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(Washington Luís)
A origem africana forneceu, como vimos, parâmetros de
comportamento entre o bem e o mal. Os ideais da
proteção à vida, a solidariedade clânica, a busca da
força e da harmonia regeram a estrutura da sociedade
africana.
O princípio ético do “certo e errado”, sendo limitado ao
momento do rito no Candomblé, deixa margem a
diferentes interpretações morais no cotidiano.
O Candomblé não conta com um corpo ético próprio.
O Candomblé não impõe dogmas. Entende-se que quando
você está aqui na Terra é para viver suas emoções,
provações e tentações, e para enfrentar suas fraquezas,
dificuldades e caminhar. Aquilo que é certo para alguns é
errado para outros. Ele ressalta que não temos como
determinar ou impor a verdade a ninguém; baseado nesse
parâmetro, que cada um siga sua vida.
Deus criou o homem, o universo e a terra baseados no
princípio universal que é respeitado por quase todas as
religiões, o livre arbítrio. Deus não impõe a nós condições,
como amá-lo, respeitá-lo ou segui-lo, e sim coloca o livre
arbítrio que é a liberdade de escolha, e conforme as suas
ações, seu comportamento, sua postura, você irá colher na
sua vida os seus merecimentos, que nem sempre é algo
que você tenha escolhido.
Ao redor dos redutos tradicionais do Candomblé, como em
Salvador-BA, continua afirmando-se uma originalidade
ética do Candomblé centrada nos grandes valores africanos
da solidariedade, da religião, da harmonia e da vida.
(Washington Luís)
Embora confinado originalmente à população de negros
escravizados, inicialmente nas senzalas, quilombos e
terreiros, proibido pela igreja católica, e criminalizado
mesmo por alguns governos, o candomblé prosperou nos
quatro séculos, e expandiu consideravelmente desde o fim
da escravidão em 1888. Estabeleceu-se com seguidores de
várias classes sociais e dezenas de milhares de templos.
Em levantamentos recentes, aproximadamente 3 milhões
de brasileiros (1,5% da população total) declararam o
candomblé como sua religião. Na cidade de Salvador
existem 2.230 terreiros registrados na Federação Baiana de
Cultos Afro-brasileiros e catalogados pelo Centro de
Estudos Afro-Orientais da UFBA, (Universidade Federal da
Bahia) Mapeamento dos Terreiros de Candomblé de
Salvador.
Entretanto, na cultura brasileira as religiões não são
vistas como mutuamente exclusivas, e muitas pessoas
de outras crenças religiosas — até 70 milhões, de
acordo com algumas organizações culturais Afro-
Brasileiras — participam em rituais do candomblé,
regularmente ou ocasionalmente. Orixás do
Candomblé, os rituais, e as festas são agora uma parte
integrante da cultura e uma parte do folclore
brasileiro.
Os praticantes do
Candomblé se
concentram – como
era de se esperar – na
Bahia, e mais ainda no
Rio de Janeiro
Olorum – Deus no Candomblé
Xangô orixá dos raios, trovões, grandes cargas elétricas e do fogo. É viril e atrevido,
violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Por esse
motivo, a morte pelo raio é considerada infamante. Da mesma forma, uma casa
atingida por um raio é uma casa marcada pela cólera de xangô. Xangô é o Orixá
do Poder, ele é a representação máxima do poder de Olorum.
Oyá, a deusa do Rio Niger,1 é representada com um alfange e uma cauda de animal
nas mãos, e com um chifre de búfalo na cintura.
Na mitologia iorubá, Xangô casou-se com três de suas irmãs, deusas de rios: Oyá,
Oxum, deusa do rio Osun e Obá, deusa do rio Obá.1
O nome Iansã é um título que Oyá recebeu de Xangô. Esse título faz referência ao
entardecer, Iansã pode ser traduzido como a mãe do céu rosado ou a mãe do
entardecer. Ao contrário do que muitos pensam Iansã não quer dizer a mãe dos
nove. Xangô a chamava de Iansã pois dizia que Oyá era radiante como o
entardecer ou como o céu rosado e é por isso que o rosa é sua cor por
excelência.
OXUM, Oxum, na religião yoruba, é uma orixá que reina sobre a água
doce dos rios, o amor, a intimidade, a beleza, a riqueza e a diplomacia.
