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LA CONSERVACÍON DEL PATRIMÔNIO:

CARRERA CONTRA RELOJ

Juliana Facre e Igor Muniz

Política e Gestão da Preservação – Adriana Cox Hollós


SOBRE O AUTOR

• Nasceu em 1926, em Barnet, Inglaterra.

• Iniciou sua carreira como conservador no British Museum em Londres,


no departamento de Antiguidades Orientais.

• Mudou-se para o Canadá em 1966, e tornou-se um dos principais


conservadores do país, destacando-se por sua atuação como conselheiro
do Instituto Canadense de Conservação
INTRODUÇÃO

• Livro escrito para museólogos que desejam compreender os diversos


aspectos da conservação. Enfoque amplo, informal e generalista.
• Explicar o papel e a função da conservação no museu
• Quatro funções básicas do museu: colecionar, conservar, investigar e
apresentar suas coleções. A conservação é a principal atividade, uma técnica
a serviço da preservação
• A partir dos anos 30 as instituições europeias e americanas começaram a
investigar as causas da deterioração, aplicar e compartilhar os resultados
com os restauradores – filosofia de prevenir antes que seja necessário
restaurar
CONSERVAR À PERPETUALIDADE
• Princípios da conservação: Cada objeto deve receber o melhor tratamento possível
de acordo com as circunstâncias
• O tratamento deve ser precedido de um exame técnico exaustivo do objeto

• Todo tratamento deve ser documentado


• Para conservar a estrutura do objeto avaliar se manter ou não seu material original
• Reduzir ao mínimo o acréscimo de materiais

• Toda intervenção deve respeitar a integridade do objeto


• O restaurador deve manter seus conhecimentos técnicos atualizados
• O conservador deve assessorar de forma geral a manutenção das coleções,
mas é o restaurador quem realiza os tratamentos
• Ciclo de ações:
exame/documentação/diagnóstico/tratamento/documentação/manutenção-
controle/documentação
AS ATIVIDADES DO RESTAURADOR
• Conservação preventiva – Retardar ao máximo o envelhecimento e a deterioração do
objeto, antes que ocorram danos significativos. Controlar os fatores de deterioração
• Ambientais: luz, temperatura, umidade e gases atmosféricos.
• Dano mecânico devido ao manuseio, montagem e manutenção inadequada
• Dano químico pelo contato com reagentes
• Dano biológico causado por micro-organismos, plantas, insetos e outros animais
• A metodologia da conservação preventiva é indireta: reduzir a deterioração através do
controle de suas causas
• Compartilhar responsabilidades entre o restaurador e o especialista em conservação –
“Troika”. O conservador seria responsável pelos aspectos intelectuais, enquanto o
restaurador, pelos aspectos físicos das coleções, enquanto o educador as utiliza para
fins diversos.
• Os especialistas em conservação são também responsáveis pelo desenho e construção
de suportes especiais para exposição e armazenamento de objetos frágeis ou
embalagens para seu transporte. Essas atividades, junto com a supervisão das
condições ambientais e o controle de pragas constituem formas de conservação
preventiva
• Também inclui a intervenção através de tratamentos destinados a estabilizar objetos
em processo de deterioração, a consolidação de objetos frágeis, e a proteção de
objetos em perigo sem a intervenção direta. As ações variam de acordo com as
necessidades de cada objeto
• Podem ser empregados apenas materiais estáveis e reversíveis, documentando
detalhadamente sua aplicação
• Por sua vez, a restauração visa reparar danos que já foram produzidos. Todos os
tratamentos tem um efeito cumulativo. Pode servir para impedir maiores danos ou
tornar possível que um objeto seja novamente aberto ao público. Aceitar a perda da
originalidade que implica a restauração, uma alteração deliberada e ponderada.
O PAPEL DA CIÊNCIA NA CONSERVAÇÃO

• A união entre a investigação científica dos materiais e o antigo ofício de


restauração possibilitou o desenvolvimento da conservação moderna.
• A ciência busca medir de forma objetiva, produz resultados quantificáveis e se
utiliza da precisão. A conservação aplica tais resultados a diversos problemas
cujas soluções são sempre relativas. Cada operação depende do juízo
subjetivo do artesão e de sua destreza manual
• A ciência se aplica a conservação em três campos: exame e análise;
deterioração e estudos do meio ambiente; e investigação sobre métodos e
materiais
• O método científico de conservação compreende três fases: identificar o
problema; analisar e propor uma solução teórica; a parte prática dos
procedimentos, envolvendo a colaboração entre os restauradores e cientistas
A FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE
CONSERVAÇÃO

