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Colégio estadual marechal Souza Dantas

Trabalho
de
Português

Resende, 30 de Outubro de 2018

1
Colégio estadual marechal Souza Dantas

O
Modernismo
Em
Portugal
Patrick dos Santos Rodrigues n°37
Turma: 3004

Resende, 30 de Outubro de 2018

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Índice
 O Modernismo em Portugal................................................4
 Principais representantes do Modernismo em Portugal.....4
 Pseudônimo e Heterônimo..................................................4
 Fernando Pessoa..................................................................5
 Características de Fernando ............................................5,6
 Obras publicadas em Vida....................................................6
 Obras Póstumas....................................................................6
 Heterônimos e Poesias.........................................................7
 Alberto Caeiro....................................................................7,8
 Ricardo Reis.......................................................................8,9
 Álvaro de Campos..........................................................10,11
 Bibliografia..........................................................................12

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O Modernismo em Portugal
Foi fruto das novas concepções estéticas que circulavam na
Europa no início do século XX. Rompeu com os padrões vistos ao
propor uma nova linguagem, diferente daquela adotada pelos
poetas românticos e simbolistas. O modernismo em Portugal
compreende quatro diferentes períodos: Orfismo,
Presencialismo, Neorrealismo e Surrealismo. Ele costuma ser
dividido em duas partes, Orfismo (primeira geração) e
Presencialismo (segunda geração). Modernismo em Portugal se
concentra em um grande nome: Fernando Pessoa.

Principais representantes do Modernismo em


Portugal:
 Mário de Sá-Carneiro
 Fernando Pessoa
 Alberto Caeiro
 Ricardo Reis
 Álvaro de Campos

Pseudônimo e Heterônimo
Um pseudônimo é a principio um simples nome falso. O
escritor que usa o pseudônimo usa um nome falso para encobrir
ou para disfarçar a sua verdadeira identidade. O heterônimo é
um outro nome no sentido de que é um outro ser, uma outra
pessoa, uma outra forma de pensar e uma outra forma de
escrever. É Como se o autor fosse capaz de criar um outro autor
diferente de si mesmo e ele chama esse outro autor fictício de
heterônimo.

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Fernando Pessoa
Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa,
dia 13 de Junho de 1888. Tinha apenas 6 anos quando cria
seu primeiro heterônimo denominado “Chevalier de Pas”.
Em 1885 foi mora na África e lá recebe educação inglesa.
Com 17 anos matricula-se na Faculdade de Letras no curso
de Filosofia, mas não o conclui. Começa a dedicar-se à
literatura e a partir de 1915 junta-se a um grupo de
escritores portugueses modernistas. Faleceu no dia 30 de
Novembro de 1935 e sua última frase foi:

“I know not what tomorrow will bring”

“Não sei o que o amanhã trará”

Características de Fernando
Fernando Pessoa é autor de várias obras, o escritor usou
diversas autorias . O seu próprio nome foi utilizado para assinar
vários livros e os heterônimos para assinar outros. Cada um dos
heterônimos dele tinha uma personalidade própria e possuía
características literárias diferentes. Escreveu poesia e prosa em
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português, inglês e francês. Sua poesia é repleta de lirismo e
subjetividade, voltada para a metalinguagem. Os temas
explorados pelo poeta são dos mais variados.

Obras publicadas em Vida


 35 Sonnets (1918)
 Antinous (1918)
 English Poems, I, II e III (1921)
 Mensagem (1934)

Obras Póstumas
 Poesias de Fernando Pessoa (1942)
 A Nova Poesia Portuguesa (1944)
 Poemas Dramáticos (1952)
 Novas Poesias Inéditas (1973)
 Poemas Ingleses Publicados por Fernando Pessoa (1974)
 Cartas de Amor de Fernando Pessoa (1978)
 Sobre Portugal (1979)
 Textos de Crítica e de Intervenção (1980)
 Obra Poética de Fernando Pessoa (1986)
 Primeiro Fausto (1986)

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Heterônimos e Poesias

Alberto Caeiro
Nascido em 16 de abril de 1889, Caeiro era órfão de pai e
mãe e viveu a vida inteira no campo com sua tia. Ele defende a
simplicidade da vida e seus pensamentos são extraídos do
contato com a natureza e a vida simples. Ele procurava ver o real
e como a realidade se configura de maneira simples. Acreditava
que os pensamentos do poeta eram obtidos por meio dos
sentidos do ser humano, sem a interferência do pensamento
humano. Para ele, as coisas “eram como eram”, não havia
necessidade de pensar. Tudo era objetivo.

