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PAPEL DA

FAMÍLIA
Estilos Educativos Parentais
Se a Mãe não deixa, o Pai também não! (ou será
que posso tentar?) ALIANÇA PARENTAL

■ Esta é uma frase que pode ser dita ou pensada, por uma criança quando faz um pedido, no
caso, à mãe/figura materna. Uma vez não atendida no seu pedido, pode resignar-se ou,
tentar que a outra parte ceda ao mesmo.

■ Este exemplo é uma das formas utilizadas pelas crianças para tentarem obter algo que
pretendem. Apesar de não o saberem, esta “tentativa” constitui uma forma relativamente
comum de testar a Aliança Parental.

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ALIANÇA PARENTAL

■ Conceito utilizado para descrever a parte da relação conjugal que diz respeito à
parentalidade e à educação dos filhos (Konold & Abidin, 2001).

■ Esta variável da parentalidade inicia-se antes da chegada da criança e dela procedem as


relações diádicas da maternidade e paternidade. Segundo os mesmos autores, para que a
aliança parental seja estabelecida é necessário que estejam reunidas algumas
condições:

haja respeito pelos julgamentos/decisões do


ambos, mãe e pai, invistam na criança haja respeito pelos julgamentos/decisões do
ambos, mãe e pai, invistam na criança outro elemento
outro elemento

cada um deles valorize o envolvimento que cada um deles queira realmente


cada um deles valorize o envolvimento que cada um deles queira realmente
do outro para com a criança comunicar com o outro
do outro para com a criança comunicar com o outro
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Uma forte aliança parental permite assegurar um crescimento
estruturado da criança!

■ O conflito conjugal em si, não é a


principal causa dos desajustamentos que
se verificam nos filhos de famílias ■ Abidin (1992) provou que a
conflituosas, ou mesmo, divorciadas...
satisfação conjugal não permite

predizer as práticas parentais e que,


■ mas antes o constituem as
ao contrário, a aliança parental é um
incongruências parentais e/ou as faltas de
concordância entre cônjuges bom indicador preditivo.
relativamente a questões relacionadas
com a parentalidade.

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Concluindo...

A Aliança Parental, muitas


A Aliança Parental, muitas
vezes, influencia e é influenciada
vezes, influencia e é influenciada
por outra variável da dimensão
por outra variável da dimensão
“parentalidade” – os Estilos • Muitas vezes os casais, não têm
“parentalidade” – os Estilos • Muitas vezes os casais, não têm
em conta que os estilos parentais
Parentais. em conta que os estilos parentais
Parentais. que cada um tem interiorizados,
que cada um tem interiorizados,
antes de ter filhos, são diferentes
antes de ter filhos, são diferentes
e esta diferença pode ter o seu
e esta diferença pode ter o seu
peso na perceção do apoio do
peso na perceção do apoio do
cônjuge;
cônjuge;

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DIFERENTES ESTILOS EDUCATIVOS

■ A forma como os pais exercem a sua função parental é bastante diversificada e tem
variado ao longo dos tempos conforme os grupos culturais. As ideias que temos sobre a
educação dos filhos diferem de pessoa para pessoa porque são uma faceta importante da
nossa personalidade e da nossa filosofia de vida. 

■ Os pais podem ser afetivos, compreensivos e autoritários. Para perceber estas diferenças
é necessário conhecer as crenças e valores dos pais. 

■ «O estilo parental define-se como sendo a forma como os pais se relacionam com os
filhos.» Reflete o clima emocional em que decorrem as relações entre ambos e revela-se
em aspetos como o tom de voz, a linguagem corporal, a formalidade no trato e as
mudanças de humor.

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DIFERENTES ESTILOS EDUCATIVOS

■ O estilo pode ser usado para definir quatro grupos distintos de pais:

Permissivo Democrata/autoritativo
Permissivo Democrata/autoritativo

Autoritário Negligente
Autoritário Negligente

■ A diferença entre estes quatro grupos reside na forma como se exprime a sua autoridade,
bem como, no grau de afabilidade e tolerância para com os filhos.

