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-TERAPIA COM

FAMÍLIA
CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO PSICOTERAPÊUTICO

OBJETIVO DO PROCESSO TERAPÊUTICO COM CRIANÇAS


– RESGATAR O CURSO SATISFATÓRIO DO
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA.
A GESTALT-TERAPIA COM CRIANÇAS TEM POR OBJETIVO
REENCONTRAR A VIVACIDADE E O CONTATO PLENO
COM O MUNDO:
ACEITAÇÃO, RECONHECIMENTO,
IDENTIFICAÇÃO, ACEITAÇÃO,
EXPRESSÃO DOS SENTIMENTOS.
METODOLOGIA EMPREGADA –
FENOMENOLOGIA , OU SEJA,
PROPORCIONAR (ATRAVÉS DE TÉCNICAS
FACILITADORAS) UMA MAIOR AWARENESS
DA CRIANÇA A RESPEITO DE SI MESMA E DO
MUNDO.

A CRIANÇA EXPANDINDO E
FLEXIBILIZANDO SUAS POSSIBILIDADES DE
CONTATO, E COM ISSO, CRIANDO SUAS
FORMAS DE SER E ESTAR NO MUNDO.
O processo é SEMIDIRETIVO – faculta ao
psicoterapeuta a possibilidade de, em alguns momentos, além
de intervenções descritivas na forma de afirmações ou
questionamentos, intervir no material trazido pela criança com
propostas denominadas EXPERIMENTOS.

Toda intervenção ocorre com base no que a criança traz, em


forma e conteúdo.

Utilizar linguagem lúdica (as vezes aparece mais do que a


linguagem verbal). Facilita a expressão no setting.
A linguagem na Gestalt-terapia
é DESCRITIVA
Diferentemente da linguagem
interpretativa e prescritiva
Linguagem
interpretativa: Linguagem que
concede significado ao material trazido
pela criança. Interpretação daquilo que a
criança diz. (Conhecimento Teórico).
Linguagem Prescritiva:
o psicoterapeuta determina e
estabelece formas específicas de uso
de recursos lúdicos pela criança, para
que ela possa resolver aquilo que traz
ao espaço terapêutico como um
problema.
Linguagem Descritiva: Possibilita a
criança, por meios da intervenção descritiva do
psicoterapeuta, construir gradativamente o
significado do material que traz para a sessão, se a
interferência de qualquer “a priori” do
psicoterapeuta (seja teórico ou dos próprios valores).
É importante suspender os próprios valores e
necessidades.
Atitude fenomenológica – reconhecer e colocar entre
parênteses suas ideias pré-concebidas sobre o que é
relevante.
A FAMÍLIA NA
PERSPECTIVA
GESTÁLTICA
A FAMÍLIA NA PERSPECTIVA
GESTÁLTICA
O contexto familiar é muito significativo para
desenvolvimento e funcionamento saudável da criança.
Não só como primeiro contexto do qual ela faz parte
como aquele que parece ser o mais relevante em seus
primeiros anos, pelo forte vínculo de dependência
existente entre ela e a família e pela presença expressiva
e intensa do processo de introjeção no início da vida.
É necessário entender a dinâmica do contexto familiar.
A família enquanto totalidade autorregulada –
perspectiva de totalidade, composta por diferentes
elementos – os indivíduos que a compõem – que se
encontram em interação, afetando uns aos outros na
busca da melhor autoregulação.
NOÇÃO DE AUTOREGULAÇÃO –
Membros da família se influenciam mutuamente, reagem
e respondem às expectativas e necessidades do outro na
busca de um equilíbrio.
O trabalho com crianças estende-se e chega até a família.
A saúde da família está refletida na habilidade para fluir
entre as interações adulto-criança, criança-adulto, criança-
criança.
Ao trabalharmos com a criança, passamos a fazer parte do
seu campo, promovendo mudanças em seus padrões
relacionais e ocasionando desequilíbrios momentâneos na
dinâmica familiar que, se pudessem ser vivenciados e
superados, promovem o crescimento e a reconfiguração
de toda a família para formas mais satisfatórias de
relação.
É necessário ficar atento para o impacto na
dinâmica familiar não seja maior do que a família
pode suportar.
A família desenvolve-se como totalidade em
sucessivas reconfigurações com base em
necessidades emergentes percebidas como
desequilíbrio momentâneo no campo.
Exemplo: um casal quando passa a ter filho se
reorganiza no campo a partir da inserção de um
novo elemento: tudo é reconfigurado.
A QUESTÃO DA
CONFIRMAÇÃO
O PAPEL DA FAMÍLIA É DE CONFIRMAÇÃO DO SER HUMANO EM SUA
ESPECIFICADE – O QUE RESULTA NA DIFERENCIAÇÃO DO OUTRO.
ALÉM DA FUNÇÃO DE MANTER A COESÃO E A UNIDADE ENTRE OS
MEMBROS, ACOLHENDO, PROTEGENDO, TAMBÉM DEVE PERMITIR A
FRUSTRAÇÃO, ACEITAÇÃO DAS DIFERENÇAS QUE FACILITAM O
DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA.
FAMÍLIA DEVERIA CONSEGUIR FLUIR ENTRE MOMENTOS DE COESÃO E
DIFERENCIAÇÃO.
CONFIRMAÇÃO – FUNÇÃO RELACIONAL MAIS SIGNIFICATIVA PARA O
DESENVOLVIMENTO SATISFATÓRIO DA CRIANÇA E PARA O
ESTABELECIMENTO DE FORMAS SAUDÁVEIS DE CONTATO COM O
MUNDO E CONSIGO MESMA.
É PAPEL DA FAMÍLIA PROVER A CRIANÇA DE CONFIRMAÇÕES INICIAIS
QUE VÃO AJUDÁ-LA A CONSTRUIR A AUTOESTIMA E OFERECER
POSSIBILIDADES PRÓPRIAS COM O MEIO.

EX: SENTIMENTO DE RAIVA: AS CRIANÇAS APRENDEM CEDO QUE O


SENTIMENTO DE RAIVA NÃO É VÁLIDO, QUE NÃO SE DEVE MOSTRAR,
QUE PODE CAUSAR DANOS, CONSEQUÊNCIAS, NO ENTANTO, DENTRO
DA PERSPECTIVA DA CONFIRMAÇÃO – O SENTIMENTO DE RAIVA – É UM
SENTIMENTO COMO QUALQUER OUTRO E SUA EXISTÊNCIA E
VALIDADE PRECISAM SER CONFIRMADAS.

É NECESSÁRIO AJUSTAR-SE.
SESSÃO FAMILIAR DIAGNÓSTICA
As sessões familiares não são adequadas no
momento inicial do atendimento a crianças.
Apesar de destacar que no inicio das sessões
infantis, o atendimento deve ser realizado
primeiramente com os pais.
As famílias nesse momento inicial não
conseguem se beneficiar do movimento de
autorregulação.
SESSÃO FAMILIAR
DIAGNÓSTICA
Contudo, de acordo o andamento do processo diagnóstico,
grau de suporte, intensidade do vínculo, pode-se realizar uma
sessão familiar com o objetivo de verificar articulações de se
obter mais dados pra sessão devolutiva.
O critério para a inserção da sessão familiar antes das sessões
de devolução diz respeito sempre a necessidade da criança.
Observar o funcionamento da família. Questões que podem
ser mais desenvolvidas e esclarecidas com a presença dos
membros.

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