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A parábola dos dois filhos: 4 Lições sobre fazer a vontade de

Deus

Em Mateus 21, Jesus conta a parábola dos dois filhos. Alguém se


recusa a trabalhar na vinha de seu pai, mas depois se arrepende e
serve a seu pai; o segundo diz que vai fazer o trabalho, mas acaba
não cumprindo. Jesus usou essa parábola para expor a hipocrisia e a
dureza de coração dos fariseus e líderes religiosos em contraste com
aqueles que reconhecem sua necessidade de um salvador, se
arrependem e se humilham diante de Deus.

Onde está na Bíblia a parábola dos dois filhos?


Em Mateus 21:28-32 está escrito:

Mas, que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao


primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha. Ele, porém,
respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi. E,
dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele,
disse: Eu vou, senhor; e não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai?
Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo
que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de
Deus. Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não o crestes,
mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto,
nem depois vos arrependestes para o crer.
O contexto da parábola dos dois filhos
Mateus 21 é um capítulo fundamental no evangelho e um ponto de
virada significativo no ministério de Jesus por várias razões.

Mateus 21 marca um evento importante no ministério de Jesus, pois


começa com a entrada triunfal de Cristo em Jerusalém (v.1-11),
seguida por Jesus purificando o templo pela segunda vez (Mateus
21:12-17).

Pouco depois, Jesus passou por uma figueira estéril à beira da


estrada, amaldiçoando-a por não dar frutos, apenas folhas (Mateus
21:18-19). Logo depois, a figueira secou.
Agora, isso pode parecer um ato estranho e até impulsivo da parte
de Jesus, mas considerando como as figueiras eram frequentemente
usadas como símbolo de Israel (Oséias 9:10; Joel 1:7), sabemos que
esse encontro foi usado como um objeto lição para Jesus
repreender Israel e seus líderes. A vergonha de sua inutilidade foi
exemplificada em sua rejeição do Messias. Jesus não encontrou
entre eles (Israel) nada além de folhas.

Mais uma vez, porém, os fariseus, que haviam se mostrado


espiritualmente estéreis, estavam determinados a desafiar a
autoridade de Jesus.
Eles não podiam mais negar que Jesus tinha autoridade. Em vez
disso, eles perguntaram: “Com que autoridade fazes isto?” (Mateus
21:23).

Isso foi, claro, uma armadilha para tentar fazer Jesus admitir
publicamente que Sua autoridade vinha de cima. Dizer isso daria aos
fariseus uma desculpa para matá-lo, como já haviam tentado antes
(João 5:18, 10:31-33).

Jesus então pergunta aos fariseus de onde viera a autoridade


de João Batista (Mateus 21:24-25).

Os fariseus não podem afirmar o ministério de João sem condenar a


si mesmos. E se negam a legitimidade de João, temem a resposta do
povo.
Bastou uma pergunta para Jesus silenciar os fariseus. Ele, no entanto,
não foi feito. Jesus então forçaria os fariseus a reconhecer sua
hipocrisia usando duas parábolas curtas, mas significativas.

Sobre o que é a Parábola dos Dois Filhos?


Para ilustrar suas palavras, Jesus contou a parábola dos dois filhos
(Mateus 21:28-32). Aqui, Ele descreveu dois filhos. Um filho rejeitou
de início o pedido do pai, mas depois se arrependeu e foi trabalhar.
O segundo filho prometeu que trabalharia, mas acabou não
indo.Jesus perguntou aos fariseus: “Qual dos dois fez a vontade de
seu pai?” (Mateus 21:31).

Os fariseus não tiveram escolha a não ser confessar, “o primeiro”.


Jesus então tornou conhecido a lição da parábola:

“Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas entrarão


antes de vós no reino de Deus. Pois João veio a vocês no caminho
da justiça e vocês não acreditaram nele; mas os cobradores de
impostos e as prostitutas acreditaram; e vós, vendo isto, nem depois
sentis remorso para crer nele” (Mateus 21:31-32).

É claro que cumprir as promessas é uma importante verdade


espiritual. Fazer é mais importante do que dizer. No entanto, o que
Jesus realmente quis dizer, dada a sua história recente com os
fariseus, é que o verdadeiro arrependimento é mais importante do
que a piedade exterior.

Embora religiosos por fora, os fariseus não abriram o coração para


Deus.
Aqueles que vieram a Jesus, não importando sua posição, foram os
que, plenamente conscientes de sua culpa e necessidade de um
salvador, entregaram suas vidas ao Senhor. Eles são como o
primeiro filho, que se arrependem e vão trabalhar.

Os líderes judeus se viam como dignos do favor de Deus. Mas como


Jesus já havia dito, eles estavam espiritualmente nus por dentro e
por fora.

Desta vez, os fariseus entenderam a lição da parábola (Mateus


21:45). No entanto, isso não importaria. Suas mentes estavam
decididas, seus corações estavam endurecidos e seu caminho já
estava definido.
Jesus concluiu: “que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a
uma nação que dê os seus frutos.” (Mateus 21:43).
Em contraste, aqueles que aceitam a Cristo e buscam fazer Sua
vontade, verão o fruto do espírito crescer em suas vidas e serão os
primeiros a entrarem no reino.

4 Lições da parábola dos dois filhos


1. Aprendemos o que Deus quer de nós.
Deus quer que acreditemos e respondamos à mensagem do reino. E
como respondemos? Devemos responder obedecendo a Deus. Em
outras palavras, Deus está procurando uma mudança interior que
leve à obediência; para que venhamos a fazer a vontade de nosso
pai celestial, ao invés da nossa ou de qualquer outra pessoa.

Assim como o exemplo do primeiro filho, mesmo que de início não


queremos, Deus espera que façamos Sua vontade.

2. Não seja como segundo filho.


Como cristãos, dissemos “sim” a Deus e, portanto, somos lembrados
nesta parábola de que precisamos cumprir nosso
compromisso. Precisamos ter certeza de que estamos trabalhando
na vinha, fazendo a vontade de Deus; usando nossos dons e fazendo
tudo o que Deus nos diz para fazer.

Agora, o segundo filho ecoa Mateus 7:21. “Nem todo aquele que me
diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a
vontade de meu Pai que está nos céus.”

Esta é uma palavra para nós, não apenas para os antigos líderes de
Israel. Devemos cumprir nossos compromissos com Deus.

3. Não seja hipócrita.


Precisamos de humildade para não nos tornarmos como os líderes
de judeus.
Pense nisso. Quem são aqueles que nunca se
arrependerão? Pecadores? Não. Há uma chance para eles. Os que
nunca se arrependerão são aqueles que pensam que não precisam
se arrepender; que não veem a necessidade; que acham que estão
certos.

Paulo diz: “Aquele que pensa estar em pé, veja que não caia” (1
Coríntios 10:12). Isso é um alerta para nós.

Devemos reconhecer que somos pecadores e que precisamos de


Jesus.

4. O evangelho é uma grande oportunidade para pecadores!


Então, se você está lendo este post e se sente um pecador, aqui está
uma oportunidade. Se existe algo que você não fez a vontade de
Deus, Jesus ensina que você pode mudar isso. Assim como o
primeiro filho da parábola, resolva ir fazer a vontade do Pai agora
mesmo!

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