,
picante, dolente), ritmo, intensidade...
Lembremos do controle
da secreção ácida

 ACh
 Ação nos receptores M, com estimulação via NCX
 Histamina
 produzida células ECL próximas às células parietais.
 Gastrina
 É produzida pelas células G, presentes no antro gástrico,
 Os estímulos principais incluem aumento do pH do
conteúdo gástrico, presença de certos peptídeos e
aminoácidos dietéticos e distensão gástrica
 Estimula as Cels. ECL .
Lembremos também

 O estômago é dividido em 5 regiões anatômicas principais:
 1- Cárdia; 2- Fundo; 3- Corpo; 4- Antro; 5-Piloro
 A mucosa do estômago: epitélio colunar.
 As invaginações do epitélio que determinam a formação das
fossetas gástricas e nas bases das fossetas, desembocam as
glândulas gástricas.
 Células parietais – também conhecidas como células oxínticas,
que secretam ácido clorídrico (HCl) e fator intrínseco
 As glândulas presentes no corpo e fundo gástricos também são
chamadas de oxínticas
 Células principais, que secretam pepsinogênio.
• Este último, sob efeito do HCl, é convertido em pepsina no lúmen
gástrico.
Lembremos também

DUP

 Ulceração crônica da mucosa envolvendo o duodeno ou
estômago
 quase todas associadas a: H. pylori, AINEs e/ou
tabagismo
 Mais comum em homens (sobretudo na faixa 20-50 anos)
 A incidência da DUP vem caindo vertiginosamente,
especialmente pela queda progressiva na prevalência de
colonização gástrica pelo H. pylori
 A maior disponibilidade de IBPs também teve grande
peso
DUP

 As úlceras duodenais são muito mais frequentes do
que as gástricas.
 As úlceras gástricas são encontradas mais comumente
em indivíduos mais velhos, com um pico de incidência
na sexta década de vida.
 Muitos pacientes com úlcera gástrica são assintomáticos
e, nesses casos, a diátese ulcerosa só é diagnosticada na
presença de uma complicação;

Obs: A prevalência de úlceras duodenais>gástricas muito se


relaciona no fato de o estômago possuir mais fatores de
proteção contra o HCl
DUP

Fatores de risco para
DUP


Infecção por H. pylori
 Tabagismo
 DPOC
 Drogas ilícitas (e.x: cocaína)
 reduz fluxo sanguíneo da mucosa)
 AINEs
 Cirrose alcoólica
 Estresse psicológico
 (pode aumentar secreção de ácido gástrico)
 Hiperplasia de células endócrinas
 (estimula crescimento de células parietais e secreção de ácido gástrico)
 Síndrome de Zollinger-Ellison (gastrinoma)
 Infecções virais (CMV, HSV)
Patogênese

 Desequilíbrio entre mecanismos de proteção da
mucosa e fatores danosos que causam gastrite
crônica
 Para haver úlcera péptica, não precisa haver
aumento da secreção ácida (hipercloridria) se existir
outro fator, como o H. pylori ou o uso de AINEs.;
 Entretanto, a presença do ácido é um pré-requisito,
pois não se formam úlceras pépticas na acloridria;
• Schwartz, em 1910, tornou famoso o ditado: “no acid: no
ulcer”,
Aspectos clínicos
da DUP

 maioria: queimação/epigastralgia geralmente 1-3 horas
após refeição
 pior à noite (especialmente duodenal)
 aliviada por comida
 úlcera penetrante: dor referida p/costas, no QSE, tórax
(pode ≈dor cardíaca)
 Sinais/Sintomas: náusea, vômitos, distensão, arrotos,
perda de peso, anemia ferropriva, hemorragia,
perfuração...
Obs: A diferença de sintomas entre as úlceras
duodenal e gástrica não é confiável para predizer qual
a localização da úlcera encontrada na endoscopia...
Complicações da DUP

Complicações da DUP

 Sangramento (complicação mais frequente e pode ser fatal)
 15% a 20% dos pacientes
 responsável por 25% das mortes por úlcera
 pode ser a primeira indicação de uma úlcera
 Perfuração
 até 5% dos pacientes
 responsável por dois terços das mortes por úlcera
 raramente é a primeira indicação de uma úlcera
 Obstrução
 aproximadamente 2% dos pacientes
 principalmente em úlceras crônicas
 secundária a edema ou cicatrização
Clínica da DUP

 Dx de DUP: requer a realização de exame
complementar, sendo a Endoscopia Digestiva Alta
(EDA) o padrão-ouro.
 Porém, pode fazer histopatologia, exame de cultura ..
 TTO:
 Dieta: a única recomendação importante quanto à dieta
evitar as comidas que exacerbem os sintomas.
 Evitar fumo e álcool
 IBPs, Bloqueadores H2 (cimetidina, ranitidina...)
 Ações cirúrgicas....(isso é ideia pra outro papo)
OBSERVAÇÃO
Deve-se tomar muito cuidado com as úlceras
gástricas! Enquanto as duodenais raramente
são malignas (ver adiante), as gástricas
devem SEMPRE ser investigadas para câncer:
se a EDA visualizar uma úlcera “péptica” no
estômago, várias amostras de material (pelo
menos sete) devem ser colhidas por biópsia e
exaustivamente investigadas à procura de
tecido neoplásico, o que não é necessário de
rotina numa úlcera duodenal.
Obrigado.. Precisando, estamos aqui
Gabriel Mesquita
Fisiologia Humana

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