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Ao abrirem-te as mãos
Nada te cairá.
Ricardo Reis
Segundo o sujeito poético temos de viver desapegados e abdicar de todos os bens materiais,
lembranças e tudo o que nos possa fazer refém do passado, só assim seremos realmente felizes e
livres. Aqui reflete-se o estoicismo pois, os estoicistas renunciam aos prazeres, não se apegam
demasiado ao momento presente, sendo esta a receita para a “felicidade”. Procuram sossego
através da renúncia e indiferença, aceitando voluntariamente um destino involuntário.
Estes dois dísticos relacionam-se com o primeiro pois defendem a mesma ideia. Não devemos viver
apegamos a nada, temos de ser meros espectadores da vida, e assim “Nas mãos o óbolo último, / Ao
abrirem-te as mãos / Nada te cairá.”, isto é, ao vivermos sem estar apegados a nada, nunca iremos
sofrer.
Estes versos pretendem demonstrar que devemos abdicar de tudo aquilo que temos e nao nos
prender a nada. Um rei, contrariamente ao ser humano, não é livre, vive com preocupações e
responsabilidades, logo este verso pretende incentivar as pessoas a serem os seus próprios reis,
tomarem escolhas por si próprios, para a sua própria felicidade. Não podemos viver com medo,
devemos aceitar o destino e só assim alcançamos a felicidade.
7. Indique o modo em que se encontrem as formas verbais “Colhe” (v.15), “Senta-te” (v. 17) e
“Abdica” (v. 17).
8. Indique a função sintática desempenhada pelos constituintes “Que serás” (v.13) e “rei de ti
próprio” (v. 18).