Você está na página 1de 20

Miguel Torga

“Dies Irae”
Disciplina de Português
Professora Alexandra Coelho
Turma 3ºTGPSI
Trabalho Realizado por:
Bruno Afonso Nº3
Jorge Frescata Nº17
Pedro Martins Nº23
Tomás Silva Nª33

2
Índice
 Introdução;
 Características da Poesia do Seculo XX
 Miguel Torga;
 Características de Miguel Torga;
 Prémios de Miguel Torga;
 “Dies Irae”;
 Analise Formal;
 Recursos Expressivos;
 Estrutura interna.
 Bibliografia.
3
Características da Poesia do Seculo XX
 Rompimento com os princípios da gramática e da retórica
 Volta à espontaneidade
 Busca de síntese
 Grandeza temática

4
Rompimento com os princípios da gramática e da
retórica
 Ausência de metrificação, uso do verso sem rima;
 Aproveitamento poético da linguagem cotidiana;
 Uso de palavras consideradas tradicionalmente não poéticas;
 Pontuação e ritmo livres;
 Desrespeito às normas gramaticais.

5
Volta à espontaneidade

 Apreensão imediata de breves momentos líricos;


 Libertação da lógica aparente;
 Emprego de imagens não lógicas;
 Valorização da conotação.

6
Busca de síntese

 Busca do essencial poético com o mínimo de artifício;


 Emprego das palavras em liberdade;
 Desprezo pela sintaxe tradicional;
 Antidiscursivismo.

7
Grandeza temática

 Ausência de limites entre o poético e o não-poético: tudo pode ser tema de poesia;
 Interesse pelo homem comum, pela ordem social, pelo cotidiano;
 Abandono da conceção de arte como imitação;
 Gosto da ironia e da polêmica;
 Poesia participante, empenhada na realidade contemporânea;
 Tendência à abertura, à multiplicidade de sentidos e interpretações.

8
Miguel Torga

Miguel Torga pseudónimo de Adolfo Correia da


Rocha, nasceu em São Martinho de Anta, no dia 12 de
agosto de 1907, faleceu em Coimbra, Portugal no dia 17
de janeiro de 1995. Com10 anos foi para a cidade do
Porto trabalhar numa casa de familiares. Em 1920,
Miguel foi para o Brasil para ir trabalhar na fazenda de
café, de um tio, em Minas Gerais.

9
Miguel Torga

Em 1925 regressa a Portugal acompanhado do tio,


que percebendo a inteligência do sobrinho. Durante três
anos esteve no Liceu e em 1928 matricula-se na
Faculdade de Medicina. Iniciou a sua vida literária
publicando seus primeiros livros de poemas,
“Ansiedade” (1928), “Rampa” (1930), “Tributo” (1931)
e “Abismo” (1932). Em 1933 conclui a licenciatura.

10
Miguel Torga

Começou a exercer a sua profissão na sua terra


natal. Em 1934, publica “A Terceira Voz”, quando passa
a usar o pseudônimo que o imortalizou. Sua obra reflete
as apreensões, esperanças e angústias de seu tempo,
traduzindo a sua rebeldia contra as injustiças e sua
revolta diante dos abusos do poder que havia. Miguel
Torga teve seus livros traduzidos para diversas línguas,
tendo ganhado vario Prêmios e também o Prêmio Nobel
de Literatura.

11
Características
de Miguel Torga

Representação do contemporâneo

Valoriza a Natureza;
Exortação ao combate e ao inconformismo.
Tradição Literária

Retorna as Cantigas de Amigo - A Natureza;


Valorização de condição humana com em “Os
12
Lusíadas”
Características
de Miguel Torga
Figurações do Poeta
Sentia-se desiludido e inconformado com o mundo.
Arte Poética
O ato criativo é um processo doloroso que implica
esforço, e por vezes tensão.
Linguagem, estilo e estrutura
Tom confessionista;
Expressava metáforas;
Frugalidade ao nível métrico, da versificação e da rima.
13
Prémios de Miguel Torga

 Prêmio do Diário de Notícias (1969);


 Prêmio Internacional de Poesia de Knokke-Heist (1976);
 Prêmio Montaigne da Fundação Alemã F.V.S. (1981);
 Prêmio Camões (1989);
 Prêmio Personalidade do Ano (1991);
 Prêmio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores (1992);
 Prêmio da Crítica, consagrando a sua obra (1993).