Se Eu Pudesse Trincar a Terra Toda


Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
Seria mais feliz um momento ...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.

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Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva ...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja ...

Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos - Poema XXI"

Interpretação pessoal: creio que o Alberto Caeiro quis dizer com


esta poesia que a vida é repleta de felicidade e infelicidade e o
importante é sentir, porque não existe ser feliz o tempo todo e
nem triste e isso é ser natural.
Ricardo Reis
Nascido em 19 de novembro de 1887, tinha formação em
medicina. Foi viver no Brasil em 1919, após a instauração da
república em Portugal, porque era monarquista. Reis valorizava a
vida campestre e a simplicidade das coisas, mas diferente de
Caeiro, ele não se sente feliz e integrado à natureza, sentindo-se
fruto de uma sociedade decadente, que caminha para a
destruição. Ele acreditava que o destino de todos já havia sido
traçado e só restava aproveitar a vida ao máximo.

Segue o Teu Destino

Segue o teu destino,


Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.

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O resto é a sombra
De árvores alheias.

A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nos queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.

Suave é viver só.


Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.

Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.

Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.

Ricardo Reis, em "Odes"

Interpretação pessoal: acho que Ricardo Reis quis dizer com esta
poesia que existem pessoas diferente, mas no fundo são iguais e
a realidade nunca é do jeito que achamos ser, que precisamos
aceitar o jeito que as coisas são, porque elas não estão em nosso
alcance.

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Álvaro de Campos

Nascido em 15 de outubro de 1890, em Tavira, Álvaro era


formado em engenharia, mas não exerceu a profissão. Valorizava
a modernidade e era pessimista, porque o tempo presente o
angustiava. Teve três fases: decadentista, futurista e pessoal. Na
fase decadentista tinha ligação com o simbolismo, o tédio em
relação ao mundo presente, na fase futurista tinha ligação com
o moderno e o tempo presente, que passava por modernização e
na fase pessoal ele demonstrava questionamentos sobre si
próprio, descontentamentos e certo abatimento.

Estou Tonto
Estou tonto,
Tonto de tanto dormir ou de tanto pensar,
Ou de ambas as coisas.
O que sei é que estou tonto
E não sei bem se me devo levantar da cadeira
Ou como me levantar dela.
Fiquemos nisto: estou tonto.

Afinal
Que vida fiz eu da vida?
Nada.
Tudo interstícios,
Tudo aproximações,
Tudo função do irregular e do absurdo,
Tudo nada.
É por isso que estou tonto ...

Agora
Todas as manhãs me levanto

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Tonto ...

Sim, verdadeiramente tonto...


Sem saber em mim e meu nome,
Sem saber onde estou,
Sem saber o que fui,
Sem saber nada.

Mas se isto é assim, é assim.


Deixo-me estar na cadeira,
Estou tonto.
Bem, estou tonto.
Fico sentado
E tonto,
Sim, tonto,
Tonto...
Tonto.

Álvaro de Campos, in "Poemas"

Interpretação pessoal: quando Álvaro escreveu este poema,


acho que algo estava o incomodando e de tanto pensar nesse
problema ele fica sem rumo, completamente desmotivado e com
essa sensação de tontura ou preocupação que não o deixa.

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Bibliografia
 https://descomplica.com.br/cursos/enem-
semiextensivo-2018/aulas/o-modernismo-em-
portugal/videos/a-questao-do-individualismo/
 https://www.todamateria.com.br/modernismo-em-
portugal/
 https://exame.abril.com.br/carreira/voce-sabe-a-
diferenca-entre-heteronimo-e-pseudonimo/
 https://www.youtube.com/watch?v=hmoab98Gozg
 https://www.todamateria.com.br/fernando-pessoa/

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