• Segundo o texto, até a década de 60 os museus capacitavam seus próprios


restauradores, e muitos deles tinham uma formação prévia em ofícios artísticos.
• Esses restauradores recebiam instruções científicas de restauro do museu ou de
cursos universitários. Essa formação se baseava em uma experiência intensa de
trabalho prático no museu.
• Em alguns países europeus desde o incício do século XX existem programas de
restauro eram baseados no ensino dos antigos gremios de artesanatos, que
atendiam às necessidades de restauro de um determinado tipo de objeto, por
vezes de caráter regional.
• Outra forma de aprendizagem era com os restauradores privados, que
ensinavam aos seus aprendizes de forma prática em sua oficina. Os métodos
que os alunos aprendiam eram os métodos do mestre.
A FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE
CONSERVAÇÃO

• Já a partir da década de 60 e no começo dos anos 70 ocorreu uma evolução conceitual


dos museus, que demandou uma formação profissional mais sistemática de restauradores.
• Essa necessidade de uma educação científica mais eficiente no campo do restauro fez
com que fossem estabelecidos programas de conservação em várias universidades da
europa e da américa do norte.
• O texto chama a atenção para a baixa qualidade dos cursos de formação em conservação
de museu. Segundo ele, os conservadores de museus não recebem muitas informações a
respeito das propriedades físicas dos objetos que irá lidar no futuro. A maioria dos
conservadores sai da universidade sem saber como manejar as coleções do museu.
• O texto destaca também a falta de compreensão que restauradores e conservadores
possuem entre si, o que causa muitos mal entendidos entre eles, dificultando a
colaboração entre as duas áreas de conhecimento.
A FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE
CONSERVAÇÃO

• O texto também ressalta a diferença entre restaurador especializado e técnico da


conservação. O primeiro seria um profissional responsável por diagnosticar
problemas de conservação, preparar e executar tratamentos sem necessidade de
supervisão, embora suas qualificações académicas não necessariamente
representem essa capacidade.
• Já o técnico de conservação atua sob supervisão do especialista, por isso sua
atuação é limitada. O técnico não possuiria o mesmo conhecimento teórico do
especialista.
• O texto lamenta o desaparecimento das aprendizagens, visto que esse tipo de
formação possibilita o trabalho em equipe superior ao dos restauradores atuais,
embora nas formações acadêmicas em restauro se exija que os alunos trabalhem
como internos em oficinas como requisito para a graduação, o que possibilita uma
experiência semelhante ao do sistema de aprendizagem profissional.
SERVIÇOS DE CONSERVAÇÃO

• Neste capítulo o autor trata das discussões hierárquicas que ocorrem dentros
dos museus, onde museólogos acreditam ter a responsabilidade total sobre as
coleções, e aos restauradores atribui-se apenas o trabalho manual,
considerado menos valorizado, embora nem todos os museus possam contar
com um restaurador em seu corpo técnico.
• No caso em que não haja restauradores no corpo técnico, os museus muitas
das vezes recorrem a acordos de cooperação técnica que permitem com que
o acervo seja tratado por outras instituições.
• O autoR ressalta a importância do número crescente de publicações de
obras especializadas em conservação e das associações profissionais, que
permitem que especialistas de diversas partes do mundo possam ter acesso
aos avanços mundiais da conservação.
O ESPECIALISTA EM CONSERVAÇÃO COMO
MUSEÓLOGO

• Nesse capítulo o autor trata especificamente do especialista museólogo. Ele


estabelece a diferença entre conservador e restaurador: o primeiro seria
responsável pelo aspecto intelectual da coleção, enquanto que o segundo
pelo aspecto físico dos objetos.
• Já no último capítulo (“O Futuro), o autor destaca o impacto dos avanços
científicos nas técnicas de conservação: por mais que a conservação não se
constitua como uma ciência em si mesma, ela se utiliza do conhecimento
científico no desenvolvimento de técnicas de conservação.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

WARD, Philip. La conservación del patrimonio: uma carrera contra


reloj. Marina Del Rey: The Getty Conservation Institute, 1986. 69p.
https://www.getty.edu/publications/resources/virtuallibrary/0941103013.pdf

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