14
“Dies Irae”

1. Apetece cantar, mas ninguém canta. 3. Apetece morrer, mas ninguém morre.
Apetece chorar, mas ninguém chora. Apetece matar, mas ninguém mata.
Um fantasma levanta Um fantasma percorre
A mão do medo sobre a nossa hora. Os motins onde a alma se arrebata.
 
2. Apetece gritar, mas ninguém grita 4. Oh! maldição do tempo em que vivemos,
Apetece fugir, mas ninguém foge. Sepultura de grades cinzeladas,
Um fantasma limita Que deixam ver a vida que não temos
Todo o futuro a este dia de hoje. E as angústias paradas!

15
Apetece cantar, mas ninguém canta.
Apetece chorar, mas ninguém chora.
Um fantasma levanta
Análise Formal:
A mão do medo sobre a nossa hora.

Apetece gritar, mas ninguém grita


Apetece fugir, mas ninguém foge.
 Quatro quadras;
Um fantasma limita  Versos decassilábicos e hexassilábico:
Todo o futuro a este dia de hoje.
A/pe/te/ce/ can/tar/, mas/ nin/guém/ can/ta.
Apetece morrer, mas ninguém morre. Um/ fan/tas/ma/ le/van/ta
Apetece matar, mas ninguém mata.
 Esquema rimático: abab;
Um fantasma percorre
Os motins onde a alma se arrebata.  Rima cruzada.

Oh! maldição do tempo em que vivemos,


Sepultura de grades cinzeladas,
Que deixam ver a vida que não temos
E as angústias paradas! 16
Apetece cantar, mas ninguém canta.
Apetece chorar, mas ninguém chora.
Um fantasma levanta
Recursos Expressivos:
A mão do medo sobre a nossa hora.

Apetece gritar, mas ninguém grita


Apetece fugir, mas ninguém foge.
 Anáforas;
Um fantasma limita  Metáforas;
Todo o futuro a este dia de hoje.
 Interjeição.
Apetece morrer, mas ninguém morre.
Apetece matar, mas ninguém mata.
Um fantasma percorre
Os motins onde a alma se arrebata.

Oh! maldição do tempo em que vivemos,


Sepultura de grades cinzeladas,
Que deixam ver a vida que não temos
E as angústias paradas! 17
Apetece cantar, mas ninguém canta.
Apetece chorar, mas ninguém chora. Estrutura interna:
Um fantasma levanta
A mão do medo sobre a nossa hora.

Apetece gritar, mas ninguém grita


Apetece fugir, mas ninguém foge.
 “Dies irae” = Ira de Deus Revolta, desespero,
Um fantasma limita
desilusão;
Todo o futuro a este dia de hoje.

Apetece morrer, mas ninguém morre.


 Expressão de desejos anafóricos pelo sujeito poético;
Apetece matar, mas ninguém mata.
Um fantasma percorre
 Vontade de agir =/= Impossibilidade de agir.
Os motins onde a alma se arrebata.
"Apetece" Ideal
Oh! maldição do tempo em que vivemos,
"mas ninguém“ Realidade
Sepultura de grades cinzeladas,
Que deixam ver a vida que não temos
E as angústias paradas! 18
Apetece cantar, mas ninguém canta.
Apetece chorar, mas ninguém chora.
Um fantasma levanta
Estrutura Interna:
A mão do medo sobre a nossa hora.

Apetece gritar, mas ninguém grita


Apetece fugir, mas ninguém foge.
 Fantasma Figura abstrata, obstáculo;
Um fantasma limita Reforça a ideia de medo, insatisfação e
Todo o futuro a este dia de hoje. ausência de perspetivas;

Apetece morrer, mas ninguém morre.


Apetece matar, mas ninguém mata.  Última estrofe Chave do poema, conclusão;
Um fantasma percorre
Sociedade amaldiçoada;
Os motins onde a alma se arrebata.

Oh! maldição do tempo em que vivemos,


 Sepultura de grades cinzeladas Ideia de morte.
Sepultura de grades cinzeladas,
Que deixam ver a vida que não temos
E as angústias paradas! 19
Bibliografia
 http://literaturanoseculoxx.blogspot.com/2010/04/caracteristicas-gerais-da-poesia.html
 https://prezi.com/p/zsk5e-njzmcq/dies-irae-de-miguel-torga/
 https://www.wook.pt/autor/miguel-torga/3951
 https://www.ebiografia.com/miguel_torga/
 https://prezi.com/p/a7bjxvsudpah/dies-irae-miguel-torga/?fbclid=IwAR15k-
gNAFotadfq6su9_6_DnjzLmDRh7jzY8dagWJ8RC09w7JLijlFfcdo

20

Você também pode gostar