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NÃO TENHAS

NADA NAS MÃOS


RICARDO REIS

Beatriz Silva nº:6


Catarina Santos nº:10
ÍNDICE

Caraterísticas de Ricardo Reis;


Caraterísticas temáticas;
Análise do poema;
Figuras de estilo;
Análise gramatical.
Ricardo Reis
Nasceu em 1887 no Porto, foi educado num colégio de jesuítas, formou-se em medicina e viveu
desde 1919 no Brasil.

Características do sujeito poético:


- Heterónimo de Fernando Pessoa;

- Poeta clássico;

- Personalidade analítica, formal, fria

e racionalista;

- Indiferença perante as emoções;

- Objetivo e exato.
Ricardo Reis

Características temáticas:

Estoicismo;

Epicurismo;
Carpe diem Horácio;
Consciência da mortalidade;

Paganismo.
Ricardo Reis
CARACTERÍSTICAS TEMÁTICAS:

• Estoicismo: • Epicurismo: • Carpe diem horaciano:

- Indiferença perante as - Procura a felicidade relativa; - Satisfação de aproveitar o dia e os


emoções;
- Moderação dos prazeres; prazeres do momento presentes;
- Aceitação das leis do
destino; - Fuga á dor; (sensações extremas)

- Atitude de abdicação. - Busca o estado de ataraxia.


(tranquilidade sem perturbações)
Ricardo Reis
CARACTERÍSTICAS TEMÁTICAS:

• Consciencia e encenação da mortalidade • Paganismo

- Consciência da efemeridade da vida, - Crença nos Deuses;

- Indiferença fase á morte; - Crença na civilização Grega.

- Reflexão sobre o fluir inelutável do tempo.


Não tenhas nada nas mãos
Não tenhas na da nas mãos Nos arbítrios de Minos?
Nem uma memória na alma,
Que horas que te não tornem
Que quando te puserem Da estatura da sombra
Nas mãos o óbolo último,
Que serás quando fores
Ao abrirem-te as mãos Na noite e ao fim da estrada.
Nada te cairá.
Colhe as flores mas larga-as,
Que trono te querem dar Das mãos mal as olhaste.
Que Átropos to não tire?
Senta-te ao sol. Abdica
Que louros que não fanem E sê rei de ti próprio.
Não tenhas nada nas mãos
Não tenhas na da nas mãos Nos arbítrios de Minos? ANÁLISE A NÍVEL TÓNICO
Nem uma memória na alma,
Que horas que te não tornem
Que quando te puserem Da estatura da sombra
• Nove dísticos;
Nas mãos o óbolo último,
Que serás quando fores • Versos irregulares e
Ao abrirem-te as mãos Na noite e ao fim da estrada. decassilábicos; ???????
Nada te cairá. ??????
Colhe as flores mas larga-as, • Versos soltos.
Que trono te querem dar Das mãos mal as olhaste.
Que Átropos to não tire?
Senta-te ao sol. Abdica
Que louros que não fanem E sê rei de ti próprio.
Análise formal

“Não tenhas na da nas mãos Necessidade de viver num estado de


Nem uma memória na alma, serenidade e desprendimento.

Que quando te puserem


Nas mãos o óbolo último,
Tentativa ilusória para combater a dor e
Ao abrirem-te as mãos Nada as perturbações causadas pela passagem
te cairá.” do tempo e pela proximidade da morte.

(vv. 1-6)
Análise formal

“Que trono te querem dar


Que Átropos to não tire? Aceitação do destino.
O poder, glórias e virtudes da vida não
Que louros que não fanem têm significado na morte.
Nos arbítrios de Minos?”
(vv. 7-10)

“Que horas que te não tornem


Da estatura da sombra
Lembrança do homem morto;
Que serás quando fores Chegada da morte.
Na noite e ao fim da estrada.”
(vv. 11-14)
Análise formal

Satisfação de aproveitar os prazeres do


“Colhe as flores mas larga-as,
momento;
Das mãos mal as olhaste.
Recusa de emoções extremas.

Desfruto da Natureza / vivência em


Senta-te ao sol. Abdica
plenitude;
E sê rei de ti próprio.”
Atitude de abdicação.
(vv. 15-18)
Características EPICURISMO

Temáticas “Colhe as flores (…)/


Senta-te ao sol” → Filosofia do carpe diem;
(vv.15-17)

“Larga-as da mão” → Atitude epicurista.


(v.15)

PAGANISMO
“Átropos”→Figura mitótica que
regia destino; ESTOICISMO
“Minos” → Rei da ilha de Creta. “Abdica-te/ E sê → Atitude de abdicação;
rei de ti próprio” Aceitação do poder do destino.
Recursos expressivos
Não tenhas na da nas mãos Que horas que te não tornem
Nem uma memória na alma, Da estatura da sombra

Que quando te puserem Que serás quando fores


Na noite e ao fim da estrada. Anáfora
Nas mãos o óbolo último,
Hipérbato
Colhe as flores mas larga-as, Perífrase
Ao abrirem-te as mãos Das mãos mal as olhaste. Metáfora
Nada te cairá. Eufemismo
Senta-te ao sol. Abdica
Que trono te querem dar E sê rei de ti próprio
Que Átropos to não tire?

Que louros que não fanem


Nos arbítrios de Minos?
Análise Gramatical

Não tenhas na da nas mãos Oração coordenada copulativa;


Nem uma memória na alma,

Que quando te puserem


Oração subordinada adverbial temporal;
Nas mãos o óbolo último,

Ao abrirem-te as mãos
Nada te cairá. Oração coordenada adversativa;

Que trono te querem dar


Oração subordinada adverbial concessiva;
Que Átropos to não tire?

Que louros que não fanem Oração subordinada adverbial concessiva;


Nos arbítrios de Minos?
Análise Gramatical

Que horas que te não tornem Oração subordinada substantiva completiva;


Da estatura da sombra

Que serás quando fores Oração subordinada adverbial temporal;


Na noite e ao fim da estrada.

Colhe as flores mas larga-as, Oração coordenada adversativa;


Das mãos mal as olhaste.

Senta-te ao sol. Abdica Oração coordenada copulativa;


E sê rei de ti próprio.
FIM
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