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COMO É QUE VOS
EDUCARAM?

8
DIFERENTES ESTILOS EDUCATIVOS

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PERMISSIVO
(deixa fazer tudo!)

1. Sente dificuldade em dizer não e


1. Sente dificuldade em dizer não e
em ser firme, permitindo que o
em ser firme, permitindo que o
filho lhe imponha exigências;
filho lhe imponha exigências;
2. Tenta, a todo o custo, evitar o
2. Tenta, a todo o custo, evitar o
conflito;
conflito;
3. É habitual em pessoas submissas, que
3. É habitual em pessoas submissas, que
têm muita dificuldade em expressar as suas
têm muita dificuldade em expressar as suas
opiniões/necessidades.
opiniões/necessidades. 10
PERMISSIVIDADE

■ Em muitas ocasiões, atitudes desse tipo


■ É utilizada por pais que têm medo de perder o
geram situações graves de marginalização,
amor dos filhos baseados na ideia de que não
em que as crianças ou jovens:
devem contradizê-los ou impor limites.
■ se tornam rebeldes sem causa;

■ Esse medo interiorizado leva os pais a terem ■ com instabilidade emocional;


dificuldades em orientar, educar, dar ■ com um futuro prejudicado por hábitos de
referências claras e coerentes aos filhos, esperarem do mundo uma permissividade
resultando na perda da autoridade necessária. equivalente àquela recebida no seio familiar.

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PERMISSIVIDADE vs LIBERDADE

A Liberdade implica uma Responsabilização dos


A Liberdade implica uma Responsabilização dos
agentes pelos seus atos;
agentes pelos seus atos;

A Liberdade parte de pressupostos de que a


A Liberdade parte de pressupostos de que a
criança/jovem conhece quais os
criança/jovem conhece quais os
limites/regras e que assuma os seus atos.
limites/regras e que assuma os seus atos.

A Liberdade e a Responsabilidade são parâmetros essenciais na construção de um


indivíduo como pessoa, visto que é através da liberdade e da responsabilidade que um
sujeito é capaz de se tornar efetivamente autónomo.
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AUTORITARISMO
1. Impõe muitas regras, sem respeitar as
1. Impõe muitas regras, sem respeitar as
necessidades e opiniões das crianças,
necessidades e opiniões das crianças,
sem lhes permitir qualquer liberdade
sem lhes permitir qualquer liberdade
de expressão;
de expressão;
2. É característico de pessoas
2. É característico de pessoas
algo agressivas, inseguras e com
algo agressivas, inseguras e com
baixa auto-estima;
baixa auto-estima;
3. Utiliza-se, por vezes, de formas violentas para
3. Utiliza-se, por vezes, de formas violentas para
fazer cumprir regras que foram definidas e se
fazer cumprir regras que foram definidas e se
querem ver cumpridas.
querem ver cumpridas. 13
AUTORITARISMO

■ Se na relação que se estabelece entre os

pais e a criança o afeto, a reciprocidade

e o equilíbrio de poder não estão


■ O estilo autoritário presentes, o desenvolvimento da criança
caracteriza-se pela imposição pode ser prejudicado, comprometendo-

da obediência e do respeito se as relações posteriores que ela virá a

pela autoridade. estabelecer com outras pessoas.

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AUTORIDADE vs AUTORITARISMO

Autoritarismo é a forma doentia de exercer a autoridade


Autoritarismo é a forma doentia de exercer a autoridade
(não devendo ser confundida com esta), utilizando-se
(não devendo ser confundida com esta), utilizando-se
mais da imposição do medo que, da compreensão e
mais da imposição do medo que, da compreensão e
respeito que devem existir entre educador e educando.
respeito que devem existir entre educador e educando.