Também é um orixá do candomblé. Oxum é dona do ouro e da nação
ijexá. Tem o título de Ìyálòdè1 entre os orixás. Osun, Oshun, Ochun
ou Oxum, na Mitologia Yoruba, é um orixá feminino. O seu nome
deriva do Rio Osun, que corre na Iorubalândia, região nigeriana de
ijexá e Ijebu. Identificada no jogo do merindilogun pelos odu ejioko e
Ôxê, é representada pelo candomblé, material e imaterialmente, por
meio do assentamento sagrado denominado igba oxum. É tida como
um único Orixá que tomaria o nome de acordo com a cidade por onde
corre o rio, ou que seriam dezesseis e o nome se relacionaria a uma
profundidade desse rio. As mais velhas ou mais antigas são
encontradas nos locais mais profundos (Ibu), enquanto as mais jovens
e guerreiras respondem pelos locais mais rasos. Ex.: Osun Osogbo,
Osun Opara ou Apara, Yeye Iponda, Yeye Kare, Yeye Ipetu, etc. Em
Oxum, os fiéis buscam auxílio para a solução de problemas no amor,
uma vez que ela é a responsável pelas uniões, e também na vida
financeira, a que se deve sua denominação de "Senhora do Ouro", que
outrora era do Cobre, por ser o metal mais valioso da época.
LOGUM -EDÉ, Logunedé ou Logun Ede, do iorubá Lógunède, é
um orixá africano que na maioria dos mitos costuma ser
apresentado como filho de Oxum Ipondá e Oxóssi Ibualama, do
iorubá Ibùalámo. Segundo as lendas, vive seis meses nas matas
caçando com Oxóssi e seis meses nos rios pescando com Oxum.
É cultuado na nação Ijexá como sua mãe, mas também nas
nações Ketu e Efan, sendo o seu culto muito difundido no Rio de
Janeiro. Simultaneamente caçador e pescador, Logunedé é o
herdeiro dos axés de Oxum e Oxóssi que se fundem e se
mesclam como mistério da criação, trata-se de um orixá que tem
a graça, a meiguice e a faceirice de Oxum à alegria, à expansão
de Oxóssi. Se Oxum confere a Logunedé axés sobre a
sexualidade, a maternidade, a pesca e a prosperidade, Oxóssi lhe
passa os axés da fartura, da caça, da habilidade, do
conhecimento.
Como símbolo da pureza, muitas vezes Logunedé
também é visto como um ser andrógino. Ao contrário
do que muitos pensam, Logun Ede não é de
características masculina e feminina, não é bissexual.
Na verdade possui uma grande relação com Òsun, sua
mãe e com Erinlé, seu pai, trazendo consigo a
personalidade desses dois Òrìsà e algumas
características marcantes, mas nada que o transforme
em um hermafrodita que durante seis meses é Oboró e
seis meses Ìyábá como algumas pessoas assim o dizem
e usam deste artifício para denotações homossexuais.
YEMANJÁ, Yemanjá ou Iemanjá é um orixá africano, cujo
nome deriva da expressão yoruba Yéyé omo ejá ("Mãe
cujos filhos são peixes")1 2 , identificada no jogo do
merindilogun pelos odus ejibe e ossá. É representado no
candomblé através do assentamento sagrado denominado
igba yemanja. Na mitologia yoruba, o dono do mar é
Olokun, que é pai de Iemanjá, sendo ambos de origem
Egbá. Yemojá é saudada como Odò ("rio") ìyá ("mãe") pelo
povo Egbá, por sua ligação com Olokun, orixá do mar
(masculino no Benim e feminino em Ifé), referida como
sendo a "rainha do mar" em outros países. É cultuada no
rio Ògùn, em Abeokuta. No Brasil, a orixá goza de grande
popularidade entre os seguidores de religiões afro-
brasileiras e até por membros de religiões distintas.
Em Salvador, ocorre anualmente, no dia 2 de fevereiro,
a maior festa do país em homenagem à "Rainha do
Mar". A celebração envolve milhares de pessoas que,
trajadas de branco, saem em procissão até o templo
mor, localizado no bairro Rio Vermelho, onde
depositam variedades de oferendas, tais como
espelhos, bijuterias, comidas, perfumes e toda sorte
de agrados. Todavia, na cidade de São Gonçalo, os
festejos acontecem no dia 10 de fevereiro.
Outra festa importante dedicada a Iemanjá ocorre durante a
passagem de ano no Rio de Janeiro e em todo litoral
brasileiro. Milhares de pessoas comparecem e depositam
no mar, oferendas para a divindade. A celebração também
inclui o tradicional "banho de pipoca" e as sete ondas que
os fiéis, ou até mesmo seguidores de outras religiões,
pulam como forma de pedir sorte à orixá.
Disponível em:
<Dicionário:http://ocandomble.wordpress.com/vocab
ulario-ketu/>. Acesso em: 20 mar. 2014.
http://www.pime.org.br/missaojovem/mjregafrocand
omble2.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Candombl
%C3%A9#Templos