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NEGLIGENTE

 Os pais
 Os pais
negligentes não
negligentes não
são exigentes nem
são exigentes nem Pais negligentes não são nem
responsivos. Pais negligentes não são nem
responsivos. afetivos, nem exigentes, nem
afetivos, nem exigentes, nem
compreensivos. Tendem a
compreensivos. Tendem a
manter os seus filhos à
manter os seus filhos à
distância, respondendo
distância, respondendo
somente às suas necessidades
Tendem a orientar-se pela fuga às somente às suas necessidades
Tendem a orientar-se pela fuga às básicas.
inconveniências, o que os faz básicas.
inconveniências, o que os faz
responder a pedidos imediatos
responder a pedidos imediatos
das crianças apenas de forma
das crianças apenas de forma
evasiva.
evasiva.
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NEGLIGENTE

■ Não conseguem organizar-se de modo a fornecerem cuidados e apoio


continuados aos seus filhos. Demonstram pouco envolvimento na socialização da
criança, não supervisionando o seu comportamento.

■ A ausência de contenção e de orientação vai ter como consequência uma


manipulação do mundo exterior por parte das crianças, pois esse é o padrão
relacional a que se habituaram no seu dia-a-dia.

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DEMOCRATA/AUTORITATITVO
1. Aceita a criança tal como é,
proporcionando-lhe amor e carinho, bem
como, regras pelas quais ela se possa
orientar, fazendo-se respeitar;

2. Mostra-se capaz de negociar


situações de conflito, por forma a que
as duas partes fiquem satisfeitas;
3. Está associado a pessoas
assertivas.
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DEMOCRATA/AUTORITATITVO
Reconhecendo os direitos do adulto,
Reconhecendo os direitos do adulto, Validam-se as qualidades
não deixa de se considerar os interesses Validam-se as qualidades
não deixa de se considerar os interesses atuais da criança e faz-se
individuais da criança e a especial atuais da criança e faz-se
individuais da criança e a especial orientação para o futuro
forma de lidar com eles; orientação para o futuro
forma de lidar com eles;

 Utiliza-se tanto a razão como o poder para se


 Utiliza-se tanto a razão como o poder para se
atingir os objetivos;
atingir os objetivos;
 E as decisões tomadas não são baseadas apenas
 E as decisões tomadas não são baseadas apenas
no consenso do grupo ou nos desejos da criança,
no consenso do grupo ou nos desejos da criança,
nem o adulto se acha infalível ou divinamente
nem o adulto se acha infalível ou divinamente
inspirado (Baumrind, 1971). 19
inspirado (Baumrind, 1971).
DEMOCRATA/AUTORITATITVO

■ Quando os pais são afetivos e participativos em relação aos filhos influenciam a forma
como eles aprendem e se relacionam com os outros, assim como, o repertório dos seus
comportamentos: as suas atitudes e objetivos.

■ A ser assim, o investimento na prevenção de problemas nas relações pais/filhos pode


contribuir para um desenvolvimento mais saudável das crianças.

■ Os pais democráticos caracterizam-se por serem muito tolerantes embora sejam exigentes
face aos filhos, ou seja, há uma reciprocidade: os filhos devem responder às exigências dos
pais mas, estes também aceitam a responsabilidade de responderem, quanto possível, aos
pontos de vista e razoáveis exigências dos filhos.
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Muito resumidamente...

■ os pais «autoritários» são exigentes e não são compreensivos;

■ os pais «democráticos» são exigentes e compreensivos;

■ os pais «permissivos» são compreensivos e não são exigentes;

■ os pais «negligentes» não são exigentes nem compreensivos.

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ENTÃO, O QUE SE
PRETENDE?

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Autoridad
Liberdade e

AMOR

Crianças/Jovens Felizes e Equilibrados

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ESTILOS PARENTAIS

■ Os pais autoritativos/democratas, por estimularem o comportamento responsável e


independente das crianças, tendem a ter filhos mais competentes (Baumrind, 1971);

■ Competência que, também advém da combinação de uma postura calorosa, flexível e


apoiante, com um controlo firme (não rígido) que transmite segurança às crianças,
proporcionando estes pais, guias estruturadoras do caminho futuro.

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